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BIOSSEGURANÇA

Maria Consuelo Nunez Filha


 O Fisioterapeuta como integrante da
equipe interdisciplinar de saúde necessita
adquirir conhecimentos básicos de
microbiologia, infectologia, imunologia e
biossegurança, para exercer as suas
atividades profissionais, principalmente no
ambiente hospitalar.
BIOSSEGURANÇA:
Pra que??????
 Ajudar na prevenção de infecção

hospitalar,
 Minimizar os riscos...

   
Própria segurança e
Segurança dos pacientes.
RISCOS X PERIGO
 RISCO é o perigo mediado pelo
conhecimento que se tem da situação. É o
que temos como prevenir.

 PERIGO existe enquanto não se conhece a


situação. É o desconhecido ou mal
conhecido.
RISCOS X PERIGO

 RISCO: posso interpreta-lo e


analisa-lo para melhor controlá-los
e remediá-los.
 No ambiente hospitalar há RISCOS FÍSICOS ,
QUÍMICOS, BIOLÓGICOS e ERGONOMICOS e
para cada um deles há NORMAS específicas
disponíveis visando proteger a CLIENTELA
dos estabelecimentos:
 o PACIENTE,
 o TRABALHADOR DA SAÚDE e
 o ACOMPANHANTE.

PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.


ACIDENTES
98% DOS ACIDENTES PODEM SER
PREVENIDOS PORQUE ELES TÊM
CAUSA QUE NÃO É ÚNICA.
UMA CAUSA É COMUM A TODOS OS
ACIDENTES: “SOCIAL”.
GRANDES CAUSAS DE
ACIDENTES:
 Instrução inadequada
 Supervisão ineficiente
 Práticas inadequadas
 Mau uso de E.P.I.
 Higiene Pessoal
 Fatores sociais
 Planejamento falho
 Não observar normas
 Manutenção falha
 Lay-out incorreto
 Jornada excessiva de trabalho
 Motivação
“ACIDENTES OCORREM NAS MELHORES
INSTITUIÇÕES E SÃO DECORRENTES
DE UMA FALTA DE GERENCIAMENTO
PARA O ASSUNTO “.
( Costa,M.F.)
Profilaxia e
Controle de
Microorganis.
Assepsia Desinfecção

Procedimentos
Lavagem usados para a
das mãos veiculação de
BIOSSEGURANÇA patógenos

Comissão de Soluções
Controle usadas no
de Infecção reprocessamento
Hospitalar de materiais
Ações
Anti-sepsia,
de prevenção
BIOSSEGURANÇA:
 NO BRASIL CRIADA EM 1995;
 NA AREA DE SEGURANÇA O SEU
CONCEITO É AMPLO…
 ABRANGE TODA FORMA DE PREVENÇÃO
DE RISCOS A VIDA.

BIOSSEGURANÇA SEGURANÇA DA VIDA.


BIOSSEGURANÇA:
“ É O CONJUNTO DE AÇÕES VOLTADAS PARA A
PREVENÇÃO, MINIMIZAÇÃO OU
ELIMINAÇÃO DE RISCOS INERENTES ÀS
ATIVIDADES DE PESQUISA, PRODUÇÃO,
ENSINO, DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, RISCOS QUE
PODEM COMPROMETER A SAÚDE DO
HOMEM, DOS ANIMAIS , DO MEIO
AMBIENTE OU A QUALIDADE DOS
TRABALHOS DESENVOLVIDOS “
( Comissão de Biossegurança – FIOCRUZ)
BIOSSEGURANÇA:
UMA POLITICA DE BIOSSEGURANÇA
BEM DESENVOLVIDA E
IMPLEMENTADA RESULTA EM
INÚMEROS BENEFICIOS PARA A
INSTITUIÇÃO.
BIOSSEGURANÇA:
BENEFICIOS:
 REDUÇÃO DE IMPACTOS DE ORDEM

FINANCEIRA E SOCIAL:
 DIMINUIÇÃO DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS;
(AFASTAMENTO, TRATAMENTO E REABILITAÇÃO)
 DIMINUIÇÃO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES.

 PROMOVE UMA MELHOR IMAGEM DA


INSTITUIÇÃO DE SAÚDE PERANTE A
COMUNIDADE.
BIOSSEGURANÇA:
FILOSOFIA
 Biossegurança tem uma visão holística
pois não vê somente o acidente mas sim
todos os fatores que levaram a ele.
 Qualidade em biossegurança visa o
homem e o seu bem estar.
 Em Biossegurança a PREVENÇÃO é a
razão principal;
 Não pode haver dúvidas – “Eu acho” não
existe em Biossegurança !
ASSEPSIA
 É o processo pelo qual se consegue
afastar os germes patogênicos de
determinado local ou objeto.
ASSEPSIA
MEDIDAS GERAIS:
 isolamento de pessoas com moléstias
transmissíveis,
 limpeza terminal e concorrente,
 não sentar nas camas dos pacientes,
 não colocar materiais diretamente no
chão (comadre, bacia).
Degermação:
 é remoção ou redução do numero de
bactérias na pele por meio de limpeza
mecânica

(escova com sabão ou detergente)


Limpeza:
 consiste na lavagem com soluções detergentes
ou desincrostantes, enxágüe e secagem do
material.
 Desinfetantes: substância ou produto capaz de deter
ou inibir a proliferação de microrganismos patogênicos
em ambientes e superfícies do consultório, à
temperatura ambiente.
 Detergente: substância ou preparação química que
produz limpeza; possui uma ou mais propriedades:
tensoatividade, solubilização, dispersão, emulsificação
e umectação.
Esterilização:
 é um processo que tem a finalidade de
remover ou destruir todas as formas de vida
microbiana (bactérias, esporos, protozoários,
fungos e vírus) mediante a aplicação de
agentes químicos e físicos.
 Autoclave,
 Estufas,
 Gás químico (autoclave de oxido de etileno)
 Preparações quimicas (solução de glutaraldeido
2%, solução de formaldeído aquoso 10%, solução
de formaldeido alcoólico 8%, pastilha de
paraformaldeido).
Descontaminação prévia:
 antes de iniciar o processo de limpeza, os
artigos contaminados por matéria orgânica
(sangue, pus, secreções corpóreas) são
expostos a água fervente ou produto químico
por 30 minutos;

Proteger as pessoas que procederão à sua limpeza.


Desinfecção:
 é a destruição ou inativação de
microrganismos, patogênicos ou não, situados
fora do organismo humano, não
necessariamente matando os esporos. O
processo de desinfecção pode ser realizado
pelo calor (água em ebulição) ou por soluções
químicas (álcool 70%, hipoclorito de sódio,
fenol sintético e as soluções esterilizantes).
Quanto menor for o tempo
exigido para esterilização dos
materiais, maior será sua taxa de
disponibilização para uso
ou
uma redução no tempo de
esterilização associa-se um
menor investimento em aquisição
de materiais.
Infecção cruzada:
 é a infecção ocasionada pela
transmissão de um microrganismo de
um paciente para outro, geralmente
pelo pessoal, ambiente ou um
instrumento contaminado.
Riscos de Acidentes:
Ergonômicos,
Físicos,
Químicos,
Biológicos.
Classificação dos resíduos
sólidos gerados:

 Resíduos biológicos e/ou infectantes


– grupo A;
 Resíduos químicos – grupo B;

 Resíduos radioativos – grupo C;

 Resíduos comuns – grupo D.

Com base no CONAMA


Classificação dos
resíduos sólidos gerados:
 Grupo A - Resíduos Biológicos e/ou Infectantes:
 São aqueles que possuem agentes biológicos

ou se apresentam contaminados por


eles,causando riscos potenciais à saúde pública
e ao meio ambiente
 São gerados durante as diferentes etapas do

atendimento de saúde (diagnóstico, tto,


imunizações, pesquisas...)
Classificação dos resíduos sólidos
gerados:

 Bolsas de sangue, sangue e hemocomponentes;


 Peças anatômicas: produto de fecundação sem
sinais vitais, com peso menor que 500 gramas;
animais mortos de experimentação,carcaças e
vísceras;
Classificação dos resíduos sólidos
gerados:

 Grupo B - Resíduos
Químicos:
 São os que apresentam
risco à saúde pública e ao
meio ambiente devido às
suas características
químicas.
Classificação dos resíduos sólidos
gerados:

 Medicamentos vencidos, contaminados,


interditados e demais medicamentos
impróprios para consumo;
 Objetos perfurantes e cortantes
contaminados com quimioterápicos ou
por outro produto químico perigoso;
Classificação dos resíduos sólidos
gerados:

 Mercúrio e outros resíduoscom metais


pesados: amálgamas, lâmpadas,
termômetros,esfignomanômetros de coluna
de mercúrio, pilhas,baterias, saneantes e
domissanitários, dos reveladores de filmes;

 Quaisquer resíduos contaminados por


agentes químicos.
Classificação dos
resíduos sólidos gerados:

 Grupo C - Rejeitos Radioativos:


 São quaisquer materiais resultantes de atividades
humanas que contenham radionuclídeos emquantidades
superiores aos limites de eliminação especificados na
Norma CNEN-NE-6.02 - Licenciamento de
Instalações Radiativas – publicada 02 de junho de
1998.

Enquadram-se neste Grupo todos osresíduos que


tenham sido contaminados.
Classificação dos resíduos
sólidos gerados:

 Grupo D-Resíduos comuns:


 São os gerados pelas atividades administrativas,
auxiliares e gerais, que não correspondem a
nenhuma das categorias anteriores; não
representam perigo para a saúde e suas
características são similares às que apresentam
os resíduos domésticos comuns.
Classificação dos resíduos
sólidos gerados:

 Grupo D-Resíduos comuns:


 Incluem-se nesta categoria papéis, papelões,
caixas, plásticos, restos da preparação de
alimentos emateriais de limpeza de quintais e
jardins, entre outros.
Classificação dos resíduos
sólidos gerados:
Grupo D - Resíduos Comuns Subdivididos em:

 Resíduo de Cozinha: é todo resíduo do preparo


de alimentos de pacientes e/ou de funcionários;

 Resíduos Finais: são resíduos que não têm mais


utilidade, e que por isso devem ser encaminhados
para aterro sanitário, como resto alimentar, papel de uso
sanitário de funcionários e pacientes que não estejam em
estado de isolamento;
Classificação dos resíduos
sólidos gerados:
 Resto Alimentar: é todo resto alimentar de
paciente e/ou restaurante de EAS que não pode
ser reaproveitado, devendo ser desprezado. Se
proveniente de paciente em estado de
isolamento, deve ser considerado como resíduo
do Grupo A. Se proveniente de outras áreas,
deve ser considerado como Resíduos Finais;

 Entulho de Obras:
Classificação dos resíduos
sólidos gerados:
Grupo D - Resíduos Comuns Subdivididos
em:
 Material Reciclável: são materiais que,
devido a sua natureza, podem ser
reutilizados ou ser transformados em
matériaprima para fabricação denovos
produtos, como papel, papelão, vidros,
alumínios, plásticos etc.;
Classificação dos resíduos sólidos
gerados:

Grupo D: Resíduos
Comuns/recicláveis
RISCOS ERGONÔMICOS:
 NR 17
Equipamentos de Proteção
Individual (EPI)
EPI:

 é todo dispositivo ou produto , de uso


individual , utilizado pelo trabalhador ,
destinado a proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho
Legislação:
 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados , de
forma gratuita , EPI adequado ao risco , em perfeito
estado de conservação e funcionamento , nas seguintes
circunstâncias:
a) Sempre que medidas de ordem geral não ofereçam
completa proteção contra os riscos de acidentes do
trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem


sendo implantadas

c) Para atender situações de emergência


CABE AO EMPREGADOR:
 adquirir o adequado ao risco da atividade;
 exigir seu uso;
 fornecer somente o EPI aprovado pelo órgão
nacional competente;
 orientar e treinar o trabalhador quanto a seu
uso , guarda e conservação;
 substituir imediatamente quando extraviado
ou danificado;
 responsabilizar-se por sua manutenção e
higienização.
RECIBO DE ENTREGA:
 Ao fornecer um EPI , ao empregado
deve ser efetuado o registro formal
desta entrega.

 Data da entrega do EPI


 Tipo de EPI
 Assinatura do empregado
CABE AO EMPREGADO:
 Usar , utilizando-o apenas para a finalidade
a que se destina;
 responsabilizar-se por sua guarda e
conservação;
 comunicar qualquer alteração que o torne
impróprio para uso;
 cumprir as determinações do empregador
sobre seu uso adequado.
Controle de infecção
hospitalar(CCIH);
NR 32 segurança e saúde no
trabalho em serviços de saúde:

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