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ASSESSORIA ESPECIAL

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Recomendações para o processamento de


produtos para saúde, desinfecção de
superfícies e gerenciamento de resíduos
na Atenção Primária à Saúde do
Município do Rio de Janeiro

ESPECIAL COVID 19
0
Organização:
Lucélia dos Santos Silva – Enfermeira, Coordenadora do Programa de Residência de
Enfermagem de Família e Comunidade da SMS Rio

Elaboração:
Aline Gonçalves Pereira – Enfermeira, Assessora da Assessoria Especial de Atenção
Primária do Município do Rio de Janeiro
Bárbara Ingenito de Oliveira Rocha - Enfermeira, preceptora do Programa de Residência de
Enfermagem de Família e Comunidade da SMS Rio (CF Recanto do Trovador, CAP 2.2)

Emanuelle Pereira de Oliveira Corrêa - Enfermeira, Coordenadora de Enfermagem da CAP


5.2

Isadora Siqueira de Souza - Enfermeira, Coordenadora Adjunta do Programa de Residência


de Enfermagem de Família e Comunidade da SMS Rio

Juliana Spinula dos Santos - Enfermeira de família, preceptora do Programa de Residência


de Enfermagem de Família e Comunidade da SMS Rio (CMS Ernesto Zeferino Tibau Júnior,
CAP 1.0)

Lívia de Souza Câmara - Enfermeira, tutora do Programa de Residência de Enfermagem de


Família e Comunidade da SMS Rio
Lucélia dos Santos Silva – Enfermeira, Coordenadora do Programa de Residência de
Enfermagem de Família e Comunidade da SMS Rio

Renata Carou - Enfermeira, preceptora do Programa de Residência de Enfermagem de


Família e Comunidade da SMS Rio (CMS Belizario Penna, CAP 5.2)
Silvana dos Santos Barreto – Enfermeira, responsável pela Educação Permanente da CAP
3.2
ÍNDICE
1 – Apresentação 1

2 – Conceitos e definições Chave 1


3 – Recomendações para Processamento de Produtos para a Saúde na 3
Atenção Primária à Saúde
Transporte e recepção de produtos para saúde potencial risco de 5
contaminação pelo vírus SARS-CoV-2

Pré-limpeza e limpeza manual de produtos para a saúde com potencial risco 6


de contaminação pelo vírus SARS-CoV-2

Desinfecção de produtos para a saúde com potencial risco de contaminação 9


pelo vírus SARS-CoV-2

Esterilização de produtos para a saúde com potencial risco de contaminação 14


pelo vírus SARS-CoV-2

Armazenamento de Produtos para Saúde 16

Transporte de Produtos para Saúde limpos 17

Limpeza e Desinfecção superfícies com potencial risco de contaminação pelo 18


vírus SARS-CoV-2

4 - Gerenciamento de Resíduos 25
Quadro 1. Produtos para a saúde utilizados nas salas de atendimento de 3
Covid - 19 na APS , classificação, destino e Processamento recomendado.
Quadro 2. Validade dos produtos para imersão 13
Quadro 3 – Produtos de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços 22
de Saúde.
Quadro 4 – Frequência de Limpeza Terminal Programada 23
Quadro 5 - 24
Figura 1 – Limpeza de superfície com presença de matéria orgânica 26
Anexo 1. Modelo de Etiqueta para Saneantes e Detergente enzimático 32
Anexo 2. Como calcular a diluição do hipoclorito, caso a solução disponível 33
seja numa concentração superior à desejada:
Anexo 3. Monitoramento da Desinfecção com Solução de Hipoclorito 34
1 – Apresentação
Este documento agrupa recomendações para os profissionais e serviços de Atenção Primária
à Saúde (APS) do município do Rio de Janeiro quanto ao processamento de produtos para
saúde, limpeza de superfícies e gerenciamento de resíduos no cotidiano das ações e serviços
e durante a pandemia de COVID19, causada pelo coronavírus SARS – CoV - 2.

2 – Conceitos e definições Chave


Processamento de produto para saúde (PPS): conjunto de ações relacionadas à pré-
limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo,
desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades consumidoras.
Produtos para saúde críticos1: são produtos para a saúde utilizados em procedimentos
invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais, e sistema
vascular, incluindo também todos os produtos para saúde que estejam diretamente
conectados com esses sistemas.
Produtos para saúde semicríticos: produtos que entram em contato com pele não íntegra
ou mucosas íntegras colonizadas.
Produtos para saúde não críticos: produtos que entram em contato com pele íntegra ou
não entram em contato com o paciente.
PRODUTOS PARA SAÚDE DE USO ÚNICO: É o produto que, após o uso, perde suas
características originais ou que, em função de outros riscos reais ou potenciais à saúde do
usuário, não deve ser reutilizado.
Equipamento de Proteção Individual (EPI): todo dispositivo de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e saúde no
trabalho.

Protetor facial (Face shields): dispositivos de proteção projetados para proteger o rosto do
usuário, ou partes dele, além dos olhos, de certos perigos, conforme a norma americana
ANSI/ ISEA Z87.1-2015 “American National Standard for Occupational and Educational Eye
and Face Protection Devices”.
Pré-limpeza: remoção da sujidade visível presente nos produtos para saúde.
Limpeza: consiste na remoção, com detergente e água, de sujidades orgânicas e inorgânicas
aderentes (sangue, substâncias proteicas e outros detritos) das superfícies, fendas, serrilhas,
articulações e lúmens de instrumentos, dispositivos e equipamentos por processo manual ou
mecânico (processo automatizado), a fim de preparar os itens para manuseio seguro para
desinfecção ou esterilização.

Lavadora Ultrassônica: equipamento automatizado de limpeza que utiliza o princípio da


cavitação, em que ondas de energia acústica propagadas em solução aquosa rompem os
elos que fixam a partícula de sujidade à superfície do produto.

Detergente: produto destinado à limpeza de produtos para a saúde ou dispositivos,


superfícies por meio da diminuição da tensão superficial, composto por grupo de substâncias

1
Essa classificação é denominada Critério de Spaulding.

1
sintéticas, orgânicas, líquidas ou pós-solúveis em água que contém agentes umectantes e
emulsificantes, os quais suspendem a sujidade e evitam a formação de compostos insolúveis
ou espuma no instrumento ou na superfície.
Desinfecção: processo que mata microorganismos patogênicos e outros por meios físicos
ou químicos. A desinfecção destrói diferentes microorganismos patogênicos, mas não
necessariamente todas as formas microbianas, como esporos bacterianos. O processo de
desinfecção não garante a margem de segurança associada aos processos de esterilização.
Desinfecção de alto nível: processo físico ou químico que destrói a maioria dos
microrganismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, com um número
elevado de esporos bacterianos.
Desinfecção de nível intermediário: processo físico ou químico que destrói microrganismos
patogênicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos
inanimados e superfícies.
Esterilização: é a eliminação de todos os microrganismos patogênicos, incluindo esporos
bacterianos (por exemplo, espécies de Clostridium e Bacillus). Príons não são suscetíveis à
rotina de esterilização. A esterilização é usada em produtos para saúde críticos e, sempre
que possível, em produtos para saúde semicríticos.
Aerossóis: partículas são menores que 5 μm permanecem suspensas no ar por longos
períodos de tempo e, quando inaladas, podem penetrar mais profundamente no trato
respiratório.
Gotículas: são partículas que têm tamanho maior que 5 μm e podem atingir a via respiratória
alta ou seja, mucosa das fossas nasais e mucosa da cavidade bucal. Permanecem suspensas
no ar por segundos e rapidamente se depositam no piso ou outras superfícies, devido à ação
da gravidade.
Áreas críticas: são os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de infecção,
onde se realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes ou onde se encontram
pacientes imunodeprimidos. São exemplos desse tipo de área: Áreas de atendimento ao
COVID-19, Área de Isolamento (Observação Clínica), Central de Material e Esterilização
(CME) e Farmácia.
Áreas semicríticas: são todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças
infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. São exemplos desse tipo
de área: Áreas para outros atendimentos (não Covid-19), banheiros, sala de procedimento,
elevador e corredores.
Áreas não-críticas: são todos os demais compartimentos dos estabelecimentos
assistenciais de saúde não ocupados por pacientes e onde não se realizam procedimentos
de risco. São exemplos desse tipo de área: Copa e áreas administrativas, almoxarifados.

2
3 – Recomendações para Processamento de Produtos para a Saúde na Atenção Primária à
Saúde
Vários procedimentos realizados na Atenção Primária à Saúde utilizam produtos para saúde
(PPS) reprocessáveis. Se não são adequadamente processados, os PPS podem ser veículos
de transmissão de infecção. Por isso, é necessário sistematizar o processamento do PPS e
induzir boas práticas no momento de cuidado contribuindo para a Segurança do Paciente na
APS e do profissional de saúde.
Este documento apresenta Procedimentos Operacionais Padrão (POP) que guiam o
processamento de PPS na APS, desinfecção de superfícies e gerenciamento de resíduos no
cotidiano das atividades realizadas e em especial para o enfrentamento da pandemia de
COVID19.
Quadro 1. Produtos para a saúde utilizados nas salas de atendimento de Covid - 19 na
APS , classificação, destino e Processamento recomendado.
Destino e Processamento
Material ou Instrumento Classificação do PPS
recomendado
Máscaras cirúrgicas Uso único
Gorro descartável Uso único
Luvas de procedimento Uso único
Avental com punho fechado Uso único
Descartar após o uso, seguindo as
Abaixador de língua Uso único recomendações para
Eletrodos DEA - Adulto e infantil Uso único gerenciamento de resíduos
Catéter nasal de O2 tipo óculos Uso único
Filtro HEPA (ventilação) Uso Único
Tubos orotraqueais Uso único
**A Anvisa autoriza o uso por
período maior ou por um número
de vezes maior que o previsto pelo
fabricante, desde que sejam
Máscaras N95 (usada pelo profissional
utilizadas pelo mesmo profissional
em procedimentos que geram Uso único**
e que sejam seguidas,
aerossóis)
minimamente, as recomendações
da NOTA TÉCNICA
GVIMS/GGTES/ANVISA Nº
04/2020
Luva de borracha Não crítico
Óculos de proteção Não crítico
Face Shield (protetor facial) Não crítico
Estetoscópio (não usar o do
Não crítico
profissional)
Esfigmomanômetro (exclusivo) Não crítico
Almotolia contendo Álcool 70% - Limpeza e desinfecção
Não Crítico
(líquido ou gel)
Glicosímetro* Não crítico
Oxímetro* Não crítico
Impressora* Não crítico
Cilindro de O2 + fluxômetro Não crítico
Desfibrilador Externo Automático
Não crítico
(DEA)

3
Máscara de O2 com reservatório Semicrítico
Extensor do cateter nasal (com rosca) Semicrítico
Umidificador (vazio)** Semicrítico
Ambu (máscara + bolsa + válvula +
Semicrítico
reservatório) - Limpeza manual e/mecânica
Espaçador - Desinfecção de alto nível
Laringoscópio Semicrítico - Esterilização
Lâminas de Laringoscópio Semicrítico
Pinça Kelly ou semelhante (para ocluir
Semicrítico
o tubo)
Fio Guia Semicrítico
* Itens sugeridos, não obrigatórios.

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Transporte e recepção de produtos para saúde com potencial
risco de contaminação pelo vírus SARS-CoV-2
Resultados esperados: transportar e manusear os produtos para saúde de modo a reduzir
o risco de exposição e/ou lesão para a equipe profissional, pacientes ou contaminação do
ambiente.

Materiais a serem submetidos a este processo: Máscara de O2 com reservatório,


extensor de cateter nasal, ambú (máscara + bolsa + válvula + reservatório), laringoscópio
e lâminas do laringoscópio, pinça Kelly ou semelhante, fio guia, umidificador e espaçador

Recursos necessários:
● EPI adequado: avental impermeável de manga longa, máscara N95, óculos ou
protetor facial, luvas emborrachadas, gorro descartável.
● Recipiente grande de material rígido e liso, que feche hermeticamente com tampa
e identificado com etiqueta escrito “MATERIAL CONTAMINADO” (nas laterais do
recipiente e na tampa).

Principais atividades:
● O profissional encarregado de transportar os produtos deve estar devidamente
paramentado com os EPI;
● Todo o material contaminado deve ser colocado cuidadosamente dentro do
recipiente de transporte, fechando-o em seguida e conferindo se a tampa está
bem colocada e a caixa vedada;
● Transportar para o expurgo o mais rápido possível após o uso.
● Usar recipientes cobertos, hermeticamente fechados, resistentes à perfuração, a fim
de prevenir o extravasamento de líquidos.
● Fazer a desinfecção da parte externa do recipiente com álcool a 70%.

Cuidados:
● Recomenda-se recipientes rígidos para o transporte dos PPS contaminados.
● O uso de EPI é imprescindível, haja vista que o vírus pode permanecer viável e
infeccioso em aerossóis por horas e em superfícies por dias.

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Pré-limpeza e Limpeza de produtos para a saúde com potencial
risco de contaminação pelo vírus SARS-CoV-2
Resultados esperados: Diminuir a população de microrganismos, remover sujidades e
matéria orgânica

Materiais a serem submetidos a este processo: Máscara de O2 com reservatório,


extensor de cateter nasal, ambu (máscara + bolsa + válvula + reservatório), laringoscópio
e lâminas do laringoscópio, pinça Kelly ou semelhante, fio guia, umidificador e espaçador

Recursos necessários:

● Esponja macia;
● Detergente enzimático;
● Recipiente com tampa;
● Escova com cerdas de nylon macias;
● Lupa;
● Luvas de borracha;
● Calçado fechado;
● Óculos de proteção ou protetor facial (faceshield)
● Avental impermeável;
● Gorro;
● Máscara;
● Pano limpo;
● Água.

Principais atividades:
● Lave as mãos antes e após o procedimento e/ou higienize com álcool 70%;
● Coloque luvas, touca, máscara, óculos de proteção/protetor facial e avental
impermeável;

Método de imersão
• Encha a pia ou qualquer outro recipiente apropriado com água e suficiente para a imersão
completa do dispositivo
• Acrescente a quantidade apropriada de detergente seguindo as instruções do fabricante
para dosagem
• Limpe os PPS abaixo da superfície da água para evitar aerossóis
• Use escovas apropriadas para limpar devidamente reentrâncias, lúmens e outras áreas
de difícil limpeza
– Use escovas macias com cerdas de nylon para não danificar a superfície do instrumento
– A escova usada para limpar o lúmen deve ter o diâmetro adequado para garantir que
todas as
superfícies internas do instrumento sejam alcançadas
– A escova também deve ser longa o suficiente para alcançar a parte distal do instrumento
• Em outra pia ou recipiente, mergulhe completamente o PPS em água limpa e enxágue o
PPS minuciosamente
• Seque manualmente usando um pano descartável limpo que não solte fiapos. Os PPS
com lúmen podem secar em ar ambiente de modo que não entre em contato com
superfícies contaminadas.

Método sem imersão


• Limpe as superfícies do dispositivo minuciosamente, passando um pano limpo descartável
que não solta fiapos com detergente, cuidando para que a umidade não penetre as áreas
críticas do dispositivo (por exemplo, conexões elétricas) até que toda sujidade visível tenha

6
sido removida
• Enxágue as superfícies do dispositivo minuciosamente passando um pano úmido
descartável limpo que não solta fiapos até que todo resíduo de detergente tenha sido
removido
• Seque mecanicamente; se não estiver disponível ou não for recomendado pelo fabricante,
seque
com ar ou manualmente com um pano descartável limpo que não solta fiapos. Panos
descartáveis
devem ser jogados fora após cada uso
• Deve-se trocar a solução de limpeza e água a cada sessão de limpeza e quando
visivelmente suja.

Cuidados:
● Desmontar instrumentos antes da limpeza;
● Abrir instrumentos com dobradiças/articulações para garantir acesso a todas as
superfícies;
● Seguir as instruções do fabricante para a limpeza de todos os produtos para saúde;
● Certifique-se de que o dispositivo a ser limpo e compatível com as soluções
químicas utilizadas na Unidade de Atenção Primária;
● Mergulhe completamente itens submersíveis durante o processo de limpeza para
minimizar aerossolização e auxiliar na limpeza;
● Remova a sujidade grosseira usando artefatos e acessórios, como escovas e panos
descartáveis;
● Minimize a produção de aerossóis ao limpar dispositivos não-imersíveis;
● Limpe dispositivos com lúmen com uma escova apropriada para lumens e então
aplique manualmente ou mecanicamente um jato com solução detergente e
enxague com água potável;
● Inspecionar os instrumentos após a limpeza. Verifique se os dispositivos com lúmen
tem obstruções e vazamentos;
● As escovas devem passar por termodesinfecção e secagem ao final do dia. Caso
isso não seja possível, devem ser limpas de deixadas para secar. As escovas
devem ser trocadas
● Não usar escovas de metal ou qualquer item abrasivo na limpeza de instrumentos;
● Não limpar instrumentos sob água corrente pois isso pode produzir aerossóis;
● Não submergir equipamentos elétricos (a menos que tenham tampa a prova
d’agua);
● Não usar detergente que não foi feito para produtos para saúde

Detergente Enzimático - Promove a remoção da matéria orgânica em curto período de


tempo através da ação de enzimas que decompõem o sangue e fluídos corporais aderidos
aos artigos, facilitando sua remoção. Facilita a limpeza de locais de difícil acesso ou lúmen
estreito. Seu uso não substitui a fricção dos artigos durante o processo de limpeza. Resíduos
deste produto pode provocar eventos adversos ao paciente caso não sejam adequadamente
removidos.

1) Preparo de soluções detergentes


Produtos químicos como desinfetantes e detergentes funcionam melhor em sua diluição ideal
– uma solução mais forte não significa que será necessariamente mais eficaz.
Para uma limpeza eficaz e essencial que o detergente seja preparado na concentração
recomendada pelo fabricante/fornecedor. Para atingir a concentração correta, o volume

7
correto de detergente concentrado deve ser acrescentado ao volume correto de água na
temperatura correta.
É importante observar as orientações do fabricante sobre diluição e tempo de exposição
que estão disponíveis no rótulo do produto.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – ESPECIAL COVID 19
POP Nº EC19 - 03

Atividade: Desinfecção de produtos para a saúde com potencial risco de contaminação


pelo vírus SARS-CoV-2

Executante: Técnico e/ou auxiliar de enfermagem

Resultados esperados: Destruição ou remoção de microrganismos a um nível em que


deixa de ser nocivo à saúde e é seguro para manuseio. Esse processo não inclui
necessariamente a destruição de esporos bacterianos

Materiais a serem submetidos a este processo:

A desinfecção é indicada para os PPS semicríticos que são termossensíveis. Todas


as soluções utilizadas para a desinfecção de artigos hospitalares deverão acondicionadas
em recipientes com tampa, com identificação na parte externa do tipo de solução,
concentração, e prazo de validade. No Anexo I há um modelo de rótulo para solução
saneante que poderá ser utilizado na rotina da UAPS.
Para desinfecção por meio líquido deverão ser observados os seguintes passos,
após a limpeza e secagem dos mesmos:

• Imergir o artigo previamente limpo e seco em solução desinfetante recomendada ou


realizar fricção com pano embebido, na impossibilidade de imersão;
• Utilizar EPI e assegurar-se de farta ventilação do local onde está sendo manuseado
o produto;
• Preencher o interior das tubulações e reentrâncias, evitando formação de bolhas de
ar;
• Observar e respeitar o tempo de exposição ao produto, de acordo com o
recomendado para cada tipo;
• Manter os recipientes tampados durante o processamento dos PPS e a validade do
produto;
• Enxaguar os PPS submetidos aos produtos, inclusive o interior das tubulações, com
água potável. A fim de eliminar os resíduos do produto utilizado, múltiplos enxagues
são recomendados;
• Para secagem dos PPS poderão ser utilizados: pano descartável tipo wiper,
compressa descartável não estéril de algodão ou papel absorvente que não deixe

9
resíduo. Para a secagem do interior de produtos para saúde que possuem lúmen a
recomendação é a utilização de ar comprimido, gás inerte ou ar filtrado, seco e
isento de óleo;
• Acondicionar os PPS processados em invólucro adequados: recipiente limpo e
desinfetado, seco e fechado;
• Guardar os artigos em locais apropriados para este fim;
• Desprezar as soluções com presença de sujidade, ou alterações na coloração, ou
com prazo de validade vencido;
• Se as soluções estiverem dentro do prazo de validade, mantê-las em recipientes
tampados com identificação na parte externa do tipo de solução, concentração e
validade.

Os produtos destinados a este processo são os que seguem:

ÁLCOOIS

Tem ação bactericida, virucida, fungicida e tuberculocida. Não é esporicida. É de fácil


aplicação e possui ação imediata.
O álcool etílico tem maior atividade germicida, menor custo e toxicidade que o
isopropílico. O álcool isopropílico tem ação seletiva para vírus, é mais tóxico e com menor
poder germicida que o etílico.

Indicação de uso:
Desinfecção de nível intermediário ou médio de PPS e superfícies: com tempo de
exposição de 10 minutos (3 aplicações) *, a concentração de 77% volume-volume, que
corresponde a 70% em peso;
Descontaminação de superfícies e artigos: mesmo tempo de exposição e
concentração da desinfecção.

Os PPS e superfícies que podem ser submetidos à desinfecção com álcool são:

· Óculos de proteção;
· Protetor facial (Faceshield);
· Ampolas e vidros;
· Termômetro axilar;
· Estetoscópios;

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· Oftalmoscópios;
· Otoscópios;
· Laringoscópios;
· Superfícies externas de equipamentos metálicos;
· Macas, camas, colchões e mesas de exames;
· Pratos de balança;
· Equipamentos metálicos de cozinha, bebedouros e áreas de alimentação;
· Bancadas.

Recomendações para uso:

• Friccionar o produto na superfície do artigo, deixar secar sozinho e repetir 3 vezes


o procedimento, até completar o tempo de ação;
• Pode ser usado na desinfecção concorrente (entre exames);
• O uso em acrílico pode deixar a superfície fosca, evitar o uso em borrachas.

COMPOSTOS INORGÂNICOS LIBERADORES DE CLORO ATIVO

A. HIPOCLORITO DE SÓDIO

As indicações para o uso da solução de hipoclorito de sódio são:


• Desinfecção de nível médio ou intermediário de PPS e superfícies;
• Descontaminação de superfícies.

O tempo de exposição recomendado para desinfecção é:desinfecção de superfícies da


unidade e qualquer superfície contaminada = 10 minutos, com 1% de cloro ativo (10.000
ppm);

• Desinfecção de material de inaloterapia e oxigenoterapia não metálicos: 10


minutos de imersão em solução de cloro ativo a 0,5% (5000 ppm), sendo
necessário enxague após esse período em água corrente potável. Os objetos
não devem ficar imersos por mais de 30 minutos devido à atividade corrosiva do
hipoclorito.

No Anexo II é apresentada a fórmula de cálculo de diluição do hipoclorito, caso seja


necessário diluir o produto para utilização.

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Recomendações de uso:

• o uso deste produto é limitado pela presença de matéria orgânica, capacidade


corrosiva e descolorante;
• os PPS submetidos à concentração de 0,5% e 1% necessitam de enxague com
água corrente potável;
• o hipoclorito é fotossensível e volátil, por isso as soluções após a diluição devem
ser estocadas em recipientes de cor escura ou turva, que devem ser mantidos
tampados durante o período de validade;
• não utilizar em metais e mármore, pela ação corrosiva.

ROTINAS DE TÉCNICA DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO PARA OS PPS MAIS


UTILIZADOS NAS UNIDADES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA

NEBULIZADORES, MACRONEBULIZADORES, ESPAÇADORES, E UMIDIFICADORES


DE OXIGÊNIO.

• Realizar limpeza e desinfecção após cada uso;


• Colocar o EPI;
• Desconectar todas as peças (máscara, copinhos, cachimbo, extensão, traqueia,
câmara, membrana etc.), imergir em água e detergente enzimático e realizar fricção
com esponja;
• Enxaguar as peças rigorosamente interna e externamente;
• Deixar escorrer sobre um pano limpo, completar a secagem manualmente;
• Imergir todas as peças em solução de hipoclorito a 0,5% por 10 minutos em
recipiente opaco e tampar;
• Retirar as peças do recipiente e enxaguá-la individualmente e rigorosamente em
água corrente, para eliminar totalmente o resíduo do hipoclorito;
• Para secagem desses PPS poderão ser utilizados: pano descartável tipo wiper,
compressa descartável não estéril de algodão ou papel absorvente que não deixe
resíduo. Para a secagem do interior de produtos para saúde que possuem lúmen a
recomendação é a utilização de ar comprimido;
• Guardar as peças montadas em recipiente tampado.
• Anotar em impresso apropriado o horário de início e fim do processo e nome do
responsável.

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QUADRO 2. VALIDADE DOS PRODUTOS PARA IMERSÃO

PRODUTOS/ CONDIÇÕES DOS PPS POR VALIDADE DA SOLUÇÃO EM


MÉTODOS TIPO DE PROCESSAMENTO USO**

DETERGENTE SUJO E CONTAMINADO USO ÚNICO


ENZIMÁTICO

SUJO E CONTAMINADO USO ÚNICO


CLORO* (DESCONTAMINAÇÃO)

LIMPO E SECO 12 HORAS


(DESINFECÇÃO)

SUJO E CONTAMINADO USO ÚNICO


ALCOOIS (DESCONTAMINACAO)

LIMPO E SECO DOSEAMENTO (OBSERVAR A


(DESINFECÇÃO) VALIDADE INDICADA NA PARTE
EXTERNA DA ALMOTOLIA)

*reduzem a atividade bacteriana progressivamente na presença de matéria orgânica.


**condições do frasco de depósito do produto: frasco plástico ou de vidro ambar tampado.

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Esterilização de produtos para a saúde com potencial risco de
contaminação pelo vírus SARS-CoV-2
A esterilização por meio físico será realizada por meio de autoclave, que utiliza vapor
saturado sob pressão para realizar o processo de esterilização.
Para esterilização por meio de autoclave deverão ser seguidos os seguintes passos, após
a limpeza e secagem dos PPS:
● Acondicionamento dos PPS em invólucros de grau cirúrgico;
● Fechamento das embalagens com utilização de seladora;
● Posicionamento das embalagens no interior da autoclave observando o espaço
entre as mesmas para possibilitar a circulação do vapor, não ultrapassando 2/3 da
capacidade do equipamento.
● Observar e registrar temperatura e/ou pressão e monitorar o tempo de exposição,
conforme as orientações do fabricante;
● Realizar o processo de validação conforme definido pela legislação vigente.

A ANVISA determina que a monitorização do processo de esterilização seja realizada da


seguinte forma (BRASIL, 2012):

a) Monitorização Física:
1. Controle de temperatura: registrar a temperatura em todos os ciclos
2. Controle de pressão no manômetro: registrar a pressão em todos os ciclos
3. Controle de pressão no manovacuômetro: registrar a pressão em todos os ciclos

b) Monitorização Química:
1. Indicador Químico Classe I – utilizar em todos os pacotes. Indica que a autoclave
atingiu a temperatura indicada para esterilização. Não garante a esterilização, apenas
indica se a temperatura foi alcançada. Ex. Fita Adesiva Indicadora (Fita zebrada), Papel
Grau Cirúrgico.
2. Indicador Químico Classe V – Integrador Químico: utilizar em todos os pacotes.
Reage a temperatura, vapor e pressão. Deve ser utilizado em todos os pacotes. Não
garante a esterilização, apenas que os parâmetros relacionados à temperatura, vapor e
pressão foram alcançados durante o ciclo.
3. Bowie & Dick: Avalia o desempenho do sistema de remoção de ar (bomba de
vácuo). Deve ser utilizado todos os dias nas autoclaves que possuem bomba de vácuo,
no primeiro ciclo do dia, e após manutenção da autoclave. A utilização deve ser realizada

14
de acordo com as normas do fabricante.
Nos casos em que o resultado do Teste de Bowie-dick for positivo, interditar a autoclave,
caso tenha sido processado material na primeira carga do dia, este material terá que ser
reprocessado em outra autoclave, não podendo ser liberado para uso. Acionar
imediatamente o serviço de manutenção da autoclave.

b) Monitorização Biológica

1. Testes Biológicos – são os únicos indicadores que asseguram a qualidade efetiva da


esterilização. De acordo com a RDC 15/2012 da ANVISA devem ser realizados
diariamente, na primeira carga do dia, e após manutenção da autoclave.
Orientações para a utilização do teste biológico:
a) realizar na primeira carga do dia;
b) Selecionar como pacotes testes aqueles que melhor representam o tipo de carga mais
comum na unidade de saúde;
c) Utilizar três ampolas de indicadores biológicos embaladas em pacotes-teste, com
identificação de data e posição das mesmas na autoclave (frente, meio e fundo);
d) Após a conclusão de todo o processo de esterilização, retirar o indicador biológico e
seguir as recomendações do fabricante;
e) Realizar a leitura do resultado do indicador biológico após o tempo recomendado pelo
fabricante;
f) Interditar a autoclave em caso de indicador biológico com resultado positivo;
g) Registrar e arquivar o resultado por no mínimo dois anos para respaldo legal.
Nos casos em que o resultado do indicador biológico for positivo, interditar a autoclave,
caso tenha sido processado material na primeira carga do dia, este material terá que ser
reprocessado em outra autoclave, não podendo ser liberado para uso. Acionar
imediatamente o serviço de manutenção da autoclave.

Ações em caso de não conformidade:


● Suspender a utilização da autoclave.
● Comunicar ao enfermeiro responsável e gestor local.
● Solicitar manutenção da autoclave, conforme rotina local.

15
Distribuição e armazenamento de Produtos para Saúde

Resultados esperados: Armazenamento dos produtos para saúde de modo a


permanecerem úteis até a sua utilização ou vencimento do prazo da validade

Materiais a serem submetidos a este processo: Todos os PPS que foram desinfetados
e esterilizados

Cuidados:
1. Os produtos devem ser transportados em caixa de material rígido e com tampa
identificada com uma etiqueta escrito “MATERIAL DESINFETADO OU
ESTERILIZADO”
1. Armazenar os produtos em local limpo, seco e protegido da luz solar direta
2. Organizar o material de modo que estejam de fácil acesso
3. Não utilizar prendedores elásticos nas embalagens
4. Conferir diariamente o material e reprocessar em caso de:
a) Vencimento da data de validade
b) Dano na embalagem (rasgo, furos, umidade etc)
c) Qualquer sinal de sujidade no interior da embalagem

Obs: o reprocessamento inclui a etapa de limpeza do PPS.

Prazo de validade:
- PPS desinfetados: 14 dias a contar do dia da desinfecção
- PPS esterilizados: 30 dias a contar do dia da esterilização

16
Transporte de produtos para saúde limpos a serem processados
em outra unidade de saúde
Resultados esperados: Transportar o PPS entre unidades de saúde de modo a diminuir
o risco de exposição e/ou lesão para a equipe profissional, pacientes ou contaminação do
ambiente.

Materiais a serem submetidos a este processo: Os PPS que necessitam de


autoclavagem e que estejam impedidos de passarem por esse processamento na unidade
de origem, poderão ser autoclavados em outra unidade desde que sejam enviados limpos
.

Recursos necessários:

● Recipiente rígido e com tampa

Cuidados:

● Encostar na caixa apenas quando utilizando luvas de procedimento.


● Garantir que a caixa esteja hermeticamente fechada, íntegra, identificada com
etiqueta escrito “MATERIAL LIMPO” e que não esteja molhada.
● Manusear a caixa de forma gentil, evitando que se abra ou caia.
● Posicioná-la no carro de transporte com a tampa para cima, evitando que se abra
durante o movimento do carro.

17
Limpeza e Desinfecção de superfícies com potencial risco de
contaminação pelo vírus SARS-CoV-2
Executante: Profissionais de Higiene e Limpeza

Resultados esperados:
Destruição ou remoção de microrganismos a um nível em que deixa de ser nocivo à saúde
e é seguro para manuseio. Garantir aos usuários dos serviços de saúde uma permanência
em local limpo e em ambiente com menor carga de contaminação possível, contribuindo
com a redução da possibilidade de transmissão de infecções oriundas de fontes
inanimadas.

Materiais a serem submetidos a este processo:


Mobiliários, pisos, paredes, divisórias, portas e maçanetas, tetos, janelas, equipamentos
para a saúde, bancadas, pias, macas, colchão, poltrona, suporte para soro, balança e
pratos de balanças, computadores, instalações sanitárias, grades de aparelho de
condicionador de ar, ventilador, exaustor, luminárias, bebedouro, aparelho telefônico, e
outros.

Recursos necessários:
● Equipamentos que podem ser usados para a limpeza: enceradeiras, aspiradores,
lavadoras, lixeiras, carrinhos de limpeza, de transporte de material, contêineres, e
outros.
● Utensílios: baldes, vassouras, mops, pás, rodos, esponjas, flanelas e/ou panos de
mobília, pano de chão, dispensador de sabão líquido, suporte de papel toalha e saco
de lixo.
● Produtos de higiene: sabão líquido e papel toalha.
● Desinfetantes e saneantes: detergentes, desinfetantes, hipoclorito de sódio à 1%,
álcool a 70%, cera líquida (acrílica), neutralizadores de odor, etc.

Princípios gerais:
● Proceder à frequente higienização das mãos;
● Não utilizar adornos (anéis, pulseiras, relógios, colares, piercing, brincos) durante o
período de trabalho;
● Manter os cabelos presos e arrumados e unhas limpas, aparadas e sem esmalte;
● A Anvisa recomenda que profissionais devem manter os cabelos presos e barba
feita;
● O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve ser apropriado para a
atividade a ser exercida;
● Nunca varrer superfícies a seco, pois esse ato favorece a dispersão de
microrganismos que são veiculados pelas partículas de pó. Utilizar a varredura
úmida, que pode ser realizada com mops ou rodo e panos de limpeza de pisos;
● Para a limpeza de pisos, devem ser seguidas as técnicas de varredura úmida,
ensaboar, enxaguar e secar.
● O uso de desinfetantes ficam reservados apenas para as superfícies que
contenham matéria orgânica;
● Todos os produtos saneantes utilizados devem estar devidamente registrados ou
notificados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
● O profissional de limpeza sempre deverá certificar se os produtos de higiene, como
sabão líquido e papel toalha e outros são suficientes para atender às necessidades
do setor;
● Os panos de limpeza de piso e panos de mobília devem ser lavados manualmente
no expurgo;

18
● O material não deverá ser apoiado no chão. Guardar o material em local apropriado.
Manter os panos de mobiliário separados dos panos de piso, sempre que um estiver
em uso, deverá ter outro pano de molho, assim mantém-se os panos limpos,
alvejados e desinfetados;
● Os discos das enceradeiras devem ser lavados e deixados em suporte para facilitar
a secagem e evitar mau cheiro proporcionado pela umidade;
● Todos os equipamentos deverão ser limpos a cada término da jornada de trabalho.
● Sempre sinalizar os corredores, deixando um lado livre para o trânsito de pessoal,
enquanto se procede a limpeza do outro lado. Utilizar placas sinalizadoras e manter
os materiais organizados, a fim de evitar acidentes e poluição visual;
● A frequência de limpeza das superfícies pode ser estabelecida para cada serviço,
de acordo com o protocolo da instituição;
● A desinsetização periódica deve ser realizada de acordo com a necessidade de
cada instituição. O cronograma semestral para a desinsetização deve estar
disponível para consulta, assim como a relação dos produtos utilizados no decorrer
do semestre. (Vide quadro 1)

Principais atividades:

Limpeza concorrente
É o procedimento de limpeza realizado, diariamente, em todas as unidades dos
estabelecimentos de saúde com a finalidade de limpar e organizar o ambiente, repor os
materiais de consumo diário (por exemplo, sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha
e outros) e recolher os resíduos, de acordo com a sua classificação. Ainda, durante a
realização da limpeza concorrente é possível a detecção de materiais e equipamentos não
funcionantes, auxiliando as chefias na solicitação de consertos e reparos necessários.
Nesse procedimento estão incluídas a limpeza de todas as superfícies horizontais, de
mobiliários e equipamentos, portas e maçanetas, parapeitos de janelas, e a limpeza do piso
e instalações sanitárias.
Merece maior atenção, a limpeza das superfícies horizontais que tenham maior contato
com as mãos do paciente e das equipes, tais como maçanetas das portas.
Na limpeza concorrente de piso de corredores deve-se dar preferência aos horários de
menor movimento. Em caso de uso de máquinas, devem ser utilizados os mesmos
procedimentos da limpeza concorrente de piso.

Limpeza terminal
Trata-se de uma limpeza mais completa, incluindo todas as superfícies horizontais e
verticais, internas e externas. As programadas devem ser realizadas no período máximo
de 15 dias quando em áreas críticas. Em áreas semicríticas e não críticas o período máximo
é de 30 dias.
O procedimento inclui a limpeza de paredes, pisos, teto, painel de gases, equipamentos,
todos os mobiliários, armários, bancadas, janelas, vidros, portas, peitoris, luminárias, filtros
e grades de ar condicionado.
Nesse tipo de limpeza deve-se utilizar máquinas de lavar piso (realizando-se movimentos
“oito deitado” e unidirecional), cabo regulável com esponjas sintéticas com duas faces para
parede e os kits de limpeza de vidros e de teto.
As paredes devem ser limpas de cima para baixo e o teto deve ser limpo em sentido
unidirecional.
O uso de desinfetantes deverá ser restrito a superfícies que contenham matéria orgânica.
É importante o estabelecimento de um cronograma com a definição da periodicidade da
limpeza terminal com data, dia da semana e horários, conforme a criticidade das áreas
(vide quadro 2)

Técnica de desinfecção com pequena quantidade de matéria orgânica

19
Nas superfícies onde ocorrer um pequeno derramamento de substâncias corporais ou
sangue, incluindo respingos, deve-se:
● Remover a matéria orgânica com papel toalha ou pano e proceder à limpeza,
utilizando a técnica de dois baldes.
● Se piso ou paredes:
○ Realizar, primeiramente, a limpeza com sabão ou detergente na superfície
a ser desinfetada, com o auxílio do rodo ou mop.
○ Enxaguar e secar.
○ Após a limpeza, aplicar o desinfetante na área que foi retirada a matéria
orgânica, deixando o tempo necessário para ação do produto (seguir
orientação do fabricante). Se necessário, realizar enxágue e secagem.

● Se mobiliário:
○ Realizar limpeza com sabão ou detergente na superfície a ser desinfetada,
com o auxílio de panos de mobília.
○ Após limpeza do mobiliário, realizar a fricção com álcool a 70% ou outro
desinfetante.

Técnica de desinfecção com grande quantidade de matéria orgânica


● Remover a matéria orgânica com auxílio do rodo e da pá.
● Desprezar a matéria orgânica, líquida, no esgoto sanitário (tanque do expurgo ou
vaso sanitário) Caso a matéria orgânica esteja no estado sólido, acondicionar em
saco plástico, conforme PGRSS. Utilizar EPI apropriado.
● Proceder à limpeza, utilizando a técnica de dois baldes.
● Seguir os mesmos passos indicados na Técnica de desinfecção com pequena
quantidade de matéria orgânica.

Figura 1 – Limpeza de superfície sem presença de matéria orgânica

20
Cuidados:

Luvas de borracha
● Recomendam-se a utilização de cores diferentes de luvas de borracha, como luvas
de cor clara e de cor escura (um ou dois tons acima da cor clara):
● Luvas de cor escura: usadas na limpeza e desinfecção de superfícies onde a
sujidade é maior (Exemplos: pisos; banheiro; rodízios de mobiliários; lixeiras;
janelas; tubulações na parte alta).
● Luvas de cor clara: usadas na limpeza e desinfecção de mobiliários (Exemplos:
macas, mesas, cadeiras, paredes, portas e portais, lavatórios/pias).
● As mãos dos profissionais de limpeza e desinfecção de superfícies devem ser
lavadas antes e após o uso de luvas. Após a utilização, as luvas devem ser lavadas
e desinfetadas.
● Quando estiver com luvas não se deve tocar em maçanetas, portas, telefones,
botões de elevadores e outros locais.
● Ao usar luvas deve-se segurá-las pelo lado interno, calçando-se sem tocar na face
externa. Ao se retirá-las, deve-se segurá-las pela face externa sem tocar a pele.

21
Hipoclorito de sódio (não utilizar em locais que contenham metais e mármore)
● Realizar a diluição correta do produto conforme recomendações do fabricante
● Aplicar Hipoclorito a 1% no chão da unidade e deixar agir por no
mínimo 10 minutos.
● Retirar o excesso do Hipoclorito com pano úmido.

Álcool 70% (demais superfícies)


● Friccionar o produto (álcool 70%) na superfície do artigo, deixar secar sozinho e
repetir 3 vezes o procedimento, até completar o tempo de ação

Quadro 3 – Produtos de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde.

PRODUTOS DE LIMPEZA/ INDICAÇÃO DE USO MODO DE USAR


DESINFECÇÃO

1) Água Técnica de varredura úmida


ou retirada de pó

2) Água e sabão ou Limpeza para Friccionar o sabão ou


detergente remoção de sujidade detergente sobre a superfície

3) Água Enxaguar e secar

Álcool a 70% Desinfecção de Fricções sobre a superfície a


equipamentos e ser desinfetada
superfícies

Hipoclorito de sódio 1% Desinfecção de Após a limpeza e fricção.


superfícies não- Enxaguar e secar
metálicas e
superfícies com
matéria orgânica

Fonte: Adaptado Anvisa, 2010.

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Quadro 4 – Frequência de Limpeza Terminal Programada

CLASSIFICAÇÃO FREQUÊNCIA
DAS ÁREAS

Áreas críticas Semanal (data, horário, dia da semana preestabelecido)

Áreas não- Mensal (data, horário, dia da semana preestabelecido).


críticas

Áreas Quinzenal (data, horário, dia da semana


semicríticas preestabelecido).

Áreas comuns (Data, horário, dia da semana preestabelecido).

Fonte: Adaptado Anvisa, 2010.

23
Quadro 5:

Fonte:

24
4 - Gerenciamento de Resíduos
O gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (GRSS), anteriormente à criação
da Anvisa, era regulamentado somente por resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA). Devido à competência legal estabelecida pela Lei 9.782/1999, que
criou a Anvisa, coube a esta Agência a competência de regulamentar os procedimentos
internos dos serviços de saúde, relativos ao GRSS. O Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária (SNVS) atua de forma descentralizada, e a fiscalização do GRSS compete às
Vigilâncias Sanitárias dos Estados, Municípios e do DF, com o auxílio dos órgãos ambientais
locais, auxiliados pelos Serviços de Saneamento e dos Serviços de Limpeza Urbana.
Considera-se que parte dos resíduos gerados apresenta risco similar aos domiciliares,
podendo ter o mesmo destino, esgoto ou aterro sanitário.
Os resíduos de saúde, apesar de representarem uma parcela do total dos resíduos
produzidos em uma comunidade, são particularmente importantes tanto para a segurança
ocupacional dos funcionários que manuseiam como para a saúde pública e qualidade do meio
ambiente, quando mal destinados.

4.1 - Definições

4.1.1 - Resíduos de serviços de Saúde

São todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços de assistência


domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde;
necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento
(tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias
inclusive de manipulação; estabelecimento de ensino e pesquisa na área de saúde; centros
de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores,
distribuidores e produtores farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de
materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde;
serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares; por suas
características, necessitam de processos diferenciados em manejo, exigindo ou não
tratamento prévio à sua disposição final.

4.1.2 - Manejo dos Resíduos

É entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra-hospitalar


(segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento
temporário, tratamento interno, armazenamento externo) e extra-hospitalar (coleta externa,
transporte externo, tratamento externo, disposição final). As resoluções da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária – ANVISA RDC nº306/2004 e Conselho Nacional do Meio Ambiente –
CONAMA nº358/2005, classificam os resíduos em grupos, sendo obrigatória a segregação
dos resíduos na fonte e no momento da geração, de acordo com suas características, para
fins de redução do volume dos resíduos a serem tratados e dispostos, garantindo a proteção
da saúde e do meio ambiente.

4.2 - Classificação dos resíduos - segundo ANVISA RDC 306/2004 e CONAMA 358/2005
- que divide em grupos A,B,C,D e E

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Grupo A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção. Este grupo é subdividido em 5
categorias.

● A1 - Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos


biológicos, exceto os hemoderivados, descarte de vacinas de microorganismos vivos
ou atenuados; meios de cultura e instrumentos utilizados para transferência,
inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita de
contaminação biológica por agentes de Risco 4, microrganismos com relevância
epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se
torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido. Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes
rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade
vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta. Sobras de amostras de laboratório
contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do
processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma
livre.
● A2 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem
como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de
microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram
submetidos ou não, a estudo anátomo patológico ou confirmação diagnóstica.
● A3 - Peças anatômicas do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com
peso menor que 500 gramas, ou estatura menor que 25 centímetros, ou idade
gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal, e não
tenha sido requisitado pelo paciente ou familiares.
● A 4 - Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados. Filtros
de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento
médico hospitalar e de pesquisa, entre outros similares. Sobras de amostras de
laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de
pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de
Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou
microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente
importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de
contaminação com príons. Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração,
lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. Peças anatômicas (órgãos e
tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos
anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica. Carcaças, peças anatômicas,
vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações.
Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
● A5 - Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e
demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com
suspeita ou certeza de contaminação com príons.

26
Grupo B - Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade. Produtos hormonais e produtos antimicrobianos;
citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores;
antirretrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e
distribuidores de medicamentos ou apreendidos, e os resíduos e insumos farmacêuticos dos
Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações. Resíduos de
saneantes, desinfetantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório,
inclusive os recipientes contaminados por estes. Efluentes de processadores de imagem
(reveladores e fixadores). Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises
clínicas. Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da
ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

Grupo C - Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham


radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas
do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Enquadram-se neste
grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de
laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a
resolução CNEN-6.05.

Grupo D - Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou
ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares: Papel de uso sanitário
e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente,
material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros
similares não classificados como A1; Sobras de alimentos e do preparo de alimentos; Resto
alimentar de refeitório; Resíduos provenientes das áreas administrativas; Resíduos de
varrição, flores, podas e jardins; Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.

Grupo E - Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear,


agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas,
lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e
todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e
placas de Petri) e outros similares.

4.3 - Etapas do manejo dos resíduos

4.3.1 - Segregação

A segregação consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua


geração, de acordo com as características físicas, químicas e biológicas, o seu estado físico
e os riscos desenvolvidos. Ela possibilita a reciclagem e o reuso de determinados tipos de
resíduos, proporcionando a minimização destes a serem dispostos.

4.3.2 - Acondicionamento

O acondicionamento consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos


ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura,

27
impermeável baseado na NBR 9191/2000 da ABNT, respeitando os limites de peso de cada
saco, sendo proibido o seu esvaziamento e reaproveitamento. A capacidade dos recipientes
de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Os
resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de material
compatível com líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada
e vedante.

4.3.3 - Identificação

Os resíduos, após serem acondicionados, deverão ser identificados com a expressão


e símbolo específico para cada grupo.

4.3.4 - Coleta

I. Consiste no recolhimento do resíduo diretamente do ponto de geração e na sua


remoção para a sala de resíduos e para o armazenamento temporário.
II. Consiste na operação de transferência das embalagens da sala de resíduo
(armazenamento temporário) para o abrigo externo de resíduo ou diretamente para o
tratamento.

4.3.5 - Armazenamento

Interno - Os abrigos temporários são locais destinados para guarda temporária dos
recipientes contendo resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração,
visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos
geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.
Externo - Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta
externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. Os sacos
deverão ser mantidos dentro dos recipientes específicos.

4.3.6 - Tratamento

Interno - Este procedimento é realizado dentro da unidade de saúde geradora de resíduos.


Utilizar métodos de tratamento de acordo com as características do resíduo e podem ser:
resíduos biológicos - autoclavagem; resíduos químicos - neutralização (ácido e base) e
inertização; rejeitos radioativos - armazenamento em condições adequadas para o
decaimento do elemento radioativo.
Externo - Consiste no conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as
características físicas, físico químicas, químicas ou biológicas dos resíduos, podendo
promover a sua descaracterização, visando a minimização do risco à saúde pública, a
preservação da qualidade do meio ambiente, a segurança e a saúde do trabalhador. Os
sistemas de tratamento de resíduos estão condicionados ao licenciamento pelo órgão
ambiental e sanitário competente e devem ser submetidos a monitoramento periódico de
acordo com parâmetros e periodicidade definidos.

4.4 - Disposição final

É dar ao resíduo um destino ambiental e sanitariamente adequado: Aterro de resíduos


perigosos: Técnica de disposição final de resíduos químicos no solo, sem causar danos ou
riscos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais e utilizando procedimentos

28
específicos de engenharia para o confinamento destes; Aterro sanitário: Técnica de
disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, por meio de confinamento em camadas
cobertas com material inerte, segundo normas específicas, de modo a evitar danos ou riscos
à saúde e à segurança, minimizando os impactos ambientais.
Referências
● Procedimentos Operacionais Padrão / Secretaria Municipal de Saúde. 1. ed. Rio de
Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde, 2020. 328 p. (Série: Organização das Redes
de Atenção à Saúde. 1 – Normas e Manuais Técnicos)
● Orientações sobre a prevenção e manejo da covid - 19 e organização dos serviços de
Atenção Primária à Saúde do município do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de
Saúde do Rio de Janeiro. Assessoria Especial de Atenção Primária à Saúde. 27 de
Abril de 2020
● Descontaminação e reprocessamento de produtos para saúde em instituições de
assistência à saúde. I. Organização Mundial da Saúde. II. Organização Pan-
Americana da saúde. 2016
● Infection prevention and control of epidemic- and pandemic-prone acute respiratory
infections in health care. 1.Guideline I.World Health Organization. 2014
● MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde Recomendações de
proteção aos trabalhadores dos serviços de saúde no atendimento de COVID-19 e
outras síndromes gripais COE/SVS/MS | Abr. 2020
● MIRANDA, Ana Maria Ferreira de; QUINTINO, Ana Paula Neves; CALICCHIO, Ligia
Garrido; MARTINS, Luciana; SILVA, Maria Virginia Godoy da; BANDEIRA, Ornilda
Bezerra; SANTOS, Rosa Regina dos. NOTA técnica coronavírus e CME: emissão
inicial 28 de março de 2020. São Paulo: NASCE/CME, 2020. 43p. Disponível em:
http://nascecme.com.br/2014/wp-content/uploads/2020/03/Nota- T%C3%A9cnica-
Anexos-28-03-2020-17h45.pdf. Acesso em: 19 abr. 2020.
● COFEN. Recomendações Gerais para Organização dos Serviços de Saúde e Preparo
das equipes de enfermagem. As unidades de saúde devem se adequar às mudanças
necessárias para enfrentamento da pandemia da COVID-19 (Versão 2)
● NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 07/2020. ORIENTAÇÕES PARA A
PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO DE COVID-19 DENTRO DOS SERVIÇOS DE
SAÚDE
● RESOLUÇÃO - RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012. Dispõe sobre requisitos de
boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências.
● RESOLUÇÃO - RE N° 2605, DE 11 DE AGOSTO DE 2006. PRODUTOS MÉDICOS
ENQUADRADOS COMO DE USO ÚNICO PROIBIDOS DE SER REPROCESSADOS
● Terri Rebmann, PhD, RN, CIC. APIC Position Paper: Extending the Use and/or
Reusing Respiratory Protection in Healthcare Settings During Disasters. APIC
Emergency Preparedness Committee, Public Policy Committee and Regulatory
Review Panel
● NOTA TÉCNICA Nº 34/2020/SEI/COSAN/GHCOS/DIRE3/ANVISA. Recomendações
e alertas sobre procedimentos de desinfecção em locais públicos realizados durante
a pandemia da COVID-19.
● BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do paciente em serviços
de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies/Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2010. 116 p. Acesso em: 27/05/2020.
● Portal Educação. Limpeza, Desinfecção e Esterilização de artigos. Acesso em:
27/05/2020. Disponível em:
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/limpeza-
desinfeccao-e-esterilizacao/17627
● BRASIL, Ministério da Saúde. Controle de Infecção Hospitalar. RJ 2010. Acesso em:
27/05/2020. Disponível em:
http://www.hgb.rj.saude.gov.br/ccih/Todo_Material_2010/ROTINA%20D/rotina_d1_re

29
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● BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 8 de 27 de fevereiro de
2009. Dispõe sobre as medidas para redução da ocorrência de infecções por
Micobactérias de Crescimento Rápido – MCR. Brasília: ANVISA, 2009. Acesso em:
27/05/2020.
● NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 05/2020. Orientações para a prevenção
e o controle de infecções pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Em instituições de
Longa Permanência para Idosos (ILPI). Brasília, 21 de março de 2020. Acesso em:
27/05/2020.
● RESOLUÇÃO - RDC Nº 222/2018 Comentada. Gerência de regulamentação e
controle sanitário em serviços de saúde - GRECS/Gerência Geral de tecnologia em
serviços de saúde - GGTES/ANVISA. Brasília, 11 de junho de 2018. Acesso em:
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e+2018+COMENTADA/edd85795-17a2-4e1e-99ac-df6bad1e00ce
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● Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do paciente em serviços
de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies/Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2010
● ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução de diretoria
colegiada- RDC nº 55, de 14 de novembro de 2012. Disponível em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0055_14_11_2012.html.
Acesso em 01/06/2020.
● PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS/SP – SECRETARIA MUNICIPAL DE
SAÚDE. Manual de Normas e Rotinas para o Processamento de Materiais de
enfermagem/Médico/Odontológico. Disponível em:
http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/Manual_Esterelizacao_SM
S_Campinas_versao_final_rev2015.pdf. Acesso em 01/06/2020.
● NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. Orientações para serviços de
Saúde: Medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a
assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus
(SARS-CoV-2). Atualizada em 08/05/2020. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-
2020+GVIMS-GGTES-ANVISA-ATUALIZADA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-
b9341c196b28. Acesso em: 01/06/2020.
● Descontaminação e reprocessamento de produtos para saúde em instituições de
assistência à saúde. I. Organização Mundial da Saúde. II. Organização Pan-
Americana da saúde. 2016
● MIRANDA, Ana Maria Ferreira de; QUINTINO, Ana Paula Neves; CALICCHIO, Ligia
Garrido; MARTINS, Luciana; SILVA, Maria Virginia Godoy da; BANDEIRA, Ornilda
Bezerra; SANTOS, Rosa Regina dos. NOTA técnica coronavírus e CME: emissão
inicial 28 de março de 2020. São Paulo: NASCE/CME, 2020. 43p. Disponível em:
http://nascecme.com.br/2014/wp-content/uploads/2020/03/NotaT%C3%A9cnica-
Anexos-28-03-2020-17h45.pdf. Acesso em: 19 abr. 2020.
● BARRETO, Silvana dos Santos. Manual de Reprocessamento de Produtos para
Saúde nas Unidades de Atenção Primária à Saúde da CAP 3.2. Rio de Janeiro, Maio,
2020.

30
● CORPO DE BOMBEIROS MILITAR. Limpeza, desinfecção e gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde. Mato Grosso do Sul, 2014.
● BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do paciente em serviços
de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies/Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2010. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271892/Manual+de+Limpeza+e+Desinf
ec%C3%A7%C3%A3o+de+Superf%C3%ADcies/1c9cda1e-da04-4221-9bd1-
99def896b2b5?version=1.1. Acesso em: 28 mai. 2020.
ASSAD, C.; COSTA, G. Manual Técnico de Limpeza e Desinfecção de Superfícies
Hospitalares e Manejo de Resíduos. Rio de Janeiro: IBAM/COMLURB, 2010.

31
Anexo 1

Modelo de Etiqueta para Saneantes

Modelo de Etiqueta para Detergente Enzimático

32
Anexo 2

Como calcular a diluição do hipoclorito, caso a solução disponível seja numa


concentração superior à desejada:

Ex. O serviço dispõe de solução de cloro ativo a 2.5%. O recipiente utilizado para preparar a
solução tem capacidade para 10 litros. Como preparar uma solução com uma concentração
de hipoclorito a 0,5%?

É necessário usar a fórmula: C1V1 = C2V2, onde:

C1 = Concentração inicial (neste caso é 2,5%)

V1 = Volume da concentração inicial que deverá usar para diluir (qual o volume que será
necessário utilizar para obter a concentração desejada)

C2 = Concentração final desejada (no exemplo é 0,5%)

V2 = Volume final da solução diluída (no exemplo são 10L)

Então,

Para fazer 10 litros da solução de hipoclorito 0,5%, utilizando o hipoclorito 2,5%.

C1 = 2.5%

V1 = ?

33
C2 = 0,5%

V2 = 10L

Aplicando a fórmula, tem-se:

C1V1 = C2V2

2,5xV1 = 0,5x10

V1 = 0,5x10/2,5

V1 = 2L

Conclusão: Para se preparar uma solução de 10 litros de hipoclorito 0,5% será


necessário utilizar 2 litros de hipoclorito 2,5% e completar com água até atingir 10
litros.

Anexo 3

Monitoramento da Desinfecção com Solução de Hipoclorito

Nome da Unidade:

Data Horário de Horário de Nome Legível/Função Nº do Registro


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