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GOVERNANÇA em

HOTELARIA HOSPITALAR
POR QUE HIGIENIZAR?

 Entre 7% a 10% dos pacientes hospitalizados adquirem ao menos uma infecção relacionada à assistência à
saúde. (OMS, 2016)

 No Brasil, estima-se que a taxa média de infecção hospitalar é de 9%, com letalidade de 14,35%. (Anvisa,
2016)

 As infecções relacionadas à assitência à saúde são eventos adversos que podem ocorrer nos serviços de saúde.

 As instituições de saúde vem trabalhando para criar condições de segurança para pacientes, profissionais de
saúde, meio ambiente e comunidade.

 A prevenção e o controle das infecções representa uma das iniciativas mais importantes para a segurança dos
pacientes.
Estratégias de prevenção às Infecções
Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAs)

 Higiene das mãos.

 Uso adequado de antimicrobianos.

 Procedimentos padronizados e supervisionados.

 Limpeza e desinfecção de superfícies.


HIGIENIZAÇÃO HOSPITALAR

 A higienização hospitalar é o processo de remoção de


sujidade de superfícies inanimadas, alcançada mediante
os procedimentos de descontaminação, desinfecção e/ou
limpeza.
CATEGORIAS DE HIGIENIZAÇÃO

 Limpeza: Remoção de toda sujidade de qualquer superfície ou ambiente (piso,


paredes, teto, mobiliário e equipamentos). O processo deve ser realizado com água,
detergente e ação mecânica manual. PRECEDE OS PROCESSOS DE DESINFECÇÃO
E ESTERILIZAÇÃO.

 Desinfecção: Processo de destruição de microorganismos patogênicos na forma


vegetativa existente em objetos ou superfícies, MEDIANTE A APLICAÇÃO DE
SOLUÇÃO GERMICIDA EM UMA SUPERFÍCIE PREVIAMENTE LIMPA.

 Descontaminação: Remoção de materiais orgânicos de uma superfície, COM


AUXÍLIO DE UMA SOLUÇÃO DESINFETANTE, APLICADA DIRETAMENTE
SOBRE O AGENTE CONTAMINANTE.
ÁREAS

 CRÍTICAS: Maior risco de transmissão de infecções


(Unidade de Terapia Intensiva, Centro de Químioterapia,
Isolamentos, Necrotério, etc)
 SEMICRÍTICAS: Oferecem menor risco de transmissão
de infecções (Unidade de internação e Ambulatórios)
 NÃO CRÍTICAS: Áreas administrativas
TIPOS DE LIMPEZA

 CONCORRENTE: Realizada diariamente, quando o paciente encontra-se internado de forma


a manter/conservar os ambientes isentos de sujidade e risco de contaminação. Nas salas cirúrgicas, a
limpeza concorrente será realizada imediatamente após cada cirurgia e sempre que necessário.

 IMEDIATA: Realizada quando há presença de sujidade e/ou matéria orgânica sempre que
necessário.

 TERMINAL: Realizada após alta, transferência ou óbito. Nas salas cirúrgicas, a desinfecção
terminal será realizada ao término da programação cirúrgica diária.
Tipos de arrumação de leito

 Leito fechado: leito pronto para ser ocupado por um novo paciente
 Leito aberto: ocupado pelo paciente que pode se locomover
 Leito de operado: ocupado pelo paciente que foi submetido a
cirurgia ou exame com sedação.
Plano Operacional de Limpeza

 Serve para promover a confiança entre pacientes, usuários e colaboradores, garantindo a higiene das
instalações e boas práticas de prevenção e controle de infecções.
 Fundamental contemplar:
 Mapeamento das áreas quanto ao risco para disseminação de microrganismos.
 A definição do que deve ser limpo, quem deve realizar a higienização, além da frequência e método de limpeza.
 Ainda outros aspectos importantes:
 Qualificação da equipe
 Monitoramento da qualidade do serviço prestado
 Planejamento de ações para melhorias futuras
 Readequação do plano.
Para que o Plano Operacional do Serviço de
Higiene funcione...

 Coordenação definida
 Nº suficiente de supervisores treinados e bem orientados.
 Foco principal na limpeza de áreas de atendimento ao paciente.
 Políticas e procedimentos descritos, responsabilidades definidas, limpeza concorrente e
terminal, cuidados com áreas de construções e reformas, situações especiais e surtos
 Treinamentos e educação continuada
 Monitoramento: resultados relatados auxiliam para a análise de desempenho
Definição de periodicidade da limpeza e
desinfecção

 Passo 1: Classificar os fatores que podem impactar a limpeza ambiental


 Probabilidade de contaminação por microrganismos (pesada, moderada ou leve)
 Suscetibilidade da população atendida
 Potencial da exposição
 Passo 2: Determinar a pontuação total de estratificação de risco
 Passo 3: Determinar a frequência da limpeza com base
na matriz de estratificação de risco

(PIDAC, 2012)
Indicadores de Resultado

 Número de queixas no SAC que relacionam-se com serviços de higiene.

 Taxa de infecção relacionada a assistência à saúde por microrganismos importantes na


transmissão ambiental (rotavírus, clostridium difficile, acinetobacter baumannii, etc)

 Taxa de acidentes ocupacionais

 Taxa de quebra de equipamentos


É fundamental:

 Acompanhar a equipe de higiene e coleta de resíduos em tarefas básicas (avaliação de processo e


estrutura);

 Realizar auditoria amostral de forma a acompanhar profissionais em diferentes turnos e horários;

 Criar indicadores de acompanhamento;

 Discutir com a equipe os resultados encontrados e traçar estratégias de melhorias;

 NUNCA direcionar problemas encontrados para pessoas


Referências:

1. WHO - World Health Organization. Health care without avoidable infections: The critical role of
infection prevention and control. Disponível em: 
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/246235/1/WHO-HIS-SDS-2016.10-eng.pdf?ua=1. [Acesso em
06/09/2016].
2. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica
Aplicada à Prática. Disponível em: 
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro1-Assistencia_Segura.pdf
 [Acesso em 06/09/2016].
3. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BR). Segurança do paciente em serviços de
saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. 2012.
4. PIDAC - PROVINCIAL INFECTIOUS DISEASES ADVISORY COMMITTEE et al. Best Practices
for Environmental Cleaning for Prevention and Control of Infections in All Health Care
Settings . Public Health Ontario, 2012.
Gestão do Atendimento Hospitalar
ETAPAS E PROCESSOS COM ÊNFASE NA HOTELARIA
 O funcionamento do hospital pode ser
dividido em etapas. Cada etapa define
uma finalidade básica relacionada à
atividade fim do hospital, que é tratar de
pessoas doentes.

 As etapas são divididas em processos,


que definem o que é necessário fazer
para que a atividade da etapa seja
cumprida.

 Os processos são analisados segundo os


controles, que definem como são
realizados.

 Para executar os controles, são


necessários requisitos, ou seja, aquilo
que é necessário para realizar o controle
dentro de determinado padrão.
1. Pré-atendimento: interação do hospital com os clientes antes de sua chegada física.
2. Admissão: recepção física do paciente no ambiente hospitalar.
3. Atendimento assistencial: a cura da doença ou o tratamento do sintoma/consequência da doença.
4. Apoio assistencial: suporte das áreas de apoio para que o atendimento assistencial possa ser realizado.
5. Pós-atendimento: o que se relaciona com o paciente após sua saída do ambiente hospitalar.
6. Gestão empresarial: gestão administrativo-financeira do hospital, comuns a todos os tipos de empresas.

O funcionamento dos hospitais é dividido em 6 grupos de etapas


Na etapa de Pré-Atendimento, concentram-se as operações de:

 Call center (agendamentos).


 Obtenção de guias de autorizações para atendimentos em operadoras.
 Conciliação de agendas médicas, de salas e equipamentos.
 Validação financeira da fonte pagadora.
 Instruções de preparo para exames e procedimentos.
 Termo de responsabilidade.
Pré atendimento
Etapas que iniciam o
atendimento do paciente
no hospital: Admissão

Recepção.

Registro do atendimento.

Procedimentos preliminares
de controle assistencial e
financeiro do atendimento.

Resgate e remoção do
paciente e doador.
Atendimento Assistencial

 Etapas da atenção assistencial


propriamente dita:
 Prática médica.

 Cuidados assistenciais das


equipes de enfermagem,
fisioterapia, nutrição e outros
profissionais assistenciais.
Etapas da retaguarda técnica e
operacional necessária para que o
atendimento assistencial se
viabilize: Apoio Assistencial

Realização de exames.

Dispensação da farmácia.

Controle de infecção.

Preparação de alimentação.

Gestão do prontuário do
paciente.

Demais atividades de outras


áreas de apoio assistencial.
 Etapas de realização da receita junto à fonte pagadora e de repasse aos prestadores envolvidos:
gestão pós atendimento
 Etapas dos processos de gestão empresarial, em que os hospitais se assemelham às empresas dos
demais segmentos de mercado:

 Gestão orçamentária.

 Gestão financeira.

 Controladoria.

 Gestão de suprimentos.

 Gestão de recursos humanos.


Referência:

1. Salu, E. J. Administração Hospitalar no Brasil. São Paulo: Editora Manole, 2013.

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