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Plano de aula

Promoção de Biossegurança nas ações de


enfermagem
Carga horária 50 horas.

Bases Tecnológicas

● Normas técnicas de descontaminação, limpeza, preparo, desinfecção, esterilização,


manuseio e estocagem de materiais;
● Métodos de esterilização: funcionamento de equipamento de esterilização de ação
química e física: protocolos técnicas e manuseios;
● Classificação dos artigos e áreas críticas, semicríticas e não críticas;
● Técnicas de isolamento reverso;
● Princípios gerais de Biossegurança;
● Prevenção e controle de infecção;
● Fontes de contaminação de contaminação radioativa, prevenção e controle;
● Princípios ativos dos produtos químicos e preparo de soluções;
● Técnicas de lavagem das mãos;
● Procedimentos que requerem utilização de técnica asséptica;
● Normas básicas e protocolos de prevenção da infecção hospitalar;
● Dados estatísticos relativos a infecção hospitalar no Brasil;
● Limpeza e desinfecção de ambientes, móveis, equipamentos, materiais e utensílios
hospitalares;
● Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH): histórico da sua criação, base
legais, finalidades e estrutura organizacional;
● Indicadores dos Índices de infecção hospitalar;
● Manuseio e separação dos resíduos dos serviços de saúde;
● Central de material e esterilização: organização estrutura e funcionamento;
● Arrumação de cama hospitalar: cama aberta, cama fechada e cama de operado;
● Estrutura física do Centro Cirúrgico;
● Classificação das cirurgias;
● Tempos cirúrgicos;
● Curativo;

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● Feridas;
● Microorganismos resistentes;
● Cadeia Epidemiológica.

● Normas técnicas de descontaminação


● limpeza e desinfecção: ela pode ser de baixo nível, de médio nível e de alto nível.
● Limpeza terminal: feita na alta do paciente, na transferência, quando vem a óbito,
quando o paciente fica internado por um período superior a 7 dias.
● Limpeza concorrente
● Desinfecção: é o processo de eliminação dos microorganismos patogênicos e não
patogênicos, excluindo os esporos.
● Esterilização: é o processo de eliminação dos microorganismos patogênicos e não
patogênicos incluindo os esporos.
● manuseio e estocagem de materiais
● Métodos de esterilização: uso de autoclave, produtos químicos, esterilização física,
distribuição, são realizadas em produtos que não podem passar por temperaturas altas.
● Físico/químico:
● Desinfetante: é o agente químico capaz de destruir bactérias, fungos e vírus, mas não
os esporos.
● Descontaminação prévia: é o método pelo qual os artigos contaminados por matérias
orgânicas, como sangue, exsudato, excreção, secreção corpórea são imersos em
produtos químicos por 30 minutos antes de iniciar o processo de limpeza.
Descontaminação é uma prévia desinfecção.

● Classificação dos artigos hospitalares


● Artigos críticos: são artigos que devem ser esterilizados. Ex. Utensílios cirúrgicos,
artigos dessa categoria devem ser esterilizados.
● Artigos semicríticos: devem ser desinfectados, são todos aqueles que entram apenas
com a mucosa íntegra (equipamentos de inalação, anestesia, endoscopia, etc).
● Artigos não críticos: são aqueles que entram em contato com a pele íntegra, e ainda
não entram em contato com o paciente, tem que ser feito a desinfecção e
descontaminação.

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● Aéreas críticas: são aquelas que a atividade em pacientes com grande complexidade e
existe o risco aumentado de contaminação.
● Áreas semi críticas: são aquelas ocupadas por clientes portadores de doenças
infecciosas com baixa transmissibilidade. (Ex. Enfermeira, ambulatório).
● Áreas não críticas: são todas as áreas que teoricamente não apresentam risco de
transmissão de infecção. Ex. Entrada do hospital, almoxarifado.
● Biossegurança, bioética e Anvisa: é um conjunto de ações para prevenir, controlar,
reduzir e eliminar riscos inerentes (riscos biológicos, riscos químicos); Bioética:
preocupa-se com a moralidade dos atos biotecnocientíficos.
● CCIH: Comissão e Controle de Infecção Hospitalar): Os hospitais de todo o país devem
constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), com o objetivo de
reduzir os riscos de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS).
● CME: é o coração do hospital, Central de Material Esterilizado; é definida como uma
área responsável pela limpeza e artigos e instrumentais médicos hospitalares.
● Área suja: expurgo, destinado ao recebimento e lavagem dos artigos encaminhados
pelas diversas unidades
● Área limpa: compreende as salas do Autoclave, Arsenal e a própria Sala Limpa em si.
● Área de preparo de materiais: Setor responsável por preparar e acondicionar os
materiais. São utilizados invólucros especiais que permitam a passagem do agente
esterilizante e impeçam a passagem dos microorganismos.
● Área de preparo de instrumentos cirúrgicos: Setor responsável por conferir, preparar e
acondicionar caixas para as diversas especialidades cirúrgicas.
● Equipes que trabalham no CME: enfermeiros, técnico de enfermagem, auxiliar de
enfermagem e apoio (administrativo e serviços gerais).
● Bacteremia: A bacteremia é uma das principais responsáveis por infecção nas salas de
emergência. Caracterizada pela presença de bactéria no sangue, a bacteremia costuma
ser assintomática, mas, por vezes, provoca sinais clínicos como febre, diminuição na
pressão arterial e alteração na quantidade dos leucócitos.
● Técnicas de isolamento
● Princípios de biossegurança: é o conjunto de ações voltadas para a prevenção,
minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção,
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do
homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados.
● NR32, NR9, NR7
● Riscos biológicos: São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas,
protozoários, fungos e bacilos. Os riscos biológicos ocorrem por meio de
microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças.
Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos.
● Riscos químicos: O risco químico é a possibilidade de um trabalhador sofrer algum dano
devido a exposição ou manipulação de um produto químico. A exposição aos riscos

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químicos podem provocar irritações aos olhos e pele, queimaduras, asfixia, efeitos
anestésicos entre outros perigos, dependendo do grau de exposição.
● Contaminação radioativa: A contaminação radioativa acontece quando um material
radioativo é absorvido pelo corpo de um indivíduo. ... Quando uma pessoa sofre
contaminação radioativa, ela também se torna uma ameaça para as outras pessoas, pois
o material radioativo que está presente nela continua emitindo radiações, que podem
contaminar outros.
● Precauções padrão: a melhor maneira de se proteger da radiação ultravioleta é usar
protetor solar diário com mínimo de fator de proteção 30, usar chapéus para proteger o
rosto dos raios ultravioletas e evitar a realização de bronzeamento artificial.
● Isolamento: é o conjunto de procedimentos técnicos para evitar a disseminação das
doenças.
● Disseminação: A disseminação de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS)
frequentemente advem da contaminação cruzada. A via mais comum de transferência de
patógenos ocorre entre as mãos de profissionais de saúde e pacientes(1). No entanto, o
ambiente hospitalar pode contribuir para disseminação de patógenos.
● Tipos de isolamento: Isolamento aerossóis: Os aerossóis são partículas menores do que
as gotículas, capazes de permanecer em suspensão no ar por períodos prolongados.
Dessa forma, necessitam de medidas de proteção diferenciadas. Exemplos de doenças
com transmissão por aerossol são tuberculose, sarampo e varicela.
● Isolamento respiratório/gotículas: A precaução respiratória por gotículas visa a proteger
contra agentes que possuem transmissão aérea por gotículas, geradas com a fala, tosse,
espirro ou procedimentos que manipulem vias aéreas. As gotículas depositam-se em
superfícies e não alcançam grandes distâncias.
● Isolamento por contato: O isolamento de contato, que também pode ser chamado
comumente de isolamento de precaução, nada mais é do uma série de medidas de
isolamento e precaução de saúde tomadas quando é preciso afastar de forma parcial
uma pessoa do convívio social e do contato com outras pessoas por conta do risco de
contaminação.
● Isolamento reverso: O isolamento reverso é usado para impedir que o paciente seja
infectado por outros. O isolamento reverso é necessário quando o sistema imunológico
do paciente não está funcionando bem, como depois de um transplante de medula óssea
ou após ter recebido quimioterapia.
● https://secad.artmed.com.br/blog/medicina/isolamento-hospitalar-uti/
● Princípios ativos; produtos químicos e soluções: Os produtos para saúde são
classificados, de acordo com o risco de aquisição de infecções em: críticos, semicríticos
e não críticos (SPAULDING, 1968). Na prática assistencial, a decisão do tipo de
processamento, após a limpeza, desinfecção ou esterilização, é feita mediante essa
classificação (BRASIL, 2001): produtos críticos para a saúde, semi críticos e não
críticos.
● Técnicas de lavagem das mãos
● Procedimientos que requerem técnica aséptica: As técnicas asépticas refere todo o
método usado para esterilizar e manter a esterilidade de um objeto ou de um lugar, tal
como um teatro de funcionamento ou um laboratório, embora pode igualmente ferir o
cuidado para impedir a infecção
● Normas básicas e protocolos de prevenção de infecção hospitalar: Lavar as mãos com
frequência; Usar EPI's adequados; Esterilizar os materiais a cada uso; Usar materiais

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descartáveis durante os cuidados; Manter precauções de contato; Respeitar os
protocolos de limpeza local.
● Infecção Hospitalar (nosocomial); é toda infecção adquirida dentro de um ambiente
relacionada à saúde. São infecções que dão adquirida durante a permanência do
paciente no hospital. Controlar a infecção é assegurar a qualidade dos atendimentos
prestados e dos serviços oferecidos pela instituição. Anualmente, o dia 15 de maio
marca o combate às infecções hospitalares. Segundo dados do Ministério da Saúde, o
problema pode atingir até 14% das pessoas internadas.
● IRAS: infecção relacionada à assistência e saúde
● Infecções mais frequentes causadas num ambiente hospitalar.
○ Staphylococcus ( também encontrada na lesão cirurgia), pneumonia, septicemia.
○ Enterobacteriaceae
○ Pseudomonas.

As principais enterobactérias causadoras de infecção em ambiente hospitalar são:


escherichia coli, klebsiella, enterobacter, Proteus e a salmonella. Obs.: Caso você veja
uma secreção na cor esverdeada do paciente utilize uma máscara, pois essa
contaminação a Pseudomonas pode ser contraída pelo trato respiratório.

● Infecção hospitalar em primeiro lugar são contraídas pelo trato respiratório.


○ segundo lugar por sítio cirúrgico.
○ terceiro lugar por dispositivos intravenosos.
● Dados estatísticos relacionados à infecção hospitalar
● Limpeza e desinfecção de ambiente hospitalar: A limpeza e desinfecção hospitalar é feita
para garantir a segurança, saúde e bem-estar dos profissionais, pacientes e visitantes,
além de claro, contribuir para prevenção e controle de infecção hospitalar.
● CCIH: por lei num local com mais de 70 pacientes tem que ter um especialista em CCIH.
● Indicador do índice de infecção hospitalar.
● Manuseio e separação dos resíduos: Segundo a RDC 306/04 da ANVISA e resolução
358/05 do CONAMA, os Resíduos de Serviços de Saúde são classificados em:
○ Grupo A (Subgrupos A1, A2, A3, A4 e A5) – Risco biológico.
○ Grupo B (Resíduos Químicos) – Risco químico.
○ Grupo C (Resíduos Radioativos) – Risco radiológico.
○ Grupo D (Resíduos domésticos) – Não oferece risco.
○ Grupo E (Resíduos Perfurocortantes) - Risco biológico.
● Armazenamento temporário: guarda temporária dos coletores de resíduos de serviços
de saúde, em ambiente próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta no
interior das instalações e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto
destinado à apresentação para coleta externa.
● Descarte dos resíduos: é descartado em um saco plástico branco extremamente
resistente. ... O lixo é enviado para o tratamento adequado, que pode ser por meio de
incineração (queimados em altas temperaturas) ou esterilização em enclaves próprios
● Processo de incineração: método de tratamento de resíduos que consiste na queima
das sobras, usando fornos ou usinas próprias. É um processo que se dá com altas

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temperaturas, associadas a oxigênio em excesso. Essa junção promove a formação de
cinzas inertes, reduzindo em muito o volume de resíduos.
● Cada lixo de um ambiente hospitalar
○ Branco: Saco branco leitoso, com inscrição e simbologia de material infectante,
disposto em lixeiras provenientes com tampa e pedal, no box do paciente
○ Vermelho: Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou
escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos
ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons
○ Marrom: lixo orgânico
○ Azul: papéis
○ Verde: vidros
○ Roxo: lixo radioativo
● Expurgo: lixo infectante
● Central de materiais de esterilização
● CME descentralizado: CME próprio responsável pela limpeza e esterilização dos
materiais hospitalares que são utilizados.
● CME semi centralizado: cada unidade hospitalar faz o preparo inicial do material sujo
que foi utilizado, e o encaminha para a esterilização em um único local do hospital.
● CME centralizado: mais comum e utilizado atualmente, pois a centralização permite
padronização das técnicas de esterilização utilizadas, maior eficiência e segurança dos
processos, melhor controle dos materiais e economia para o hospital
● Arrumação de camas
○ Cama fechada: é aquela que está desocupada, aguardando a chegada do
paciente (leito vago).
○ Cama aberta: é aquela que está sendo ocupada por um paciente que pode
deambular (leito ocupado).
○ Cama com paciente: é a cama ocupada com um paciente que não pode
deambular. Ex.: Paciente com hemorragia, gestante com deslocamento de
placenta, cirurgia de coluna.
○ Cama para operado: é feita para receber o paciente que está na sala de cirurgia
ou em exames sob anestesia.

A roupa de cama tem que ser retirada de fora para dentro, formando uma espécie de trouxe,
porque as roupas de cama não podem ser jogadas no chão e o hamper não pode entrar no
quarto

● Normas sobre roupas sujas: Art. 19 É proibida a quantificação por contagem da roupa
suja. Art. 20 A roupa limpa deve ser transportada separadamente da roupa suja.
● Estrutura do centro cirúrgico: é composto basicamente de: • Área de Recuperação do
paciente; • Sala de guarda e preparo de anestésico: sala de indução anestésica; • Sala
de escovação (lavabo); • Sala de pequena cirurgia (Oftalmologia, Endoscopia,
Otorrinolaringologia, etc.)
● Classificação das cirurgias
○ Eletiva: é uma cirurgia programada que não é considerada de urgência e que o
médico agenda o dia e o horário para sua realização conforme mapa cirúrgico do
hospital e a ocasião mais propícia.

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○ Paliativo: realizada para tratar problemas provocados ​pela doença avançada.
Pode ser feita para aliviar sintomas que provocam desconforto ou incapacidade.
Por exemplo, alguns tipos de câncer na região abdominal podem obstruir o
intestino.
○ Curativo: Tem como meta a cura, ou seja, acabar com a causa de uma doença,
melhorando a condição de saúde do paciente. Deve ser recomendada a partir de
uma avaliação cuidadosa e com preparo, a fim de extirpar células, tecidos ou até
órgãos afetados.
○ Reparadora: são procedimentos que visam corrigir deformidades congênitas (de
nascença) ou adquiridas ao longo dos anos — seja por trauma, alterações de
desenvolvimento, tratamento oncológico ou qualquer outra situação que gere
déficit funcional ao paciente.
○ Diagnóstica: Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença.
○ Urgência: tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado
dentro de 24 a 48 horas. Por ex.: apendicectomia, brida intestinal.
○ Emergência: aquela em que há risco de vida ou de perda de membro caso o
paciente não seja operado em um curto intervalo de tempo, geralmente < 6
horas.
● Tempos de cirurgia
○ Diérese: (Dividir, cortar, separar) Separação dos planos anatômicos ou tecidos
para possibilitar a abordagem de um órgão ou região (cavitária ou superfície), é
o rompimento da continuidade dos tecidos.
○ Hemostasia: é o processo que consiste em impedir, deter ou prevenir o
sangramento. Pode ser feito simultânea ou individualmente por meio de
pinçamento e ligadura de vasos, eletrocoagulação ou compressão.
○ Exérese: é um procedimento cirúrgico de remoção de uma lesão por meio do
corte da pele ao redor desta lesão, permitindo sua retirada. É usada tanto para
remoção de lesões benignas quanto malignas.
○ Síntese: (junção, união) – aproximar ou coaptar bordas de uma lesão, com a
finalidade de estabelecer a contigüidade do processo de cicatrização, é a união
dos tecidos.
● Ferida: é uma lesão pela perda da solução de continuidade de uma pele
● Tipos de feridas: aberta e fechada
○ Síndrome de Fournier: As causas da síndrome de Fournier estão relacionadas a
uma infecção bacteriana na região genital masculina. Os especialistas
especificam as bactérias como Gram positivas, negativas ou anaeróbios. Essas
substâncias provocam a morte do tecido e comprometem diversos sistemas
importantes.

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○ Exposta: Uma ferida aberta é uma lesão que envolve uma ruptura interna ou
externa nos tecidos do corpo, geralmente envolvendo a pele. Quase todo mundo
vai ter uma ferida aberta em algum momento de sua vida. A maioria das feridas
abertas é simples e pode ser tratada em casa.
○ fechada: Quanto ao grau de abertura, as feridas podem ser: - Abertas: feridas
em que as bordas da pele estão afastadas; - Fechadas: feridas em que as
bordas da pele estão justapostas.
● Causas da ferida
○ Traumática: é uma solução de continuidade inesperada de tecido na superfície
do corpo, associada a lesão mecânica devido a agressão ou acidente. Surge
como uma lesão irregular da pele, mucosa ou tecido, com drenagem e perda de
soro e sangue, associada a um tecido pouco limpo, sujo ou infetado
○ Lesão por pressão: significa um dano ao tecido ou à pele que ocorre quando há
uma diminuição da circulação sanguínea provocada pela pressão aplicada a
uma área específica. Inicialmente, é possível observar uma ligeira vermelhidão
na área afetada (o primeiro sinal de danos nos tecidos).
○ Cirúrgica: uso de materiais instrumentais cirúrgicos)
○ Ferida cirúrgica: consiste num corte ou numa incisão geralmente efetuada com
um bisturi durante uma cirurgia. As feridas cirúrgicas são geralmente fechadas
através da aplicação de pontos, agrafos ou de cola cirúrgica
● Deiscência: é uma complicação grave na qual os bordos da ferida, que estão unidos por
uma sutura, acabam abrindo e se afastando, aumentando o risco de infecção e
dificultando a cicatrização.
● Evisceração: é um evento resultante da interação de fatores locais e sistêmicos que
resulta na falência total do processo de cicatrização e fechamento da parede abdominal.
A análise destes fatores deve ser imperiosa na decisão de ancoragem primária dessa
população.
● Bactérias aeróbica: necessitam do oxigênio para sobreviver.
● Bactérias anaeróbica: aquelas que têm dificuldade de viver ou crescer na presença de
oxigênio.
● Endógena: Que se origina no interior de um organismo, de um sistema ou se
desenvolve pela influência de fatores externos.
● Exógena: Que se desenvolve ou cresce no exterior.
● Microorganismos resistentes: Bactérias multirresistentes são microrganismos
resistentes a diferentes classes de antimicrobianos testados em exames
microbiológicos. Consideradas como importante causador de infecção hospitalar pela
fácil transmissibilidade de uma pessoa à outra por meio do contato das mãos e de
materiais contaminados.

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● As 10 bactérias mais resistentes a antibiótico
○ Streptococcus pyogenes
○ Neisseria gonorrhoeae
○ Mycobacterium tuberculosis
○ Acinetobacter baumannii
○ Escherichia coli (E. coli)
○ Klebsiella pneumoniae
○ Clostridium difficile
○ Pseudomonas aeruginosa
○ Burkholderia cepacia
○ Staphylococcus aureus (MRSA)
● Métodos de Combater Bactérias resistentes segundo Anvisa.
● Estratégia: PREVENIR INFECÇÃO
○ Passo 1: Vacinar os pacientes e profissionais de saúde
○ Passo 2: Retirar os cateteres precocemente
● Estratégia: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO EFETIVO DAS INFECÇÕES
○ Passo 3: Identificar o microrganismo
○ Passo 4: Consultar o infectologista
● Estratégia: USO ADEQUADO DE ANTIMICROBIANOS
○ Passo 5: Praticar controle de antimicrobianos
○ Passo 6: Usar dados locais sobre perfil de resistência dos microrganismos
○ Passo 7: Tratar infecção, não contaminação
○ Passo 8: Tratar infecção, não colonização
○ Passo 9: Saber quando dizer “não” à vancomicina
○ Passo 10: Suspender os antimicrobianos quando a infecção for descartada ou
tratada
● Estratégia: PREVENIR TRANSMISSÃO
○ Passo 11: Isolar pacientes com microrganismos resistentes
○ Passo 12: Quebrar a cadeia de transmissão.
● Cadeia epidemiológica (ou Cadeia de Transmissão, ou Cadeia de infecção) representa
um conjunto de elementos (fonte de infecção, via de eliminação, via de transmissão,
porta de entrada, suscetível) relacionados, que demonstra o processo de propagação
de doenças transmissíveis em populações animais.
● Agente infectante: é qualquer parasita, protozoário, fungo, bactéria ou vírus capaz de
infectar um organismo. A transmissão ativa ocorre quando o vetor é infectado e então
infecta outra espécie de organismo.

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● Colonização precede infecção: Na microbiota normal, uma população controla o
crescimento da outra e também dificulta a invasão de MO exógenos (ex: o uso de
antimicrobianos favorece colite pseudomembranosa e candidose).
● Reservatório e fonte: Reservatório: é qualquer local, vegetal, animal ou humano onde
vive e multiplica-se um agente etiológico e do qual é capaz de atingir outros
hospedeiros; FONTE DE INFECÇÃO: pessoa, animal, objeto ou substância a partir do
qual o agente é transmitido para o hospedeiro. FONTE PRIMÁRIA DE INFECÇÃO
(reservatório): homem ou animal e, raramente, o solo ou vegetais, responsável pela
sobrevivência de determinada espécie de agente etiológico na natureza.
● Vias de eliminação: porta de saída de microrganismos. Ex.: Secreções, sangue,
excretas
● Vias de transmissão: Modo pelo qual um agente pode disseminar-se para um novo
hospedeiro.
● Direta/ imediata: sem exposição do agente ao meio exterior. Ex: respiração boca-a-boca
mediata: exposição sem alteração do material infectante. Ex: gotículas respiratórias
● Aérea: aerossóis (Ex: tuberculose, Legionella) ou suspensão de material infectante
ressecado (Ex: agitar lençóis).
● Indireta: vetores (animais) e veículos (objetos inanimados)
● Penetração; Pele íntegra: boa resistência à penetração de agentes. Punções,
queimaduras, incisões e traumas favorecem a penetração de agentes; Mucosas
colonizadas: apresentam resistência intermediária à penetração de agentes; Tecidos
estéreis: são os mais susceptíveis ao desenvolvimento de infecções
● Hospedeiro susceptível.

Revisão

● Princípios de biossegurança: Assim, os princípios gerais da biossegurança envolvem:


análise de riscos; uso de equipamentos de segurança; técnicas e práticas de
laboratório; estrutura física dos ambientes de trabalho; descarte apropriado de resíduos;
gestão administrativa dos locais de trabalho em saúde.
● Bioética: A bioética é um tema da filosofia, mais especificamente da ética, que trata de
questões relacionadas ao tratamento ético da vida animal (lembrando que nós, seres
humanos, também nos incluímos no conceito de vida animal).
● Descontaminação: Descontaminação é o processo que consiste na remoção física de
elementos contaminantes ou na alteração de sua natureza química, através de métodos

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químicos mecânicos, transformando-os em substâncias inócuas e, assim, tornando-os
mais seguros para serem manuseados ou tocados.
● Limpeza: É a remoção de sujidade visível aderida nas superfícies, nas fendas, nas
serrilhas, nas articulações e lúmens de instrumentos, dispositivos e equipamentos, por
meio de um processo manual, realizando fricção com escovas apropriadas e por meio
de enxágue utilizando água sob pressão.
● Desinfecção: é o processo aplicado a um artigo ou superfície que visa a eliminação de
microrganismos, exceto esporos, das superfícies fixas de equipamentos e mobílias
utilizadas em assistência à saúde. A desinfecção é indicada para artigos semicríticos
que entram em contato com membranas mucosas ou pele não íntegra.
● Esterilização: é um processo que visa destruir todas as formas de vida microbianas que
possam contaminar produtos, materiais e objetos voltados para a saúde. Portanto, são
eliminados durante a esterilização organismos como vírus, bactérias e fungos.
● CME: A Central de Material e Esterilização deve ser devidamente equipada para evitar o
surgimento de infecções hospitalares, que podem inclusive levar os pacientes a óbito.
Por isso, neste artigo, vamos abordar mais a fundo o assunto, explicando qual a
importância do CME e quais tipos existem.
● Antissepsia: é um conjunto de técnicas de esterilização que visam evitar a proliferação
de microrganismos patogênicos, responsáveis por provocar doenças infecciosas, por
exemplo.
● Asséptico: é “ausência de germes, entre eles bactérias, vírus e outros microrganismos
que podem causar doenças”.
● Desinfetante: é um agente químico que destrói microorganismos patogênicos, mas não
seus esporos.
● Detergente:
● Métodos de esterilização: Os métodos de esterilização podem ser divididos em físicos
(calor, filtração e radiação) e químicos (compostos fenólicos, clorexidina, halogênios,
álcoois, peróxidos, óxido de etileno, formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético).
● Classificação dos artigos hospitalares: Artigos críticos; Artigos semicríticos; Artigos não
críticos.
● Classificação das áreas hospitalares: áreas: crítica, semicrítica e não crítica. Cada qual
possui suas particularidades e representa diferentes níveis de risco. Portanto, a
definição das áreas dos serviços de saúde foi feita considerando o risco potencial para
a transmissão de infecções.
● Princípios gerais da biossegurança: os princípios gerais da biossegurança envolvem:
análise de riscos; uso de equipamentos de segurança; técnicas e práticas de
laboratório; estrutura física dos ambientes de trabalho; descarte apropriado de resíduos;
gestão administrativa dos locais de trabalho em saúde.

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● Precauções padrão: visa reduzir os riscos de transmissão de microrganismos no
hospital que constituem basicamente em higienização das mãos, uso de Equipamento
de Proteção Individual (EPI) caso seja necessário, manejo e descarte corretos de
materiais perfurocortantes e resíduos.
● Princípio ativo: é o composto responsável pela ação, ou seja, pelo efeito farmacológico.
Está presente em alimentos, plantas e medicamentos, conferindo a estes suas
propriedades farmacêuticas.
● Técnicas de lavagem das mãos:
○ abra a torneira;
○ Ensaboar as mãos, punhos, fazendo fricção de 15 a 30 segundos em cada
região, especialmente nos espaços interdigitais;
○ Enxaguar com água corrente;
○ Secar a mão com papel toalha;
○ Fechar a torneira com o próprio papel toalha e desprezar o mesmo, mantendo a
mão no nível da cintura na hora de jogar na lixeira.
● Assepsia cirúrgica: faz uso de técnica estéril, todo material é de uso estéril.
● Assepsia médica: faz uso de técnica limpa; limpeza de áreas em contato com o
paciente.
● NR 32: A NR-32 tem como finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos
serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral.
● SCIH: O SCIH é o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, implantado de acordo
com as normas da vigilância sanitária, é responsável por executar as atividades
definidas pela CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar).

Os membros executores estão lotados no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar


(SCIH), sendo composto por profissionais da área médica, de enfermagem,
farmacêutica e técnico administrativo.

Os hospitais de todo o país devem constituir uma Comissão de Controle de Infecção


Hospitalar (CCIH), com o objetivo de reduzir os riscos de infecções relacionadas à
assistência à saúde (IRAS).

Fazer a gestão das atividades de prevenção e controle das infecções hospitalares,


particularmente o trabalho em equipe. Difundir os princípios da prevenção e controle de
infecção em todas as suas interfaces na área de saúde, promovendo a saúde da
coletividade em vários cenários assistenciais.

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● CCIH: As Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) foram instituídas por lei
a partir de 1998 com a Portaria nº 2.616 do Ministério da Saúde, juntamente com a
criação do Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) que consiste em um
conjunto de ações desenvolvidas com vistas a reduzir ao máximo possível a incidência
e a gravidade das infecções hospitalares. Cabe à CCIH a execução das ações do PCIH,
sendo esta comissão um órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição, e a
ela diretamente subordinada. A CCIH é composta por profissionais da área de saúde,
de nível superior, formalmente designados e nomeados pela Direção do hospital. Os
componentes da CCIH agrupam-se em dois tipos: membros consultores e membros
executores. O presidente da CCIH poderá ser qualquer um de seus membros, indicado
pela Direção. Os membros consultores deverão incluir representantes dos seguintes
serviços: médico, enfermagem, farmácia, laboratório de microbiologia e administração.
Em instituições com número igual ou menor que 70 leitos, a CCIH pode ser composta
apenas por 01 (um) médico e 01 (um) enfermeiro. Os membros executores representam
o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e são eles os responsáveis diretos
pela execução das ações do PCIH. É recomendável que pelo menos 01 (um) membro
executor seja um profissional de enfermagem.
● https://www.ini.fiocruz.br/ccih
● Isolamento por aerossol: visa impedir o avanço de microorganismos com partículas
menores que gotículas, com a capacidade de ficarem suspensas no ar e se
dispensarem por longas distâncias. Alguns exemplos: varicela, sarampo, tuberculose;
precauções padrão: a porta do quarto se mantém fechada, antes de entrar no ambiente
é exigido do profissional o uso de máscara profissional (N-95), e casa seja necessário
que o paciente saia do quarto o mesmo tem que utilizar máscara.
● Isolamento respiratório: é indicado quando há possibilidade de transmissão de gotículas
geradas pela fala, tosse, espirros ou procedimentos que manipulam vias aéreas;
precauções padrão: distanciamento mínimo, se houver a possibilidade, o paciente
esteja em um quarto particular, tanto paciente quanto profissional da área é obrigatório
o uso de máscaras.
● Isolamento reverso; O isolamento reverso é usado para impedir que o paciente seja
infectado por outros. O isolamento reverso é necessário quando o sistema imunológico
do paciente não está funcionando bem, como depois de um transplante de medula
óssea ou após ter recebido quimioterapia.
● Isolamento por contato: O isolamento de contato, que também pode ser chamado
comumente de isolamento de precaução, nada mais é do uma série de medidas de
isolamento e precaução de saúde tomadas quando é preciso afastar de forma parcial

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uma pessoa do convívio social e do contato com outras pessoas por conta do risco de
contaminação.

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