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BIOSEGURANÇA

Enfª MARIA DE
Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações,
técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos
capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as
atividades profissionais... que podem comprometer a saúde
do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade
dos trabalhos desenvolvidos.

A Biossegurança, é considerada, na Saúde do Trabalhador,


parte integrante da Segurança e da Higiene do Trabalho,
que se preocupa com os trabalhadores da área de saúde e
afins, em cujos ambientes de trabalho estão presentes não
somente os fatores de riscos biológicos, mas outros que
podem diretamente agravar a saúde ou podem ser
desencadeadores de acidentes biológicos (VIEIRA; LAPA,
2006).
FINALIDADE
Biossegurança:
• Existe com a finalidade de prevenção dos riscos
gerados pelos agentes químicos e físicos envolvidos
em processos de saúde, onde o risco biológico se faz
presente ou não.
Riscos Biológicos :

Bactérias

Fungos

Bacilos

Parasitas

Protozoários

Vírus (NR- 09)


RISCOSBIOLÓGICOS

AGENTES BIOLÓGICOS:
VÍRUS
BACTÉRIAS
FUNGOS
PROTOZOÁRIOS
PARASITAS
AGENTES
BIOLÓGICOS
VIASDECONTAMINAÇÃO

CUTÂNEA DIGESTIVA RESPIRATÓRIA

FERIMENTOS
ASPIRAÇÃO DE
OU LESÕES NA INGESTÃO DE MATERIAL AR
PELE OU ALIMENTAÇÃO CONTAMINADO
CONTAMINADA
Riscos químicos
◼ Substâncias, compostos ou produtos
que podem penetrar no organismo por
via respiratória, absorvidos pela pele
ou por ingestão, na forma de gases,
vapores, neblinas, poeiras ou fumos
(NR-09, NR-15 e NR-32).
Riscos físicos

Formas de energia como ruídos,


vibrações, pressões anormais, radiações
ionizantes ou não, ultra e infra-som
(NR-09 e NR-15).
Exposições profissionais
Equipe de enfermagem

Maior equipe dos servidores de


saúde

Maior tempo no ambiente


hospitalar

Maior contato com o paciente


(procedimentos)
Precauções padrão
Conhecida como precaução universal;

São medidas de proteção que devem ser adotadas


pelos profissionais de enfermagem em seu campo de
atuação com o cliente/paciente.
Precauções Padrão
◼ Lavar as mãos, antes e após o contato com qualquer
cliente/paciente ou material utilizado.

◼ Uso de luvas de procedimento, quando entrar em


contato com qualquer fluído ou exsudato (secreção).

◼ Máscara e óculos de proteção devem ser utilizados


durante os procedimentos em que possam ocorrer
respingos de gotas de sangue ou de fluídos orgânicos,
prevenindo a exposição de mucosas na boca, nariz e olhos.
Aventais ou capotes devem ser utilizados nos
procedimentos que sabidamente respingam
sangue ou fluídos orgânicos, contaminando a
roupa.

Os profissionais da área da saúde devem tomar


medidas preventivas para evitar acidentes, ao
manusear e desprezar pérfuro-cortantes como
agulhas, instrumentos ou qualquer outro material
cortante.
Cuidados com manipulação de materiais perfúro -
cortantes

Instrumentos pérfuro-cortantes devem ser


descartados em caixas apropriadas, rígidas e
impermeáveis que devem ser colocadas próximo
a área em que os materiais são usados.
Nunca deve-se reencapar agulhas após o uso;

Não remover com as mãos agulhas usadas das seringas descartáveis e


não as quebrar ou entortar;

Para a reutilização de seringa anestésica descartável reencapar a


agulha introduzindo-a no interior da tampa e pressionando a tampa ao
encontro da parede da bandeja clínica de forma a nunca utilizar a mão
.
Biossegurança
Como e quando usar luvas?

◼ Usar luvas de procedimento, não estéril, quando


houver possibilidade de tocar em sangue, fluídos
corporais, membranas mucosas, pele não íntegra e
qualquer item contaminado, de todos os clientes;

◼ Lavar as mãos
imediatamente
após a retirada
das luvas;
◼ Trocar as luvas entre um procedimento e outro;

• Calçar as luvas
imediatamente
antes do cuidado a
ser executado,
evitando
contaminação
prévia das mesmas;
Como e quando usar luvas?
◼ Estando de luvas, não manipule objetos fora
do campo de trabalho;

◼ Retirar as luvas imediatamente após o término


da atividade;

◼ Usar luvas adequadas para cada


procedimento.
- Luvas cirúrgicas estéreis;
- Luvas de procedimentos não estéreis.
Luvas de
procedimentos
Luvas cirúrgicas
estéreis

Luvas de borracha
Quanto as roupas?
◼ Os trabalhadores não devem deixar o local
de trabalho com os equipamentos de
proteção individual e as vestimentas
utilizadas em suas atividades laborais;

◼ O empregador deve providenciar locais


apropriados para fornecimento de
vestimentas limpas e para deposição das
usadas, vestimenta de segurança para
proteção de todo o corpo contra respingos
de produtos químicos, e secreções.
O uso do Jaleco
hospitalar é uma
exigência das
Comissões de
Infecções
hospitalares.
EPI (Equipamento de Proteção
Individual).
Descrito na Nr 06, considera-se
• equipamento de proteção individual(EPI), todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
Definições em Biossegurança

❖ Limpeza: manter estado de asseio.

❖ Sanificação: destruição de microorganismos


de uma superfície inanimada.

❖ Desinfecção: agente físico ou químico


destruindo microorganismos patogênicos.

❖ Esterelização: remove todas as formas de


vida microbiana de um objeto ou espécie.
❖ Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos
para impedir a penetração de microorganismos
num ambiente que logicamente não os tem, logo
um ambiente asséptico é aquele que está livre de
infecção.

❖ Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas


para inibir o crescimento de microorganismos ou
removê-los de um determinado ambiente,
podendo ou não destruí-los e para tal fim
utilizamos antissépticos ou desinfetantes
❖ Degermação: É a remoção de detritos, impurezas,
. sujeiras e microorganismos da flora transitória e de
alguns da flora residente depositados sobre a pele do
paciente ou das mãos por meio dea alçao mecanica de
detergente, sabão ou pela utilização de subastâncias
químicas (antisspticos).

❖ Descontaminação: É o ato de descontaminar


instrumentos,objetos,ambientes e lugares, ou seja, fazer
uma higienização adequado e correta
descontaminação um ambiente livre de micro-
organismos que possa prejudicar a saúde e o ambiente.
❖Infecção cruzada é um termo utilizado para
referir-se à transferência de microrganismos
de uma pessoa (ou objeto) para outra pessoa,
resultando necessariamente em uma
infecção.

❖Infecção exógena: É aquela que acontece


devido a fatores externos ao organismo.Por
exemplo: a migração de um microorganismo
presente no ar ou em uma superfície em que
tocamos para dentro do nosso corpo.
❖Infecções endógenas: São as que se originam
dentro do organismo, geralmente são
infecções generalizadas, ou em sepse, são
muito perigosas pois refletem um problema
grave de imunodeficiência ou de resistência
bacteriana.

❖Infecção hospitalar: É qualquer tipo de


infecção adquirida após a entrada do paciente
em um hospital ou após a sua alta quando essa
infecção estiver diretamente relacionada com
a internação ou procedimento hospitalar,
como, por exemplo, uma cirurgia.
❖ Infeção indireta: Infeção adquirida através da
água, dos alimentos ou por outro agente infetante,
e não de indivíduo para indivíduo.

❖ Infecção comunitária: Constatada ou em


incubação no ato da admissão do paciente, desde
que não relacionada com a internação do paciente

❖ Infeção séptica ou septicemia: Infeção muito


grave em que se verifica uma disseminação
generalizada por todo o organismo dos agentes
microrgânicos infeciosos.
Classificação de áreas hospitalares

❖Áreas críticas – onde há risco aumentado de transmissão


de infecção, onde se realizam procedimentos de risco, com
ou sem pacientes, ou onde se encontram pacientes
imunodeprimidos.

❖Áreas semicríticas – locais ocupados por pacientes com


doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças
não infecciosas.

❖Áreas não-críticas – todos os demais locais de


estabelecimentos de assistência à saúde não ocupados
por pacientes, onde não se realizam procedimentos de
risco.
ANVISA. RDC nº 50, 21 de fevereiro de 2002.
Superfícies críticas e não-críticas

❖Limpeza e desinfecção de superfícies críticas


(frequentemente tocadas) deve ser realizada
com maior periodicidade.

❖Limpeza e desinfecção de superfícies não


críticas não necessita cuidados especiais
mesmo em ambientes de pacientes
detectados com germes multirresistentes.
Superfícies que necessitam ser desinfetadas...

Superfícies com presença de matéria orgânica, pois


podem favorecer sua dispersão no ambiente

• Após seu ressecamento, representam risco


potencial de contaminação pelo ar;

• Quando in natura, por contato direto e indireto.

Remoção mecânica seguida de desinfecção da superfície


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Processos de limpeza
A frequência de limpeza das superfícies pode ser estabelecida
para cada serviço de acordo com o protocolo da instituição.

Sistematização dos processos de limpeza

❖ Sentido unidirecional de limpeza (não realizar movimentos


de vaivém);

❖ De cima para baixo, dos fundos para a saída;

❖ Iniciar do local menos contaminado para o mais contaminado.


ANVISA
Sistematização dos processos de
limpeza
❖ Nunca varrer superfícies a seco – favorece a dispersão
de microrganismos;
❖ Proceder à varredura úmida – ensaboar, enxaguar e
secar;
❖ Proceder à frequente higienização das mãos;
❖ Não utilizar adornos (ex. anéis e pulseiras);
❖ Manter unhas curtas e limpas;
❖ Manter cabelos presos ou curtos;
❖ Profissionais do sexo masculino devem estar barbeados

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