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INTODUÇÃO À ENFERMAGEM

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Profª.EnfªMaria de Jesus Alves


INTRODUÇÃO

Faz sentindo um mundo, sem abordar a questão


histórica?
Resgatar a história em tempo de globalização sela
talvez, uma forma de:
Preservarmos nossa identidade
Conhecer nossa evolução, nossa origem e nós dar a
certeza de que apesar das dificuldades, somos únicos
Serve para elucidar fatos e situações, atribuir
significado as coisas, poderíamos dizer que é “a chave
para abrir a porta da nossa categoria profissional
“(SOWEK, 2004).
HISTÓRIA
Narração de acontecimentos, ações, fatos ou
particularidades relativos a um determinado
assunto (AURÉLIO, 2004).

Problemas vividos hoje foram produzidos no


passado e permanecem influenciando o presente
(SOWEK, 2004).
A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
Precisa ser pesquisada,registrada, estudada,
contada para que possamos aproveitar as
conquistas e acertos e fazer dos erros um
constante aprendizado ou seja, nos
transformando a cada dia ao longo dos séculos.
INTRODUÇÃO HISTÓRICA

Durante muitos anos os hospitais desempenhavam exclusivamente


a função de albergue.
Com o aparecimento das moléstias contagiosas e outras doenças,
começou-se a pensar em isolamentos, e estes mais como defesa da
sociedade. Houve então a necessidade de local mais adequado para
receber pessoas acometidas de males físicos onde houvesse pessoal
que pudesse proporcionar melhor assistência e tratamento.
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INTRODUÇÃO HISTÓRICA
A enfermagem originou-se de uma verdadeira diversidade
científica. É considerada uma ciência una e global que com a
evolução dos tempos foi se aperfeiçoando.
Para entender as origens da enfermagem é preciso
compreender o desenvolvimento das práticas de saúde,
processo que se associa às estruturas sociais e
diversificações das nações que se dão em épocas diferentes,
onde cada período histórico traz sua filosofia,
política,economia, leis e ideologia próprias.
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A DIVERSIDADE DAS PRÁTICAS DE SAÚDE
AO LONGO DOS TEMPOS

As práticas de saúde são antigas, estudos evidenciam a sua


origem há mais de 4000 anos a.c, em eras em que a mãe
era simbolizada como a primeira enfermeira da família e a
doença como sendo um castigo de Deus sobre os homens.
Época em que povos primitivos recorriam a sacerdotes e
feiticeiros que acumulavam a função de médicos,
farmacêuticos e enfermeiros os quais faziam uma espécie
de diagnóstico rudimentar, visto que era uma tarefa pouco
conhecida e que avançava lentamente.
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A DIVERSIDADE DAS PRÁTICAS DE SAÚDE
AO LONGO DOS TEMPOS
A terapêutica baseava-se em tratamentos diversos como massagens, banhos,
purgativos, substâncias provocadoras de náuseas com objetivos de tornar o
corpo desagradável para expulsar os maus espíritos, ciência que
não aceitava a doença como um mal físico, mas espiritual.
A subsistência humana era retirada da natureza o homem explorava o que
plantava e cultivava, impondo uma relação estreita entre homem-natureza. Os
astros e os efeitos naturais simbolizavam a mais pura manifestação dos deuses,
os povos viviam verdadeiros reféns da mãe natureza.
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A doença era vista como uma punição e o seu restabelecimento uma bênção
dos deuses, a cura uma obra divina onde para obtê-la era necessário o
enfermo passar por rituais sagrados, ingerir porções mágicas, realizar
sacrifícios, aplacando assim a fúria dos deuses e obtendo o perdão. A saúde
podia ser retirada a qualquer através de castigos dos deuses e restaurada
pelos mesmos.
A cura era uma espécie de jogo entre a natureza e a doença, o sacerdote
desempenhava o papel de interprete dos deuses e aliado do universo contra
as enfermidades.
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A DIVERSIDADE DAS PRÁTICAS DE
SAÚDE AO LONGO DOS TEMPOS
As práticas de saúde consistiram em ações de forma a garantir ao
homem a manutenção de sua sobrevivência, originadas e associadas
ao trabalho feminino, e a enfermagem em sua natureza está vinculada
intimamente a este processo.
Com o passar dos tempos a religião surgiu como um fenômeno
cívico, tendo interferência na vida política do Estado e
conseqüentemente dando expressão maior aos deuses, nascia assim, o
período das práticas mágico-sacerdotais onde a medicina era
totalmente baseada na religião e magia.
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A DIVERSIDADE DAS PRÁTICAS DE
SAÚDE AO LONGO DOS TEMPOS
Na Assíria e Babilônia acreditavam que sete demônios
eram os causadores das doenças e baseados nessa crença eram
vendidos talismãs destinados a tornar o corpo invulnerável aos
ataques dos demônios.
No Egito, os egípcios foram os principais
impulsionadores das práticas de saúde. Deixaram documentos
importantes de seus procedimentos, tais como, descrições de
doenças, cirurgias e drogas, mencionavam o controle do
cérebro sobre o corpo, o coração como o centro da circulação e
o ato respiratório como o mais importante mesmo não sabendo
sua fisiologia. 8
A DIVERSIDADE DAS PRÁTICAS DE SAÚDE AO
LONGO DOS TEMPOS

Na Grécia a história da saúde divide-se em dois períodos o


pré e pós- hipocrático. No período pré-hipocrático as teorias
sobre saúde e doença se prendiam à mitologia; tinham Apolo
como deus que espanta todos os males, Hygiea como deusa
da saúde e Panacéia a deusa que cura todos os males.
A DIVERSIDADE DAS PRÁTICAS DE SAÚDE AO
LONGO DOS TEMPOS

Na Índia em meados do século VI a.C os hindus fizeram conhecer a


medicina, a enfermagem e uma verdadeira assistência inteligente aos
desamparados através do budismo com suas doutrinas de bondade que
foram grande incentivo ao progresso da saúde.
Foi o único país dessa época que fala em enfermeiros, embora a
caracterização não seja nítida, exigindo dos mesmos um conjunto de
qualidades e conhecimentos, tais como asseio, habilidade, inteligência,
preparo de remédios assim comotambém pureza, dedicação e
cooperativismo.
ENFERMAGEM
Está originalmente ligado com a mulher, á medida
que ela surgiu para designar os cuidados
maternos com a criança.
Cuidados que se davam de maneira geral em três
direções:
No Nutrir
No direcionar
No manter
ENFERMAGEM
Diante desta suposta tendência Feminina, a ela
foram sendo adjudicados não só o papel de nutrir,
dirigir e manter as crianças, como também o de
cuidar de pessoas que precisavam do mesmo tipo
de serviço prestado as crianças, os enfermos.
ENFERMAGEM
INGLÊS: NURSE, NURSING

INGLÊS MEDIEVAL: NORCE

FRANCÊS ANTIGO: NURRICE

LATIM: NUTRICIA, adjetivo de NUTRIX

PORTUGUÊS: ENFERMOS

ENFERMAGEM
x
A palavra Enfermo vem de INFIRMUS, que tanto no Espanhol,
Francês ou Italiano, significa:

” Aquele que não está firme”, incluindo aí velhos, crianças e


doentes, ou seja, os que precisam de apoio, de cuidado, de
ajuda e de compreensão, que são as atividades tidas como
próprias da enfermagem.
INTRODUÇÃO HISTÓRICA

Durante muitos anos os hospitais


desempenhavam exclusivamente a função de
albergue. Com o aparecimento das moléstias
contagiosas e outras doenças, começou-se a
pensar em isolamentos, e estes mais como
defesa da sociedade. Houve então a
necessidade de local mais adequado para
receber pessoas acometidas de males físicos
onde houvesse pessoal que pudesse
proporcionar melhor assistência e tratamento.
A enfermagem originou-se de uma verdadeira
diversidade científica. É considerada uma ciência
una e global que com a evolução dos tempos foi se
aperfeiçoando. Para entender as origens da
enfermagem é preciso compreender o
desenvolvimento das práticas de saúde, processo
que se associa às estruturas sociais e
diversificações das nações que se dão em épocas
diferentes, onde cada período histórico traz sua
filosofia, política, economia, leis e ideologia
História da Enfermagem
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era
filha de ingleses.
Possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos,
determinação e perseverança - o que lhe permitia
dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo
prevalecer suas idéias.
Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o
italiano além do grego e latim. No desejo de realizar-se
como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma,
estudando as atividades das Irmandades Católicas.
Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir
a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre
as diaconisas. Decidida a seguir sua vocação, procura
completar seus conhecimentos que julga ainda
insuficientes.
Visita o Hospital de Dublin dirigido pelas Irmãs de
Misericórdia, Ordem Católica de Enfermeiras,
fundada 20 anos antes. Conhece as Irmãs de Caridade
de São Vicente de Paulo, na Maison de la Providência
em Paris.
Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão. Em
1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à
Rússia: é a Guerra da Criméia. Os soldados ingleses acham-se
no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de
40%.
Partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas
vindas de diferentes hospitais. Algumas das enfermeiras foram
despedidas por incapacidade de adaptação e principalmente
por indisciplina.
Estende sua atuação desde a organização do trabalho, até os
mais simples serviços como a limpeza do chão. Aos poucos, os
soldados e oficiais um a um começam a curvar-se e a enaltecer
esta incomum Miss Nightingale. A mortalidade decresce de
40% para 2%.
Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela será imortalizada
como a "Dama da Lâmpada" porque, de lanterna na mão, percorre as
enfermarias, atendendo os doentes.
Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma
vida de inválida.
Nas primeiras escolas de Enfermagem o médico foi, de fato, a
única pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir
quais das suas funções poderia colocar nas mãos das
enfermeiras Florence morre a 13 de agosto de 1910,deixando
florescente o ensino de Enfermagem.
Assim a Enfermagem surge não mais como uma atividade
empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma
ocupação assalariada que vem atender a necessidade de
mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática
social institucionalizada e específica.
JURAMENTO DA
FLORENCE:

1860 – Inglaterra. Florence inaugurou a 1 escola de


enfermagem no Hospital São Tomas.
SIMBOLOGIA DA ENFERMAGEM

Significados dados aos símbolos utilizados na Enfermagem são:


Lâmpada: caminho, ambiente;
Cobra: magia, alquimia;
Cobra + cruz: ciência;
Seringa: técnica
Cor verde: paz, tranqüilidade, cura, saúde
Pedra Símbolo da Enfermagem: Esmeralda
Cor que representa a Enfermagem: Verde Esmeralda
Símbolo: lâmpada, conforme modelo apresentado
Enfermeiro: lâmpada e cobra + cruz
O SIGNIFICADO DA LÂMPADA PARA A ENFERMAGEM
SENTINELA,
 VIGÍLIA CONSTANTE,
 CUIDADO CONTÍNUO.
A Enfermagem era representada por prostítutas (para
purificar seus pecados) e por religiosas freiras para
fazer caridade.
AINDA TEM MAIS...
ATÉ A PRÍXMA!
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO
BRASIL
1814: nasceu na Bahia Ana Justina

Ferreira (Ana Nery). Casou-se com


Isidoro Antonio Neri, enviuvando aos
30 anos.
 Em 15 de agosto de 1864 parte para
a Guerra do Paraguai, onde seus filhos
serviam o exército. Improvisa
hospitais e não mede esforços no
atendimento aos feridos.
Ana Néri (1814-1880) foi a pioneira da enfermagem
no Brasil. Prestou serviços voluntários, nos hospitais
militares de Assunção, Corriente e Humaitá, durante
a Guerra do Paraguai.
Ana Néri (1814-1880) nasceu em Vila da Cachoeira
do Paraguaçu, Bahia, no dia 13 de dezembro de
1814. Casou-se aos 23 anos com Isidoro Antônio
Néri, capitão-de-fragata da Marinha, que estava
sempre no mar. Ana acostumou-se a ter a casa sob
sua responsabilidade. Ficou viúva com 29 anos. Em
1843, seu marido morre a bordo do veleiro Três de
Maio, no Maranhão. Criou sozinha os três filhos,
Justiniano, Isidoro e Pedro Antônio. Os dois
primeiros tornaram-se médicos e o Pedro Antônio,
militar.
Em 1865, o Brasil integrou a Tríplice Aliança, que
lutou na Guerra do Paraguai. Os filhos de Ana Néri
foram convocados para lutar no campo de batalha.
Sensibilizada com a dor da separação, no dia 8 de
agosto, escreveu ao presidente da província
oferecendo-se para cuidar dos feridos de guerra,
enquanto o conflito durasse. Seu pedido foi aceito.
Partiu de Salvador, em direção ao Rio Grande do Sul,
onde aprendeu noções de enfermagem com as irmãs
de caridade de São Vicente de Paulo. Com 51 anos,
foi incorporada ao Décimo Batalhão de Voluntários e
durante toda a guerra prestou serviços nos hospitais
militares de Assunção, Corrientes e Humaitá. Tornouse
a primeira mulher enfermeira do país.
Apesar da falta de condições, pouca higiene, falta de
materiais e excesso de doentes, Ana Néri chamou a
atenção, por sua dedicação ao trabalho como
enfermeira, por todos os hospitais onde passou.
Ana montou uma enfermaria-modelo em
Assunção,
capital paraguaia, sitiada pelo exército
brasileiro. No
final da guerra, em 1870, Ana voltou ao
Brasil com
três órfãos de guerra. Foi homenageada com
a
Medalha Geral de Campanha e a Medalha
Humanitária de Primeira Classe. D. Pedro II,
por
decreto, lhe concedeu uma pensão vitalícia.
Ana Justina Ferreira Neri, faleceu no Rio de Janeiro
em 20 de maio de 1880.
Carlos Chagas batizou com o nome de Ana Néri a
primeira escola oficial brasileira de enfermagem, em
1926. O dia do enfermeiro é comemorado no dia 20
de maio.
Agora...
Cabe a nós continuarmos este trabalho
de progressão da nossa profissão,
ampliando os horizontes, estudando
cada vez mais e seguindo os
princípios da ética profissional.
Afinal...
Somos gente que cuida de gente!
Pedra símbolo da
Enfermagem
Esmeralda
Cor que representa a
Enfermagem
Verde esmeralda
LEMBRE-SE NOS “ FAZEMOS A
DIFERENÇA
ENTRE A VIDA E A MORTE

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