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Técnico em

Enfermagem
Módulo I
NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
NUTRIÇÃO E
DIETÉTICA
□ A alimentação é a base da vida e dela
depende a saúde do homem. É da
alimentação que se retiram os nutrientes
necessários ao funcionamento do
organismo, ou seja, à vida. Esses
nutrientes estão nos alimentos e a
química orgânica se encarrega de
transformá-los e distribuí-los de maneira
que eles sejam úteis ao nosso organismo.
Para entendermos melhor o que significa
uma alimentação adequada, precisamos
conhecer alguns conceitos.
NUTRIÇÃ
O
□ Ciência que estuda a composição
dos alimentos e os mecanismos
pelos quais o organismo ingere,
assimila e utiliza os nutrientes neles
contidos, além de estudar as
necessidades nutricionais dos
indivíduos, em diferentes estados
de saúde e doenças.
NUTRIÇÃ
▪ Alimentos

O
São substâncias sólidas ou líquidas, que visam promover o
crescimento e a produção de energia necessários para as diversas
funções do organismo.
NUTRIÇÃ
▪ O
Classificação dos
alimentos
▪ Quanto à origem:
▪ Animal;
▪ Mineral;
▪ Vegetal.
NUTRIÇÃ
▪ O
Classificação dos alimentos
▪ Quanto à função predominante:
▪ Energéticos: carboidratos e gorduras;
▪ Construtores (plásticos): proteínas;
▪ Reguladores: vitaminas, sais minerais, fibras e
água.
□ Nutrientes
NUTRIÇÃ

O
São substâncias químicas que estão presentes nos alimentos,
responsáveis pela manutenção de todas as reações que ocorrem
no organismo.
São classificados em:
▪ Macro nutrientes;
▪ Micronutrientes.
LEIS DA
ALIMENTAÇÃO
□ Lei da
Quantidade;
□ Lei da Qualidade;
□ Lei da Har monia;
□ Lei da
Adequação.
ALIMENTAÇÃO
□ SAUDÁVEL
Pirâmide alimentar
NUTRIÇÃ
□ Metabolismo e Nutrientes O
▪ São substâncias químicas que estão presentes nos alimentos,
responsáveis pela manutenção de todas as reações que ocorrem
no organismo.
São classificados em:
• Macronutrientes;
• Micronutrientes.
METABOLISMO E
NUTRIENTES
□ Entende-se por metabolismo o
conjunto de reações químicas
que ocorrem em todas as
células do organismo.
É expresso como velocidade de
liberação de calor.
METABOLISMO E
NUTRIENTES
□ Fases do metabolismo
São biotransformações de substâncias
químicas que ocorrem durante o
metabolismo.

▪ Anabolismo (formação de compostos).


▪ Catabolismo (quebra de compostos).

Entrada = saída: Equilíbrio


Entrada > saída: Balanço positivo
Ex.: crescimento
Entrada < saída: Balanço negativo
Ex.:
METABOLISMO E
NUTRIENTES
□ Energia
▪ Três Formas que o organismo utiliza energia:
• Energia Cinética: trabalho muscular;
• Energia Elétrica: atividade cerebral e nervosa;
• Energia Química: síntese de tecidos
corpóreos.
CALORI
A
□ A caloria é uma unidade de
energia. Mais especificamente,
uma caloria é a quantidade de
energia ou calor necessária para
elevar em 1°C a temperatura de 1
grama de água. Uma caloria
corresponde a 4,184 joules, uma
unidade comum de energia usada
em física.
CALORI
□ Valor Energético dosA
Alimentos
Comparação da energia produzida por alimentos
CALORI
A
□ A Taxa Metabólica Basal (TMB)
▪ É a quantidade mínima de energia que o corpo necessita em
repouso e estado de jejum para manter suas funções vitais. Isso
equivale de 60 a 70% das calorias queimadas em um dia e
inclui a energia necessária para manter o coração batendo, os
pulmões respirando, os rins funcionando e a temperatura do
corpo estabilizada.
CALORI
□ A Taxa Metabólica Basal (TMB) A
▪ A Taxa Metabólica Basal (TMB) é determinada a partir do
uso de fórmulas.
▪ A partir do cálculo da TMB, junto com fatores de atividade física
de uma pessoa, podemos determinar:
▪ O Gasto Energético Total (GET);
▪ O Valor Energético Total (VET) que deve ser consumido diariamente.
CARBOIDRAT
OS
□ Também chamados glicídios, hidratos de
carbono ou sacarídeos, são compostos
orgânicos constituídos de carbono,
hidrogênio e oxigênio (CnH2nOn).
Constituem a principal fonte de energia
da dieta. São combustíveis, pois
produzem calor e energia para manter
nosso corpo em funcionamento. A
ingestão insuficiente desse
macronutriente traz prejuízos ao sistema
nervoso central e outros.
CLASSIFICAÇÃO DOS
CARBO
□ Monossacarídeos
▪ São as unidades básicas dos carboidratos. Constituem fonte prioritária
os seres vivos. São raramente encontrados livres na natureza, mas
estão dissacarídeos e polissacarídeos.
▪ São os açúcares mais simples:
• Glicose;
• Frutose;
• Galactose.
CLASSIFICAÇÃO DOS
CARBOIDRATOS
□ Dissacarídeos
▪ São açúcares simples, compostos de dois monossacarídeos ligados.
Para que sejam absorvidos, é necessário que sejam hidrolisados e
transformados em monossacarídeos. Os principais são:
• Sacarose;
• Maltose;
• Lactose.
CLASSIFICAÇÃO DOS
CARBOIDRATOS
□ Polissacarídeos
▪ São uniões de várias unidades de glicose, diferindo apenas no tipo
de ligação. Os polissacarídeos são menos solúveis e mais estáveis
que os açúcares mais simples.
▪ São conhecidos como carboidratos complexos.
▪ Amido;
▪ Glicogênio;
▪ Celulose.
FUNÇÕES DOS
CARBOIDRATOS
□ Função anticatabólica.
□ Função anticetogênica.
□ Função estr utural.
□ Necessários para o funcionamento
nor mal. do sistema ner voso
central.

□ Regulação do trânsito intestinal.


DIGESTÃO,
ABSORÇÃO E
METABOLISMO
□ A digestão dos carboidratos inicia-se
na boca. A mastigação fraciona o
alimento e mistura-o com a saliva.
□ A enzima amilase salivar ou ptialina é
ativada e começa a ser secretada pelas
glândulas salivares, iniciando a degradação
do amido em maltose.
□ No estômago, o pH ácido bloqueia a
atuação
as amilase, impedindo sua ação.
DIGESTÃO,
ABSORÇÃO E
METABOLISMO
□ No entanto, até que o alimento se misture
completamente com o suco gástrico, 30% do
amido é degradado em maltose.

□ No duodeno, a enzima amilase pancreática,


produzida pelo pâncreas, completa a digestão
do amido em maltose.

□ Já no intestino delgado, onde se faz mais


intensamente a digestão dos carboidratos, as
células intestinais secretam as enzimas
maltase, frutase e lactase, que degradam os
dissacarídeos em glicose, frutose e galactose
para serem absorvidos e levados para a
DIGESTÃO,
ABSORÇÃO E
METABOLISMO
□ Frutose e galactose são convertidas em glicose e a
glicose restante é convertida a glicogênio para
reserva. O glicogênio é constantemente
reconvertido à glicose, de acordo com as
necessidades de cada organismo. Quando
ingerida em excesso, a glicose é convertida e
armazenada sob a forma de gordura.

□ As necessidades diárias situam-se em torno de


6 a 7g por quilo de peso por dia. Em relação ao
valor calórico total da dieta, cerca de 50 a 60%
devem ser procedentes de carboidratos.
FONTES ALIMENTARES
DOS
□ CARBOIDRATOS
Cereais (arroz, milho, aveia, trigo, fubá);
□ Raízes e tubérculos (inhame, cará,
batatas, macaxeira); farinhas (milho,
mandioca);
□ Massas (macarrão, pão, bolachas,
biscoitos);

□ Açúcares (mel, melado de cana,


açúcar, doces, geleias);
□ Legumes e verduras;
□ Hortaliças;
□ Frutas;
□ Leite.
AMINOÁCIDO
□ S
São as unidades fundamentais das
proteínas. Todas as proteínas são formadas
a partir da ligação em sequência de
apenas 20 aminoácidos, mas existem
outros. Em relação à necessidade na
dieta, os aminoácidos são classificados
em:
▪ Aminoácidos essenciais;
▪ Aminoácidos não essenciais;
▪ Aminoácidos condicionalmente
essenciais.
CLASSIFICAÇÃO DAS
PROTEÍNAS
□ Quanto à constituição:
▪ Proteínas Simples - constituídas apenas por aminoácidos. Exemplo:
albumina, globulina, colágeno etc.
▪ Proteínas Conjugadas - constituídas por aminoácidos mais um radical não
proteico, denominado grupo prostético. Exemplo: fosfoproteínas,
lipoproteínas, glicoproteínas, etc.
▪ Proteínas Derivadas - formam-se a partir de
outras por desnaturação ou hidrólise.
Exemplo: proteoses e peptonas, formadas
durante a digestão.
CLASSIFICAÇÃO DAS
PROTEÍNAS
□ Quanto à qualidade:
▪ Proteínas de alto valor biológico (AVB) - possuem em sua
composição aminoácidos essenciais em proporções adequadas. É
uma proteína completa. Ex.: proteínas da carne, peixe, aves e
ovo.
▪ Proteínas de baixo valor biológico (BVB)
- não possuem em sua composição
aminoácidos essenciais em proporções
adequadas. É uma proteína incompleta.
Ex.: cereais integrais e leguminosas
(feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico,
etc.).
CLASSIFICAÇÃO DAS

PROTEÍNAS
Funções das proteínas:
▪ Estrutural - participam da síntese e
estrutura dos tecidos (crescimento,
desenvolvimento, renovação e
reparação).
▪ Fornecimento de aminoácidos - para
regulação de processos metabólicos
(anabolismo e catabolismo).
▪ Compõem as enzimas, hormônios, anticorpos
e neurotransmissores.
▪ Compõem os fatores de coagulação
sanguínea. Exemplo: fibrinogênio.
CLASSIFICAÇÃO DAS
PROTEÍNAS
□ Funções das proteínas
▪ Transportam substâncias pelo plasma. Exemplo: hemoglobina,
albumina.
▪ Mantêm o equilíbrio acidobásico do sangue e do tecido e
as relações osmóticas entre os vários fluidos corpóreos.
▪ Contribuem na composição de diversos fluídos e
secreções corpóreas essenciais, como leite, esperma e
muco.
▪ A maior parte da informação genética é expressa pelas
proteínas.
▪ Fonte secundária de energia: 1g de proteína fornece 4
kcal.
CLASSIFICAÇÃO DAS
PROTEÍNAS
□ Balanço Nitrogenado
▪ Balanço nitrogenado equilibrado - quando a
quantidade de nitrogênio ingerida é igual à
excretada. Exemplo: adultos sadios que não estão
perdendo nem aumentando sua massa magra
(músculos).
▪ Balanço nitrogenado negativo - quando a quantidade
de nitrogênio ingerida é menor que a excretada.
Exemplo: estado de jejum, dieta pobre em
proteínas, dieta restritiva, doenças altamente
catabólicas, como câncer e AIDS etc.
▪ Balanço nitrogenado positivo - quando a quantidade
de
nitrogênio ingerida é maior que a excretada. Exemplo:
crianças (fase de crescimento), gestantes, treino
de musculação com o objetivo de hipertrofia
NECESSIDADES
DIÁRIAS E
RECOMENDAÇÕ
□ ESsituam-se em torno de
As necessidades diárias
0,8 a 1 grama por quilo de peso, mas esse valor
é variável dependendo da condição do
indivíduo.
Em relação à contribuição total das proteínas na
ingestão calórica, recomenda-se cerca de 10 a
15%.
FONTES
ALIMENTARES
□ Origem animal
Carnes (mamíferos, aves, pescados etc.),
vísceras, ovos, leite e derivados.

□ Origem vegetal
Leguminosas secas (feijões, ervilha, lentilha,
grão- de-bico etc.) e cereais integrais (milho,
trigo etc.).
ÁCIDOS GRAXOS
SATURADOS,
MONOINSATURADOS,
□ Saturados; POLIINSATURADOS E
□ Monoinsaturados;
TRANS
□ Poliinsaturados;
□ Ômega 6 (ácido linoleico);
□ Ômega 3 (ácido
linolênico);
□ Trans.
OUTROS TIPOS DE
GORDURAS
▪ Colesterol:
▪ É um álcool encontrado apenas em tecidos animais, mas alguns
esteroides similares são encontrados nas plantas, como o
ergosterol. É um componente das membranas celulares e é o
principal componente das células cerebrais e nervosas. A maior
parte é produzida pelo próprio corpo e o restante é proveniente
dos alimentos.
OUTROS TIPOS DE
▪ Funções: GORDURAS
▪ Síntese de ácidos biliares, hormônios adrenocorticais,
andrógenos, estrógenos e progesterona; precursor do
colecalciferol e vitamina D3; juntamente com outros lipídios torna
a pele mais resistente a vários agentes químicos; facilita a
absorção de vitaminas lipossolúveis; evita a evaporação da água
pelo corpo através da pele.
OUTROS TIPOS DE
□ Fontes: GORDURAS
▪ Presente na gema do ovo, no fígado, no rim,
no cérebro e nas ovas de peixes, e em
quantidades menores na carne, leite
integral, cremes, sorvetes, queijos e
manteiga.

▪ Fosfolipídios:
São lipídios que contêm fósforo na sua
composição química. Possuem a função
de manter a integridade estrutural das
células. Exemplos: lecitinas, cefalinas e
esfingomielinas.
OUTROS TIPOS DE
□ Lipoproteínas: GORDURAS
▪ Encontradas nas células, nas membranas das organelas e no
sangue. São uma combinação de triglicerídeos, fosfolípideos e
colesterol com proteínas, as quais funcionam para transportar
lipídeos insolúveis em meio aquoso.
▪ Tipos:
▪ Quilomícron;
▪ VLDL;
▪ LDL;
▪ HDL.
OUTROS TIPOS DE

GORDURAS
Funções dos lipídios
▪ Componentes de estruturas celulares (membranas plasmáticas);
▪ Importante fonte energética do organismo: 1 grama fornece 9
Kcal;
▪ Função de isolante térmico e físico;
▪ Sintetizam hormônios e ácidos biliares;
▪ Veículos de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K);
▪ Proporcionam mais palatabilidade (sabor) aos alimentos.
DIGESTÃO, ABSORÇÃO E
METABOLISMO
□ A digestão das gorduras ocorre
quase totalmente no intestino
delgado, porém, a ação
preparatória ocorre antes.
□ No estômago, apenas as gorduras
emulsionadas recebem a ação da
lipase gástrica, quebrando as
gorduras em ácidos graxos e
glicerol.
□ No intestino, a bile faz a
emulsificação
DIGESTÃO,
ABSORÇÃO E
METABOLISMO
□ Sob ação das lipases entéricas e
pancreáticas, as gorduras já
emulsionadas decompõem-se em ácidos
graxos e glicerol e, assim, são
absorvidas.

□ Após a absorção, há uma recombinação


desses componentes formando gorduras
neutras (triglicerídeos), que são levadas
ao fígado pelas lipoproteínas para
produzir substâncias específicas ou
armazenadas no tecido adiposo para ser
NECESSIDADES
DIÁRIAS E
RECOMENDAÇÕ
□ ES de gordura
Deve-se ingerir um grama
por quilo de peso, no mínimo. Em
relação ao valor calórico total da dieta,
de 25 a 30% das calorias devem ser
provenientes dos lipídios.
FONTES
ALIMENTARES
□ Origem animal
▪ Creme de leite, manteiga, toucinho, banha, óleo
de fígado de bacalhau, leite integral, queijos,
carnes, gema do ovo, etc.

□ Origem vegetal
▪ Margarina, gordura hidrogenada, óleos (milho, soja,
oliva, algodão...), azeitona, chocolate, abacate,
frutos oleaginosos (amendoim, nozes, castanhas,
avelãs), coco, etc.
ÁGU
A
□ É o principal componente do organismo.
Depois do oxigênio, é o elemento mais
importante para manutenção da vida.
Pode ser ingerida pura, através de
alimentos líquidos ou como componentes
de alimentos sólidos. A quantidade de
água existente no organismo humano é
mantida constante mesmo durante
longos períodos da vida. Para isso, é
necessário que haja um equilíbrio entre
disponibilidade de água e nutrientes
adequados na alimentação diária.
DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA
NO ORGANISMO
HUMANO
□ A água constitui 70% do peso corporal:
50% no líquido intracelular (LIC) e 20% no
líquido extracelular - sangue, linfa,
líquido cefaloraquidiano, secreções e
líquidos intersticiais (LEC). A quantidade
de água no organismo varia com o sexo,
idade, composição corporal etc.
IDAD
E
□ Mesmo possuindo mais água corpórea
do que os adulto, o organismo das
crianças é mais vulnerável às variações
da água, por isso elas são mais
suscetíveis às circunstâncias que
levam a desidratação, como diarreia,
vômito ou privação da ingestão de
líquidos.

□ Os idosos tendem a perder para o exterior


soluções isotônicas, além de ingerirem
menor quantidade de líquidos. O uso de
diuréticos para controle da hipertensão
ÁGU
A
□ Composição corporal
▪ A gordura corpórea nas pessoas sadias
é a principal variável que influencia o
volume do LEC e de sangue. Os
magros apresentam relativamente mais
LEC, e consequentemente, mais
sangue por quilograma de peso do que
o obeso. Pessoas obesas podem ter
tão pouco quanto 25 a 30% de seu
peso corpóreo em água.

Funções
▪ Solvente das reações orgânicas: importante
para digestão, respiração e excreção;
▪ Manutenção da homeostasia;
▪ Transporta gases, nutrientes, produtos do
metabolismo celular;
▪ Lubrificação das articulações, das membranas
serosas (pleura, peritônio, pericárdio) e composição
da saliva;
▪ Manutenção da temperatura corporal;
▪ Aumenta o peso fecal ao se combinar com as
fibras solúveis, ajudando, assim, na eliminação
das fezes;
▪ Hidratação.
ÁGU
A
□ Balanço Hídrico

▪ Balanço hídrico equilibrado: água eliminada = água


ingerida.
▪ Balanço hídrico positivo: água eliminada < água ingerida.
▪ Balanço hídrico negativo: água eliminada > água
ingerida.
ÁGU
□ A
Eliminação
▪ A eliminação de água é feita através
4
de
▪ Rins (urina) - Principal regulador da perda
vias:
de água.
▪ Pulmões (vapor exalado).
▪ Intestino (fezes).
▪ Pele (transpiração sensível e insensível).

▪ Perdas anormais - Vômitos, diarreia,


hemorragias, queimaduras e
diuréticos.
▪ Perda excessiva, sem
reposição = desidratação
ÁGU
A

Fontes
▪ Água potável, líquidos em geral (bebidas
dietéticas, bebidas gaseificadas, chás, leite,
sucos, refrescos, café e chimarrão).
ÁGU
A
□ Necessidades e Recomendações
▪ A necessidade de ingestão diária de água para
adultos é calculada em torno de 35mL por kg
(mínimo 1,5l por dia).
▪ A necessidade de água varia de acordo com os
alimentos que a pessoa ingere, com a temperatura e
a umidade do ambiente, com o nível de atividade
física e outros fatores.
▪ Deve-se dar atenção especial às necessidades
de águas nas crianças, lactantes e pacientes
comatosos, com febre, perdas de urina
excessiva.
ÁGU
A
□ Ter mos Usados na Nutrição Relacionados à Água
▪ Água Extracelular - é a água do plasma, linfa, líquido espinhal
e secreções.
▪ Água Intercelular (Intersticial) - é a água entre e ao redor das
células.
▪ Água Intracelular - é a água contida dentro da célula.
▪ Água Metabólica - é a água derivada do metabolismo do CH, PTN
ou LIP.
▪ Desidratação - Perda excessiva de
água corpórea.
ÁGU
A
□ Ter mos Usados na
Nutrição Relacionados à
Água
▪ Edema - acúmulo anormal de líquido nos espaços
intercelulares teciduais ou nas cavidades corpóreas.
Pode ser produzido por insuficiência renal, alteração
da dinâmica circulatória (perturbação cardíaca ou
vascular) e desnutrição proteica;
▪ Intoxicação por água - excesso de água
aumentando o volume intercelular e a diluição dos
fluidos corpóreos.
ÁGU
A
□ Termos Usados na Nutrição
Relacionados à Água
▪ Perda insensível de água - é a água
perdida com o ar expirado pelos
pulmões ou com o suor evaporado
pela pele;
▪ Perda sensível de água - é a
água perdida com a urina e as
fezes.
ELETRÓLIT
OS

□ São substâncias ou compostos


que quando dissolvidos em
água, dissociam-se em íons
carregados positiva ou
negativamente. Estes podem ser
simples sais inorgânicos de
sódio, potássio ou magnésio ou
complexas moléculas orgânicas.
ELETRÓLIT
Recomendação diária de eletrólitos
OS
Sódio Cloro Potássio
Recomendação + 800 mg/dia 750 a 2000 mg/dia 1500 – 2000 mg/dia
Manutenção do equilíbrio
hídrico, osmótico e
Regula o volume do fluido
acidobásico, junto com o
extracelular e do volume
Funções plasmático; ajuda na condução do
Formação do suco gástrico sódio; importante com o
e equilíbrio ácido-base cálcio na regulação da
impulso nervoso e controla a
atividade neuromuscular e
contração muscular.
promove crescimento
celular.

Sal comum, alimentos salgados,


Carnes frescas, leite,
Fontes presunto, carnes conservadas, leite, Sal de cozinha, alimentos
tomate, batata, frutas em
carnes, ovos, cereais. As frutas marinhos
geral, feijão, etc.
contem pouco sódio.

Diminui a produção de HCl,


Câimbras musculares, confusão câimbras musculares, Fraqueza muscular, paralisia,
Deficiência mental, anorexia, náuseas, redução de apetite, apatia irritação do músculo
fraqueza, dor de cabeça, apatia mental e falha no cardíaco e morte.
crescimento nas crianças
ELETRÓLIT
OS
Recomendação diária de eletrólitos
Sódio Cloro Potássio
Recomendação + 800 mg/dia 750 a 2000 mg/dia 1500 – 2000 mg/dia
Confusão mental,
dormência
Hipertensão arterial,
Excesso redução
Vômitos, problemas
dentários
nas extremidades,
respiração
de líquidos
fraca, enfraquecimento da
ação cardíaca.
Ocorre no intestino, após
isso é carregado pelo
sangue aos rins, onde é
Absorção filtrado e retorna ao sangue Intestino Intestino delgado
em quantidades
necessárias para manter o
nível normal no sangue

90 a 95% pela urina e o


Excreção restante na transpiração e Urina e suor Urina (80 a 90%) e nas fezes
(10 a 20%).
nas fezes

Regulação Aldosterona Aldosterona.


VITAMINA
□ S
São compostos orgânicos que não podem
ser sintetizados pelo organismo, sendo
essenciais para o bom funcionamento de
processos fisiológicos do corpo.

□ Encontram-se em pequenas quantidades


na maioria dos alimentos e são
extremamente frágeis, podendo ser
destruídas pelo calor, ácidos, luz e
certos metais.

□ Suas principais propriedades envolvem


dois mecanismos importantes: o de
VITAMINAS -

CLASSIFICAÇÃO
Vitaminas lipossolúveis
▪ As lipossolúveis são as vitaminas solúveis em gorduras. São
encontradas em alimentos essencialmente lipídicos. Necessitam da
bile para sua absorção e são transportadas via circulação linfática.
Podem ser armazenadas e suas funções são geralmente estruturais.
São elas:
▪ Vitamina A;
▪ Vitamina D;
▪ Vitamina E;
▪ Vitamina K.
VITAMINAS -
CLASSIFICAÇÃO
▪ Vitaminas hidrossolúveis
▪ As hidrossolúveis são as vitaminas solúveis em água.
São conduzidas via circulação sistêmica e excretadas
pelas vias urinárias. Em geral, não podem ser
armazenadas.
▪ Vitamina C;
▪ Vitamina do complexo B (B1, B2, B3, B5, B6, B8);
▪ Folato (B9);
▪ Cobalamina (B12).
MINERAI
S
▪ São substâncias de origem inorgânica que
fazem parte dos tecidos duros do organismo,
como ossos e dentes. Também são
encontrados nos tecidos moles, como
músculos, células sanguíneas e sistema
nervoso. Possuem função reguladora,
contribuindo para a função osmótica,
equilíbrio acidobásico, estímulos nervosos,
ritmo cardíaco e atividade metabólica.
MINERAIS -
CLASSIFICAÇÃO
▪ Macroelementos:
▪ Presentes em maior quantidade no organismo: cálcio,
magnésio, sódio, potássio e fósforo.
▪ Microelementos ou oligoelementos:
▪ Ferro, cobre, iodo, manganês, zinco, molibdênio, cromo, selênio
e flúor.
MINERAIS -
▪ Cálcio: CLASSIFICAÇÃO
▪ Funções - formação de ossos e dentes, coagulação sanguínea,
ativação de enzimas, condução de impulsos nervosos e contração
muscular.
▪ Carência - retardo do crescimento, dentes e ossos frágeis, raquitismo
e osteoporose.
▪ Excesso - calcificação dos ossos e tecidos moles,
comprometimento renal e prejudica a absorção do ferro.
▪ Fontes alimentares - leite, iogurte, queijos, peixes, gema
do ovo, hortaliças verdes, gergelim e feijão.
MINERAIS -
▪ Magnésio: CLASSIFICAÇÃO
▪ Funções - necessário para a atividade normal das enzimas e para o uso de
energia. Crescimento de ossos. Fundamental para a função normal do
cálcio.

Carência - irritabilidade, função
nervosa anormal, perda de apetite,
náuseas, vômitos, sonolência e espasmos
musculares.

Excesso - problemas respiratórios,
pressão baixa, ritmo cardíaco alterado e
inibição da calcificação da calcificação
óssea.

Fontes alimentares - gérmen de trigo,
nozes, damasco, tofu, água de coco,
camarão, cereais integrais, soja, acelga,
quiabo.
MINERAIS -
▪ Fósforo:

CLASSIFICAÇÃO
Funções - formação de ossos e dentes, absorção da glicose,
metabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos. Participa
de sistemas enzimáticos.
▪ Carência - dor nos ossos, osteomalácia, miopatias, acidose
metabólica, taquicardia e perda de memória.
▪ Excesso - sensação de peso nas pernas, confusão mental,
hipertensão, derrame e ataque cardíaco.
▪ Fontes alimentares - leite, peixe, fígado, ovos e feijão.
MINERAIS -
▪ Ferro:
▪ CLASSIFICAÇÃO
Funções - formação da hemoglobina, oxidação celular e participa
de reações enzimáticas.
▪ Carência - anemia hipocrômica e macrocística, glóbulos
vermelhos diminuídos, palidez, fraqueza, fadiga, falta de ar e
cefaleia.
▪ Excesso - convulsões, náuseas, vômito, hipotensão e paladar
metálico.
▪ Fontes alimentares - gema de ovo, fígado, carnes e vísceras
de cor vermelha, leguminosas, vegetais verdes e folhosos.
MINERAIS -
CLASSIFICAÇÃO
▪ Iodo:
▪ Funções - necessário para a produção do hormônio da tireoide.
Envolvi metabolismo, crescimento e reprodução.
▪ Carência - perturbações no crescimento, desenvolvimento sexual e
inte ao cretinismo.
▪ Excesso - suprimir a atividade tireoidiana.
▪ Fontes alimentares - frutos do mar, como peixes, moluscos e
crustáceos, folhosas e frutas.
MINERAIS -
▪ Zinco:
▪ CLASSIFICAÇÃO
Funções - necessário para a ação de enzimas, saúde do sistema
imunológico, maturação sexual masculina, crescimento e formação
de tecidos.
▪ Carência - retardo do crescimento, atraso na maturação sexual,
lesões na pele, alopecia e imunodeficiências.
▪ Excesso - anemia, febre e distúrbios do sistema nervoso central.
▪ Fontes alimentares - pão integral, frutos do mar, feijão, carne
magra, semente abóbora, nozes, leite, iogurte e queijo.
MINERAIS -
▪ Selênio:

CLASSIFICAÇÃO
Funções - parte vital do sistema antioxidante do corpo. Pode ajudar
a prevenir o câncer.
▪ Carência - mialgia, degeneração pancreática, sensibilidade
muscular e maior suscetibilidade ao câncer.
▪ Excesso - fadiga muscular, unhas fracas, congestão vascular,
dermatite, alteração do esmalte dos dentes e vômito.
▪ Fontes alimentares - cereais integrais, castanha do Pará, frutos
do mar, semente de girassol, carne e algas.
MINERAIS -
▪ Flúor: CLASSIFICAÇÃO
▪ Funções - resistência dos dentes.
▪ Carência - cáries dentárias.
▪ Excesso - lascas nos dentes.
▪ Fontes alimentares - água potável e
alimentos processados que foram
preparados ou reconstituídos com
água fluoretada.
SÍTIO DE ABSORÇÃO DOS
NUTRIENTES

A absorção da maior parte dos nutrientes ocorre no intestino delgado,
enquanto a absorção de água se dá principalmente no intestino
grosso.
▪ A digestão e absorção dos nutrientes acontece por todo o tubo
gastrointestinal (boca, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso
e ânus).
▪ Antes de serem absorvidos, os alimentos precisam ser quebrados em
partes menores, para que possa ocorrer a absorção dos seus nutrientes.
▪ O intestino delgado tem de 3 a 4 metros de comprimento, dividido em
3 partes: duodeno, jejuno e íleo.
SÍTIO DE ABSORÇÃO DOS

NUTRIENTES
Duodeno - aminoácidos, ácidos graxos, monoglicerídeos, monossacarídeos,
lactose, Vit. A e B, glicerol e cálcio.
▪ Jejuno - glicose, galactose, Vitamina C, aminoácidos, glicerol, ácidos
graxos,
monoglicerídeos, ácido fólico, biotina, ácido pantotênico, zinco, potássio, e
cobre.
▪ Jejuno proximal - vitamina A e B, ácido fólico, ferro, lactose.
▪ Jejuno distal - dipeptídeos, maltose, trealose e sacarose.
▪ Íleo - cloreto, sódio.
▪ Íleo Proximal - potássio, maltose, trealose e sacarose.
▪ Íleo Distal - vitamina B12 (fator intrínseco), sais biliares.

Cólon - água e eletrólitos.
ALIMENTO
▪ Frutas
▪ S aroma característico, é
Produto da frutificação de uma planta. Possui
rica em suco, podendo ser consumida crua e geralmente possui
sabor doce.
▪ São fontes de vitaminas, minerais, carboidratos (glicose, frutose,
sacarose, amido) e fibras. Contêm baixos valores de proteínas e
gorduras. Dentre as principais vitaminas e minerais estão a vitamina
C e o caroteno, e o potássio e ferro.
▪ Do ponto de vista alimentar as frutas classificam-se em: cítricas,
não cítricas e oleaginosas.
ALIMENTO
▪ Hortaliças
▪ S para o consumo
São plantas ou partes de plantas que servem
humano, como folhas, flores, frutos, caules, sementes, tubérculos
e raízes.
▪ São fontes de vitaminas, minerais e fibras. Destaca-se a vitamina C,
vitaminas do complexo B, vitamina A (betacaroteno), presente nos
vegetais amarelo e alaranjados. Nos minerais, destacam-se o ferro,
cálcio, potássio e magnésio. Fibras solúveis e insolúveis também
são encontradas nas hortaliças.
ALIMENTO
▪ Leguminosas

S
São grãos contidos em vagens ricas em tecido fibroso. Algumas
espécies podem ser consumidas quando ainda verdes (ervilhas
e vagens).
▪ São fontes de proteínas vegetais, vitaminas do complexo B, minerais
como potássio, fósforo, magnésio, zinco, ferro, cálcio e pouca
quantidade de colesterol e sódio. Possuem fibras solúveis e
insolúveis, que colaboram para um bom trabalho intestinal e
contribuem para o controle dos níveis de colesterol no sangue. São
os feijões, lentinha, grão-de-bico, ervilha, soja, amendoim, fava
etc.
▪ Cereais
ALIMENTO

S vitaminas, enzimas e outras
São as sementes ou grãos comestíveis das gramíneas. Possuem
carboidratos, proteínas, gorduras, sais minerais,
substâncias. Os integrais são ricos em fibras.
▪ Os cereais são deficientes nos aminoácidos lisina, treonina e triptofano.
Essa deficiência é compensada combinando-se com leguminosas.
▪ As vitaminas encontradas nos cereais são as do complexo B,
principalmente a B1, no germe e a B2 mais distribuída no grão. A
vitamina E, é encontrada
principalmente no germe. Os principais cereais são: arroz, milho, trigo,
aveia, centeio, sorgo, cevada.

ALIMENTO
Carnes
▪ S
Conjunto de tecidos de cor e consistência que recobre o esqueleto de
animais. O corte de carne apresenta tecido muscular, tecido conjuntivo,
gorduras e às vezes ossos. Os órgãos internos são chamados de
miúdos, também podem ser classificados como carnes.
▪ As carnes são fontes de proteínas de alto valor biológico,
gorduras, vitaminas do complexo B, vitamina A e minerais como
ferro, zinco, cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio.
▪ Carne ALIMENTO
▪bovina
O preço varia conforme o corte. O valor S
A classificação é determinada conforme a localização na carcaça.
nutritivo dos cortes é
praticamente o mesmo. A classificação é determinada pela
maciez:
▪ Categoria especial: contrafilé ou lombo, filé mignon;
▪ 1º categoria: coxão mole, coxão duro, patinho, lagarto, alcatra;
▪ 2º categoria: paleta, acém, capa de filé, aba de filé, fraldinha, peito;
▪ 3º categoria: pescoço, ponta de agulha;
▪ Sem categoria: músculo dianteiro, músculo traseiro e cupim.
▪ Ave ALIMENTO
S
▪ Refere-se a aves domésticas
s utilizadas na alimentação. ou de caça,
Os tipos mais
comuns de aves são frango, peru, pato,
marreco, ganso, faisão, galinha d’angola,
codorna, perdiz, pombo e chester. O
frango é a mais comum das aves. Cortes:
peito, coxa, sobrecoxa, asa, miúdos,
pés, pescoço.
▪ Embutido ALIMENTO
▪s O sabor dos embutidos varia conforme as carnes que entram em
S de gordura utilizada.
sua composição, os temperos e a quantidade
▪ São embutidos: salsicha, linguiça, mortadela, presunto, salame,
bacon, paio, toucinho etc.
▪ Possuem nitrato e nitrito como conservantes, estes no
organismo formam as nitrosaminas, que são substâncias
potencialmente cancerígenas.
ALIMENTO
▪ Suínos S
▪ Carne muito nutritiva, fonte de vitaminas A e B, cálcio, ferro e
fósforo. Do porco, além da carne, retiram-se subprodutos como
toucinho, presunto, miúdos, ossos e uma variedade de embutidos e
defumados.
▪ Devido às parasitoses que podem transmitir caso estejam
contaminadas, a carne de porco deve ser bem cozida (até atingir
a temperatura interna de 75oC) e jamais ser consumida com
sangue.
ALIMENTO
▪ Ovos

S
Produto do ovário das aves que aloja o germe de um novo animal e
as substâncias destinadas a nutrir esse germe durante algum
tempo. Compostos de proteínas, glicídios, lipídios, vitaminas,
minerais e ácidos graxos essenciais.
▪ Para estar apto para o consumo, o ovo deve estar uniforme, com a
casca íntegra, sem rachaduras e sem sujidades que indiquem a falta
de higiene do fornecedor.
ALIMENTO
▪ Leite
▪ É produzido pelas glândulas mamárias das fêmeasS mamíferas. Contém
nutrientes como carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais.
O carboidrato do leite é a lactose.
▪ Lactoalbuminas, lactoglobulinas e caseína são as proteínas presentes no soro.
A gordura do leite é formada principalmente por triglicerídeos com ácidos
graxos saturados e insaturados, fosfolipídios e colesterol.
▪ O leite contém vitaminas hidrossolúveis (riboflavina) e lipossolúveis
(vitaminas A e D). Os minerais presentes são cálcio, magnésio,
potássio e sódio.
ALIMENTO
□ S
Leite
AS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
(DTA)
▪ Perigos Químicos, Físicos e Biológicos
▪ Os perigos nos alimentos são contaminações inaceitáveis, que
devem ser reduzidas até níveis não prejudiciais à saúde do
consumidor. Podem causar injúria ao consumidor, por meio de
lesão ou enfermidade, de forma imediata ou tardia, por uma
única ingestão, ou por ingestão reiterada. Estes perigos podem
estar na matéria-prima ou ser identificados no processo de
produção. Eles podem ser de natureza biológica, química ou
física.
ENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
(DTA)
▪Microrganismos
▪ São seres vivos, por isso:
▪ Necessitam de substâncias nutritivas;
▪ Utilizam para o seu crescimento
carboidratos, proteínas, lipídios,
minerais, vitaminas e água;
▪ Outros fatores que contribuem para o
seu crescimento: temperatura dos
alimentos, a umidade do ar e o equilíbrio
entre oxigênio e o gás carbônico no ar.
OENÇAS TRANSMITIDAS POR
ALIMENTOS (DTA
▪ As DTAs acontecem por:
▪ Falta de higiene de utensílios,
mãos e equipamentos.
▪ Cruzamento entre alimentos crus e cozidos
(principalmente na arrumação da
geladeira).
▪ Uso de alimentos contaminados.
▪ Exposição prolongada dos
alimentos à temperatura
inadequada ou cozimento
insuficiente (tempo e temperatura).
BOAS PRÁTICAS E HIGIENE
▪ PESSOAL
Cuidados no armazenamento de alimentos:
▪ Retirar embalagens externas.
▪ Guardar rapidamente os alimentos refrigerados e
congelados.
▪ Impedir o contato de alimentos estragados com aqueles
em bom estado de conservação.
▪ Proteger os alimentos contra poeira, moscas e outros
insetos, mantendo-os tampados.
▪ Não misturar alimentos frescos com os mais antigos.
▪ Manter os alimentos afastados dos produtos de limpeza.
▪ Manter o ambiente e equipamentos de conservação
limpos e organizados.
▪ Na geladeira, manter os alimentos embalados.
BOAS PRÁTICAS E HIGIENE
▪ PESSOAL
Deve-se evitar:
▪ Latas amassadas ou enferrujadas.
▪ Latas com rótulo deteriorado.
▪ Pacotes ou caixas que não estejam
totalmente fechados.
▪ Alterações de cor, cheiro ou textura.
▪ Produtos fora da temperatura recomendada
pelo fabricante.
▪ Produtos sem prazo de validade ou já vencidos.
NUTRIÇÃO NA
▪ GESTAÇÃO
Gestação é um fenômeno fisiológico que acarreta uma
série de transformações no organismo materno. Dura
aproximadamente 40 semanas, divide-se em 3 trimestres:
▪ 1º trimestre:
O desenvolvimento fetal é influenciado principalmente
pelo estado nutricional pré-gestacional, importante para
o planejamento familiar.

▪ 2º e 3º trimestres:
Os fatores externos passam a ter mais importância:
condições ambientais e alimentação da mãe – ingestão
de nutrientes, ganho de peso e fator emocional.
NUTRIÇÃO NA
▪ GESTAÇÃO
Fatores maternos que podem interferir no
crescimento do feto:
▪ Idade;
▪ Peso e altura;
▪ Condições de saúde e nutrição;
▪ Paridade;
▪ Fatores ambientais e genéticos.
NUTRIÇÃO NA

GESTAÇÃO
O ganho de peso gestacional é determinado de acordo com o
EN pré-gestacional, idade e atividade física da gestante:
▪ Eutróficas: 10 a 12 kg
▪ Baixo peso: 16 kg
▪ Obesas: 6 a 8 kg
NUTRIÇÃO NA
▪ AlimentaçãoGESTAÇÃO
da Gestante:
▪ Calorias - aumentar o consumo calórico a partir do 2º trimestre.
Evitar consumo exagerado de alimentos altamente calóricos.
▪ Carboidratos - evitar excesso de açúcares e doces, a fim de evitar o
diabetes gestacional.
▪ Proteínas - aumentar consumo de alimentos com proteínas de AVB.
▪ Lipídios - evitar os saturados e preferir os insaturados, que ajudam
na formação do sistema nervoso do feto.
▪ Vitaminas - yodas são importantes. Quanto mais colorida e variada for
a refeição, maior a variedade de vitaminas.
▪ Alimentação da
TRIÇÃO NA
paraN nteU:distúrbios doGESTAÇÃO
▪ Ácido Fólico - suplementar e combinar com a ingestão de vitamina B12,
Gesta prevenir tubo neural do bebê e anemia megaloblástica.
▪ Vitamina A - não deve ser suplementada, pois o excesso pode causar alterações
na formação do feto.
▪ Vitamina C - deficiência pode levar ao parto prematuro, então, aumentar
consumo de alimentos fonte.
▪ Minerais - importantes para o crescimento e desenvolvimento fetal.
▪ Ferro - necessidades aumentadas. Suplementar até o final da gestação, pois
é responsável pela formação do sangue do bebê.
NUTRIÇÃO NA
GESTAÇÃO
▪ Alimentação da Gestante:
▪ Zinco - deficiência pode causar má formação fetal e aborto.
▪ Sódio - reduzir o consumo, pois está relacionado com
problemas graves durante a gestação como pré-eclâmpsia e
eclampsia.
▪ Cálcio - necessidades aumentadas, importante na formação
óssea e dos dentes do bebê e na lactação. A carência pode
provocar câimbras, cáries dentais e perda de dentes.
NUTRIÇÃO NA
GESTAÇÃO
PROBLEMAS COMUNS NA
GESTAÇÃO
▪ Náuseas e vômitos
▪ Causas - fatores psicológicos e fisiológicos.
▪ Recomendações - realizar refeições pequenas e frequentes,
secas e com alimentos energéticos de fácil digestão. Ingerir
líquidos entre as refeições, e não durante.
ROBLEMAS COMUNS NA
GESTAÇÃO
▪ Constipação

Causas - Fatores fisiológicos e mecânicos.
▪ Recomendações -Aumentar a ingestão de líquidos. Consumir
alimentos laxantes (ricos em fibras).
OBLEMAS COMUNS NA
GESTAÇÃO
▪ Azia e sensação de plenitude gástrica
▪ Recomendações - aumentar o número de
refeições e diminuir o volume de cada uma
delas; realizar as refeições em ambiente
tranquilo e mastigar devagar; não se deitar logo
após as refeições.
PROBLEMAS COMUNS NA
GESTAÇÃO
▪ Papel do Enfermeiro:
▪ O diagnóstico de problemas e
o encaminhamento ao
profissional especialista
poderão prevenir distúrbios
tanto na mãe quanto na
criança em desenvolvimento.
▪ Encaminhar as gestantes ao pré-
natal adequado.
▪ Acompanhar toda a gestação,
para garantir que sejam feitas
todas as consultas e exames
necessários.
LACTAÇÃ
O
▪ É um processo complementar à gestação, com
grande impacto na saúde do lactente.
▪ A OMS aconselha o aleitamento materno exclusivo até
6 meses de idade e o aleitamento complementar até
os dois anos de idade ou mais. Os profissionais de
saúde devem reconhecer a importância da
amamentação e estimular as mães a amamentar
para:
▪ Diminuir o desmame precoce.
▪ Os níveis de morbimortalidade infantil associados.
BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO
MATERNO
▪ Para a mãe:
▪ Aspecto fisiológico: involução uterina,
anticoncepção, menor incidência de CA de mama,
útero e ovário.
▪ Aspecto psicológico: interação mãe-filho,
diminuição da ansiedade, realização do plano
mãe.
▪ Aspecto econômico: quantidade e leite
suficiente, praticidade.
ENEFÍCIOS
▪ Para o bebê:
DO ALEITAMENTO
MATERNO

Proteção contra doenças: infecciosas, alérgicas, doenças de
pele, previne desnutrição, obesidade, hipertensão,
aterosclerose, cárie dentária, raquitismo, anemia, alergia.
▪ Proteção contra alterações psicossociais: maior interação mãe-
filho, desenvolvimento psicossocial do recém-nascido.
▪ Aspecto econômico: dinheiro revertido para outros benefícios.
▪ Proteção contra problemas motores orais e suas
consequências.
EFÍCIOS DO ALEITAMENTO
▪ Para a família, cidade e nação:
MATERNO
▪ Menor índice de
morbimortalidade infantil.
▪ Menor índice de repetência escolar
e criminalidade.
▪ Menor espaçamento entre filhos,
propiciando planejamento
familiar.
▪ Maior economia.
▪ Melhoria da qualidade de vida
das crianças de hoje e do
homem de amanhã.
BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO
MATERNO
▪ Papel do Enfermeiro:
▪ Incentivar o aleitamento materno.
▪ Incentivar a boa alimentação da mãe para
garantir o suprimento adequado de leite.
▪ Desencorajar a AMAMENTAÇÃO CRUZADA, para
evitar doenças que são transmitidas através do leite
materno.
NUTRIÇÃO DO
LACTENTE
▪ Pode ser dividida em três
etapas:
▪ 1- Aleitamento materno exclusivo;
▪ 2- Introdução da alimentação
complementar ou desmame
materno;
▪ 3- Período adulto modificado.
CONTRAINDICAÇÕES AO
ALEITAMENTO MATERN
▪ Bebês cujas mães: O
▪ Estejam sofrendo de enfermidades graves (psicose, eclampsia, choque).
▪ Estejam tomando medicações contraindicadas na fase de aleitamento
(drogas citotóxicas, radioativas).
▪ Sejam soropositivas para HIV.
▪ Bebês com problemas congênitos de metabolismo:
▪ Galactosemia
▪ Deficiência de galactase (converte galactose em glicose).
▪ Fenilcetonúria
▪ Deficiência de fenilalanina hidroxilase (metabolismo de fenilalanina).
LEITE MATERNO: O PRIMEIRO
▪O leite materno supre as necessidades nutricionais dos lactentes até o 6 mês
ALIMENTO
de vida (até este período a alimentação exclusiva segundo orientação da
OMS e do Ministério da Saúde), podendo se estender até seu segundo ano.

▪ Após o primeiro semestre inicia a introdução lenta e gradual de


outros alimentos em uma dieta balanceada.

▪ É capaz de prevenir carências nutricionais específicas e permitir


um desenvolvimento adequado.
ITE MATERNO: O PRIMEIRO
ALIMENTO

A introdução de alimentos precocemente levaria a um maior risco
de infecções ao lactante.

▪ A substituição do leite materno por alimentos complementares levam a uma


menor demanda de leite (consequentemente menor estímulo à
produção) e à possibilidade de que os alimentos complementares atrasem
a maturação do intestino.

▪ Desenvolvimento da função imunitária e prevenção da entrada de


alérgenos macromoleculares.
CARACTERÍSTICAS DA

ALIMENTAÇÃO
A progressão natural da criança, quando deixa de ser alimentada
COMPLEMENTAR
exclusivamente com leite materno, consiste em receber primeiro alguns
alimentos complementares até a criança compartilhar as refeições com
a família.

▪ Segundo a OMS, o período de alimentação complementar é aquele


durante o
qual outros alimentos ou líquidos são oferecidos à criança junto com o
leite materno.

▪ Os alimentos complementares são necessários, uma vez que as


necessidades nutricionais da criança aumentam com a idade.
ARACTERÍSTICAS DA
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
▪ Um dos principais objetivos nessa fase de transição é garantir o
consumo energético adequado, de forma que a proteína possa
ser utilizada em sua totalidade.

▪ Nos primeiros meses de vida, o bebê tem capacidade funcional


de receber alimentos líquidos pelos reflexos de sucção e
deglutição.

▪ Entre quatro e seis meses, o reflexo de extrusão tende a


desaparecer, podendo, então, ser iniciada a alimentação
semissólida.
CARACTERÍSTICAS DA
ALIMENTAÇÃO

COMPLEMENTAR
Com o nascimento dos dentes (sete a nove meses), inicia-se a mastigação,
que inicialmente apresenta-se pela lateralização dos alimentos na cavidade
bucal.

▪ Os alimentos devem se macios (amassados, não se recomenda liquidificar


os
alimentos) e, posteriormente, podem ser desfiados, picados ou cortados
em pedaços pequenos.

▪ A introdução de novos alimentos deve ser feita de maneira lenta e gradual,


deixando um período entre a oferta de um alimento e a introdução de
outro, para verificar a existência de reações alérgicas ou intolerâncias.
CARACTERÍSTICAS DA
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENT
AR
▪ De maneira geral, uma criança de seis a oito meses de idade necessita
de duas a três refeições por dia.

▪ Entre nove e onze meses de idade, são necessárias três a quatro


refeições diárias.

▪ Para que nos doze meses a criança receba alimentos complementares


cinco vezes ao dia.

▪ Um cuidado importante no momento da introdução da alimentação


complementar é a higiene da preparação, posterior estocagem e
administração, visando prevenir de contaminação e doenças para a
criança.
LEITE MATERNO: O PRIMEIRO
ALIMENTO
▪ Papel do enfermeiro:
▪ Estimular a manutenção do aleitamento materno.
▪ Orientar a correta introdução dos alimentos
complementares.
▪ Reforçar sempre as práticas de higiene.
NURIÇÃO NA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA
▪ Faixa etária que vai dos 2 a 6 anos;
▪ Necessidades nutricionais aumentadas
(bastante suscetíveis a doenças infecciosas);
▪ Período de formação dos hábitos alimentares e
autonomia alimentar;
▪ É comum inapetência, que pode ser orgânica (falta de
algum nutriente) ou comportamental (chamar a
atenção dos pais;.
▪ A quantidade de alimento oferecida deve ser pouca.
A criança deve pedir para repetir;
▪ Não forçar a comer para não criar resistência;
▪ Os alimentos oferecidos devem ser bem variados
(prato colorido).
NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA
▪ Faixa etária dos 6 aos 10 anos;
▪ Fase de intenso crescimento;
▪ As crianças já começam a ser
independentes e, se bem orientadas,
podem selecionar seus alimentos;
▪ Crianças desnutridas: indispostas, desatentas,
agressivas, baixa aprendizagem (repetência
escolar);
▪ O sistema digestivo do escolar já atingiu a
capacidade digestiva comparável ao do
adulto, podendo seguir as leis da
alimentação (QUANTIDADE, QUALIDADE,
HARMONIA E ADEQUAÇÃO).
NUTRIÇÃO NA
▪ ADOLESCÊNCIA
Período dos 10 aos 19 anos;
▪ Muitas alterações físicas e psicológicas;
▪ Fase em que se adquire autonomia alimentar, havendo confirmação
ou contestação dos hábitos adquiridos na infância;
▪ A influência dos pais aparece em terceiro plano, após a dos colegas e
da mídia;
▪ Grupo de risco nutricional: fase de crescimento e formação;
▪ Excesso de atividades;
▪ Fácil acesso, influência da propaganda e “modismos”;
▪ Excesso de gordura, sal e colesterol.
NUTRIÇÃO DO
▪ ADULTO
Fase de estabilidade orgânica;
▪ Fase em que se determina a longevidade e qualidade de vida;
▪ Células adiposas;
▪ Não há aumento no número de células, mas elas aumentam seus
estoques de gordura, causando ganho de peso em regiões
específicas (abdome, quadril);
▪ Há diversas alterações psicológicas decorrentes de mudanças,
casamento, filhos, estudos, que levam à carga de estresse
elevada, afetando a alimentação do indivíduo.
NUTRIÇÃO DO
ADULTO
▪ Papel do Enfermeiro:
▪ Incentivar práticas alimentares saudáveis para
prevenir problemas futuros;
▪ Não deixar que o indivíduo quebre o vínculo com
o sistema de saúde.
NUTRIÇÃO DO
IDOSO
▪ Existem diversos fatores que aumentam a
longevidade:
▪ Progresso científico (melhora nas condições de saúde);
▪ Surgimento de leis de proteção ao idoso;
▪ Higiene e Progresso no conhecimento sobre nutrição.
NUTRIÇÃO DO
IDOSO

▪ Também existem diversos fatores que


influenciam na qualidade de vida dos idosos:
▪ Perda dos entes queridos;
▪ Perda da saúde;
▪ Perda do lar (asilos);
▪ Perda do papel social (imagem);
▪ Isolamento, solidão, depressão, ansiedade.
NUTRIÇÃO DO
▪ IDOSO
Estado nutricional dos idosos:
▪ O idoso apresenta características fisiológicas importantes que devem ser
consideradas: catabolismo > anabolismo - Perda progressiva da massa
magra, ↓ força muscular e ↑ depósitos de gordura.
▪ Alterações na função metabólica - diminuição da tolerância a glicose:
↓ produção de insulina e/ou ↑ resistência periférica.
▪ Alterações na função cardiovascular - acúmulo de gordura nos vasos,
dislipidemias e hipertensão arterial - ↑ resistência vascular e perda
de elasticidade dos vasos.
NUTRIÇÃO DO
IDOSO
▪ Estado nutricional dos idosos:
▪ Alterações na função renal - ↓ filtração e excreção renal
▪ Hábitos alimentares - Padrão dietético já
estabelecido (resistência a mudança).
▪ Situação social e econômica - Geralmente vive sozinho,
sem meios para armazenar e preparar os alimentos, e não
tem recursos financeiros adequados.
▪ Consumo elevado de medicamentos.
NUTRIÇÃO DO

IDOSO
Alimentação do idoso:
▪ A alimentação do idoso deve ser saborosa, de fácil
digestão, com refeições pouco volumosas e consistência, de
acordo com a sua dentição. Não deve conter quantidade
excessiva de líquidos durante as refeições, para não diluir as
enzimas digestivas já deficientes.
NUTRIÇÃO DO
IDOSO
▪ Papel do Enfermeiro:
▪ Incentivar a atenção social ao idoso.
▪ Dar a alimentação do idoso a mesma
prioridade atribuída a terapia
medicamentosa.
DISTÚRBIOS
▪ Hipovitaminose A: NUTRICIONAIS
▪ Primária - baixa ingestão de retinol;
▪ Secundária - resultante de doenças hepáticas, desnutrição ou má-absorção;
▪ Sinais clínicos - cabelos fracos e quebradiços, queratinização das mucosas,
da pele e do epitélio dos olhos;
▪ Consequências - cegueira noturna, xeroftalmia, aumento do risco
de infecções e alterações na pele;
▪ Tratamento - suplementação com megadoses as crianças de 6 a 59
meses e mulheres no pós-parto, ações educativas quanto as fontes
alimentares e a importância do consumo da vitamina.
DISTÚRBIOS

NUTRICIONAIS
Anemia Ferropriva:
▪ Caracterizada pela redução da concentração de hb no sangue pela
ingestão insuficiente de ferro. Verminoses também podem causar
anemia.
▪ Sinais clínicos - fadiga, anorexia, palidez da pele e mucosas,
pouca disposição e apatia.
▪ Consequências - atraso no crescimento e no desenvolvimento intelectual,
principalmente se a anemia ocorrer na gestação e lactação.
▪ Grupos suscetíveis - crianças até 24 meses, adolescentes na puberdade,
mulheres gestantes ou com fluxo menstrual intenso e extenso e pessoas
com sangramento crônico.
DISTÚRBIOS
▪ Bócio Endêmico:

NUTRICIONAIS
Caracterizada pela hipertrofia da glândula tireoide causada
pela ausência de iodo na alimentação;
▪ Consequências - aumento da tireoide, retardo mental, que atinge
desde o feto até o adulto e pode resultar no cretinismo e
nanismo, queda da fertilidade feminina;
▪ Grupos suscetíveis - aqueles que usam sal grosso na
alimentação, pessoas de baixo poder aquisitivo da zona rural
que usam produtos destinados ao gado para a própria
alimentação;
▪ Controle - iodatação do sal de cozinha.
DISTÚRBIOS
▪ Desnutrição:

NUTRICIONAIS
Caracterizada quando as reservas nutricionais estão esgotadas e/ou
a ingestão de nutrientes é inadequada para suprir as necessidades.
Geralmente associa-se a infecções.
DISTÚRBIOS


Classificação:
NUTRICIONAIS
Primária - ingestão insuficiente de energia e proteínas;
▪ Secundária - resultante de doenças que interferem no aproveitamento
dos nutrientes pelo organismo levando a digestão ou absorção
deficiente, metabolismo alterado ou excreção.

▪ Classificação quanto ao tempo de instalação


▪ Aguda - criança com desnutrição atual (perda de peso);
▪ Crônica - criança foi e é desnutrida (deficiência no peso, altura
e aprendizagem);
▪ Pregressa - criança foi mas não é mais desnutrida (deficiência
na altura).
DISTÚRBIOS
▪ NUTRICIONAIS
Sinais clínicos de desnutrição grave:
▪ MARASMO - Privação crônica na ingestão de
calorias.
▪ Magreza extrema e atrofia muscular;
▪ Perda intensa de tecido subcutâneo;
▪ Pele frouxa, sobretudo nas nádegas;
▪ Face de velho;
▪ Peso/ idade sempre inferior ao percentual 3;
▪ Irritabilidade;
▪ Diminuição severa no crescimento;
▪ Retardo no desenvolvimento;
▪ Apetite preservado na maioria dos casos.
DISTÚRBIOS


NUTRICIONAIS
Sinais clínicos de desnutrição grave
KWASHIORKOR - Privação crônica na ingestão de
proteínas:
▪ Edema (hipoalbuminemia);
▪ Face lunar;
▪ Atrofia muscular com gordura subcutânea;
▪ Infiltração gordurosa no fígado;
▪ Cabelo ralo, fraco, quebradiço e descolorido (sinal de
bandeira);
▪ Despigmentação e descamação da pele;
▪ Emagrecimento;
▪ Falta de apetite.
DISTÚRBIOS
▪ NUTRICIONAIS
Sinais clínicos de desnutrição grave:
▪ KWASHIORKOR MARASMÁTICO - Forma intermediária, existe
a desnutrição energética e proteica, porém desequilibrada.
▪ Lesões na pele;
▪ Perda intensa de tecido subcutânea;
▪ Pode ter edema;
▪ Pode ter atrofia muscular;
▪ Pode ter perda de peso acentuada;
▪ Depois de curto período de tratamento apresenta
características típicas de marasmo.
DISTÚRBIOS
NUTRICIONAIS
▪ Obesidade:
▪ Doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de
gordura corporal que traz prejuízos à saúde.
▪ Causas:
▪ Hábitos de vida inadequados
▪ Vida sedentária
▪ Fatores genéticos
▪ Fatores psicológicos.
▪ Obesidade:
DISTÚRBIOS
▪ Consequências:
▪ Cardiopatias
NUTRICIONAIS
▪ Diabetes melittus
▪ Dislipidemias;
▪ Hipertensão arterial
▪ Resistência à insulina
▪ Doenças articulares, vasculares e dermatológicas
▪ Imunidade é reduzida
▪ Dificuldade em dormir e respirar (apneia do
sono).
▪ Diagnóstico:
▪ Em adultos a OMS recomenda o Índice de
Massa Corporal (IMC).
DIETOTERAPI

A do paciente.
É a terapia em saúde que consiste em utilizar os alimentos da
maneira mais adequada à cura e recuperação

▪ É ofertar ao organismo debilitado nutrientes adequados ao tipo


de doença, condições físicas, nutricionais e psicológicas do
paciente mantendo ou recuperando o seu estado nutricional.

▪ A dietoterapia usa a dieta como recurso terapêutico.


DIETOTERAPI
▪ Classificação das Dietas Terapêuticas:
▪ Quanto à consistência - normal; branda; A
pastosa; semilíquida/ líquida
pastosa; líquida restrita/ líquidos claros/ líquida sem resíduos;
líquida de prova;
▪ Quanto aos nutrientes - hipercalórica; hiperproteica;
hiperglicídica; hipoglicídica; hipolipídica; hipossódica;
hipocalêmica;
▪ Quanto à qualidade - constipante; laxante; sem irritantes
gástricos;
▪ Quanto à forma de administração - oral; enteral; parenteral.
NUTRIÇÃO

permanentemente impedidos de receber
oral.
ENTERAL
Pacientes que recebem dieta por sonda ficam temporária ou
alimentação por via

▪ Esse tipo de nutrição deve ser usado quando o sistema digestivo


apresenta algum grau de funcionamento, mesmo que não seja perfeito.

▪ Indicações:
▪ Disfagia, coma, anorexia persistente, gastroparesia ou obstrução do tubo
digestivo,
fístulas, síndromes disabsortivas, septicemia, queimaduras extensas,
desnutrição
severa, pancreatite aguda, insuficiência hepática, renal, respiratória ou
cardíaca, doença de Crohn em atividade e outras.
▪ Vias de NUTRIÇÃO
▪acesso:

Orogástrica;
Nasogástrica; ENTERAL
▪ Nasoentérica (Nasoduodenal ou nasojejunal);
▪ Gastrostomia;
▪ Jejunostomia.

▪ Apresentação da dieta:
▪ É de responsabilidade de quem cuida do paciente, ou seja, da
equipe de enfermagem ou do acompanhante.
NUTRIÇÃO
Orientar pacientes e familiares.ENTERAL
▪ Atribuições do Enfermeiro:

▪ Preparar o paciente, o material e o local para o acesso enteral.
▪ Prescrever os cuidados de enfermagem.
▪ Realizar ou assegurar a colocação/manutenção da sonda.
▪ Observar se a dieta atende ao que foi prescrito, se está no volume correto
e no horário correto e se não possui nenhuma alteração visual.
▪ Garantir os procedimentos de higiene.
▪ Garantir o registro claro e preciso das informações relacionadas a
administração da dieta e a evolução do paciente quanto a peso, sinais
tolerância
vitais, digestiva.
NUTRIÇÃO
PARENTERAL
▪ Método que fornece nutrientes pela via endovenosa.
Usada quando o sistema digestivo não está apto a receber
alimentos.

▪ Indicado para obstruções severas do TGI, pancreatites,


fístulas, traumatismos, intervenções cirúrgicas, pós-
operatórios, doenças inflamatórias intestinais,
síndromes disabsortivas, septicemias, queimaduras
graves e extensas, ventilação mecânica prolongada.
NUTRIÇÃO
PARENTERAL
▪ Composição:
▪ Soluções de glicose;
▪ Soluções de
aminoácidos;
▪ Emulsões lipídicas;
▪ Vitaminas e minerais.
POLÍTICA NACIONAL DE
ALIMENTAÇÃO

E NUTRIÇÃO (PNAN)
Propósito:
▪ Garantia da qualidade dos alimentos colocados para consumo no
País
▪ Promoção de práticas alimentares saudáveis
▪ Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais
▪ Estímulo às ações intersetoriais que propiciem o acesso universal
aos alimentos.
POLÍTICA NACIONAL DE
▪ ALIMENTAÇÃO
Diretrizes:
E NUTRIÇÃO
▪ Estímulo às ações intersetoriais com vistas(PNAN)
ao acesso universal aos
alimentos;
▪ Garantia da segurança e da qualidade dos alimentos e da prestação
de serviços neste contexto;
▪ Monitoramento da situação alimentar e nutricional;
▪ Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis;
▪ Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e de doenças associadas
à alimentação e nutrição;
▪ Promoção do desenvolvimento de linhas de investigação;
▪ Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.
POLÍTICA NACIONAL DE
ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO (PNAN
▪ Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan):
▪ Descrição contínua e a predição de tendências das condições
de alimentação e nutrição da população, bem como seus
fatores determinantes.
▪ Promove informação, ação e avaliação de resultados.
▪ É suporte para criação e o ajuste de programas, atualização
contínua e a análise sistemática de informações sobre à
situação alimentar e nutricional da população.
POLÍTICA NACIONAL DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
(PNAN)
▪ Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan):
▪ Fornece dados sobre: disponibilidade de alimentos, práticas de
amamentação, perfil de dieta complementar pós-desmame, peso ao nascer,
prevalência de desnutrição, de anemias, de outras carências nutricionais,
do sobrepeso, etc.;
▪ Monitora o estado nutricional da gestante e o crescimento e
desenvolvimento das crianças;
▪ Realiza mapeamento das endemias carenciais (Anemia, Hipovitaminose A,
DEP e Deficiência de iodo).

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