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e desinfecção terminal e
concorrente
P R O F E S S O R A : E N F ª . M A R I A N E S A N TA N A
As infecções relacionadas à assistência à saúde representam um risco
substancial à segurança do paciente em serviços de saúde.
Há evidências mostrando que vários patógenos como Staphylococcus aureus
resistente à meticilina, Enterococos resistente à vancomicina e outros contaminam
superfícies e equipamentos (bombas de infusão, barras protetoras das camas e
estetoscópio e outros) mais frequentemente manuseados pelos profissionais e
pacientes.
É importante diferenciar os termos higienização (ato de limpar) e desinfecção
(processo que destrói microrganismos patogênicos ou não, com exceção dos
esporos bacterianos por meio químico ou físico) para evitar confusão que possam
comprometer o processo de desinfecção.
São três tipos de limpeza: concorrente, terminal e de manutenção.
A limpeza concorrente é aquela realizada enquanto o paciente encontra-se
no apartamento, nas dependências da instituição de saúde.
A limpeza terminal é realizada após a saída do paciente, seja por alta, óbito
ou transferência. Esse ato compreende a limpeza de superfícies, sejam elas verticais
ou horizontais, e desinfecção do mobiliário.
E temos a limpeza de manutenção, que tem como objetivo manter o padrão
da limpeza das dependências, nos intervalos entre as limpezas concorrentes ou
terminais.
A higienização e a desinfecção de superfícies são elementos que
convergem para a sensação de bem-estar, segurança e conforto dos pacientes,
profissionais e familiares nos serviços de saúde. Corrobora também para o controle
das infecções relacionadas à assistência à saúde, por garantir um ambiente com
superfícies limpas, com redução do número de microrganismos e apropriadas para
a realização das atividades desenvolvidas nesses serviços.
Assim, o Serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços de
Saúde apresenta relevante papel na prevenção das infecções relacionadas à
assistência à saúde, sendo imprescindível o aperfeiçoamento do uso de técnicas
eficazes para promover a limpeza e desinfecção de superfícies.
Considerando o Decreto nº 94.406/87 que regulamenta a lei nº 7.498 de 25 de junho
de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem e dá outras providências.
Art 10– O Técnico de Enfermagem exerce as atividades, de nível médio técnico,
atribuídos à equipe de Enfermagem cabendo-lhe:
I.d) na prevenção e controle de infecção hospitalar;
I.e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados
durante a assistência à saúde.
Conceitos
• Assepsia: consiste num conjunto de métodos e processos de higienização de determinado
ambiente, com a finalidade de evitar a contaminação do mesmo por agentes infecciosos e
patológicos.
• Antissepsia: É o processo que visa reduzir ou inibir o crescimento de microrganismos na pele
ou nas mucosas. Desse modo, os produtos usados para fazer a antissepsia são
chamados de antissépticos.
• Degermação: O ato de redução ou remoção parcial dos microrganismos da pele, ou outros
tecidos por métodos químio-mecânicos. É o que se faz quando se faz a higienização das mãos
usando água, sabão e escova (manilúvio).
• Descontaminação: é o processo que consiste na remoção física de elementos contaminantes ou
na alteração de sua natureza química, através de métodos químio-mecânicos, transformando-os
em substâncias inócuas e, assim, tornando-os mais seguros para serem manuseados ou tocados.
• Esterilização: é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos,
fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou físicos.
Higiene das mãos
Conceito de higiene
Consiste na prática do uso constante de elementos ou atos que causem benefícios para os
seres humanos. Em seu sentido mais comum, podemos dizer que significa limpeza acompanhada do
asseio. Mais amplo, compreende de todos os hábitos e condutas que nos auxiliem a prevenir
doenças e a manter a saúde e o nosso bem-estar, inclusive o coletivo.
Com o aumento dos padrões de higiene e estudos sócio epidemiológicos têm demonstrado
que as medidas de maior impacto na promoção da saúde de uma população estão relacionadas à
melhoria dos padrões de higiene e nutrição da mesma.
Higiene das mãos
As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a
assistência prestada aos pacientes. A pele é um possível reservatório de diversos microrganismos
que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele),
ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminadas.
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das
infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi
substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo
engloba desde a higienização simples até a antissepsia cirúrgica das mãos.
Quando devemos lavar as mãos?
• Sempre que tossir, espirrar ou mexer no nariz;
• Sempre que utilizar as instalações sanitárias;
• Depois de mexer no cabelo, olhos, boca, ouvidos e nariz;
• Depois de comer;
• Depois de fumar;
• Depois de manipular e/ou transportar lixo;
• Depois de manipular produtos químicos (limpeza e desinfecção).
Água e sabão:
• Ao iniciar o turno de trabalho;
• Após ir ao banheiro;
• Antes e depois das refeições;
• Antes do preparo de alimentos;
• Antes do preparo e da manipulação de medicamentos.
Preparação alcoólica:
• Antes do contato com pacientes para evitar a transmissão de microrganismos oriundos das
mãos do profissional de saúde;
• Após o contato com pacientes para proteção do profissional e das superfícies e objetos
imediatamente próximos a ele, evitando a transmissão de microrganismos do próprio
paciente. Ex: exames físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da
temperatura corporal); contato físico direto (aplicação de massagem, realização de
higiene corporal);
• Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos, tais como:
contato com membranas mucosas (administração de medicamentos pelas vias oftálmica
e nasal); com pele não intacta (realização de curativos, aplicação de injeções); e com
dispositivos invasivos (cateteres intravasculares e urinários, tubo endotraqueal);
• Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo
cirúrgico;
• Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente,
como: troca de fraldas e subsequente manipulação de cateter intravascular;
• Após contato com objetos ou superfícies imediatamente próximas ao
paciente, por exempo: manipulação de respiradores, monitores
cardíacos, troca de roupas de cama, ajuste da velocidade de infusão de
solução endovenosa;
Técnica