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PREVENÇÃO DE INFEÇÕES ASSOCIADAS

AOS CUIDADOS DE SAÚDE


2. Medidas de Prevenção e Controlo de Infeção
nos Cuidados de Saúde – PRECAUÇÕES PADRÃO

• Higiene das Mãos


- Lavagem das Mãos;
- Desinfeção Alcoólica das Mãos;
Escola: Instituto Politécnico de Bragança – Escola Superior de Saúde de Bragança
Curso: Técnicos Superiores Profissionais de Gerontologia
Docente: Doutor Emanuel Lameiras
Ano Letivo: 2023/2024
Medidas de Prevenção e Controlo de Infeções
nos Cuidados de Saúde – PRECAUÇÕES PADRÃO
Higiene das Mãos

Higiene das Mãos

• Segundo a OMS “este termo aplica-se tanto à lavagem das mãos, como à
fricção das mãos com solução anti-séptica de base alcoólica, como
preparação pré-cirúrgica das mãos, executada pela equipa cirúrgica.”

• A higiene das mãos é considerada uma das medidas mais importantes para a
redução da transmissão de agentes infeciosos entre doentes/utentes,
durante a prestação de cuidados.

• É da responsabilidade de todos os profissionais de saúde a higiene das mãos


nos momentos indicados e com a técnica correta.
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Higiene das Mãos

Antes de proceder à higiene das mãos:

• As unhas devem manter-se curtas e limpas, sem extensões ou outros


artefatos;

• Os adornos devem ser removidos;

• Cortes e abrasões devem estar cobertos com penso impermeável;

• Expor os antebraços (o fardamento com mangas até ao cotovelo).

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Lavagem das Mãos

• As mãos são o veículo de transmissão de microrganismos mais importante,


uma vez que são o “instrumento” mais utilizado na prestação de cuidados ao
doente/utente;

• Dado que os microrganismos não se deslocam por si próprios, é certo que


necessitem de um meio de transporte, do seu reservatório animado ou
inanimado, para alcançarem o hospedeiro suscetível;

• E é nas mãos, principalmente dos profissionais de saúde, que eles “viajam”


até ao seu destino, sendo assim consideradas a maior fonte de IACS;

• Assim, a lavagem das mãos é considerada como o procedimento mais


importante na prevenção das IACS, sendo mesmo considerada pelos CDC
(Centers for Disease Control) como uma medida de Categoria I, isto é, uma
medida fortemente suportada e apoiada em trabalhos de investigação que
demonstraram a sua eficácia na redução das IACS. 4
Medidas de Prevenção e Controlo de Infeções
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Lavagem das Mãos

• Lavagem das mãos define-se como “um esfregar vigoroso de ambas as


superfícies das mãos, incluindo dedos e punhos, seguida de enxaguamento
com água corrente” e é, isoladamente, a ação mais importante para a
prevenção e controlo das IACS.

É um procedimento de baixo custo mas de grande valor e que deve ser


cumprido por todos os profissionais de saúde.

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Lavagem das Mãos

Princípios da lavagem das mãos:


• As mãos são o principal veículo de transmissão exógena das IACS;
• As mãos constituem o habitat natural de alguns microrganismos, que se
alojam na pele, constituindo a flora normal ou residente (ex. Staphylococcus);
mas podem igualmente e ocasionalmente serem isolados microrganismos
que não fazem parte da sua flora normal – flora transitória (ex. Escherichia
Coli), que se depositam na pele sem se conseguirem multiplicar.
Flora transitória: são os microrganismos adquiridos e que se localizam na
camada superficial da pele (dobras da pele, espaços interdigitais, espaços
ungueais). Flora residente: são os microrganismos de cada indivíduo.
Localizam-se nas camadas mais profundas da pele e são inofensivas para o
próprio.
• A lavagem das mãos é um componente importante da higiene pessoal e
particularmente dos profissionais de saúde, devendo este procedimento, ser
rotina cuidadosa para todos. 6
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Lavagem das Mãos

Quando lavar as mãos:

Considera-se que a lavagem das mãos deve ser efetuada por todas as
pessoas que utilizam o hospital ou outras unidade de saúde,
independentemente das suas tarefas específicas e de uma forma geral, nas
seguintes circunstâncias:

• Sempre que as mãos estejam visivelmente sujas;


• Antes e após as refeições;
• Antes e após a utilização das instalações sanitárias;
• Após assoar o nariz;
• Antes da saída da Unidade de Saúde.

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Lavagem das Mãos

Os Profissionais de Saúde devem também lavar as mãos nas seguintes


circunstâncias:

• À chegada ao serviço, antes de iniciar qualquer atividade;


• Antes e após examinar ou cuidar de qualquer doente/utente;
• Entre procedimentos a um doente/utente;
• Antes de iniciar qualquer atividade que implique condições de limpeza, tal
como a preparação de terapêutica, manuseamento de cateteres, etc…
• Antes e após o uso de luvas;
• Antes de manusear material estéril;
• Antes e após o manuseamento de alimentos;

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Lavagem das Mãos

• Depois de tocar em qualquer objeto inanimado passível de estar


contaminado;
• Após manuseamento de roupas sujas;
• Após manuseamento de produtos biológicos provenientes de qualquer
doente/utente;
• Sempre após a remoção de Equipamento Proteção Individual.

O pessoal do Laboratório deve ainda lavar as mãos, após qualquer


manuseamento de produtos biológicos ou outros materiais potencialmente
contaminados e à entrada e saída do laboratório;

O pessoal da Farmácia deve ainda lavar as mãos, antes de qualquer


preparação de produtos que possam servir de elo à transmissão da infeção,
incluindo a de desinfetantes;
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Lavagem das Mãos

O pessoal da cozinha e copa deve ainda lavar as mãos, antes da preparação


de alimentos, particularmente daqueles que se destinam a ser ingeridos crus
e após qualquer manuseamento dos lixos da cozinha;

O pessoal de limpeza deve ainda lavar as mãos, após a limpeza das


instalações e manuseamento de lixos;

Os doentes/utentes cuja condição o permita deverão ser incentivados a lavar


as mãos após a utilização dos sanitários e antes e após as refeições;

As visitas também deverão ser informadas e incentivadas a lavar ou


desinfetar as mãos com solução anti-séptica de base alcoólica, antes e após
contatos com o doente/utente e objetos hospitalares/unidade de saúde e
não contactar com outros doentes/utentes;

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Lavagem das Mãos

Em suma os “profissionais de saúde devem higienizar as mãos de acordo com


o modelo conceptual dos “Cinco Momentos” propostos pela OMS, aos quais
correspondem as indicações ou tempos em que é obrigatória a higiene das
mãos, na prática clínica.

Os cinco momentos para a higiene das mãos na prática clínica são os


seguintes:

1. Antes do contacto com o doente/utente;


2. Antes dos procedimentos limpo/assépticos;
3. Após risco de exposição a fluídos orgânicos;
4. Após contacto com o doente/utente;
5. Após contacto com o ambiente envolvente do doente/utente.
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Lavagem das Mãos

Produtos e equipamentos
Com o intuito de reduzir o risco de contaminação das mãos, deve existir
disponível e facilmente acessível:

• Sabão líquido com pH neutro, suave, de forma a não provocar irritação


cutânea;

• Saboneteiras contendo sabão líquido, que permitem a sua limpeza eficaz. As


saboneteiras existentes na instituição, com depósito, devem ser lavadas
sempre que o sabão acaba e em caso algum se deve permitir a reposição de
sabão novo sobre sabão já existente no depósito;

• Dispensadores contendo sempre toalhetes de uso único;


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Lavagem das Mãos

• Sabão com agente desinfetante – a decisão para a lavagem das mãos com
uso de desinfetante deve considerar o tipo de contacto, o grau de
contaminação, as condições do doente/utente e o procedimento a ser
realizado;

• A distribuição e localização de bacias ou pias para a lavagem das mãos, além


da presença dos produtos, são fundamentais para o cumprimento da prática;

• Escovas para as unhas, em utilização restrita (lavagem cirúrgica).

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Lavagem das Mãos

Técnica de lavagem das mãos


Para a correta lavagem das mãos, é necessário o cumprimento dos seguintes
passos:

• Regular o fluxo da água, a fim de evitar grandes desperdícios;


• Regular a temperatura da água, para evitar dermatites;
• Molhar as mãos;
• Ensaboar as mãos;
• Esfregar palma com palma;
• Colocar palma direita por cima do dorso esquerdo, esfregar e vice-versa;
• Esfregar palma com palma com os dedos interligados;

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Lavagem das Mãos

• Costas dos dedos em oposição à palma, com os dedos interligados;


• Esfregar em rotação o polegar direito com a mão esquerda e vice-versa;
• Esfregar em rotação com os dedos juntos, na zona anterior, toda a área da
palma da mão com a mão esquerda e vice-versa;
• Enxaguar as mãos em água corrente e secar com toalhetes de papel;
• Se a torneira for de fecho manual, fechar com toalhete, assim o perigo de
contaminação diminui e é uma forma de ultrapassar a inexistência de
torneiras, cujo acionamento se faz sem contacto manual.

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Lavagem das Mãos

Vídeo 18
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Lavagem das Mãos

Os locais das mãos que estão mais colonizados e onde os cuidados com a
lavagem, devem ser maiores, são:

• As unhas;
• As zonas interdigitais;
• Os punhos e as palmas das
mãos.

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Lavagem das Mãos

Sendo igualmente recomendado:

• Retirar todos os objetos de adorno das mãos: anéis, pulseiras e relógio, ao


iniciar o turno;
• Não utilizar verniz, uma vez que rápida e facilmente estala. As fissuras
dificultam a lavagem e servem de meio de crescimento, aos microrganismos;
• Não usar unhas artificiais;
• Manter as unhas bem cortadas e limpas;
• Manter a pele das mãos limpa, hidratada e sem feridas ou outras soluções de
continuidade e se existirem, devem estar protegidas.

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Lavagem das Mãos

TIPOS DE LAVAGEM DAS MÃOS

1. Lavagem higiénica ou social

• É o procedimento que remove sujidade e microrganismos transitórios das


mãos;
• Efetuado com água corrente e sabão neutro dermoprotetor;
• Está indicada para ser efetuada no dia-a-dia;
• Deve ser aplicado uma quantidade suficiente de sabão para cobrir com
espuma toda a superfície das mãos, de seguida é feita a lavagem, cumprindo
os procedimentos de lavagem das mãos;

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Lavagem das Mãos

• Este procedimento deve demorar entre 10 a 15 segundos;


• Enxaguar as mãos em água corrente e secar com toalhetes de papel;
• Colocar o toalhete no saco de reciclagem do papel e plástico;
• Se a torneira for de fecho manual, fechar com toalhete para não re-
contaminar as mãos.

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Lavagem das Mãos

2. Lavagem asséptica ou desinfeção higiénica

• É o procedimento que remove ou destrói os microrganismos transitórios,


pela ação de agente químico antimicrobiano;
• Está indicada antes da execução de procedimentos invasivos, em Unidades
de Cuidados Intensivos e doentes/utentes imunodeprimidos e nas situações
de surtos com microrganismos multirresistentes;
• Efetuado com água e sabão líquido com antisséptico;
• Deve ser aplicado 3 a 5 mL de sabão nas mãos humedecidas, de seguida é
feita a lavagem, cumprindo os procedimentos de lavagem das mãos;

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Lavagem das Mãos

• Este procedimento deve demorar entre 30 segundos a 1 minuto;


• Enxaguar as mãos em água corrente e secar com toalhetes de papel;
• Colocar o toalhete no saco de reciclagem do papel e plástico;
• Se a torneira for de fecho manual, fechar com toalhete para não re-
contaminar as mãos.

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Lavagem das Mãos

3. Lavagem Cirúrgica

• É o procedimento que visa a remoção ou destruição de microrganismos


transitórios e redução da flora residente das mãos, através da utilização de
um sabão com anti-séptico associado a uma técnica de fricção rigorosa das
mãos;
• Está indicada antes de uma intervenção cirúrgica e inclui tratar os punhos e
antebraços;
• Efetuada com água e sabão líquido com anti-séptico de ação residual, mas o
tempo de contacto deve ser de 3 a 5 minutos;

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Lavagem das Mãos

• A técnica pressupõe:
- Abrir a torneira e regular a temperatura e o fluxo da água;
- Aplicar 5 mL de sabão com antisséptico e cobrir toda a superfície das mãos,
punhos e antebraços, friccionando para uma maior eficácia;
- Escovar as unhas com escova macia, estéril, apenas antes da primeira
cirurgia do dia (o uso continuado de escova danifica a pele e aumenta o
risco de colonização com Staphylococcos);
- Enxaguar e fazer nova aplicação de antisséptico, repetindo o procedimento
já descrito, à exceção da escovagem das unhas, enxaguando de seguida;
- Fechar a torneira com o cotovelo;
- Secar as mãos e antebraços, com toalhetes estéreis. 26
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Utilização de luvas de proteção

• As luvas devem ser usadas como medida de segurança e como complemento


de lavagem das mãos;
• Lavar as mãos antes de calçar luvas e após as retirar;
• Não utilizar as mesmas luvas para realizar mais do que um procedimento.

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Desinfeção Alcoólica das Mãos

Desinfeção Alcoólica da Mãos

• Pode ser denominada de fricção higiénica ou desinfeção das mãos sem


água, e consiste em friccionar toda a área das mãos com pequenas
quantidades (2 a 3 mL) de uma solução anti-séptica de base alcoólica (SABA)
para redução da flora, e em alternativa à Lavagem das Mãos (tendo presente
as situações em que está contraindicada).

• É da responsabilidade de todo o colaborador da Unidade de Saúde, a


execução de boas práticas de controlo de infeção na prestação de cuidados.

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Desinfeção Alcoólica das Mãos

• SABA (Solução anti-séptica de base alcooólica) é uma preparação contendo


álcool, normalmente incolor, com emoliente da pele, desenvolvida para
aplicação nas mãos com o objetivo de inativar ou reduzir a carga microbiana
presente nas mãos e que devem estar disponíveis em local próximo de cada
doente (ambiente do doente).

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Desinfeção Alcoólica das Mãos

Princípios da desinfeção alcoólica da mãos:

• “Clean care is safer care” é o título do 1.º desafio mundial para a segurança
do doente, orientado para prevenir as IACS e cuja mensagem fundamental é
que algumas medidas simples podem salvar vidas.

• A Higiene das Mãos é uma ação muito simples com um impacto significativo
na redução das IACS.

• Para a OMS o objetivo da Campanha “Mãos limpas salvam vidas” é alcançar


até 2020 uma cultura de excelência, quanto à higienização das mãos.

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Desinfeção Alcoólica das Mãos

Princípios da desinfeção alcoólica da mãos:

• Gradualmente, as soluções alcoólicas foram sendo introduzidas nas Unidades


de Saúde em Portugal. Esta resolução deveu-se em parte pela deficiente
estrutura das instituições, nomeadamente a falta de lavatórios.

• Desta forma, as soluções alcoólicas foram implementadas com o objetivo


de:
- Constituir uma alternativa à Lavagem das Mãos;
- Colmatar o problema de falta de lavatórios em quantidade e locais
estratégicos;
- Tornar o processo de lavagem das mãos menos demorado;
- Motivar os profissionais para a higienização das mãos.
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Produtos e equipamentos para a desinfeção alcoólica da mãos:

Com o intuito de que as pessoas (profissionais e visitas) utilizem a SABA, para


reduzir o risco de contaminação das mãos, deve existir em todas as Unidade
de Saúde:

• Frascos da solução e respetivo doseador, em locais acessíveis, fixos ou nas


mesas de trabalho de acordo, com o local em causa;

• Frascos com hidratante das mãos, com doseador.

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Recomendações na desinfeção alcoólica da mãos:

• Disponobilização de SABA nos locais de prestação de cuidados diretos e


indiretos;

• À entrada de cada enfermaria;

• Junto de utentes em isolamento (Aéreo, Gotícula e Contacto);

• Junto de cada entrada da Unidade de Saúde (acesso ao público em geral);

• Junto do equipamento de registo de dados biométricos.

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A fixação das soluções alcoólicas deve cumprir alguns requisitos de segurança


e ergonomia:

• Colocadas em áreas de fácil acesso, mas que não interfiram com o normal
funcionamento dos serviços;

• Devem ser aplicadas a uma distância do chão que permita a sua utilização
pela maioria das pessoas – mesmo em cadeiras de rodas – Alt. Min. =70cm e
Alt. Max. = 90cm;

• Tanto os frascos de SABA como os de hidratante têm de ser substituídos,


quando acabam.

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O frasco que contém a SABA é substituído mais vezes que o doseador. Assim
a sua substituição exige os seguintes cuidados:

• Se o frasco está numa mesa de trabalho:


- Retira-se a rolha do frasco novo;
- Retira-se o doseador do frasco vazio e de imediato se coloca dentro do novo
(não se pode pousar na mesa, para não o conspurcarmos).
• Se o frasco está inserido no suporte:
- Coloca-se o frasco novo numa mesa de apoio;
- Retira-se a rolha;
- Retira-se o doseador do frasco vazio, ficando com ele numa mão;
- Retira-se o frasco vazio do suporte;
- Coloca-se o frasco novo;
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- Coloca-se o doseador.
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Contraindicações na desinfeção alcoólica da mãos:

A SABA constitui uma boa alternativa, para a Lavagem das Mãos, mas há
situações em que está contraindicada:

• Quando as mãos estão visivelmente sujas ou contaminadas com matéria


orgânica;
• Nas situações consideradas socias;
• Ao chegar e sair do local de trabalho;
• Na prestação de cuidados a doentes com alterações gastro-intestinais (com
Clostridium difficile);
• Quando a utilização de luvas se impõe, excepto na desinfeção cirúrgica;
• Nos serviços de Psiquiatria, tanto de agudos como de crónicos, pela
especificidade deste tipo de doentes.
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Desinfeção cirúrgica:

• Este procedimento, tal como o anterior visa a remoção ou destruição de


microrganismos transitórios e redução da flora residente das mãos, através
da utilização de uma solução anti-séptica de base alcoólica. Esta deve ter um
dermo-protetor.

• É executada pelo enfermeiro instrumentista, cirurgião e ajudantes do


cirurgião;

• Retirar do dispensador, com o cotovelo direito 5 mL (3 doses) de solução,


para a palma da mão esquerda;

• Mergulhar durante 5 segundos, as pontas dos dedos da mão direita;

• Espalhar a solução no antebraço esquerdo até ao cotovelo, durante 15


segundo, tendo o cuidado de que fique coberta, toda a superfície da pele; 38
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• Retirar com o cotovelo esquerdo 5 mL (3 doses) de solução, para a palma da


mão direita;

• Mergulhar durante 5 segundos, as pontas dos dedos da mão esquerda;

• Espalhar a solução no antebraço direito até ao cotovelo, durante 15 segundo,


tendo o cuidado de que fique coberta toda a superfície da pele;

• Colocar novamente 5 mL da mesma solução, na palma da mão direita,


retirando-a do dispensador, com o cotovelo esquerdo;

• Friccionar ambas as mãos até aos pulsos, durante 30 segundos, seguindo a


técnica da lavagem das mãos, tendo o cuidado de não tocar com os
antebraços na indumentária;

• Quando as mãos estiverem secas podem colocar a bata cirúrgica e as luvas.


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