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Apresentação do Programa

 Desenvolver os procedimentos adequados


para as boas práticas de higiene na
produção/confecção dos alimentos.

 Conteúdos
 Noções de microbiologia
 Noções de higiene
 Conservação e armazenamento de géneros
alimentícios
 Noções de limpeza e desinfecção
 Introdução à aplicação do APCPC (Análise de
Perigos e Controlo dos Pontos Críticos).
Glossário

 Código de boas práticas – Conjunto de boas práticas


de modo a não comprometer a segurança ou
inocuidade dos alimentos.

 Contaminação – Presença não intencional de


qualquer material estranho nos alimentos quer seja de
origem química, física ou biológica que o torne
inadequado para consumo.

 Contaminação cruzada – Transferência de


microrganismos de alimentos contaminados
(normalmente não preparados) para os alimentos
preparados pelo contacto directo, escorrimento ou
contacto indirecto através de um veiculo como mãos,
utensílios, equipamentos ou vestuário.
Glossário

 Higienização – Conjunto de actividades de limpeza e


desinfecção.

 Intoxicação – Enfermidade que resulta da ingestão de


alimentos contendo uma determinada quantidade de
microrganismos patogénicos capazes de produzir ou
libertar toxinas após a ingestão.

 Layout – Forma como se dispõe a sequência dos


processos e equipamentos.

 Lavagem das mãos – Remoção de sujidade, resíduos


de alimentos, poeira, gordura ou outro material
indesejável das mãos.
Glossário

 Manipuladores de alimentos – Todos aqueles que, pela


sua actividade profissional, entram em contacto directo com
alimentos, isto é, ao pessoal empregado na preparação e
embalagem de produtos alimentares, na distribuição e
venda de produtos não embalados e na preparação culinária
de alimentos em estabelecimentos onde se confeccionam e
servem refeições ao público em geral ou a colectividades,
bem como aos responsáveis pelos referidos
estabelecimentos.

 Marcha em frente – Circuito que os alimentos devem


seguir, da zona mais suja para a mais limpa, de forma a que
os alimentos prontos a servir não se cruzem com os
alimentos que irão ser descascados, lavados, etc.

 Medida preventiva – Acção realizada para evitar ou


diminuir a ocorrência de um perigo.
Glossário

 Microrganismos – Seres muito pequenos,


que só se conseguem ver ao microscópio,
nos quais se incluem bactérias, bolores,
vírus, leveduras e protozoários.

 Microrganismos patogénicos –
Microrganismos susceptíveis de causar
doenças infecciosas.

 Perigo – Qualquer propriedade biológica,


química ou física de um alimento que possa
causar um dano inaceitável para a saúde do
consumidor.
Glossário

 Pragas – Qualquer animal capaz de, directa ou


indirectamente, contaminar os alimentos.

 Risco – Possibilidade ou probabilidade de ocorrer um


perigo.

 Toxinas – Substâncias químicas produzidas por


alguns microrganismos existentes nos alimentos,
susceptíveis de se desenvolverem no alimento ou
organismo após o consumo de alimentos
contaminados.

 Zona de perigo – Intervalo de temperatura entre os


5ºC e os 65ºC, no qual os microrganismos se
desenvolvem rapidamente.
Introdução
Então, qual a necessidade de
implementar um código de boas
práticas?
Alimentos e
perecibilidade
Introdução

 Os manipuladores de alimentos devem entender a higiene


como uma forma de proteger a sua saúde e a dos
consumidores, assim como os comportamentos adoptados
durante a manipulação, pois são um dos principais veículos
de contaminação dos alimentos.

 Uma boa higiene e um comportamento adequado evitam a


contaminação dos alimentos a nível biológico (ex.:
microrganismos), químico (ex.: detergentes), e físico (ex.:
cabelos).

 Um código de boas práticas bem implementado evita a


ocorrência dos riscos associados à produção e confecção
de produtos alimentares. Esse código deverá ser adoptado
por todas as pessoas que se encontram na unidade,
principalmente pelos manipuladores de alimentos.
Introdução

 É possível dividir as questões da higiene


em quatro áreas:
 Higiene pessoal;
 Higiene e segurança das instalações;
 Higiene e segurança dos equipamentos,
ferramentas e superfícies de trabalho;
 Higiene e segurança dos processos.
Perigos
Perigos biológicos
Perigos Biológicos

 Estes organismos vivem e desenvolvem-se


nos manipuladores e podem ser transmitidos
aos alimentos pelos mesmos, ou existem
naturalmente no ambiente onde os alimentos
são produzidos.

 A maior parte é destruída por


processamentos térmicos e muitos podem
ser controlados por praticas adequadas de
armazenamento e manipulação, boas
práticas de higiene e fabrico, controlo
adequado do tempo e temperatura de
confecção.
Perigos Químicos
Perigos Físicos
Higiene Pessoal

 O conceito de higiene pessoal refere-se


ao estado geral de limpeza do corpo e da
roupa das pessoas que manipulam os
alimentos.

 Os comportamentos a adoptar por


qualquer manipulador de alimentos são:
 Manter um nível adequado de limpeza
pessoal ao nível do corpo, uniforme e calçado;
 Comportar-se de modo apropriado, seguindo
todas as regras de higiene adoptadas.
Higiene Pessoal

 Regras gerais
 Lavagem de mãos
 Os manipuladores de alimentos devem manter as mãos
limpas, lisas e sem fissuras onde os microrganismos se
possam alojar e desenvolver.

 A lavagem das mãos deve ser frequente e de forma correcta.

 Deve ser realizada num lavatório de uso exclusivo para esse


fim, com comando não manual.

 Junto a este deverá estar disponível um sabonete líquido


bactericida (ou um sabonete líquido e um desinfectante),
assim como toalhas de papel descartáveis (O uso de
secadores eléctricos de mãos em áreas onde se preparam
alimentos deve ser evitado).
Higiene Pessoal

 Regras gerais
 Lavagem de mãos
 O lavatório deverá ser provido de água quente e
fria. Cada funcionário deverá possuir a sua
escova de unhas para que as possa lavar de
forma conveniente.

 As unhas deverão apresentar-se sempre curtas,


limpas e sem verniz e é proibido o uso de unhas
postiças. São também desaconselháveis as
unhas roídas, devendo-se alertar os
manipuladores para esse facto.
Higiene Pessoal

 Regras gerais
 Lavagem de mãos
 Quando lavar as mãos?
 Sempre que iniciar o trabalho;
 Sempre que se apresentarem sujas;
 Sempre que mudar de tarefa;
 Depois de manipular alimentos crus;
 Sempre que tossir, espirrar ou mexer no nariz;
 Sempre que utilizar as instalações sanitárias;
 Depois de mexer no cabelo, olhos, boca, ouvidos e nariz;
 Depois de comer;
 Depois de fumar;
 Depois de manipular e/ou transportar lixo;
 Depois de manipular produtos químicos (limpeza e
desinfecção).
Higiene Pessoal

 Lavamos as mãos várias vezes ao dia.


Mas será que as lavamos bem?
Higiene Pessoal

 Regras gerais
 Lavagem de mãos
 Como lavar as mãos:
 Molhar muito bem as mãos e antebraços com água
corrente, quente e potável;
 Ensaboar bem as mãos com o sabão líquido, lavando bem
os espaços interdigitais, as palmas das mãos, os
polegares e os antebraços;
 Lavar as unhas com escova própria (que deverá ser
mantida limpa e seca entre as utilizações);
 Passar por água corrente, quente e potável para remover
todo o sabão;
 Deitar o líquido desinfectante nas mãos e espalhar bem
pelas próprias e pelos antebraços (esta operação deverá
demorar entre 20 a 30 segundos);
 Passar abundantemente por água quente, corrente e
potável;
 Secar as mãos com toalhetes de papel descartável.
Zonas de lavagem de mãos

 Devem ser colocados lavatórios de água para


lavagem das mãos, com comando não manual e
providos de água potável quente e fria, em
locais estratégicos da empresa. Tais como em
instalações sanitárias, vestiários, na zona de
confecção e onde forem manipulados alimentos.

 Junto a cada lavatório deve existir sempre um


sabonete bactericida, toalhas de papel
descartável e um recipiente para o lixo com
tampa accionada a pedal. Devem ainda estar
afixadas junto a estes, normas de higiene que
indiquem como e quando lavar as mãos.
Higiene Pessoal

 Regras gerais
 Uso de adornos
 O uso de adornos (ganchos, anéis, colares, pulseiras,
relógios, etc.) é proibido, sendo que a única excepção na
legislação portuguesa é o uso da aliança. Mas, caso a use,
deve retira-la quando lava as mãos e desinfecta-la
igualmente, pois acumula muita sujidade sendo uma fonte de
contaminação. A aliança não deve estar larga, para que não
se solte e seja incorporada num alimento.

 Deve-se evitar o uso de maquilhagem, cremes e perfumes


de odor intenso.

 Os manipuladores devem entender que podem incorporar


nos alimentos objectos físicos que podem causar asfixia,
danos nos dentes e cortes no aparelho digestivo assim como
transmitir-lhes odores que não lhes são característicos.
Higiene Pessoal
 Regras gerais
 Roupas, protecções do cabelo e sapatos
 A roupa e outro material de uso pessoal utilizado fora do
local de laboração, devem ser deixados no vestiário. Durante
o período de trabalho apenas se podem usar peças de roupa
do fardamento, não devendo usar-se roupas por cima da
farda (como casacos e camisolas) que não sejam de uso
exclusivo no trabalho.

 O fardamento a utilizar deve obedecer às seguintes


características:
 Deve ser constituído por touca, bata, calças, calçado apropriado
e eventualmente avental;
 Deve ser de cor clara, confortável e adequado à tarefa a
desempenhar;
 Deve ser de uso exclusivo ao local de trabalho (sempre que for
necessário sair das instalações durante o período de trabalho,
não deverão utilizar-se as peças de fardamento vestidas nem
usar-se o calçado de trabalho);
 Deve ser de material resistente a lavagens frequentes;
 O calçado deve ser de uso exclusivo no local de laboração, de
cor clara e antiderrapante, confortável e fechado à frente.
Higiene Pessoal
 Regras gerais
 Roupas, protecções do cabelo e sapatos
 No local de confecção todo o pessoal deverá usar o
fardamento adequado, que deve ser mantido limpo e
mudado sempre que se apresente sujo. Na utilização do
uniforme devem ser cumpridas as seguintes regras:
 Colocar primeiro a touca, certificando-se que esta cobre
o cabelo na sua totalidade;
 Seguidamente veste-se a bata e as calças;
 Por último o calçado;
 Se necessário, usar protector naso-bucal na preparação
de alimentos de risco;
 No final, lavar bem as mãos.

 Os cabelos devem apresentar-se lavados, penteados e


totalmente protegidos por uma touca. São
desaconselháveis o uso de barba e/ou bigode, sendo no
entanto recomendável a sua protecção nos indivíduos
que os possuam.
Higiene Pessoal

 Regras gerais
 Protecção das mãos
 A utilização de luvas é muito discutível. Estas devem
ser desinfectadas (com uma solução alcoólica) antes
de se iniciar o trabalho e têm que ser descartáveis e
impermeáveis. Devem ser mantidas sempre limpas
trocando de luvas caso estas se apresentem sujas.
 Antes de se calçarem as luvas, as mãos têm que ser
higienizadas correctamente como indicado
anteriormente.
 As tarefas que impliquem o uso de luvas
descartáveis devem decorrer sem interrupções. Se
tal não ocorrer, o manipulador ao reiniciar a tarefa
deve lavar novamente as mãos e colocar novas
luvas.
Higiene Pessoal

 Regras gerais
 Comer, beber e mascar
 Todas estas acções devem ser realizadas em local
próprio, sendo interditas no local onde se
manuseiam e armazenam os alimentos. Deste modo
evita-se o risco de incorporação nos produtos
alimentares de restos de alimentos, caroços de fruta,
pevides assim como de materiais de embalagens
(anilhas de abertura fácil de bebidas em lata,
bocados de papel e filme plástico usado para
embrulhar) por parte dos manipuladores. Evita-se
também que as mãos dos manipuladores fiquem
contaminadas devido ao contacto com materiais
potencialmente sujos.
Higiene Pessoal
 Regras gerais
 Proibição de cuspir e fumar
 É proibido o acto de cuspir em qualquer zona de
preparação/confecção de alimentos assim como nos
locais de armazenamento. Excepto nos sanitários e
para as sanitas.
 O acto de fumar é igualmente proibido nas zonas
acima mencionadas. Não só por uma questão de
saúde ambiental como também pelo aumento do
risco de contaminações nos alimentos (ex.:
incorporação de cinzas).
 O acto de fumar deve ser desencorajado nos
manipuladores porque:
 O fumo aumenta a tosse;
 Existe um risco de contaminação dos alimentos pelo
contacto dos dedos que tocaram nos lábios enquanto
fumavam.
Higiene Pessoal

 Regras gerais
 Tosse, espirro, limpeza do nariz e uso de lenço
 O manipulador de alimentos sempre que tossir ou
espirrar deve colocar um toalhete de papel em frente
à boca e ao nariz e desviar a cabeça para que não o
faça sobre os alimentos. Ao retomar a tarefa, o
manipulador deve lavar correctamente as mãos.

 Para limpar o nariz, o manipulador deve usar um


lenço de papel descartável, usando e deitando-o
fora logo de seguida. Não deve manter o lenço
consigo, devido ao perigo de contaminação. Ao
retomar a tarefa, o manipulador deve lavar
correctamente as mãos.
Higiene Pessoal

 Feridas, golpes e uso de pensos


 Os manipuladores com feridas e doenças não podem
manipular directamente os alimentos.

 As feridas, mesmo quando tapadas com adesivos, são


grandes fontes de contaminação.

 Caso se verifique que a ferida, pústula ou queimadura não


apresenta um risco para a saúde do consumidor, esta tem
de ser protegida com pensos estanques de cor viva (para se
detectarem facilmente se caírem) e impermeáveis. Devem-
se usar luvas ou dedeiras de borracha, para impedirem a
contaminação dos alimentos.

 O facto de se utilizar luvas não dispensa a lavagem


cuidadosa das mãos.
Higiene Pessoal

 Doenças e acompanhamento médico


 Os exames médicos devem ser feitos na admissão e,
pelo menos, uma vez ao ano (ou uma vez de dois em
dois anos, dependendo da idade dos manipuladores).

 Para um manipulador de alimentos ser admitido, não


pode sofrer de doenças infecto-contagiosas tais como
a hepatite e a tuberculose. Sempre que algum dos
manipuladores se deslocar de férias ao estrangeiro e
tenha visitado algum país de elevado risco devem ser
questionados relativamente a se tiveram alguns
sintomas de infecção ou intoxicação alimentar durante
a sua estadia. Em caso afirmativo, estes deverão ser
sujeitos a uma avaliação médica antes de iniciarem o
trabalho.
Higiene Pessoal

 Conduta pessoal
 O comportamento de um manipulador de alimentos, para além do
seu cuidado com a higiene, é essencial para não ocorrer a
contaminação cruzada.
 O manipulador de alimentos deve estar conscienlizado para as
seguintes situações e respeita-las no seu local de trabalho:
 É proibido comer, beber, mascar pastilha elástica, fumar e cuspir
nas zonas de produção e armazenamento;
 Não espirrar, tossir, falar ou soprar sobre as matérias-primas,
produtos ou material utilizado;
 Não tomar nem guardar medicamentos na zona de produção;
 Não mexer na cabeça, nariz, orelhas ou boca enquanto se
manipulam alimentos;
 Utilizar calçado próprio e que permita ter os pés secos;
 Nas pausas de trabalho não deixar as superfícies e instrumentos de
trabalho sujos, devendo-os lavar com produto próprio e deixar as
facas mergulhadas numa solução desinfectante adequada;
Higiene Pessoal

 Conduta pessoal
 Os locais de trabalho devem manter-se sempre limpos
e arrumados;
 Deve agarrar-se sempre os talheres pelo cabo;
 Não pegar nos copos, taças ou chávenas pelos bordos
e muito menos colocar os dedos no seu interior;
 Não soprar para os copos, se necessário polir, usar
toalhas macias descartáveis;
 Não tocar com os dedos no interior dos pratos onde
vão ser servidos os alimentos;
 Não limpar as mãos ao avental e/ou fardamento;
 Não molhar os dedos com saliva para qualquer tarefa,
nomeadamente separar toalhetes e folhas papel
vegetal;
 Usar pinças para manipular os alimentos;
Higiene Pessoal

 Conduta Pessoal
 Não deve provar os alimentos com o dedo, usar
uma colher e lava-la de seguida;
 Não soprar ou meter as mãos dentro dos sacos
de acondicionamento de lixo;
 Não mexer em dinheiro;
 Não deve roer as unhas;
 Manter as unhas curtas, limpas e sem verniz;
 Não usar no local de trabalho jóias, adornos,
ganchos;
 Deve usar correctamente o fardamento;
 Deve manter uma boa higienização.
Higiene Pessoal

 Estojo de primeiros socorros


 Em cada unidade deverá existir pelo menos
um manipulador com formação em primeiros
socorros, no caso de alguém se magoar ou
engasgar.

 Em local de fácil acesso aos manipuladores,


deverá existir um pequeno estojo de primeiros
socorros.
Higiene Pessoal
Prevenção de incêndios

 Os locais de trabalho devem ser providos de


equipamento adequado para a extinção de
incêndios, situados em locais acessíveis,
devidamente assinalados e em perfeito estado de
funcionamento, devendo todos os manipuladores ser
instruídos sobre o seu uso.

 Os sistemas de extracção de fumos devem ser


limpos regularmente, pois são locais que acumulam
gordura e que incendeiam facilmente.
Higiene Pessoal

 Visitantes e chefias
 Sempre que ocorram visitas à unidade, devem
tomar-se as medidas necessárias para
impedir as contaminações das instalações e
dos alimentos por parte dos visitantes.
Nomeadamente o uso de vestuário adequado
e evitar que tenham contacto com os
alimentos. As chefias devem dar o exemplo,
colocando o vestuário adequado sempre que
visitarem as instalações.
Higiene Pessoal

 Formação profissional
 A entidade empregadora tem o dever de informar
convenientemente cada colaborador de todas as
regras e instruções de trabalho, dando-lhe a conhecer
a respectiva documentação, que deverá ser elaborada
e organizada por técnicos habilitados.

 Cada colaborador deve ser treinado, após


recrutamento e tantas vezes quantas as necessárias,
para que a higiene seja entendida como uma forma de
estar e não apenas como um conjunto de regras e
obrigações.

 Qualquer que seja a tarefa de um manipulador de


alimentos, este pode ser responsabilizado pelo não
cumprimento das regras de higiene pessoal.
Introdução

 As doenças de origem alimentar são uma das grandes


preocupações ao nível da Saúde Pública;

 As pessoas que contactam com os alimentos podem


ser um dos veículos de contaminação alimentar;

 A existência de procedimentos errados no


armazenamento, preparação, confecção dos alimentos é
outro factor de perigo para o consumidor.
Boas Práticas de higiene pessoal

 Manipulador ---> veículo de contaminação.


 Medidas que devem ser tomadas:

 Higiene cuidada ao nível do corpo, da roupa e do calçado;

 Utilizar o uniforme exclusivamente nas instalações;

 Manter as unhas curtas, limpas e sem verniz;

 Não utilizar adornos pessoais;

 Lavar adequadamente as mãos;

 Não comer , não beber, não mascar pastilha elástica, não fumar nas
instalações;

 Se tossir ou espirrar procurar proteger a boca e o nariz. Lavar as


mãos de seguida.
Manipulação e Processo

Armazenamento

Recepção

Pré-Preparação Cocção

Empratamento

Arrefecimento

Reaquecimento
Meios de transporte
internos e externos
Meios de transporte
internos e externos
Fornecedores
Fornecedores

 Defende-se assim que a aquisição de


qualquer produto deve ser sempre
acompanhado de um certificado de
qualidade relativo aos lotes recebidos.
Este certificado deverá conter ou anexar
um boletim com os resultados das
análises físico-químicas, organolépticas
ou microbiológicas, necessárias à
correcta caracterização do produto.
Recepção

 As mercadorias à chegada ao
estabelecimento devem ser examinadas.
Quem procede à recepção das
mercadorias (alimentares ou não), deve
habitualmente conferir as quantidades e
as características dos produtos entregues
com nota a de encomenda.
Recepção
Recepção

 Desta inspecção deve fazer parte um controlo


quantitativo e um controlo qualitativo.

 O controlo quantitativo consiste essencialmente:


 Verificar se as quantidades e os produtos recebidos
estão de acordo com a nota de encomenda;

 Efectuar a pesagem dos produtos recebidos, sempre


que tal seja aplicável. O operador deve ter em atenção
o facto de que a balança deve ser higienizada
diariamente, e após cada utilização, por exemplo entre
a pesagem de vegetais como batatas e a pesagem de
carne ou de peixe.
Recepção
Recepção
Recepção

 No controlo qualitativo deve ter-se em


consideração os seguintes aspectos, que podem
levar à rejeição do produto:
 Embalagens danificadas, sujas ou abertas;
 Latas opadas, enferrujadas ou de outra forma
danificadas;
 Presença de sinais que indiquem contaminação por
pragas. Entre esses sinais incluem-se presença de
fezes e/ou urina, restos de pragas mortas, pêlos e
embalagens que se apresentem roídas;
 Presença efectiva de pragas nos produtos, como
baratas e moscas;
 Presença de contaminantes químicos, como por
exemplo, óleo proveniente do contacto do produto com
o veiculo;
Recepção

 No controlo qualitativo deve ter-se em consideração os


seguintes aspectos, que podem levar à rejeição do produto:
 Produtos cujo prazo de validade esteja imperceptível ou inexistente ou
mesmo em situações em que o rótulo não exista. Deve-se também ter
em atenção prazos de validade que tenham expirado, ou que, estejam
demasiado próximo da data de validade limite e cuja utilização do
produto não vá ocorrer antes dessa mesma data limite;

 Enchidos cobertos por uma camada superficial de bolores. Deve-se


também ter em atenção a presença de bolores nos queijos;

 Fiambre com presença de manchas verdes, perda da sua cor natural.


Sinais que evidenciam a deterioração do produto;

 Frutos que se apresentem demasiado maduros, próximo do estado de


podridão ou que já se encontrem nesse mesmo estado. Nos frutos
também se deve ter em atenção a presença de sinais de
traumatismos (pisadelas);
Recepção

 No controlo qualitativo deve ter-se em


consideração os seguintes aspectos, que
podem levar à rejeição do produto:
 Hortícolas que apresentem sinais de podridão, bem
como a presença de folhas velhas. Nestes deve-se
também verificar se apresentam excesso de terra;

 Bacalhau seco com manchas escuras (pretas) ou


vermelhas. Deve-se também ter em atenção
bacalhau que apresente demasiada humidade;

 Ovos que se apresentem sujos ou partidos;


Recepção

 No controlo qualitativo deve ter-se em consideração os


seguintes aspectos, que podem levar à rejeição do
produto:
 Peixe ou mariscos frescos que apresentem cheiro desagradável.
Ainda relativamente ao peixe são também sinais de degradação a
falta de brilho, boca e guelras escurecidas;

 Alimentos congelados ou refrigerados, que aquando o controlo de


temperatura à recepção apresentem abuso de temperatura. Os
alimentos congelados, que no momento da recepção, se
encontram a temperaturas iguais ou superiores a -15ºC, e que se
destinem a ser armazenados em câmara de congelados, devem
ser rejeitados. Outros produtos, tais como as carnes, têm
impressas marcas de salubridade cuja presença evidencia a sua
inspecção e aprovação pela autoridade sanitária. Num grande
número de estabelecimentos não será possível verificar estes
selos devido ao facto de receberem as carnes já desmanchadas,
não sendo por isso aplicável esta medida.
Recepção – Carnes
Recepção - Bovinos,
caprinos, ovinos e
suínos
 Carnes refrigeradas devem ser recebidas a uma
temperatura de 4ºC no seu interior, sendo tolerada
uma temperatura máxima de 7ºC;

 Peças pequenas refrigeradas e embaladas devem


ter uma temperatura máxima interior de 3ºC; a
temperatura mínima admitida é de -1ºC;

 Peças pequenas congeladas e embaladas não


devem ter uma temperatura superior a -18ºC,
embora possa ser admitida uma temperatura de -
15ºC, desde que não sejam ultracongeladas.
Recepção - Aves
 Não se deve adquirir aves que não tenham sido submetidas a
arrefecimento prévio pós-abate até 4ºC, sendo essa a temperatura
máxima admitida na recepção no caso de aves frescas, sendo a
temperatura mínima admitida de -2ºC;

 É aconselhável o acondicionamento prévio das carcaças em


invólucros plásticos antes da refrigeração;

 Em aves ultracongeladas, a temperatura máxima admitida é de -


18ºC;

 Fescas ou congeladas, só são aceites carcaças devidamente


sangradas, previamente evisceradas e depenadas, sem pescoço,
patas, cloaca e sem canudos. A pele deve estar intacta, sem
quaisquer incisões ou traumatismos;

 Os miúdos (pescoço, moela e fígado), se forem fornecidos devem


ser embalados e separados da carcaça;

 Perus com peso superior a 8Kg não devem ser aceites;


Recepção - Aves

 Na aquisição de aves frescas devem ser


recusadas as:
 Inteiras mal preparadas e sujas;
 Com penas (excepto caça);
 Que apresentem manchas escuras;
 Amputadas ou com sinais de fracturas.
Recepção - Coelhos
 Os requisitos de temperatura são idênticos aos referidos
para as aves;

 Só são aceites coelhos em embalagens impermeáveis, quer


se trate de carcaças refrigeradas ou congeladas;

 As carcaças devem ser fornecidas devidamente sangradas


e esfoladas, devem estar isentas de traumatismos e
incisões e respeitar integralmente a portaria nº 1001/93, de
11 de Outubro, referente à produção e comercialização de
carne de coelhos e caça de criação;

 As vísceras (fígado, coração e rins) devem fazer parte da


carcaça;

 É interdita a aquisição de coelhos bravos.


Recepção - Peças (chispe, dobrada,
fígado, língua, mão de vaca, orelha
e orelheira)
 Estas peças devem estar isentas de cicatrizes, contusões ou
incisões;
 O chispe deve encontrar-se totalmente desprovido de pêlos e
isento de quaisquer traumatismos;
 A mão de vaca deve estar sem pêlos e sem unhas;
 Os fígados dos animais da espécie bovina, cortados aos pedaços
ou em fatias, devem ser embalados individualmente e cada
embalagem deve conter apenas um único órgão, completo;
 As embalagens de fígado, fornecido congelado, devem ter afixado
a data de congelação bem visível;
 A língua só deve ser fornecida sem arreigada e glote. Deve ser
sempre fornecida congelada e com a data de congelação bem
visível;
 A dobrada é a peça de estômago de ovinos, bovinos ou caprinos,
aberta ao meio. Devem ser fornecidas devidamente lavadas. Em
cada fornecimento a origem deve ser, preferencialmente, de uma
espécie única.
Recepção - Produtos de
charcutaria
 Os produtos cárneos transformados com
tratamento incompleto (enchidos crus, produtos
pasteurizados) devem ser fornecidos a uma
temperatura máxima no seu interior de 6ºC.
Estão incluídos neste tipo os produtos de
charcutaria fina como o fiambre não enlatado,
mortadelas, etc.;

 Produtos cárneos com tratamento completo


(estabilizados por salga, fumagem, secagem ou
esterilização) podem ser fornecidos à
temperatura ambiente. Estão incluídos neste
tipo os chouriços, enlatados de carne e certas
pastas de carne.
Recepção - Produtos derivados
(almôndegas, croquetes,
hambúrgueres e rissóis)
 Estes produtos devem ser fornecidos congelados;

 A temperatura máxima no seu interior deve ser de -12ºC ou de


-18ºC em casos de ultra congelação;

 Só devem ser aceites fornecimentos que respeitem as


seguintes características de tamanho:
 Almôndegas e croquetes com diâmetro máximo de 3cm;
 Hambúrgueres com espessura máxima de 1cm;
 Rissóis com espessura máxima de 3cm.
Recepção - Peixes
 Não são aceites produtos fornecidos em caixas de madeira;
 O pescado fresco deve ser fornecido sob uma camada de gelo
fundente, nas proporções de 1Kg de gelo por cada 2Kg de
pescado. Esta condição não é obrigatória para o pescado
transportado em veículos com equipamento de refrigeração
mecânica, embora seja preferível que assim aconteça.
 No pescado fresco, a temperatura máxima permitida no interior,
na sua recepção, é de 2ºC e a mínima de 0ºC.
 No pescado congelado, a temperatura máxima admitida no
interior, no momento da recepção é de -18ºC;
 Não são aceites fornecimentos de produtos de pesca congelados
cuja embalagem esteja danificada, que revele características
típicas de recongelação, desidratação, oxidação, com manchas
hemorrágicas e sinais evidentes de variações de temperatura
como gelo no interior da embalagem;
 Só são aceites embalagens fechadas, limpas e rotuladas com as
menções escritas exigidas legalmente.
Recepção - Peixe fresco

 Só são aceites peixes que apresentem as seguintes


características organolépticas (na sua recepção):
 Olhos cristalinos, convexos, pupila negra e brilhante;
 Guelras com cor vermelha de sangue e brilhantes;
 Pigmentação viva e brilhante e muco transparente;
 Corpo rígido com escamas a ele bem aderentes;
 Barbatanas intactas sem traumatismos e parede abdominal
intacta;
 Orifício anal fechado;
 Cheiro a maresia ou neutro.
 Não são aceites fornecimentos de peixes frescos em
filetes ou cortados em posta;
 Todos os peixes com peso superior a 500g devem ser
fornecidos eviscerados.
Recepção - Peixe
congelado
 Os peixes fornecidos com cabeça devem encontrar-se
eviscerados e sem guelras;
 Peixes com mais de 30cm de comprimento devem ser
fornecidos, preferencialmente, sem cabeça e eviscerados;
 Quando forem fornecidos peixes congelados de pequena
dimensão, filetes e postas, preferir-se-á que estes tenham
sido previamente acondicionados em embalagens
impermeáveis ao vapor de água e ar.
 Blocos de peixe miúdo e peixes de grandes dimensões,
congelados inteiros, deve-se dar preferência aos que
tenham sido previamente submetidos a vidragem.
 Devem ser adquiridos, sempre que possível, peixes
congelados em alto-mar;
 Os peixes gordos (cavala, congro, enguia, salmão,
salmonete, sardinha e truta) não devem ser adquiridos
congelados.
Recepção - Peixe salgado

 Só devem ser aceites se descabeçados e eviscerados,


escamados, secos e salgados e sem humidade visível;
 Devem apresentar uma coloração branca-amarelada
uniforme e sem manchas rosa-avermelhadas ou
outras, poeiras, bolores e cheiro anormal;
 Devem ser fornecidos em caixas de cartão fechadas,
que serão abertas para verificação e controlo à
recepção;
 Deve-se rejeitar o bacalhau* sempre que:
 Estiver mole e a desfazer-se;
 Tiver excesso de humidade;
 Apresentar manchas (rosa-avermelhadas ou
cinzentas);
 Apresentar bolores e cheiro anormal.
* espécies: atlântico norte, arinca ou alecrim e escamudo ou poloco
Recepção - Cefalópodes

 Os moluscos que fazem parte desta classe (chocos,


lulas, polvos e potas) podem ser fornecidos frescos ou
congelados;

 Se forem adquiridos congelados, devem apresentar-se


totalmente eviscerados, limpos e prontos para
confecção;

 Se forem adquiridos refrigerados são exigidas as


seguintes características organolépticas:
 Pele brilhante e aderente;
 Carne firme, branca ou rosada;
 Tentáculos resistentes à tracção;
 Olhos salientes e brilhantes;
 Cheiro agradável.
Recepção - Crustáceos

 Podem ser fornecidos vivos ou congelados, com


excepção dos camarões, que só poderão ser
fornecidos congelados;
 Os requisitos exigidos para os camarões
congelados são os seguintes:
 Superfície da carapaça húmida e luzidia, de cor desde
um vermelho róseo deslavado até vermelho com
tonalidades cinzentas, com manchas brancas e sem
manchas negras na cabeça e abdómen;
 Carne sem cheiros estranhos;
 Isento de matéria s estranhas;
 Carapaça de fácil descasque, carne firme e não
coriácea;
 Poucos fragmentos.
Recepção - Produtos
derivados (pastéis)
 Estes produtos só devem ser fornecidos
congelados;

 A temperatura no seu interior deverá ser


de -12ºC;

 Só são aceites pastéis/bolos com a


espessura máxima de 10 cm.
Recepção - Ovos

 Só podem ser aceites fornecimentos de ovos que tenham sido


sujeitos a verificação em centros de inspecção e classificação
e que possuam todas as marcações legalmente obrigatórias;
 Se acondicionados em embalagens pequenas dentro de uma
embalagem grande, ambas devem possuir as marcações
obrigatórias;
 Apenas devem ser fornecidos ovos de categoria Extra e
categoria A. Na categoria A, a classe a escolher pode ser
variável;
 As embalagens, interior e exterior, devem ser em materiais que
ofereçam protecção contra choques, cheiros estranhos e outros
riscos de alteração de qualidade,
 As embalagens devem apresentar-se, interior e exteriormente,
limpas, secas e em bom estado de conservação;
 A caixa do veículo de transporte deve apresentar uma
temperatura ambiente de 20ºC;
Recepção - Ovos

 Se forem ovos pasteurizados deverão ser fornecidas a uma


temperatura de 3ºC;

 Os ovos devem respeitar os seguintes requisitos:


 Casca íntegra e limpa (isenta de conspurcações por fezes,
terra ou outras matérias estranhas);
 Ausência de sinais pronunciados de condensação;
 É admitida uma tolerância máxima de 7% de ovos com
defeitos de qualidade dos quais 4% de ovos partidos ou com
fendas na casca e 1% de ovos com manchas de carne ou
sangue;

 Nos ovos de categoria A são admitidos, no máximo, 6% de


ovos que correspondam à classe imediatamente inferior;

 É interdita a aquisição de ovos caseiros de galinha ou pata.


Recepção - Lacticínios

 Devem possuir as características típicas e exigidas por


lei, bem como todas as marcações de rotulagem
previstas pela legislação;

 Devem ser provenientes de estabelecimentos


oficialmente aprovados ou com número de controlo
veterinário;

 As embalagens devem apresentar-se limpas e intactas;

 Os produtos com prazo de validade expirado devem


ser rejeitados assim como aqueles que apresentarem
um odor a azedo ou bolores.
Recepção - Leite

 Somente leite pasteurizado ou


ultrapasteurizado;

 As embalagens têm de estar


hermeticamente fechadas;

 Tem que estar isento de grumos ou líquido;

 Deve-se rejeitar o leite quando este


apresenta uma consistência coalhada.
Recepção - Iogurte, leite
fermentado, leite gelificado e
sobremesas lácteas
 Devem apresentar uma temperatura entre
0 e 6ºC (na sua recepção), tolerando-se
uma temperatura máxima de 8ºC. A
temperatura nunca pode ser inferior a
0ºC.
Recepção - Queijo fresco

 O queijo fresco deve apresentar uma


temperatura de 4ºC;

 Deve-se assegurar a sua proveniência de


leite pasteurizado.
Recepção - Manteiga e
natas
 Só podem ser fornecidas natas
pasteurizadas e ultrapasteurizadas;

 Natas e manteiga devem apresentar à


recepção, uma temperatura compreendida
entre 0 e 6ºC;

 A manteiga deve apresentar uma textura


firme, isenta de grumos e uma cor uniforme;

 Deve ser rejeitada a manteiga que apresente


bolores e odor a ranço.
Recepção - Produtos
hortícolas
 Podem ser adquiridos produtos frescos, refrigerados
ou congelados;

 Os produtos congelados devem ser fornecidos a


temperaturas de -10ºC;

 A temperatura dos produtos refrigerados deve estar


compreendida entre 1 e 5ºC, devendo respeitar-se a
especificidade da temperatura para cada produto de
acordo com a Norma Portuguesa nº NP-1524 (a haste
do termómetro deve ser aplicada entre duas
embalagens e não no interior das mesmas);

 Os produtos não refrigerados devem apresentar uma


temperatura entre 10 e 16ºC;
Recepção - Produtos
hortícolas
 O conteúdo de cada embalagem deve ser homogéneo, incluindo
apenas produtos com a mesma origem, validade ou tipo comercial e
sensivelmente com um grau de maturação e coloração semelhantes.
A parte visível deve ser representativa do conjunto;

 O acondicionamento deve ser efectuado de forma a assegurar uma


protecção conveniente dos produtos;

 As embalagens devem encontrar-se limpas e isentas de qualquer


corpo estranho;

 Devem possuir todas as marcações obrigatórias por lei,


nomeadamente identificação do embalador e/ou expedidor, natureza
do produto, origem e características comerciais;

 Quando os produtos forem recebidos frescos devem apresentar-se


sem sujidade;
Recepção - Produtos
hortícolas
 Devem rejeitar-se os hortícolas que
apresentarem sinais de contaminação:
 Indícios de infestação por insectos;
 Bolores;
 Falta de consistência, aspecto murcho e
aspecto aquoso;
 Descoloração ou manchas;
 Cortes.
Recepção - Hortaliça e
legumes frescos
 As hortaliças e os legumes, qualquer que seja a espécie e a
variedade a fornecer/adquirir, devem obedecer aos seguintes
requisitos:
 Serem de colheitas recentes e apresentarem estado de
manutenção adequado, bom estado de frescura,
turgescência;
 Apresentarem conformação no aspecto, coloração e outras
características típicas da espécie e variedade;
 Aspecto limpo, com folhas verdes, praticamente isentos de
terra e de folhas deterioradas ou com quaisquer matérias
estranhas;
 Isentos de humidade exterior anormal;
Recepção - Hortaliça e
legumes frescos
 Isentos de cheiro e/ou sabor anormais;

 Praticamente isentos de insectos e/ou


parasitas, bem como de danos por estes
provocados;

 Isentas de contusões, lesões provocadas pelo


frio ou sol e outro tipo de lesões;

 Serem sãos. Devem-se excluir os produtos


atingidos por podridão ou alterações que os
tornem impróprios para consumo.
Recepção - Frutos

 Devem obedecer aos seguintes requisitos:


 Adequado estado de maturação e de frescura;
 Tecidos brilhantes, firmes e consistentes;
 Coloração típica da variedade, vivacidade nas
cores;
 Isentos de traumatismos, fendas e outras lesões
ou danos;
 Isentos de deterioração por bolores, presença de
ferrugens ou fumagina nos citrinos;
 Limpos e isentos de terra ou manchas de
qualquer natureza, pedrado ou bichado;
 Devem ser fornecidos calibrados em embalagens
rígidas, laváveis, imputrescíveis e quimicamente
inertes.
Recepção - Gorduras
alimentares
 Devem cumprir todos os requisitos exigidos por lei;

 As embalagens devem ser impermeáveis;

 Só devem ser aceites na embalagem de origem;

 As margarinas refrigeradas devem apresentar uma


temperatura de 6ºC, admitindo-se uma temperatura
máxima de 8ºC;

 Os óleos vegetais, incluindo o azeite devem ser


transportados ao abrigo da luz e de temperaturas
elevadas.
Recepção - Outros produtos
alimentares - mercearia
 Estes produtos devem ser rejeitados sempre
que se apresentem da seguinte forma:
 Se as embalagens estiverem conspurcadas, violadas
ou danificadas e coloquem em causa a integridade do
produto;
 Latas ou pacotes opados (abaulados), amolgados,
enferrujados ou violados;
 Em frascos com bolhas de ar no interior, mesmo que
estejam dentro do prazo de validade;
 Rotulagem pouco legível e incompleta (deve
mencionar: produtor, nome do produto, quantidade,
data de validade, composição, etc.);
 Prazo de validade curto ou já ultrapassado;
 Se revelarem a presença de parasitas (vermes,
gorgulho, moscas, baratas, lesmas, etc.).
Manipulação e Processo

Recepção de Mercadorias

• Características organolépticas (cor, odor, textura e sabor);


• Rotulagem (data de validade, lote, marca de salubridade….);
• Integridade da embalagem;
• Temperatura.

Muito Importante!
Registar sempre
a entrada de mercadorias!
Manipulação e Processo

Recepção de Mercadorias – Carne de Bovino

Indicações Obrigatórias
Número de identificação do animal;

Número de aprovação do matadouro e o


Estado membro ou país terceiro;

Número de aprovação do estabelecimento de


desmancha e o Estado membro ou país
terceiro;

Origem do animal.
Manipulação e Processo

Recepção de Mercadorias – Peixe

Indicações Obrigatórias
Exemplo
nome científico da espécie;

denominação comercial da Octopus Vulgaris

espécie; Polvo

método de produção; Atlântico Norte

zona de captura.

Rotulagem -----> Produtos Embalados


Documento Comercial -----> Peixe Fresco
Manipulação e Processo

Armazenamento

Mercearias
Em prateleira, a 20 cm do
piso;
Arrumação por famílias de
produtos;
Rotação de stocks (data Proibido
Contacto Directo de
validade). Géneros
Alimentícios com o
Batatas, Cebolas…. Piso e Paredes.
Sobre estrado ou prateleira.
Armazéns e instalações
frigorificas
Armazéns e instalações
frigorificas
 Todas estas áreas devem encontrar-se sempre
limpas e organizadas. Nenhum produto
alimentar deverá estar em contacto com o chão
e paredes, devendo ser colocado em estrados
de material lavável, impermeável, imputrescível
e distar do chão e paredes no mínimo de 20 cm.

 As prateleiras devem ser de material liso,


lavável, impermeável e imputrescível. Não
devendo por isso ser de madeira. Devem ser
lavadas e desinfectadas com regularidade e
devem estar colocadas de modo a facilitar o
acesso a todos os produtos.
Armazéns e instalações
frigorificas
 A temperatura em que se encontram as câmaras
frigoríficas tem de permitir que a temperatura do
produto se mantenha no nível térmico definido.

 Deverá ser efectuado um registo gráfico permanente


das temperaturas das câmaras. Na impossibilidade de
se efectuarem registos permanentes fazem-se registos
periódicos manualmente. Para isso é escolhido um
colaborador que ficará responsável por esses registos
e que deverá verificar/registar a temperatura das
câmaras pelo menos duas vezes ao dia. Esta prática
permite detectar possíveis avarias e repara-las o mais
rapidamente possível, alem de que se os produtos não
mantiverem o seu nível térmico, têm de ser
rapidamente consumidos ou então rejeitados.
Armazéns e instalações
frigorificas
 Devem-se evitar flutuações de temperatura
superiores a 2ºC, havendo o cuidado de
fechar bem as portas das câmaras após a
sua utilização e evitar mantê-las muito tempo
abertas. Os termómetros de mercúrio e de
vidro são proibidos, quer na restauração
quer na indústria alimentar.

 As prateleiras das instalações frigoríficas


devem ser lisas, de material resistente à
corrosão e de fácil limpeza e desinfecção.
Manipulação e Processo

Armazenamento

Géneros Alimentícios Refrigerados


Rotação de stocks;
Temperaturas adequadas;
Arrumação por famílias de produtos, ou seja:
Manipulação e Processo

Na maioria dos casos…., por falta de espaço, o


armazenamento é em comum…

Géneros Alimentícios
Refrigerados Armazenamento
em Comum
Armazenamento
refrigerado
Manipulação e Processo

Armazenamento

Géneros Alimentícios Ultracongelados


• Arrumação por famílias de produtos, preferencialmente;
• Temperaturas adequadas;
• Rotação de stocks.

Recomendação!
Eliminar a caixa de cartão dos géneros alimentícios,
mas…retirar o rótulo da caixa e colocar junto do produto, para
que continue identificado.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Preparação:
 As zonas de preparação devem ser limpas e
desinfectadas imediatamente após a conclusão
de cada tarefa, sendo ainda importante ter em
consideração os seguintes aspectos:
 Os manipuladores de alimentos devem respeitar
todas as regras de higiene pessoal, lavando as
mãos no espaço destinado para o efeito, antes de
iniciar cada tarefa;
 Todos os equipamentos, bancadas e utensílios
devem ser cuidadosamente lavados e
desinfectados antes da preparação;
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Preparação:
 Na mesma bancada não podem existir
alimentos crus e confeccionados, ou
alimentos na proximidade de lixos ou objectos
sujos, de forma a evitar a contaminação
cruzada;

 Não é permitido que a mesma faca ou tábua


de corte contacte simultaneamente com
alimentos crus e confeccionados, e com
alimentos de origem animal e vegetal;
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Preparação:
 Os alimentos deverão permanecer na “zona de
perigo” (entre 4ºC e 63ºC) o menor tempo
possível, apenas o estritamente necessário para a
preparação, tendo a tarefa que ser realizada
rapidamente e sem interrupções;
 Todos os materiais devem ser utilizados apenas
para uma tarefa, sendo lavados e desinfectados
assim que esteja terminada;
 Os alimentos devem ser colocados na câmara de
refrigeração, devidamente acondicionados, após a
sua preparação e até à sua confecção.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 O espaço destinado à preparação dos alimentos, deverá ser
dividido em três zonas. Uma para a preparação do pescado, outra
para a preparação da carne e outra para os produtos hortícolas.
Cada zona deve estar devidamente identificada e equipada com o
material adequado a cada preparação. Caso não seja possível a
existência de três zonas distintas, por falta de espaço, a
preparação dos diferentes tipos de alimentos deverá ser efectuada
em diferentes momentos, desinfectando sempre o local depois de
cada preparação. Para cada tipo de alimento a preparar devem
existir tábuas de corte e facas de cozinha distintas.

 A manipulação de alimentos crus deve efectuar-se em zonas


distintas daquelas onde são manipulados os alimentos
confeccionados. Nos casos em que a disposição do local não o
permita, as operações devem ser separadas no tempo por uma
fase de limpeza e desinfecção.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Preparação de alimentos crus
 Preparação de carnes
 Os procedimentos operacionais na zona de
preparação de carnes (lavagem, corte e tempo de
espera para confecção) deverão seguir uma
sequência que assegure que:
 Os produtos perecíveis crus de origem animal não
estejam expostos mais que 1 hora à temperatura
de risco;
 As carnes de aves, coelhos e vísceras não
estejam expostas mais que 30 minutos à
temperatura de risco.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Preparação de alimentos crus
 Preparação de carnes
 Deve-se ter sempre presente que:
 Não devem adquirir carnes frescas para congelar;
 Aquando da aquisição de carnes embaladas em vácuo, esta
deverá ser retirada 2 horas antes da sua preparação, de modo a
retomar a sua coloração natural e o odor a vácuo desaparecer.
Durante este período a carne deverá estar armazenada em
câmaras de refrigeração;
 A preparação de carne picada deve ser realizada na unidade, o
mais próximo possível da sua confecção;
 Os enchidos a servir crus deverão ser previamente escaldados,
devendo ser introduzidos em água a ferver durante 4 a 5
segundos.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Preparação de pescado:
 Os procedimentos operacionais na zona de preparação de
pescado (evisceração, remoção das cabeças, descamação,
lavagem, corte e tempo de espera para confecção) deverão
seguir uma sequência que assegure que o pescado e
moluscos não estejam expostos mais que 30 minutos à
temperatura de risco.
 No final de todas estas operações, os desperdícios gerados
devem ser imediatamente retirados, realizando-se uma
lavagem do pescado com água corrente.
 A compra ou congelação de pescado desfiado ou picado é
proibida, devendo esta operação ser realizada na unidade
de restauração, o mais próximo possível da sua confecção.
 Relativamente ao bacalhau, quer seja seco ou salgado,
depois de cortado em postas, deve ser demolhado em água
fria corrente. Em alternativa, pode ser demolhado em 48
horas, num recipiente coberto, com mudanças de água
frequentes e, de preferência, em ambiente refrigerado.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Preparação de hortícolas e frutícolas:
 Todos os produtos hortícolas e frutícolas a serem servidos
crus, incluindo as ervas aromáticas, têm que ser bem lavados e
desinfectados. De modo sequencial, deve-se:
 Rejeitar as folhas exteriores dos vegetais, que acumulam mais
nitratos e outros poluentes, insectos, larvas e demais parasitas,
e todas as partes velhas, pisadas, etc.;
 Lavar em água fria corrente, para remover todas as poeiras e
outros contaminantes;
 Mergulhá-los numa solução de água e desinfectante
apropriada, seguindo as indicações recomendadas
relativamente à dosagem e tempo de acção;
 Passar novamente por água fria corrente.
 Depois de cuidadosamente lavados, desinfectados e
preparados, os produtos a servir em cru devem ser guardados
na câmara de refrigeração, devidamente cobertos com película
aderente, até ao momento de servir.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Preparação de ovos
 Devido à sua estrutura física e à casca coberta
por uma fina camada protectora, o ovo encontra-
se relativamente protegido de contaminantes.
Mas, se a porosidade da casca é fragilizada, os
microrganismos podem facilmente passar para o
seu interior. Assim sendo, os ovos devem ser
rejeitados sempre que a casca esteja suja,
rachada, partida ou com manchas.

 Com excepção dos ovos que irão ser servidos


estrelados, todos os restantes devem ser partidos
na zona de preparação de carnes cruas, tendo em
atenção os seguintes aspectos:
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Preparação de ovos
 A quebra dos ovos não deverá ser efectuada nos bordos
do recipiente onde o conteúdo destes vai ser colocado.
 Os ovos devem ser partidos um a um, num recipiente à
parte, antes de serem adicionados aos restantes, de
modo a que, caso um ovo aparente estar estragado,
possa ser rejeitado, sem necessidade de rejeitar todos os
outros.
 As cascas, após ter sido partido cada ovo, deverão ser
colocadas imediatamente nos recipientes de lixo e a
superfície onde foram quebrados deverá ser lavada e
desinfectada no final da operação.
Manipulação e Processo

Pré-Preparação

•As zonas de trabalho devem ser diferenciadas, se a


disposição da cozinha não o permitir, estas operações
devem ser separadas no tempo.

•Nunca utilizar a mesma faca ou placa de


corte para diversas operações seguidas,
sem uma correcta higienização intercalar.

A utilização de facas e placas de corte


diferenciadas por cores poderá evitar
contaminações cruzadas.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Descongelação:
 A correcta descongelação dos alimentos é muito importante
na higiene e segurança alimentar.
 Os alimentos devem ser colocados a descongelar com a
devida antecedência, no máximo 72 horas, em ambiente
refrigerado (temperatura entre 1 e 4ªC). Depois de
totalmente descongelados, os produtos têm que ser
consumidos no prazo de 24 horas, devendo, durante esse
período de tempo, ser conservados na câmara de
refrigeração.
 Existem, no entanto, alguns alimentos de pequena
dimensão, que podem ser retirados da câmara de
conservação de congelados directamente para a confecção,
sem descongelação prévia. É o caso de legumes, batata
pré-frita, rissóis, pastéis de bacalhau e mariscos.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Descongelação:
 Deve-se evitar que o alimento, durante e após a fase de
descongelação, entre em contacto com o suco de
descongelação, devendo-se por isso coloca-lo em grelhas
de plástico ou inox, ou em tabuleiros adequados que
permitam que os sucos escorram.
 Todos os alimentos em descongelação devem estar
cobertos com a própria tampa do recipiente, com película
aderente ou com um saco de plástico transparente e, devem
ser devidamente acondicionados nas prateleiras inferiores
das câmaras de refrigeração.
 Também se pode realizar a descongelação em microondas,
se o alimento for confeccionado imediatamente a seguir.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Descongelação:
 A descongelação do pescado e da carne deve ser
realizada em câmaras de refrigeração separadas.
Se tal não for possível, os produtos devem estar
cobertos, de forma a evitar contaminações
cruzadas e mistura de odores.
 Todos os recipientes e utensílios utilizados no
processo de descongelação devem ser limpos e
desinfectados o mais rapidamente possível.
 Produtos que tenham sido descongelados nunca
podem ser congelados outra vez.
Manipulação e Processo

Pré-Preparação - Descongelação
FRIGORÍFICO
• Temperaturas entre 2 e 4ºC máximo;
• Período máximo entre descongelação e confecção
de 24 horas.

MICROONDAS
• Este método implica a confecção imediata.

ÁGUA CORRENTE POTÁVEL


• Temperatura inferior a 21 ºC;
• Período máximo de 4 horas.
Situação de excepção e nunca como prática assídua!
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Confecção a quente:
 A confecção é a última hipótese de destruição dos
microrganismos que possam estar presentes nos alimentos.
Para assegurar a sua destruição durante o processo de
confecção (a quente) do alimento, a temperatura deve ser
superior a 75ºC.
 Na confecção de alimentos de origem animal, deve evitar-se a
confecção de peças de carne inteiras com peso superior a
2,5kg, devido à dificuldade de se atingir aquela temperatura no
interior da peça.
 Deve-se ter em consideração, que destruição microbiana não
depende somente da temperatura mas também do tempo a que
o alimento se encontra submetido a essa temperatura e da sua
contaminação inicial.
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 O processo de confecção deve ocorrer sem interrupções, devendo-
se ter o cuidado de reduzir ao mínimo imprescindível toda a
manipulação de um produto após a sua confecção a quente.
 Na preparação de pratos, molhos ou sobremesas que não sofrem
um processamento térmico ou com processamento térmico ligeiro,
nunca devem ser utilizados ovos crus ou mal cozinhados, devido
aos riscos que apresentam para a saúde.
 Para este tipo de confecções dever-se-á recorrer ao uso de ovo
pasteurizado, que pode existir sob a forma de ovo inteiro, só gema
ou só clara.
 Os ovos crus ou mal cozinhados não devem ser utilizados devido à
presença de uma bactéria, a salmonela, que pode provocar
toxinfecções alimentares. Por isso, os ovos devem ser sempre
sujeitos a um intervalo de tempo/temperatura de confecção que
permita eliminar esta bactéria.
CONFECÇÃO A QUENTE
TEMPERATURA INTERNA E
PRODUTO
TEMPO
Carne recheada, massas e recheios que
74ºC durante 15 segundos
contenham carne, aves ou peixe

Aves (frango, peru, pato, ganso, etc.) 74ºC durante 15 segundos

Porco, bacon, salsicha fresca 63ºC durante 15 segundos

Carne moída ou desfiada incluindo


68ºC durante 15 segundos
hambúrgueres, peixe desfiado e salsicha

Carne assada de porco e vaca 63ºC durante 4 minutos

Bife de vaca, carneiro, vitela e veado 63ºC durante 15 segundos

Peixe e marisco 63ºC durante 15 segundos

Vegetais a servir quentes 60ºC durante 15 segundos

Alimentos pré-cozinhados 74ºC durante 15 segundos

Qualquer alimento de alto risco


74ºC durante 15 segundos
confeccionado no microondas
Manipulação e Processo

Cocção
•Processo de cozedura dos alimentos através do calor,
permitindo eliminar ou reduzir a carga microbiana para
níveis aceitáveis.

•A cocção pode ser efectuada de várias formas: fritura,


cozedura, grelhado,guisado, assado, etc.

•É o calor que mata os


microorganismos, por isso é necessário
ter muita atenção ao binómio
Tempo/Temperatura.
Manipulação e Processo

Cocção
Como verificar se o tempo/temperatura utilizados foram
os correctos?
• Medição da temperatura no centro térmico do alimento,com
auxilio de um termómetro.
• Avaliação sensorial, através da observação dos sucos
libertados e da cor do alimento;
Espetar ou cortar a zona mais alta da peça e apreciar:
Sucos claros ou zonas rosadas, o alimento está cru;
A carne deve estar a ferver no seu interior;
Ovos devem estar firmes.
Manipulação e Processo

Cocção

Recomendações
Não provar os alimentos com os dedos, usar
colheres ou garfos.
Um garfo ou colher por cada prova.

Os alimentos não devem permanecer


“esquecidos” nas bancadas.
30 minutos no máximo à temperatura ambiente.
Manipulação e Processo

Cocção - Fritura
Usar óleos de boa qualidade;
Não misturar óleo novo com óleos usados;
Não aquecer o óleo a temperaturas superiores a 180 ºC;
Não salgar os alimentos durante a fritura ou antes de fritar;
Retirar as partículas de alimentos que possam ficar entre cada
fritura;
Controlar regularmente qualidade dos óleos de fritura:
•Características organolépticas (cor, odor);
•Controlo compostos polares totais (através de teste rápido).
Controlo das condições de
preparação e distribuição
de alimentos
 Serviço
 Após a confecção, os diversos alimentos que compõem as
ementas são empratados. Nesta etapa deve-se respeitar
todas as regras de higiene pessoal, nunca tocando nos
alimentos directamente com as mãos, mas usando sempre
pinças, colheres ou espátulas adequadas para o efeito.
 Nas situações de self-service deve-se ter o cuidado de
colocar os talheres destinados ao utilizador, inclusive os
talheres de sobremesa, em saquetas apropriadas,
juntamente com o guardanapo. Nas situações em que o
consumidor se serve da quantidade desejada (pão, saladas,
etc.), devem existir utensílios adequados e exclusivos para
cada alimento, de modo a evitar possíveis contaminações
cruzadas. Estes alimentos devem estar disponíveis em
equipamentos protegidos (com tampa, porta, prateleira,
etc.), de modo a impedir a queda sobre os alimentos de
gotículas respiratórias, cabelos, objectos, pó, etc.
Manutenção da
temperatura
 A temperatura óptima de multiplicação dos
microrganismos responsáveis pelos problemas de
saúde no homem situa-se nos 36-37ºC. Qualquer
valor acima ou abaixo desta gama de temperaturas
afecta o crescimento dos microrganismos mas não
impede o seu desenvolvimento. Embora este seja
mais lento, o desenvolvimento dos microorganismos
dá-se entre os 4ºC e os 63ºC, sendo este intervalo
designado "zona de perigo". Assim, é importante
que as temperaturas de conservação se mantenham
fora desta zona, mantendo-se os alimentos na zona
fria (<4ºC) ou na zona quente (>63ºC).
Manutenção a frio

 Os pratos confeccionados mantidos em frio, até ao


momento do seu consumo ou da sua regeneração, devem
conservar-se a uma temperatura inferior a 4ºC. Para o
controlo do tempo de conservação é necessário que as
comidas sejam etiquetadas com a data da sua elaboração.
Para evitar as contaminações cruzadas, as comidas devem
ser tapadas até ao momento em que se proceda à sua
regeneração e/ou serviço.

 A manutenção de alimentos confeccionados no frio não


poderá ser por muito tempo. Isto porque o frio não destrói os
microrganismos, apenas retarda o seu crescimento. Assim:
 Os pratos confeccionados a serem consumidos em quente, devem
ser mantidos no máximo 5 dias em refrigeração, sendo
aconselhável não superar os 3 dias.
 Os pratos que incorporem ovo, nunca devem ser mantidos mais de
24 horas, a uma temperatura máxima de 8ºC.
Manutenção a quente

 Os alimentos a servir quentes devem ser


mantidos acima dos 63ºC, até ao
momento do seu consumo. Devem ser
conservados em mesas, armários ou
banhos quentes, a temperaturas de 80-
90ºC, para que a temperatura interior seja
superior a 63ºC.
Manipulação e Processo

Empratamento

O empratamento deverá ser efectuado apenas quando


solicitado;
Temperatura de serviço ao consumidor > 65 ºC;

Não colocar os dedos nos bordos ou


interior dos pratos/travessas;

Após empratamento, servir de imediato ao consumidor;

Os utensílios e equipamentos a utilizar deverão estar


rigorosamente higienizados.
Manipulação e Processo

Arrefecimento
REGRA OBRIGATÓRIA: arrefecimento dos alimentos
confeccionados até 10ºC, em 2 horas no máximo.

MÉTODOS DE ARREFECIMENTO
Dividir os alimentos em pequenas porções;
Arrefecer em células de abatimento de temperatura;
Colocar os alimentos em recipientes, numa mistura de
água e cubos de gelo;
Armazenar a temperaturas < 4 ºC, acondicionados e
rotulados.
Manipulação e Processo

Reaquecimento

TEMPERATURA DE REAQUECIMENTO: 75ºC

O alimento deverá ser reaquecido, num período máximo de 1


hora, após ter sido retirado da refrigeração;

O reaquecimento deverá ser rápido, para que o alimento passe


rapidamente a gama de temperaturas perigosas (10ºC-65ºC);

Os alimentos deverão servir-se de imediato ao consumidor, a


uma temperatura de pelo menos 65ºC;

Todos os alimentos reaquecidos que não se


consumam devem ser eliminados.
Higiene e Segurança das
Instalações - Regras
gerais
 Para os manipuladores de alimentos poderem realizar o seu trabalho
nas melhores condições de higiene, é necessário que as instalações
também possuam certos requisitos. Tais como um correcto estado de
conservação de modo a permitirem um bom nível de higiene. As
instalações têm de ser projectadas de modo a que os alimentos,
materiais e funcionários circulem ordenadamente de uma área para a
outra, sem haver o risco de cruzamento de diferentes etapas de modo
a evitar a contaminação cruzada.

 A higiene das instalações reporta-se a toda a área produção e


serviços de apoio (armazéns) e compreende não só o estado de
limpeza, mas também o de arrumação.
Higiene e Segurança das
Instalações - Regras
gerais
 Os principais aspectos a considerar são:
 Zonas exteriores próximas da unidade;
 Edifícios, tectos, pavimentos, paredes, portas, janelas e
escadas;
 Ventiladores, tubagens, depósitos de água e esgotos;
 Iluminação, protecção de lâmpadas e electrocutor de
insectos;
 Instalações sanitárias e vestiários;
 Circulação de pessoas;
 Lixos e pragas.
Higiene e Segurança das
Instalações -
Características especificas
 Zonas exteriores
 O perímetro da unidade deve apresentar-se limpo (sem
lixo, ervas e acumulação de materiais). Todo o espaço
exterior deve ser mantido nas melhores condições
higiénicas e de conservação. Ou seja, não deve
apresentar fendas nas paredes, os canais de escoamento
não podem estar obstruídos, etc.

 As paredes externas e as fundações das instalações


deverão ser impermeáveis à água e deverão constituir
uma barreira eficaz a roedores e insectos.

 Na área envolvente não podem existir zonas favoráveis à


presença de roedores ou insectos, tais como charcos de
água estagnada, terras soltas e matagais.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Edifícios, tectos, pavimentos, paredes, portas, janelas e escadas
 Edifícios
 De modo a evitar a fadiga visual, os edifícios devem possuir
entradas de luz natural indirecta ou boa iluminação artificial.
 Devem ser providenciadas entradas para ventilação natural, com
ar limpo, isento de fumo e outros poluentes.
 Os locais de trabalho fechados devem ser providos de ar puro
em quantidade suficiente para as tarefas a executar.
 De haver uma renovação de pelo menos 30 a 50 m3 de ar por
hora e por trabalhador, obtido por processos naturais ou
artificiais.
 Têm que possuir zonas adequadas e distintas para
armazenamento de matérias-primas, produtos acabados e
produtos químicos (detergentes, desinfectantes, lubrificantes,
etc.).
 Todos os ângulos e cantos entre paredes, pavimentos e tectos
devem ser estanques e arredondados de modo a permitirem
uma limpeza fácil e eficaz. As junções devem apresentar pelo
menos um raio de curvatura de 80 milímetros.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Tectos
 Os tectos, tectos falsos e equipamentos neles
suspensos, devem ser construídos de modo a
evitar a acumulação de sujidade, a reduzir a
condensação e o desenvolvimento de bolores
e evitar o desprendimento de partículas, deve
ser liso e impermeável.

 Devem ser limpos regularmente e pintados


periodicamente. A legislação estabelece um
pé direito mínimo de 3,0 metros.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Pavimentos
 Resistente e impermeável, durável, antiderrapante,
não absorvente, não tóxico, e de fácil lavagem e
desinfecção.

 Fixos e estáveis, sem saliências e cavidades com um


ligeiro declive (em direcção aos canais de
escoamento) de modo a evitar a acumulação de
águas.

 Quando se limpa o chão não se devem usar vassouras


a seco, pois estas levantam poeiras e detritos vários
que vão depositar-se nas superfícies de trabalho e até
em alimentos que não se encontrem armazenados. No
final, o chão deve ser bem seco para que não fiquem
pequenas poças de água, favoráveis ao crescimento
de microrganismos.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Paredes
 Cor clara, construídas com materiais
impermeáveis, não absorventes, não tóxicos e
apresentarem uma superfície lisa, facilmente
lavável até pelo menos 1,5 metros. Sendo que a
restante parede, até ao tecto, deverá ser pintada
com uma tinta de cor clara e lavável. Esses
materiais têm ainda de ser resistentes às fontes
de calor, humidade e agressões físicas.

 As paredes tem de ser limpas regularmente e


sempre que apresentarem sujidade. Dos diversos
materiais que podem ser utilizados estes são os
mais frequentes: materiais cerâmicos, resinas
epóxi, betão coberto por tinta plástica
impermeável.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Portas
 A largura de uma porta deve ser a suficiente para permitir a
circulação de pessoas e mercadorias e permitir a substituição de
algum equipamento, nunca devendo ser inferior a 1,20 metros.

 Devem ser construídas em material não absorvente, resistente e


imputrescível, de fácil limpeza e apresentando uma superfície lisa.

 Devem conter borracha na extremidade para que evite a entrada


de sujidade, insectos ou roedores.

 A distância entre a porta e o chão deve ser inferior a 5 mm. As


armações das portas devem ser em metal, resistente à corrosão e
não devem ser ocas. Devem ainda ser calafetadas nas junções
com as paredes. As portas para o exterior só deverão estar abertas
para cargas e descargas. As portas interiores, as que têm acesso à
zona de confecção não deverão possuir maçaneta, utilizando o
sistema de mola vaivém.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Janelas
 Os vidros têm de estar sempre limpos. Se algum se
partir deve ser imediatamente substituído e a zona em
redor deve ser imediatamente limpa. Todos os
alimentos junto a essa zona devem ser imediatamente
rejeitados.

 Deve-se, sempre que possível, evitar a existência de


janelas na zona de laboração. As janelas e outras
aberturas devem ser construídas de modo a evitar a
acumulação de sujidade e devem ser equipadas com
redes de protecção (redes mosquiteiras) removíveis
para limpeza.

 As janelas devem permanecer fechadas durante o


período de laboração para evitar a entrada de poeiras.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Escadas
 As escadas, se existirem, além de terem de
ser seguras para os utilizadores deverão ser
desenhadas de modo a serem facilmente
limpas. Deverão ser construídas com
materiais impermeáveis e deverão ser
tapadas lateralmente. Nas escadas feitas a
partir de uma armação de aço e degraus em
chapa de aço, as junções entre as diversas
partes deverão ser completamente seladas de
modo a eliminar todas as cavidades que
poderiam acumular sujidades e ser de difícil
limpeza.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Ventiladores, tubagens, depósitos de água e
esgotos
 Ventilação
 As instalações devem ser devidamente ventiladas de
modo a evitar a acumulação de humidade e calores
excessivos. Todas as entradas de ar nas áreas
alimentares devem dispor de um sistema eficaz de
retenção de partículas que tenham potencial para causar
contaminações do produto ou do ambiente. Os sistemas
de ventilação têm de ser construídos de forma a permitir
um fácil acesso aos filtros e outras partes que necessitem
de limpeza, desinfecção ou de substituição. Os filtros
acumulam resíduos com facilidade, sendo um factor de
crescimento microbiano e de grave risco de incêndio. Por
isso devem ser facilmente removíveis para sua limpeza ou
substituição
Higiene e Segurança das
Instalações
 Ventiladores, tubagens, depósitos de
água e esgotos
 Tubagens
 A tubagem por onde circula o ar deve ser a mais
curta possível, devendo possuir pontos de
acesso para limpeza distanciados entre si não
mais de 3 metros. As tubagens podem ser uma
fonte de contaminantes químicos e
contaminantes biológicos, pelo que devem ser
limpas regularmente e estar protegidas com
grelhas.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Ventiladores, tubagens, depósitos de água e esgotos
 Depósitos de água
 A unidade deverá ser dotada de água corrente potável,
preferencialmente pela rede pública de abastecimento de água.
Se esta não existir, o estabelecimento deve ser dotado de
reservatórios de água próprios e com capacidade suficiente para
satisfazer as necessidades correntes dos serviços. Tem ainda
de assegurar que o sistema de abastecimento dispõe das
condições adequadas de protecção sanitária para captações,
segundo a legislação. O depósito da água potável deve estar
protegido contra a entrada de insectos, poeiras ou de outras
matérias estranhas. O sistema de abastecimento de água dos
processos deve ser dotado dos tratamentos requeridos para a
sua potabilidade ou manutenção dessa potabilidade. Devem ser
efectuadas análises físico-químicas e microbiológicas,
periodicamente, para controlo da qualidade da água, caso seja
de captação. Em situações em que existam os dois tipos de
abastecimento de água, a da rede pública é a que deverá ser
utilizada.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Ventiladores, tubagens, depósitos de
água e esgotos
 Esgotos
 A unidade deverá ser dotada de uma rede
interna de esgotos, a qual deverá ter ligação à
rede pública de saneamento. Os esgotos e
sistemas de escoamento têm que possuir sifões
e serem protegidos com grades em bom estado,
para evitar o retrocesso de odores e a entrada
de roedores. Os canais de drenagem devem ser
limpos regularmente e ter coberturas metálicas
leves. As instalações de esgotos têm de estar
tapadas e sempre limpas.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Iluminação, protectores de lâmpadas e electrocutores de insectos
 A iluminação numa zona de confecção de produtos alimentares é
muito importante. Pois uma boa iluminação permite um melhor
exame visual. Sendo assim, nas zonas de recepção de matérias-
primas, áreas de produção e embalamento, a intensidade luminosa
deverá ser superior a 540 lux. (Não deverá também ser muito
intensa, pois pode ferir a vista, assim como mascarar alguns
aspectos visuais de conformidade). Noutros locais a intensidade
mínima pode ser de 300 lux.
 Todas as lâmpadas e instalações de iluminação interiores têm de
possuir uma armadura de protecção para evitar que contaminem
os alimentos quando se partem. Esta deve ser removível e de fácil
limpeza.
 Os electrocutores de insectos têm que ser instalados em locais
adequados, perto das entradas. Nunca devem ser colocados por
cima das bancadas, mesas e máquinas. Todos os electrocutores
têm de possuir uma base de recolha de insectos mortos.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Instalações sanitárias e vestiários
 As instalações sanitárias para funcionários e
os vestiários deverão ser obrigatoriamente
separados por sexos somente se a área de
acesso ao público for superior a 150m2 e ser
dotadas de dispositivos de ventilação com
continua renovação de ar, adequados à sua
dimensão. Deverão possuir água canalizada
potável e ser instalados ralos de escoamento,
providos de sifões hidráulicos nos pavimentos
das instalações sanitárias.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Instalações sanitárias e vestiários
 Instalações sanitárias
 As instalações sanitárias devem ser seguras e
salubres. Com pavimentos construídos em materiais
resistentes à humidade, devem ser lisos, planos e
impermeáveis. As paredes devem ser de cor clara e
revestidas de azulejo ou outro material impermeável,
até, pelo menos, 1,5 metros de altura. Têm de estar
separadas das zonas de produção, salas de
refeições e bebidas mas com fácil acesso. Deverão
encontrar-se sempre iluminadas, limpas, ventiladas
e arrumadas. As portas exteriores devem estar
fechadas, ocupar todo o vão e ser providas de molas
de retrocesso.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Instalações sanitárias e vestiários
 Instalações sanitárias
 Na antecâmara de ligação com as zonas de trabalho tem
de existir um equipamento de lavagem de mãos. Devem
dispor, por cada 10 utilizadores, de um lavatório fixo
provido de água quente e fria, com comando não manual,
sabão bactericida e toalhetes de papel descartável. Junto
a este deve existir um recipiente para o lixo com tampa
accionada por pedal. Devem ter uma sanita por cada 15
mulheres ou 25 homens trabalhando simultaneamente e
devem ter papel higiénico sempre disponível.

 Os baldes, esfregonas e panos utilizados para limpar


estas zonas não podem ser usados noutras secções da
empresa.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Instalações sanitárias e vestiários
 Vestiários
 Os vestiários devem possuir cabines de banho, 1 para
cada 10 trabalhadores, lavatórios, bancos e armários com
arejamento. Estes últimos devem ser individuais e com as
medidas estipuladas na lei. Recomenda-se que tenham
porta dupla de modo a evitar contacto da roupa usado no
exterior e a farda de trabalho. Nos vestiários poderão ser
afixadas normas que indiquem como se efectua o
fardamento e cuidados a ter com o mesmo. O interior e o
exterior dos armários deverá ser limpo e desinfectado
aquando a limpeza dos vestiários, devendo-se seca-los
muito bem logo de seguida. As instalações sanitárias
devem estar situadas na sua proximidade.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Circulação de pessoas
 O pé direito de todas as instalações deverá ser no
mínimo de 3,00 metros (existindo uma tolerância
de 2,70 metros), excepto em construções
anteriores a 21 de Fevereiro de 1987 e se forem
edifícios adaptados. Em armazéns e instalações
sanitárias o pé direito poderá ser 2,20 metros.

 O espaço livre existente deve ser o suficiente para


todos os manipuladores operarem nas melhores
condições de higiene, sendo que a largura mínima
é de 1,20 metros.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Lixos e pragas
 Lixos
 Os caixotes de lixo que se encontram no interior
devem possuir tampa e a sua abertura comandada
por pedal. Devem estar sempre limpos e com um
saco do lixo a revestir o seu interior. Os contentores
exteriores deverão ser desinfectados uma vez por
dia, borrifando com lixívia.

 Os resíduos susceptíveis de rápido crescimento


microbiano (restos, desperdícios da preparação de
carnes, ovos, massas, etc.) devem ser rapidamente
removidos. Deve ser estabelecido um sistema para
recolha de lixos.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Lixos e pragas
 Pragas (de insectos, roedores, pássaros, vermes e outros
animais)
 Em todos os locais onde se manipulam, confeccionam,
armazenam, expõem e comercializam alimentos tem de se
realizar sempre o controlo de insectos (moscas, formigas,
baratas, etc.) e de roedores, porque são uma fonte na
transmissão de doenças. São vectores de contaminação por
microrganismos e substâncias tóxicas. Embora não seja
visível para nós, em quase todas as instalações existe um
número significativo de esconderijos (tectos falsos, tubagens,
etc.) que facilitam a fixação de pragas.
 Para prevenir possíveis infestações deve-se inspeccionar os
produtos quando estes chegam, remover detritos, tapar os
contentores do lixo, rodar os stocks e impedir a
indisponibilidade de água (secar bem todas as superfícies).
Se assegurar que as pragas não conseguem entrar nas
instalações através de orifícios, janelas ou portas, está-se a
excluir os principais vectores de penetração.
Higiene e Segurança das
Instalações
 Lixos e pragas
 Pragas (de insectos, roedores, pássaros, vermes e
outros animais
 No caso das medidas citadas falharem, poder-se-á
recorrer ao uso de pesticidas químicos, para sua
destruição. A utilização destes produtos é muito perigosa
e a sua aplicação deve ser cuidadosa e realizada,
preferencialmente, por um profissional. Devem-se
respeitar os tempos de acção de cada produto e proceder
a uma limpeza e desinfecção de modo a retirar insectos e
roedores mortos, ou partes destes e eliminar os vestígios
de químicos utilizados. Existem outras medidas de
combate além dos pesticidas, tais como: insecticidas,
electrocutores de insectos, estações com iscos para ratos,
redes mosquiteiras nas janelas, sifões, entradas
(chaminés, portas, etc.) protegidas, conservação das
instalações e equipamentos, e limpeza.
HIGIENE E SEGURANÇA DOS
EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS E
SUPERFÍCIES DE TRABALHO
 Todo o equipamento e superfícies de trabalho devem ser
dispostos de forma a apresentarem as superfícies lisas e sem
nichos. A fiambreira, se existir, deve estar sempre limpa e
coberta por um pano quando não estiver a se utilizada.
 Pontos a considerar:
 Layout e arrumação;
 Uso de madeiras e alumínio;
 Uso e lavagem de ferramentas;
 Revestimento das superfícies, tampos e mesas;
 Identificação de equipamentos e ferramentas;
 Manutenção preventiva e correctiva, lubrificação;
 Protecção dos equipamentos e ferramentas durante as
pausas.
HIGIENE E SEGURANÇA DOS
EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS E
SUPERFÍCIES DE TRABALHO
 Layout
 A forma como se dispõe a sequência dos processos e
equipamentos deve estar organizada tipo “marcha em
frente”, de modo a que se evitem as contaminações
cruzadas. Tem que cumprir a sequência preparação,
confecção e serviço, sem haver retrocessos ou
cruzamentos, nunca permitindo que os alimentos prontos a
servir se cruzem com os alimentos que estão a chegar para
ser lavados descascados, etc.

 Deve ainda estar organizado de maneira a permitir o fácil


acesso a qualquer equipamento para desencrustar, limpar e
desinfectar.

 O layout de uma unidade deve contemplar os espaços


destinados à arrumação das diferentes matérias e produtos.
HIGIENE E SEGURANÇA DOS
EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS E
SUPERFÍCIES DE TRABALHO
 Equipamento
 Os cuidados higiénicos a ter em atenção nas zonas de
manipulação de alimentos, passam pela limpeza e
desinfecção de cada equipamento. A limpeza deve ser
feita a um equipamento de cada vez, seguindo as
especificações próprias e tem de ser feita mediante o
uso de água quente, detergentes e desinfectantes.
Deve ser feita uma ficha de limpeza para cada
equipamento.

 O filtro do exaustor e respectivas grelhas de


protecção, devem ser limpas regularmente, pois
acumulam muita sujidade e gordura, sendo não só um
factor de contaminação como ainda constituem um
grave risco de incêndio.
HIGIENE E SEGURANÇA DOS
EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS E
SUPERFÍCIES DE TRABALHO
 Ferramentas e utensílios
 Todas as ferramentas de trabalho (facas, espátulas,
colheres, pinças) devem ser higienizadas após a sua
utilização. Devem ser de material liso, lavável e
imputrescível.

 Não devem ser trocadas de utilização sem serem lavadas e


desinfectadas, para evitar a contaminação cruzada.

 Devem existir utensílios próprios para cada género de


alimento (carnes, aves, peixe, legumes) que devem estar
correctamente identificados.

 Nas pausas de trabalho, as ferramentas devem ser limpas


com produto próprio e mergulhadas numa solução
desinfectante adequada.
HIGIENE E SEGURANÇA DOS
EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS E
SUPERFÍCIES DE TRABALHO
 Superfícies de trabalho
 Por superfícies de trabalho entende-se todos os
balcões, mesas, bancadas e prateleiras onde se
manipulem ou armazenem alimentos.

 As superfícies de trabalho não podem ser de materiais


de madeira, por causa das farpas e lascas que se
soltam que podem ser incorporadas nos alimentos e,
por causa do crescimento microbiano nas suas
fissuras. Devem ser de materiais mais adequados
como teflon, polietileno, rilene, polipropileno.

 As superfícies em contacto com os géneros


alimentícios devem ser construídas com materiais
lisos, impermeáveis, facilmente laváveis, não tóxicos e
de fácil desinfecção.
HIGIENE E SEGURANÇA DOS
EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS E
SUPERFÍCIES DE TRABALHO
 Superfícies de trabalho
 As superfícies de corte têm de ser em material resistente,
impermeável, de fácil limpeza e desinfecção.

 Todas as superfícies devem ser lavadas e desinfectadas


diariamente e sempre que necessário. Nas pausas de
trabalho não se podem deixar as superfícies sujas.

 Para cada género alimentício deve existir uma


zona/superfície própria. Ou seja, o local onde se prepara o
peixe é diferente do local onde se prepara a carne ou onde
se preparam os vegetais. Assim como o local onde se
manipulam alimentos processados tem que ser distinto dos
locais onde se preparam os alimentos crus. Na
impossibilidade de criar zonas distintas devido a problemas
de espaço, a manipulação dos diferentes géneros
alimentícios pode ser efectuada no mesmo local desde que
separados no tempo e desinfectando o local no intervalo
entre as manipulações.
HIGIENE E SEGURANÇA DOS
EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS E
SUPERFÍCIES DE TRABALHO
 Manutenção
 Deve ser efectuada uma manutenção preventiva periódica a
todos os equipamentos, de modo a verificar o seu
funcionamento e a evitar possíveis avarias.

 Caso seja necessário, se houver alguma anomalia, proceder


então à reparação desse equipamento.

 Deve também ser efectuado um controlo a todas as


ferramentas e utensílios para avaliar o seu desgaste e
possível substituição.

 Deste modo evitam-se avarias desnecessárias, assim como


se diminui o risco de contaminação de um alimento por
parte de um utensílio defeituoso (ex.: fio de uma lâmina).
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
 Regras gerais
 Um bom programa de higienização é essencialmente constituído
por duas fases. A primeira consiste na remoção de todo o tipo de
sujidade agarrada as superfícies, objectos e utensílios e posterior
eliminação da solução detergente durante o enxaguamento final. A
segunda fase consiste na desinfecção. A acção do desinfectante
só é eficaz se houver previamente uma limpeza correcta.

 Para cada produto utilizado, deverá existir uma ficha técnica,


fornecida pela marca dos produtos, com especificações (a que tipo
de superfície se destinam, tempo de acção, concentração a utilizar,
etc.) e cuidados a ter no manuseamento dos mesmos.

 A limpeza a seco, com varredura, deve ser evitada pois espalha


poeiras e microrganismos por superfícies que já se encontrem
higienizadas.

 Após a limpeza, todas as superfícies devem ser bem secas com


panos limpos e de utilização única, de modo a evitar a existência
de água onde se poderiam desenvolver microrganismos.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO

 Produtos
 Os produtos de limpeza (detergentes e desinfectantes)
devem ser escolhidos consoante o tipo de sujidade a
remover, o material ou superfície a que se destinam
(evitar a corrosão) e o tempo de acção pretendido.

 A dosagens dos produtos a utilizar, assumem um


papel de extrema importância. Uma dosagem menor
do que a indicada poderá não ser a suficiente para
uma limpeza ou desinfecção eficaz, e uma dosagem
superior poderá ser de difícil remoção e consequente
contaminação química dos alimentos. O melhor
procedimento será ver o rótulo e seguir sempre as
indicações do fabricante do produto.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO

 Detergente
 É um produto de limpeza, uma substância que
elimina a sujidade. Antes da sua aplicação é
conveniente removerem-se os resíduos sólidos e
enxaguar com água limpa a
superfície/equipamento a limpar. Só então se
coloca o detergente deixando a actuar durante o
tempo definido (por tipo de produto e por tipo de
equipamento). É então removido com água limpa.
É conveniente que a água utilizada seja quente,
mas depende também das especificações do
fabricante para esse produto.

 Para que não restem resíduos, após as lavagens,


os detergentes têm de ser facilmente enxaguados.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO

 Desinfectante
 Substância que elimina total ou parcialmente os
microrganismos. Quando a eliminação é parcial,
tem de resultar um nível não prejudicial de
microrganismos para a saúde humana.

 A sua acção é mais eficaz se for utilizado após


uma correcta limpeza. Deixa-se o produto actuar
num intervalo de tempo definido, sendo depois
removido com água limpa e potável.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
PREPARAÇÃO

LIMPEZA A SECO
Eliminação de resíduos grosseiros

PRÉ-ENXAGUAMENTO

LIMPEZA

ENXAGUAMENTO

DESINFECÇÃO

ENXAGUAMENTO
LIMPEZA E DESINFECÇÃO

 Ficha de limpeza
 Para cada tipo de equipamento, superfície ou utensílio, deve
existir uma ficha técnica de limpeza com o tipo/método de
limpeza a efectuar, qual o detergente e em que
concentrações, o tempo de acção, temperatura da água e
cuidados a ter. Devendo-se recorrer sempre a especialistas
para a sua elaboração. Estas deverão ser cuidadosamente
analisadas pelo responsável ou responsáveis pela limpeza.

 Em cada conjunto de fichas ou plano, deve constar:


 "Onde" - local onde se tem de executar a limpeza, ou qual o
equipamento;
 "Quem" - executantes;
 "Quando" - periodicidade;
 "Como" - dosagem, tipo de baldes, esfregonas e método;
 Cuidados especiais - instruções de segurança;
 Controlo - verificação visual e análises.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO

 Verificação
 Deverão ser implementados procedimentos
de monitorização e verificação da
higienização, assim como estabelecidas
medidas correctivas, como nova limpeza,
caso seja necessário.

 Para monitorização e verificação, podem ser


realizadas inspecções visuais, análises
microbiológicas ou outras análises, como
pequenos kits que avaliam a quantidade de
microrganismos existentes.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
 Principais boas práticas de higiene em estabelecimentos
 Usar vestuário adequado e exclusivo sempre que manipular
detergentes e/ou desinfectantes na realização de operações de
limpeza e desinfecção;

 Nunca manipular alimentos no decorrer das operações de limpeza


e/ou desinfecção;

 Manter todos os produtos de limpeza e desinfecção nas


embalagens originais e garantir que o rótulo não é danificado;

 Antes de utilizar qualquer detergente e/ou desinfectante, consultar


sempre as respectivas fichas técnicas ou os rótulos;

 Caso não seja possível identificar o produto, informar o


responsável de imediato;
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
 Principais boas práticas de higiene em estabelecimentos
 Nunca misturar diferentes produtos de limpeza ou desinfecção, a
não ser em situações devidamente indicadas;

 Todos os manipuladores de alimentos são responsáveis pela


higienização das superfícies, equipamentos e utensílios por eles
usados, devendo cumprir os planos de higienização pré-
estabelecidos;

 É extremamente importante respeitar as indicações de dosagem,


de tempo de contacto e modo de aplicação do desinfectante;

 A temperatura da água na qual o desinfectante é diluído não pode


ser demasiado elevada para não desactivar o produto;

 A desinfecção só deve ser realizada em situações estritamente


necessárias;
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
 Principais boas práticas de higiene em
estabelecimentos
 Nunca utilizar vassouras para varrer o pavimento das cozinhas e
salas de refeições;

 Os tectos, paredes, portas, exaustores, extractores e tectos


ventilados, devem ser higienizados exclusivamente quando não
estiverem a ser manipulados ou confeccionados alimentos;

 Quando se higienizar as portas e janelas, deve-se dar especial


atenção aos manípulos;

 Assegurar que os ralos de escoamento se encontram sempre


limpos, sem gordura ou restos de comida e desentupidos;

 Desmontar, lavar e desinfectar todos os equipamentos que


contactam directamente com os alimentos, após cada utilização;

 Proteger devidamente os equipamentos, sempre que estes não


estejam a ser utilizados;
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
 Principais boas práticas de higiene em estabelecimentos
 Colocar o conteúdo do equipamento de frio – câmara de
refrigeração ou conservação de congelados – em equipamento
alternativo. Caso não seja possível, o conteúdo das câmaras
deverá ser retirado, devendo a higienização ser realizada o mais
rapidamente possível;

 Na higienização do equipamento de frio, deverá ser dada especial


atenção à borrachas de isolamento, puxadores das portas,
prateleiras e paredes;

 Lavar e desinfectar os recipientes do lixo, sempre que se proceder


ao seu despejo;

 Rejeitar todas as louças ou outros utensílios que apresentem


fissuras;

 Remover todos os restos de alimentos antes de colocar a louça na


máquina de lavar;

 No final de cada operação de higienização, assinar a folha de


controlo de operações, sempre que isso seja exigido.
HACCP

 O HACCP - Hazard Analysis and Critical


Control Points - Analise dos Perigos e
Pontos Criticos de Controlo - é um
sistema que tem como objectivo garantir a
segurança dos alimentos através da
identificação dos perigos associados ao
seu manuseamento e das medidas
adequadas ao seu controlo.
HACCP

 Devera ser encarado como uma ferramenta de análise


e prevenção de perigos ligados ao processamento
alimentar e não para o controlo apenas do produto
final.

 Este sistema de autocontrolo pode ser aplicado ao


longo de toda a cadeia alimentar, desde a produção
primária até ao consumidor final e a sua
implementação deve ser orientada por evidencias
científicas dos perigos para a saúde pública.

 Qualquer sistema de HACCP permite modificações,


caso surjam melhorias nos design dos equipamentos,
procedimentos do processo ou desenvolvimentos
técnicos.
HACCP

 Desde 1986 que o Comite do Codex Alimentarius,


recomenda as empresas alimentares, a aplicação de
sistemas de autocontrolo baseados nos princípios do
sistema de HACCP.

 A União Europeia, com a liberalização da circulação de


mercadorias, em 1 de Janeiro de 1993, fez uma
perspectiva de implementação e manutenção, por
parte das indústrias alimentares, de um sistema
continuado de controlo baseado na metodologia de
HACCP, começando por exigir sectorialmente nas
Directivas verticais, e mais tarde, de um modo geral,
mediante a Directiva 93/43/CEE, de 13 de Julho de
1993, relativa a higiene dos produtos alimentares de
carácter horizontal.
HACCP - Origem

 O sistema de HACCP foi desenvolvido nos


anos 60 pela empresa Pillsbury (EUA), pelos
Laboratórios do Exército dos Estados Unidos
e pela NASA com o objectivo de produzir
refeiçõeses 100% seguras para os
astronautas.

 Este sistema foi inspirado no Programa "Zero


Defeitos" da NASA e no Sistema de Análise
"Modes of Failures" da U.S Army N.L, o qual
consiste em analisar o processo de produção
do produto e perguntar: o que pode
acontecer de errado.
HACCP - Origem
 Em 1971 foi apresentado pela Pillsbury a American
National Conference for Food Protection e a FDA
(Food and Drug Administration) publicou os
regulamentos para alimentos enlatados de baixa
acidez e acidificados.

 Em 1980 A OMS – Organização Mundial de Saúde, a


ICMSF – Comissão Internacional de Especificações
Microbiológicas dos Alimentos e a FAO- Organização
para a Agricultura dos EUA, recomendaram a
aplicação deste sistema a empresas alimentares. Em
1993, o Comité da Higiene dos Alimentos da Comissão
do Codex Alimentarius publicou um Guia para a
aplicação do Sistema de HACCP. Este Guia foi
transposto para a legislação comunitária pela Directiva
93/43 do Conselho de 14 de Junho de 1993, o qual era
exigido, de um modo geral a todas as empresas do
sector alimentar.
HACCP - Princípios
1º Princípio
 Elaboração de um fluxograma do processo. Identificação dos perigos e
avaliação da sua severidade.
 Listagem dos perigos e especificação das medidas de controlo.

2º Princípio
 Determinação dos pontos críticos de controlo (PCC’s) usando a árvore de
decisão.

3º Princípio
 Especificação de critérios - limites e tolerância que indicam se uma
operação está sob controlo num dado PCC.

4º Princípio
 Estabelecimento e implementação de procedimentos de monitorização
para controlo dos CCP’s.
HACCP - Princípios

5º Princípio
 Estabelecimento das acções correctivas a tomar quando
num dado ponto critico de controlo (PCC) se identifica um
desvio revelado pela monitorização.

6º Princípio
 Estabelecimento de sistemas de registo e arquivo de dados
que documentam o plano HACCP.

7º Princípio
 Estabelecimento de procedimentos para a verificação do
sistema HACCP, incluindo testes complementares, e revisão
do sistema que mostrem que ele funciona efectivamente.

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