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Boas práticas para controle de infecções na lavanderia

1. Uso de equipamentos de proteção


Os maiores riscos existentes dentro de uma lavanderia hospitalar estão relacionados ao
risco de contaminação. Afinal, o contato com vírus, bactérias, fungos e substâncias
químicas deixa profissionais e também clientes suscetíveis a doenças.

É parte da rotina dos profissionais da lavanderia a manipulação de fluidos corporais,


substâncias químicas e contato direto com pacientes contaminados por doenças
infecciosas. Dessa forma, ao ter contato com tais pessoas, os colaboradores devem
utilizar EPIs desenvolvidos especialmente como métodos de barreira entre o
profissional e agente infeccioso.

Entre os EPIs que devem ser utilizados de acordo com as orientações, estão:

 Luvas: usar o equipamento ao entrar em contato com os enxovais, durante


procedimentos de recebimento, separação, lavagem realizando seu descarte logo
em seguida; ou a novo processo.
 Máscaras: as máscaras devem ser usadas por todo período de trabalho dentro da
área suja, ao realizar os trabalhos gerais e também procedimentos cirúrgicos e,
assim como luvas, devem ser descartadas em seguida; e substituídas por novas a
cada 03 horas de trabalho.
 Aventais: o avental é a roupa adequada usada para proteger contra respingos e
substâncias. Após seu uso, devem ser descartados ou higienizados;
 Óculos de proteção: devem ser usados para proteger os olhos dos
profissionais de excreções ou secreções durante os processos, com a
necessidade de serem higienizados logo após o uso;
 Toucas: as toucas são indicadas para proteger o colaborador contra componentes
contaminantes, além de evitar a queda de cabelos durante os processos de
lavagem dos enxovais. Após o uso, devem ser descartadas.

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2. Utilização de materiais descartáveis nos processos.
Outra boa prática que deve ser supervisionada pelo gestor é o uso de materiais
descartáveis, responsáveis por evitar a propagação de bactérias e auxiliar na proteção dos
profissionais. Entre os descartáveis mais usados na área suja, estão:
 Luvas;
 Toucas;
 Máscaras;
 Sistema de coleta de fluídos.

Assim todos os outros materiais descartáveis dentro de uma lavanderia hospitalar devem
ter seu destino adequado, evitando o descarte errado. Por isso, é fundamental informar e
observar a separação dos materiais perfurocortantes, contaminantes e outros resíduos
produzidos na lavanderia.

3. Realização da correta higienização das mãos


O profissional da lavanderia na área suja entra em contato com superfícies, produtos e
enxovais sujos durante todo o período de trabalho. Considerando que o contato pode
representar risco de contaminação, é necessário realizar a higienização das mãos
repetidas vezes ao dia.
Afinal, ao lavar corretamente as mãos, o profissional reduz o risco de
contaminação, diminuindo de forma drástica as infecções e doenças contagiosas. Em
épocas em que a disseminação de vírus aumenta, como no inverno, a higienização é ainda
mais importante. Portanto, a Vitrine realiza periodicamente cursos para reciclagem em
relação à lavagem das mãos.
O uso do álcool em gel também é uma forma de reduzir o número de
microrganismos nas mãos. Contudo, deve ser utilizado como um aliado, visto que é
responsável por diminuir o número de microrganismos, e não remove a sujidade. Por isso,
o álcool deve ser usado somente após a lavagem correta das mãos.

4. Utilização de uniformes limpos


Outra importante prática para evitar infecções hospitalares é certificar-se que os
profissionais estejam usando uniformes sempre limpos. É preciso orientar sobre o uso
de uniforme fora da lavanderia, evitando que a vestimenta seja contaminada com
diferentes patógenos que, posteriormente, serão levados para os enxovais.
Além disso, os colaboradores devem evitar consumir alimentos com os uniformes,
diminuindo assim o risco de contaminação durante a alimentação. O transporte da
vestimenta é proibido, os uniformes devem ser lavados na lavanderia para que não haja
contaminação externa.

5. Esterilização de equipamentos antes do uso


Antes de serem utilizados, os materiais não descartáveis, como equipamentos e
aparelhos, devem ser esterilizados. Por isso, a lavanderia orienta os profissionais sobre
essa prática.

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Além disso, na lavanderia de contar com áreas específicas para a esterilização destes
materiais, de modo a eliminar a presença de vírus, fungos ou bactérias. As etapas a
serem seguidas, são:
 Destino de enxovais: área destinada à recepção de enxovais sujos;
 Preparo de enxovais: identificação, inspeção, seleção;
 Esterilização: lavagem dos enxovais, utilizando meios físicos ou químicos,
respeitados os tempos e as classes de agressividade;
 Distribuição dos enxovais: após higienizados, os enxovais são enviados para as
centrifugas ou secadoras através da barreira física entre as áreas suja e limpa.

6. Desenvolvimento de medidas de higiene para o hospital


Todos os profissionais de saúde devem ser instruídos sobre as boas práticas de
higiene e manutenção do ambiente hospitalar pela CCIH. Dessa forma, é importante
que algumas medidas de higiene sejam estabelecidas, como rotinas de limpeza,
informativos sobre o risco de infecção, e cuidados especiais do espaço.
Além do desenvolvimento e aplicação das medidas de higiene, a comissão também deve
verificar se os profissionais estão cumprindo as instruções de forma correta. A organização
de cursos periódicos é fundamental para que a importância das medidas e cuidados
sejam sempre lembradas, melhorando o controle de infecções hospitalares.

7. Acompanhamento e avaliação das práticas para controle de infecções


hospitalares
Além das medidas acima, a CCIH deve se certificar de que as práticas estão sendo
realizadas. Por isso, é importante acompanhar a adoção dos cuidados, avaliando se
estão surtindo efeito no ambiente hospitalar.
Para isso, é possível utilizar softwares de gestão hospitalar. Essas ferramentas ajudam no
armazenamento de dados. Desse modo, o responsável pode analisar cada área do
hospital, tomando decisões de acordo com informações concretas.
Vimos que a infecção hospitalar é um dos principais problemas das instituições. Além
disso, representa o aumento da permanência do paciente por longos períodos, bem como
o agravamento de quadros. Dessa forma, contar com uma CCIH é fundamental para que
boas práticas como as que você viu acima sejam implantadas e avaliadas.
Cuidados como uso de equipamentos de proteção, por exemplo, ajudam a evitar a
contaminação hospitalar. Contudo, o gestor deve se certificar de adquirir materiais de
qualidade junto a empresas especializadas. Afinal, de nada adianta a CCIH implantar
cuidados se o profissional não puder contar com equipamentos adequados para
garantir sua segurança e a do paciente.
Qual é o conceito de biossegurança?

A biossegurança é definida como um conjunto de normas, procedimentos e boas


práticas que ajudam a determinar a segurança dos profissionais que atuam em hospitais,
consultórios, clínicas e unidades de saúde e lavanderia hospitalares.
Ao falar sobre a importância da biossegurança na lavanderia é importante entender que o
foco é voltado para os profissionais que atuam nessa área. Contudo, a biossegurança

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também preza pelo meio ambiente, sociedade, redução de riscos. visto que ao ignorar
essas medidas, podem ser causados problemas de saúde pública, como as epidemias.
A biossegurança é responsável por cuidar de:
 Instalações e infraestrutura adequadas do local;
 Boas práticas em todos os ambientes;
 Evitar a exposição de profissionais à agentes biológicos;
 Qualificação e treinamento da equipe.

A biossegurança são regras que toda a equipe deve seguir como forma de reduzir ou
prevenir os acidentes que podem prejudicar a saúde dos trabalhadores e também dos
pacientes, como acidentes que possam causar a contaminação por agentes biológicos e
contração de doenças.
Dessa forma, a biossegurança orienta sobre a importância do uso de EPIs (equipamento
de proteção individual) e EPCs (equipamento de proteção coletiva). Estes
equipamentos garantem a segurança e integridade dos colaboradores, além de proteger
aqueles que buscam atendimento em nossos clientes.

Boas práticas de biossegurança hospitalar e como aplicá-las


As boas práticas ajudam a entender a importância da biossegurança. Adotar ações de
prevenção e proteção para diminuir qualquer contaminação sempre foi fundamental em
lavanderias hospitalares. No entanto, com a pandemia causada pela Covid-19 e a
facilidade de contágio, essa questão ganhou ainda mais destaque.
Para que as práticas de biossegurança funcionem na lavanderia os gestores e
colaboradores devem trabalhar em união. De maneira geral, os pilares que ajudam na
aplicação de uma rotina de trabalho desenvolvida com boas práticas são a gestão
eficiente, o uso dos EPIs e EPCs, e as práticas corretas de higienização e limpeza.

Gestão eficiente para a biossegurança


Para que as normas e regras de biossegurança sejam aplicadas, a gestão deve estar à
frente do assunto. Os profissionais responsáveis pela gestão devem avaliar os riscos,
definindo o que deve ser feito, assim como os equipamentos de segurança que devem ser
fornecidos para cada profissional em cada setor.

Uso de EPIs EPCs


Para o uso dos equipamentos de segurança, todo colaborador deve receber informações
e treinamento adequado antes mesmo de iniciar seu trabalho. Além disso, sempre que
for necessário, reciclagens e novas orientações sobre uso devem ser comunicadas de
forma clara aos profissionais.

Prática correta de higienização e limpeza


É importante enfatizar o papel da higienização e limpeza correta de cada área da
lavanderia. A equipe responsável deve trabalhar de acordo com o planejamento controlado
e monitorado. Também devem ser respeitadas as regras da vigilância sanitária,

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utilizando sempre produtos e equipamentos que sejam adequados para cada função e
procedimento.

Somente quando estes cuidados são considerados, é possível entender a importância da


biossegurança da lavanderia, aplicando suas normas com sucesso. Para isso,
organização, planejamento e oferta dos EPIs e EPCs corretos são fatores essenciais.
Como parte destas boas práticas, e para reforçá-las, a unidade também pode contar com
sistemas de identificação visual, especificando áreas críticas e não críticas.

Treinamento da equipe
Entretanto, de nada adianta aplicar as normas de biossegurança hospitalar sem que as
equipes sejam treinadas e orientadas para seguir as regras estipuladas. Com treinamento
constante, os profissionais podem trabalhar mais protegidos, diminuindo os eventos
adversos e também o risco para nossos clientes.
Desse modo, os profissionais de diferentes áreas que atuam na lavanderia devem
receber treinamento periódico relacionado aos tipos e uso correto de EPIs, lavagem das
mãos, descarte adequado de resíduos e materiais contaminados, entre outros pontos
importantes.
É necessário entender a importância da biossegurança hospitalar para adotar os padrões
de segurança exigidos em estabelecimentos de saúde. Assim, as atividades podem ser
realizadas de maneira segura, com o mínimo risco para todas as pessoas que circulam no
local. desde colaboradores, prestadores de serviço e visitantes.

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