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Introdução à Assistência

de Enfermagem:
Professora: Luzia da Silva Dias
Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE); Cuidado e Objetivo do Cuidado
• A SAE é uma metodologia que a enfermagem dispõe para aplicar
conhecimentos técnicos, científicos e humanos na prática profissional. Sua
implementação humaniza o atendimento prestado e confere maior segurança
aos pacientes e profissionais.
• Objetivo: uniformizar os conceitos sobre o que é Sistematização da
Assistência de Enfermagem e apresentar estratégias capazes de favorecer a
SAE na prática profissional além de garantir a precisão e a coesão no
cumprimento do processo de enfermagem e de atendimento aos pacientes.
SAE: CONCEITO
• A SAE compreende os distintos métodos que podem ser utilizados pela
enfermagem na organização, planejamento e execução das ações de
enfermagem, com o título de oferecer subsídios nos processos
organizacionais e gerenciais, atingir resultados benéficos para a saúde das
pessoas a quem prestamos assistência.
O que é Sistematização?
• Sistematização = Ato de Sistematizar
• Tornar sistemático, ordenado, metódico. Reduzir diversos elementos a um
sistema – Conjunto ordenado de meios de ação ou de iudéias, tendente a um
resultado.
• Método = caminho pelo qual se atinge um objetivo. Modo de proceder,
maneira de agir.
O que é SAE?
• SEGURANÇA;
• QUALIDADE;
• AUTONOMIA;
Importância da SAE
• Existe na prática assistencial a necessidade de capacitar enfermeiros de modo
que esse contato seja mais efetivo e que essas açõs sejam sistematizadas;
• Paciente
• Profissional
• família
Organização da SAE
• As tentativas de se organizar o conhecimento de enfermagem começaram
por volta de 1950 um avanço considerável na construção e na organização
dos modelos teóricos de enfermagem.
• Wanda De A. Horta (1979). Final da década de 60
• Enfatizou se o planejamento da assistência na tentativa de tornar autônoma a
profissão e de caracteriza-la como ciência, por meio da implantação da SAE
Temos respaldo legal?
• Resolução Cofen 358/2009
• Considerando que a Sistematização da Assistência de Enfermagem organiza o
trabalho profissional quanto ao método, pessoal de instrumentos, tornando possível
a operacionalização do processo de enfermagem.
• Final da década de 80: decreto de lei 94406/87 (Brasil, 1996)
• Regulamenta o exercício profissional da enfermagem no país
• Atividade privativa do enfermeiro entre outras a elaboração da PRESCRIÇÃO DE
ENFERMAGEM
LEI Nº 7.498/1996
• Dispõe sobre o Exercício da Enfermagem.
• Cabe ao Enfermeiro:
• “Art. 11
• I- Privativo do enfermeiro
• planejamento, organização, execução e avaliação do serviço de assistência de
enfermagem;
• Consulta de enfermagem; Prescrição da Assistência de Enfermagem.
SAE: FERRAMENTA METODOLÓGICA

• A SAE constitui numa ferramenta metodológica que o enfermeiro dispõe


para colocar em prática seus conhecimentos técnicos, humanos, e científicos
para a entrega do cuidado a comunidade.
• Referências:
• HORTA, W. A Processo de enfermagem. São Paulo: EPU, 1979.
DOENGES, M.E.;
• ALFARO_ LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem: um
guia passo a passo. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
Precauções Padrão (P.P)
• É a utilização de técnicas ou equipamentos para evitar a contaminação do
meio hospitalar, do paciente/cliente e da equipe multiprofissional.
• As P.P devem ser utilizadas para o cuidado com todo e qualquer
paciente/cliente:
• Higiene das mãos: deve ser feita ao retirar as luvas, antes e após: o contato
com o paciente; entre um paciente e outro; após contato com fluído orgânico
(sangue, fezes, urina, vômito, pus etc.).
HIGIENIZANDO AS MÃOS
• As mãos devem ser higienizadas com uso de antisséptico.
• Evite o uso de anéis, pulseiras, relógios, e mantenha as unhas curtas;
• Segundo as diretrizes para a promoção da segurança do paciente na prática
assistencial de Enfermagem, a higiene das mãos é um dos 10 passos que deve
ser executado, possibilitando a realização do “Cuidado Limpo e Seguro”.
• A diretriz define que higienizar as mãos é remover a sujidade, suor,
oleosidade, pelos, e células descamativas da microbiota da pele.
Higienizando as mãos
• Finalidade: prevenir e reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde;
• Técnica de higienização das mãos preconizada pela Agencia de Vigilância
Sanitária (ANVISA).
• Técnica:
• 1. Abrir a torneira.
• 2. Ensaboar as mãos, punhos, fazendo fricção por 30 segundos em cada
região, especialmente nos espaços interdigitais.
Higienizando as mãos
• Técnica:
• 3. enxaguar com água corrente.
• 4. Secar a mão com papel toalha.
• 5. Fechar a torneira com a própria toalha.
Equipamento de Proteção Individual (EPI)
• Luvas de procedimento:
• São luvas limpas, não esterilizadas;
• Utilizadas em contato com fluído orgânico, em procedimento no contato
com a pele mucosa e no contato de pele não íntegra;
• Após o uso devem ser removidas e desprezado em lixo infectante, evitando
transferência de microrganismos para outros pacientes ou ambiente.
• As mãos devem ser higienizadas antes e após o uso de luvas.
Máscara e Protetor Ocular
• Utilizados com a finalidade de proteger a mucosa dos olhos, nariz e boca
durante o procedimento que possam apresentar respingos de sangue e outros
fluídos corporais.
• Avental: pode ser de pano não tecido (descartável), tecido de algodão
absorvível (lavável e reutilizável), tecido impermeabilizado (descartável),
utilizado para proteger a pele e o vestuário do profissional de respingos e
fluído orgânico.
Equipamentos de Cuidado ao Paciente
• São utensílios utilizados no cuidado do paciente:
• Bacia;
• Comadre;
• Papagaio;
• Cuba rim;
• Cúpula, bandeja.
Utensílios de Cuidado ao Paciente
Cuidado com os Utensílios
• Realizar desinfecção (remoção de microrganismos), seja ele patogênico ou
não, ou esterilização (remoção total de todo M.O, toda forma de vida, seja ela
patogênica ou não), conforme rotina institucional nos equipamentos
reutilizáveis e garantir que os equipamentos descartáveis sejam despreszados
adequadamente.
• Controle do ambiente: o profissional deve realizar desinfecção de
equipamentos, utensílios, material de superfície no posto de enfermagem,
expurgo e na unidade do paciente conforme rotina institucional.
Material Perfuro Cortante
• Agulhas, scalps, lâminas de bisturi, e outros instrumentos ou aparelhos cortantes e
pontiagudos também chamados de perfuro cortante merecem cuidado especial para
prevenir acidentes.
• Devem ser desprezados em recipientes apropriados, resistentes a cortes e furos ou
vazamento.
• O recipiente de coleta de matérias cortantes devem ter somente 80% de sua
capacidade utilizada conforme normas de segurança.
• Agulhas após seu uso não devem ser desconectadas da seringa ou reencapadas
Caixa para Perfuro Cortante
Material Estéril
• Manuseio do material estéril:
• No ambiente hospitalar é necessário o controle do ambiente e do material
utilizado em procedimentos no cuidado realizado ao paciente.
• É importante conhecermos algumas terminologias:
• Desinfecção: processo de destruição de microrganismos (MO) em sua
forma vegetativa , podendo ser realizados por meio de agentes físicos ou
químicos.
Existem Três Termos Para Desinfecção:
• Desinfecção de Alto Nível: onde se dá a destruição de MO mais resistente,
com exceção dos esporos bacterianos.
• Desinfecção de Nível Intermediário: inativação de MO (microbactérias,
bactérias vegetativas, a maioria dos fungos, bacilos da tuberculose e a maioria
dos vírus), com exceção dos esporos.
• Desinfecção de baixo Nível: elimina MO (bactérias e vírus) menos
resistentes, porém não elimina esporos.
Esterilização
• Esterilização: processo de destruição de todas as formas de vida
microbianas, sejam elas esporuladas ou não; pode ser feita por meio de
processo químico ou físico.
• Esterilização por agente químico: realizada por meio de soluções
químicas;
• Esterilização por agente físico: realizada por meio de estufa (calor seco)
ou autoclave (calor úmido sob pressão).
Esterilização
• Esterilização por agente físico/químico: realizada por meio de substância
química em equipamento tipo autoclave (óxido de etileno= ETO; peróxido
de Hidrogênio, o mesmo que plasma de peróxido).
• Cuidado com o manuseio de material estéril: o material estéril deve ser
manuseado utilizando técnica asséptica evitando levar MO para o local que
não o contenha, portanto deve-se tomar alguns cuidados.
Manuseio de Material Estéril
1. Antes de abrir o material conferir data de validade de esterilização, observando
integridade da embalagem, (caso esteja violada, molhada ou com data vencida, o
material é considerado contaminado).
2. Abrir a embalagem de papel grau cirúrgico sempre pelo lado indicado, cuidando
para não tocar a área interna ou no material que precisa manter-se estéril.
3. Abrir o material estéril sempre pela borda distal ao corpo do profissional, em
seguida as bordas laterais e após a borda proximal do corpo do profissional,
considerar as extremidades do campo aberto com risco potencial de contaminação.
Manuseio de Material Estéril
4. Ao abrir o material o profissional deve utiliza-lo imediatamente.
5. Ao abrir o material o profissional não deverá falar ou tossir sobre ele.
6. O ambiente onde o material será aberto deve ser livre de corrente de ar.
Manuseio de Luvas Estéreis
1. Higienize as mãos.
2. Abrir o pacote expondo as luvas sem contamina-las, observe indicação no
invólucro da luva de mão D e E.
3. Posicione uma das mãos em concha e com a oposta auxilie na colocação da
luva, proceda da mesma forma na colocação da outra luva, dessa vez
auxiliando com a mão já enluvada.
4. Após o uso, retire as luvas e higienize as mãos.
Calçando Luvas Estéreis
Retirada das Luvas Estéreis

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