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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

EMILLY SANTOS LIRA


SABRINA MARTINIANO OLIVEIRA

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DOS PROCESSOS DE


ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS HOSPITALARES E LABORATORIAIS

Arapiraca, AL
2022
EMILLY SANTOS LIRA
SABRINA MARTINIANO OLIVEIRA

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DOS PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO


DE MATERIAIS HOSPITALARES E LABORATORIAIS

Trabalho Extra da turma GNA Noite, do curso de


Enfermagem do Centro Universitário Maurício de
Nassau, proposta pela Docente Mariana Pacheco.

Arapiraca, AL
2022
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DOS PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
DE MATERIAIS HOSPITALARES E LABORATORIAIS

A infecção hospitalar é qualquer infecção adquirida após a internação do


paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta. Podem ser
classificadas como endógenas e acontece quando os agentes causadores de
infecção estão presentes no próprio indivíduo, ou exógenas, quando os
microrganismos são provenientes de equipamentos, artigos hospitalares, pessoal de
saúde e, eventualmente, alimentos, água ou outras fontes ambientais.
No Brasil, as infecções hospitalares são a quarta causa de mortalidade, sendo
um dos principais problemas encontrados a nível hospitalar que provoca graves
repercussões econômicas e sociais (Costa, et al., 1990).
Na infecção exógena merecem atenção dos profissionais da área da saúde. A
não observância das boas práticas de prevenção de infecção hospitalar e falhas no
processamento de artigos hospitalares são os principais responsáveis pelas infecções
de origem exógenas. Os artigos inadequadamente limpos, desinfetados ou
esterilizados podem se tornar uma fonte de contaminação aumentando o risco de
aquisição de seres patogênicos, tanto para o paciente como para o profissional da
área de saúde (Stanier et al., 1969).
A esterilização é a completa eliminação ou destruição de todas as formas de
vida microbiana viáveis, podendo ser realizada por meio de processos físicos ou
químicos (Rutala, 1997). Esterelização a vapor é um dos processos de
descontaminação mais utilizados, podendo ser feita através de autoclaves verticais e
horizontais. Nestes equipamentos, os microorganismos são destruídos pela ação
combinada da temperatura, pressão e umidade.
Esse procesos podem ser realizados por:
Processos Físicos:
Vapor saturado sob pressão. – Autoclave.
Calor Seco: - Estufa.
Radiação: - Raios Gama
Processos Químicos:
Grupo dos Aldeídos e Ácido Peracético.
Processos Físico – Químicos:
Óxido de etileno
Plasma de peróxido de hidrogênio e Paraformoldeído.
Segundo a RDC 15 de 2012, Central de Material e Esterilização – CME é uma
unidade funcional destinada ao processo de produtos para saúde dos serviços de
saúde, onde são desenvolvidas atividades complexas capazes de promover materiais
livres de contaminação, onde são distribuídos para toda instituição.

O Centro de Material e Esterelização pode ser dividido em três tipos:


 Descentralizada: Cada unidade é responsável por preparar e esterelizar os
materiais que utiliza.
 Semi- Centralizada: Cada unidade prepara o seu material, mas o encaminha á
central de material para ser esterelizado.
 Centralizada: Os materiais de uso nas unidades são totalmente procesados na
central.
A tarefa do CME é fazer a pré-limpeza e a limpeza, preparo dos produtos para
serem esterilizados, esterilização dos produtos, armazenamento e por fim a
distribuição dos mesmos para toda a unidade. Os técnicos bem treinados são
essenciais para o sucesso de qualquer programa de controle de infecções, porque
eles têm a responsabilidade diária no empacotamento, processamento e
monitorização das cargas. A localização do CME deve está próximo dos centros
fornecedores, como almoxarifado e lavanderia, e de fácil acesso ás unidades como
Centro Cirúrgico, UTI, Pronto atendimento dentre outros.
O processo de desinfecção e esterilização devem ser divididos em críticos,
semicríticos e não críticos. Materiais críticos são aqueles que entram em contato com
tecidos cruentos, ou seja, em que há sangue; os materiais semicríticos entram em
contatos com mucosa, como: epitélio do intestino delgado, boca e bexiga; por fim, os
materiais não críticos, aqueles que só entram em contato com a pele integra, onde
temos um exemplar de lesões por pressão.
Durante os processos de tratamento, os materiais críticos devem ser
esterilizados ou se uso único, os semicríticos devem ser esterilizados ou no mínimo
fazer a desinfecção, e os não críticos deve-se fazer uma desinfecção ou serem
limpos.
Passos para uma esterelização Segura:
Para cada ciclo deve-se manter um registro com as seguintes informações:
 Cada item ou pacote a ser utilizado como um produto estéril deve ter uma
etiqueta/identificação para o controle do lote de esterilização.
 Conteúdo geral, como pacote, tecido, instrumento;
 Tempo de exposição;
 Temperatura
 Nome de quem está realizando a esterelização
 Cada item a ser utilizado como estéril deve ter uma etiqueta com o prazo de
expiração da validade da esterilização.
 Sublime limpeza dos produtos;
 Inspecionar produtos através de lupas;
 Escolher embalagem apropriada de acordo com o tipo de agente
esterilizante;
 Permitir penetração do agente esterilizante;
 Não ultrapassar em uma caixa cirúrgica 11,300kg;
 Respeitar o limite de capacidade máximo da caixa cirúrgica de
cirúrgica de 75% a 80% da mesma;
 Não adicionar a caixa cirúrgica outros produtos já embalados em outra
embalagem.

Segundo a Anvisa e outros órgãos reguladores, o ciclo de esterilização a valor


só pode ocorrer em caso de urgência e emergência, onde deve ser documentado
contendo data, hora, motivo do uso, nome do instrumental cirúrgico ou produto para
saúde, nome e assinatura do responsável pelo CME e identificação do paciente. Esse
registro deve estar disponível para a avaliação pela Autoridade Sanitária.

No Art.9° da RDC 15, só podem processar produtos para a saúde


regularizados pela Anvisa. O armazenamento do material esterelizado, deve possuir
local adequado, que seja limpo e arejado para armazenagem de forma que não haja
risco de recontaminação e que faiclite a distribuição. O prazo de validade de
esterelização está diretamente relacionado á qualidade da embalagem e condições
de armazenagem.
Em caso de dúvida esteja sempre em contato com o enfermeiro do CME, certamente
é o profissional mais indicado para orientação de toda equipe cirúrgica e de
enfermagem envolvidas no processo cirúrgico. Portanto, para segurança do paciente,
equipe cirúrgica e instituição, devemos sempre respeitar as resoluções da ANVISA e
as recomendações de boas práticas dos órgãos e/ou sociedades conceituadas,
sejam brasileiras, americanas ou europeias.
Referências

RESOLUÇÃO - RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html
https://pebmed.com.br/voce-realmente-sabe-o-que-e-cme/?
utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/artigo_CME_flavia_leite.pdf
https://microambiental.com.br/agua-segura-para-hospitais/o-que-voce-precisa-saber-
sobre-a-rdc-15-e-a-agua-para-higiene-de-materiais-de-saude-cme/

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