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Parasitologia Humana

Professora: MSc. Elvia Jéssica

Arapiraca, AL
2023
O que é Parasitologia
Parasitologia...

É o estudo dos parasitas ou doenças parasitárias,


métodos de diagnósticos e controle de doenças
parasitárias.

Na maioria dos casos um organismo (o hospedeiro)


passa a constituir o meio ecológico onde vive o outro
(o parasita).
Agente Etiológico

É o agente causador ou responsável pela origem da doença.


Pode ser um vírus, bactéria, fungo, protozoário, helminto
Antroponose - Doença exclusivamente humana
Filariose bancrofiiana

Wuchereria bancrofti
Culex quinquefasciatus Nematelminto Humano infectado
Anfixenose

Doença que circula indiferentemente entre humanos e


animais, isto é, tanto os humanos quanto os animais
funcionam como hospedeiros do agente.
Anfixenose

Doença de Chagas, na qual o Trypanosoma cruzi pode circular


nos seguintes tipos de ciclo:

Ciclo silvestre: gambá-triatomíneo-gambá;


Ciclo peridoméstico: ratos, cão-triatomíneo-ratos, cão;
Ciclo doméstico: humano-triatomíneo-humano;
cão, gato-triatomíneo-cão, gato.
Cepa

Grupo ou linhagem de um agente infeccioso.

Entamoeba histolytica
Contaminação

É a presença de um agente infeccioso na superfície do corpo,


roupas, brinquedos, água, leite, alimentos etc.
Doença Metaxênica

Quando parte do ciclo vital de um parasito se realiza no vetor.

Esquistossomose
Schistosoma mansoni
Platelminto Caramujo Humano infectado
Vetor
Transmite o parasito entre dois hospedeiros.

Vetor Biológico
O parasito se multiplica ou se desenvolve no vetor. Ex: o T
cruzi; o S. mansoni.

Vetor Mecânico
É quanto o parasito não se multiplica nem se
desenvolve no vetor.

Tunga
fase intermediária ou intervalo entre duas
Estado estacionário mudas da larva.

Larvas de ancilostomídeos Larvas de tênia - cisticercos

Solo poluído com fezes humanas Carne do boi ou do porco

Intestino delgado Vermes adultos se forem


ingeridas pelo homem.
Endemia

Epidemia

Pandemia
Fase Aguda

Sintomas clínicos são mais marcantes (febre alta etc.).

Fase Crônica

Diminuição da sintomatologia clínica e existe um


equilíbrio relativo entre o hospedeiro e o agente
infeccioso.
Hábitat

É o ecossistema, local ou órgão onde determinada espécie ou


população vive. Ex.: o Ascaris lumbricoides tem por hábitat o
intestino delgado humano.
Hospedeiro Definitivo

Hospedeiro Hospedeiro Intermediário

Hospedeiro Paratênico ou de
Transporte
Incidência

É a frequência com que uma doença ou fato ocorre num período


de tempo definido e com relação à população (casos novos,
apenas).

Exemplo: a incidência de piolho (Pediculus humanus) no Grupo


Escolar X, em Belo Horizonte, no mês de dezembro, foi de 10%.
Infecção

Penetração e desenvolvimento, ou multiplicação, de um agente


infeccioso dentro do organismo de humanos ou animais.

Infestação

É o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na


superfície do corpo ou vestes.
Vias de infecção

Principais mecanismos de infecção:


❑Oral Passivo oral - Ascaris lumbricoides.
❑Cutânea Passivo cutâneo - Gên. Plasmodium
Ativo cutâneo - Trypanosoma cruzi
❑Mucosa
Ativo mucoso - T. cruzi
❑Genital Passivo genital - Trichomonas vaginalis
Endoparasito Ectoparasito

Ancylostoma duodenale

Pediculus humanus (piolho)


Hiperparasito

O que parasita outro parasito.

Parasitado por fungos (Sphoerita endogena) ou por


cocobacilos

E. histolytica
Parasitismo e Patogenicidade

Patogenicidade É a habilidade de um agente infeccioso provocar lesões.

Parasitos normalmente Parasitos oportunistas


patogênicos
Só causam danos ao organismo
Causam numerosas doenças em condições especiais

Indivíduos com imunodeficiência


de qualquer natureza
Profilaxia

É o conjunto de medidas que visam a prevenção, erradicação ou


controle de doenças ou fatos prejudiciais aos seres vivos.
DÚVIDAS ???
Tipos de associações

Harmônicas (+)
Quando há beneficio mútuo

Desarmônica (-)
Quando há prejuízo para algum dos participantes
Tipos de associações
Colônias
Harmônicas
Sociedades
Intraespecíficas
Competição
Desarmônicas
Canibalismo

Relações
Inquilinismo
Ecológicas
Comensalismo
Harmônicas
Mutualismo
Protocooperação
Interespecíficas
Amensalismo
Competição
Desarmônicas
Parasitismo
Predatismo
Tipos de associações
Desarmônicas

Os indivíduos de uma população secretam substâncias que inibem o


Amensalismo desenvolvimento de indivíduos de outras espécies.

Fungos secretam substâncias capazes Penicilina


de inibir a atividade de bactérias
Tipos de associações
Desarmônicas

É toda a relação ecológica desenvolvida entre indivíduos de espécies


Parasitismo diferentes, em que se observa, além de associação íntima e
duradoura, uma dependência metabólica de grau variável

Tunga penetrans Tunguíase


Parasitismo
Principais tipos de parasitismo

Acidental

Dipylidium caninum parasitando


humanos.

Errático

Enterobius vermicularis em
cavidade vaginal.
Principais tipos de parasitismo

Obrigatório
Giardia lamblia

Facultativo

Vida livre
Moscas Sarcophagidae
Exemplificando...
Parasitologia Humana
Protozoários Proto - Primeiro Platelmintos Platys - chato
Zoo - Animal Helminto - verme

Trypanosoma cruzi Taenia solium


Parasitologia Humana

Nematelmintos Nema - fio Artrópodes Arthrós - articulação


Helminto - verme pous - podós, pé

Ascaris lumbricoides Pediculus capitis Aedes aegypti.


Regras de Nomenclatura

Se escreve com a primeira letra maiúscula, sublinhado ou em itálico.


Ex: Enterobius

** Binômio que se escreve o


primeiro nome com primeira letra
maiúscula e o segundo com letra
minúscula, sublinhado ou em
itálico.

Ex: Enterobius vermicularis


Ciclo Biológico dos Parasitos

Deixar no momento adequado o Transporte e deslocamento


organismo de seu hospedeiro atual até o novo hospedeiro

Mecanismos Necessários

Migrações por vezes complicadas no


Identificação do novo hospedeiro
interior do novo hospedeiro
Ciclo Biológico dos Parasitos

Monoxeno Heteroxeno

Cada espécie de parasito tem seus próprios hospedeiros

Estenoxenos
Eurixenos
Parasitos
Estenoxenos Eurixenos

Intermediário
Definitivo
Humano

Ascaridíase Teníase
Modos de transmissão

❑Pelo contato pessoal ou objetos de uso pessoal;


❑Pela água, alimentos, mãos sujas ou poeira;
❑Por solo contaminado por larvas;
❑Por vetores ou hospedeiros intermediários.
Diagnóstico

Clínico Laboratorial
Foco natural de uma parasitose

Foco elementar de uma parasitose O controle das endemias exige, em geral


conhecimento :

A área onde circula o parasito ❑ Detalhado das condições locais, em cada foco

Foco natural de uma parasitose ❑ Dos fatores que mantêm sua condição de foco
endêmico

Conjunto de seus focos elementares ❑ Hábitos da população e o comportamento dos


indivíduos que aí vivem

Área endêmica é a região onde uma


parasitose ocorre permanentemente, como a
área de malária na Amazônia.
Ação dos parasitos sobre o hospedeiro

ESPOLIATIVO

É o determinado por perda de substâncias


nutritivas pelo organismo do hospedeiro.

Ancilostomídeo
Ação dos parasitos sobre o hospedeiro

MECÂNICA

Impede o fluxo de alimento, bile ou


absorção alimentar.

Ascaris lumbricoides
Ação dos parasitos sobre o hospedeiro

TÓXICA

Produção de enzimas ou metabólitos que


podem lesar o hospedeiro

Schistosoma mansoni
Ação dos parasitos sobre o hospedeiro

TRAUMÁTICA

É provocada, principalmente, por formas


larvárias de helmintos, embora vermes
adultos e protozoários também sejam
capazes de fazê-lo.
Plasmodium sp.
Ação dos parasitos sobre o hospedeiro

IRRITATIVA

A presença constante do parasito que, sem


produzir lesões traumáticas, irrita o local
parasitado.

Ascaris lumbricoides
Ação dos parasitos sobre o hospedeiro

ANÓXIA

Qualquer parasito que consuma o O, da hemoglobina, ou


produção de anemia, é capaz de provocar uma anóxia
generalizada. Ex. Plasmodium
Os Hábitats de Parasitos no
Organismo Humano

Tubo Digestivo
Sistema Digestório
Fígado e Vias Biliares

Matriz Extracelular do Conjuntivo


Tecido Conjuntivo
As células do conjuntivo

Sangue, Linfa e Líquidos Intersticiais


Relações entre parasito e seu hospedeiro

Quando um parasito tem capacidade de desenvolver-se no


organismo do homem e de outros animais

Dizemos que eles são suscetíveis a tal parasita

Muitas vezes essa condição é apenas teórica Pois nunca se verifica tal infecção

RAZÕES PODEM ESTAR NA EXISTÊNCIA

Barreiras Barreiras
geográficas Barreiras comportamentais
ecológicas
Modificações ou adaptações relacionadas ao parasitismo

Morfológicas Biológicas

Degeneração Capacidade reprodutiva


Hipertrofia Tipos diversos de reprodução
Resistência à agressão do hospedeiro
Resistência natural ao parasitismo

Fagocitose
Regeneração e citratização

Inflamação

É um dos processos mais importantes de toda a


patologia, não só por sua frequência como pelas
modificações que acarreta no meio interno,
marcadas pela saída de líquido e células do
sangue para o interstício.
Resistência natural ao parasitismo

Resistência Resistência
Absoluta Relativa

Parasito não dispõe de mecanismos Em indivíduos mais ou menos


que lhes permitam invadir o resistentes.
organismo de determinada espécie.
Mecanismos inerentes ao
hospedeiro.
Resistência natural ao parasitismo
Resistência Adquirida ou Imunidade

Resposta fisiológica desenvolvida pelo hospedeiro, em função de um contato


atual ou anterior com antígenos parasitários

Tende a impedir ou limitar a implantação dos parasitos

Impedir sobrevivência dos parasitos e multiplicação no


organismo do hospedeiro

Os mecanismos de resistência adquirida estão ligados


fundamentalmente à atividade dos linfócitos e plasmócitos
Exercício de fixação

1. Discorra sobre os diferentes tipos de ação dos parasitos sobre o hospedeiro.

2. Quais são os diferentes tipos Hábitats de Parasitos no Organismo Humano.

3. Quais são as vias de infecção.

4. Discorra sobre resistência natural ao parasitismo.


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Profª MSc. Elvia Jéssica

E-mail: 015100279@prof.uninassau.edu.br

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