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FLAGELADOS SANGUÍNEOS

TRYPANOSOMATIDAE
Professora Luciana Guerim
Tripanosomatidae - Invertebrados

um único flagelo grande distribuição


- Plantas
geográfica
parasitas obrigatórios
- Todas as ordens de vertebrados
monoxênicos de insetos:
Leptomonas, Herpetomonas, Crithidia,
Blastocrithidia e Rhynchoidomonas.
heteroxênicos (insetos e plantas):
Phytomonas.
heteroxênicos (invertebrados e vertebrados):
Leishmania, Endotrypanum e Trypanosoma.

Leishmania sp.
Quando patogênicos, estes organismos são
responsáveis por doenças de grande importância
médica humana e veterinária

- Leishmanioses

- Doença de Chagas

Leptomonas sp. - Tripanossomíases Africana


Trypanosoma cruzi
GêneroTrypanosoma
Tripanossomas Parasitas obrigatórios
T.brucei

Mamíferos
Aves
Vertebrados Répteis
Anfíbios
Peixes

Importância médica (Fonte: Jürgen Bergere Peter Overath, Max Planck


Institute for Developmental Biology, Tübingen.)

- patogênicos
Mamíferos humana
- não patogênicos
veterinária
Gênero Trypanosoma

Secções: Stercoraria Salivaria


Transmissão: contaminativa inoculativa

Subgêneros Subgêneros

Schizotrypanum (T. cruzi) Duttonella (T. vivax)

Herpetosoma (T. lewisi) Pycnomonas (T. suis)

Megatrypanum (T. theileri) Trypanozoon (T. brucei)

(T. evansi)

(T. equiperdum)

Nannomonas (T. congolense)


Morfologia dos tripanossomas
f

Amastigota Promastigota Epimastigota Tripomastigota

intracelular
Ciclo Biológico
Ciclo Biológico
DOENÇA ESPÉCIE VETOR
moscas via transmissão transmissão

Nagana T.b.brucei Glossina spp. inoculativa cíclica


T.congolense Glossina spp. inoculatica cíclica
T.vivax Glossina spp. inoculativa/ cíclica
mecânica acíclica
Doença T.b.gambiense
Do Sono T.b.rhodesiense Glossina spp. Inoculativa cíclica

Surra ou
Mal de T. evansi Tabanídeos mecânica acíclica
Cadeiras

Durina “T. equiperdum” - - coito

Não T.theileri Tabanídeos contaminativa cíclica


patogênico

Doença T.cruzi Triatomíneos contaminativa cíclica


de Chagas
Gênero Leishmania
O parasito
• Parasitas intracelulares obrigatórios de macrófagos.
• Quadros variam de acordo com a espécie de Leishmania, bem como
susceptibilidade genética do vetor e do hospedeiro.
• Há muitas espécies de Leishmania que são morfologicamente
semelhantes.
• Apesar da semelhança morfológica, as diferentes espécies → casos
clínicos distintos → diferem quanto à bioquímica e componentes da
membrana, mecanismos pelos quais os amastigotas sobrevivem e
proliferam são distintos.
• Espécies do gênero Leishmania → divididas em complexos de acordo
com a sintomatologia que causam.
• Há dois sub-gêneros: Leishmania e Viannia.

Promastigota penetrando um macrófago


Sub-gênero Leishmania
Leishmania aethiopica species complex
Espécie Leishmania aethiopica
Leishmania donovani species complex
Espécie Leishmania donovani
Leishmania infantum species complex
Espécie Leishmania infantum
Leishmania major species complex
Espécie Leishmania major
Leishmania cf. major
Leishmania mexicana species complex
Espécie Leishmania amazonensis
Leishmania enriettii
Leishmania mexicana
Leishmania pifanoi
Leishmania tropica species complex
Espécie Leishmania tropica
Etiologia
Sub-gênero Viannia
Leishmania braziliensis species complex
Espécie Leishmania braziliensis
Leishmania colombiensis
Leishmania equatorensis
Leishmania peruviana
Leishmania garnhami
Leishmania guyanensis species complex
Espécie Leishmania guyanensis
Leishmania panamensis
Leishmania shawi
Leishmania lainsoni species complex
Leishmania lainsoni
Leishmania naiffi species complex
Espécie Leishmania naiffi
Leishmania donovani species complex
Espécie Leishmania donovani
Sub-espécie Leishmania donovani archibaldi
Leishmania donovani chagasi
Leishmania donovani donovani
Leishmania donovani infantum
Estágios de desenvolvimento
Em Leishmania spp.
encontram-se dois estágios
de desenvolvimento:
• (a) – Promastigota – o flagelo
emerge da parte anterior da
célula
• (d) – Amastigota – somente o
cinetoplasto é visível. Não há
flagelo.
Formas evolutivas
Amastigota:
• Forma esférica ou oval, tem um flagelo rudimentar. Somente o núcleo e
o cinetoplasto são visíveis à microscopia óptica.
• Dimensões: 2,5 – 5,0 x 1,5 – 2,0 mm.
• Multiplica-se por fissão binária.
• Geralmente encontrados em grupos no interior de macrófagos ou livres
após rompimento destas células.
• Também observados em células do sistema fagocítico mononuclear que
estão presentes na pele, baço, fígado, medula óssea, linfonodos,
mucosa etc...

Amastigota Amastigota
Formas evolutivas
Promastigota
• Formas extracelulares encontradas no intestino dos insetos
• Dimensões variadas: 14,0 – 20,0 x 1,5 – 3,5 mm
• Apresenta flagelo longo alongado sem membrana ondulante (porção
anterior do parasita)
• Núcleo arredondado ou oval, situando-se na região mediana ou
anterior do parasita
• Durante a passagem pelo inseto sofrem um processo de diferenciação
celular, denominado metaciclogênese
Forma promastigota

Promastigota

Promastigota
Promastigota em intestino de flebotomo
Vetor

Lutzomyia
“mosquito palha” ou “birigui”, inseto pequeno com 2 a 3 mm de comprimento

Fonte: http://www.ufrgs.br/para-site/Imagensatlas/Athropoda/Lutzomyia.htm
Ciclo de vida
• Ciclo de vida heteroxeno.
• Transmitido por flebotomíneos hematófagos (Lutzomyia longipalpis e
Phlebotomus spp.), também denominado de mosquito palha. São
pequenos, vivem em solo úmido em áreas de matas ou florestas. A
fêmea se alimenta de sangue de animais silvestres e/ou domésticos e
de humanos.
• Saliva do inseto → componentes que tem atividade anti-inflamatória,
anti-coagulante, vasodilatadora e imunossupressora (interfere com a
atividade microbicida dos macrófagos → auxilia na disseminação do
parasita.
• Gênero Lutzomyia (América Central e do Sul) – principal espécie – L.
longipalpis
• Gênero Phlebotomus (Europa, Ásia e norte da África)
Ciclo Biológico
1. Mamíferos são infectados
com promastigotas
metacíclicos quando são
picados pelo vetor
(flebotomíneos)
2. Promastigotas fagocitados
por macrófagos →
amastigotas.
3. Amastigotas → repetidos
ciclos de fissão binária
dentro do macrófago.
4. Amastigotas liberados →
novo ciclo replicativo em
outros macrófagos
Ciclo Biológico
5. Quando transferidos para o
inseto → promastigotas →
promastigotas prociclicos.
Promastigotas procíclicos →
fissão binária →
metaciclogênese →
promastigotas metacíclicos
6. Promastigotas metacíclicos
→ aderem ao epitélio
intestinal do inseto, para
não serem excretados →
fissão binária. Migram então
para o esôfago e faringe do
inseto e se aderem aos
hemidesmossomos.
Leishmaniose
• Em humanos, leishmaniose pode ser
• Visceral (calazar)
• Cutâneo-mucosa
• Cutânea difusa
• Cutânea

• Estima-se que cerca de 15 milhões de pessoas estejam infectadas, há


aparecimento de 500.000 casos novos e 59.000 mortes por ano.

Leishmaniose cutânea difusa Leishmaniose cutânea


Lesões

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