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MEDICINA de

Pró-Reitoria – Campus de
Graduação
Augustinópolis
Pró-Reitora: Alessandra Ruita
Parasitologia
Parasitismo é toda relação ecológica desenvolvida entre indivíduos de
espécies diferentes, em que se observa, além de associação íntima e
duradoura, uma dependência metabólica de grau variável.

O termo parasito, e não parasita, parece ser o mais correto, quando nos
referimos ao espoliador, na relação biológica de parasitismo.

Atualmente considera-se que parasitas devem evoluir em direção à


virulência reduzida, pois patógenos virulentos apresentam maiores
probabilidades de levarem seus hospedeiros e eles próprios à extinção.

A virulência é assim considerada estágio primitivo da associação


parasita-hospedeiro.
Interesse médico na Parasitologia

Identificação
(diagnóstico)

Biologia
Relação
(patologia,
parasito x
tratamento,
hospedeiro
transmissão
(prognóstico)
e controle)
Definição de Coevolução

O termo foi utilizado pela primeira vez por Ehrlich e Raven (1964) na
descrição sobre influências que plantas e insetos herbívoros têm sobre
a evolução um do outro.

Não há um acordo geral sobre sua definição (Futuyma e Slatkin 1986).

Roughgarden (1976): Evolução na qual a adaptabilidade de cada


genótipo depende das densidades populacionais e da composição
genética da própria espécie e da espécie com a qual interage.

Jansen 1980: Evolução de uma característica de uma espécie em


função de uma característica de outra espécie.
Coevolução parasita x hospedeiro

PARASITISMO: Presumimos que os hospedeiros evoluam defesas mais efetivas e que os


parasitas podem evoluir maior virulência.

Se o parasita deve, contudo, ser transmitido de um hospedeiro vivo para outro, um menor
grau de virulência pode evoluir porque a morte antecipada de um hospedeiro pode resultar
na morte dos parasitas antes de serem transmitidos.

FINKELMAN, Fred D. et al. Cytokine regulation of host defense against parasitic


gastrointestinal nematodes: lessons from studies with rodent models. Annual review of
immunology, v. 15, n. 1, p. 505-533, 1997.
• Quatro generalizações podem ser feitas:
• 1. As células T CD4 + são críticas para a proteção do hospedeiro;
• 2. IL-12 e IFN-γ inibem a imunidade protetora;
• 3. IL-4 pode: ( a ) ser necessária para proteção do hospedeiro, ( b ) limitar a gravidade da infecção, ou ( c) induzir
mecanismos de proteção redundantes;
• 4. Algumas citocinas que são produzidas estereotipicamente em resposta a infecções por nematoides
gastrointestinais não aumentam a proteção do hospedeiro contra alguns dos parasitas que provocam sua produção.
Meu sonho é ser
MUTUALISTA
Degeneração :Perda de
asas
Adaptações Parasita X

Morfológica
Hipertrofia: aumento
das estruturas de
hospedeiro

fixação

Variedade nas
Alta fecundidade
estratégias reprodutivas
Biológicas
Resistência à reposta Tropismo: busca por
imune do hospedeiro cond. amb. ideais
(antiquinase)
Tipos de hospedeiro

Definitivo/Intermediário: Caso o Vertebrado/Invertebrado: Caso o


parasitismo exija mais de um parasitismo exija mais de um
hospedeiro, entende-se que hospedeiro, mas as formas sexuadas
hospedeiro definitivo é aquele onde se não existem ou estão presentes em
desenvolvem as formas sexuadas do ambos hospedeiros (Leishmania spp.)
parasito (Taenia saginata)

Vetor: Todo o organismos que


transmite um patógeno; a maioria dos
vetores são artrópodes e também são
parasitos (Culex sp.)
Vetor Mecânico: o parasito é disseminado por transporte
mecânico simples;

Vetor Biológico: o parasito necessita realizar parte de seu ciclo


no vetor;

Portador: Indivíduo susceptível a um patógeno, manifestando a


parasitíase em maior (sintomático) ou menor grau (oligo ou
assintomático) (Trichomonas vaginalis e o homem);

Reservatório: Indivíduo onde o parasito permanece viável, sem


causar a doença (Trypanosoma cruzi e o gambá)
Ações do parasita sobre o hospedeiro

Mecânica: Obstrução ou compressão dos tecidos do hospedeiro (Ascaris


lumbricoides);

Tóxica/Imunológica: Liberação de substâncias com ação tóxica ou que


induzem a reações de hipersensibilidade (Plasmodium falciparum);

Espoliativa: Consumo direto dos tecidos do hospedeiro (Ancylostoma


duodenale);

Contaminativa : Transmissão de doenças infecciosas; é geralmente


realizada por vetores (Pediculus humanus)
https://ashpublications.org/blood/article/130/8/1031/369
57/Syk-inhibitors-interfere-with-erythrocyte-membrane
https://doi.org/10.1016/0166-6851(95)02575-8
Número de hospedeiros

Monoxênico: Parasito com Heteroxênico: Parasito com


apenas um hospedeiro mais de um hospedeiro
(Trichuris trichiura); (Trypanosoma cruzi);
Adaptações parasita x hospedeiro
Especificidade (determinação complexa): Característica as vezes difícil de ser
determinada em virtude das diferentes possibilidades de adaptação entre parasitos e
novos hospedeiros, também muito influenciadas pelas condições do ambiente.

● Estenoxênico (Necator americanus): é o que parasita espécie de vertebrados


muito próximas

● Oligoxênico (Echinococcus granulosus): afetam hospedeiros específicos,


famílias ou gêneros próximos.

● Eurixênico (Toxoplasma gondii): é o que parasita espécie de vertebrados


muito distinta.
Ciclo de vida do parasito

Monoxênico: Ciclo Heteroxênico: Ciclo


Autoxênico: Ciclo
onde parte das onde parte das
onde todas as
formas evolutivas do formas evolutivas do
formas evolutivas do
parasito são parasito são
parasito são
encontradas em um encontradas
encontradas em
hospedeiro e a outra diferentes
apenas um
parte no ambiente hospedeiros
hospedeiro
(Ascaris (Schistosoma
(Sarcoptes scabei)
lumbricoides) mansoni)
Permanência do hospedeiro
Temporário: Parasito Periódico: Parasito onde
onde uma das formas uma das formas
evolutivas espolia evolutivas espolia
temporariamente o continuamente o
hospedeiro (Pulex hospedeiro
irritans); (Plasmodium malariae);

Permanente: Parasito
onde todas as formas
evolutivas espoliam o
hospedeiro (Enterobius
vermicularis)
Evolução do ciclo parasitário
Acidental: Organismo que pode se tornar
parasito sob condições especiais (Naegleria
fowleri)

Facultativo: Organismo que pode alternar


ciclos de vida livre com ciclos parasitários
(Strongyloides stercoralis)

Obrigatório: Organismo em cujo ciclo


sempre ocorre parasitismo (Dermatobia
hominis).
Exigência nutritiva e localização do parasito

Estenotrófico: Euritrófico:
Ectoparasito:
Nutre-se de Nutre-se de
Atua apenas
apenas um mais de um tipo
sobre a pele ou
tecido de tecido
na epiderme
(Anopheles (Cochliomyia
(Pthirus pubis)
darlingi) hominivorax)

Endoparasito:
Atua sobre as
mucosas e
tecidos internos
(Trichinella
spiralis)
Tipos de desenvolvimento

Infecção: relacionado com endoparasitismo;

Infestação: relacionado com ectoparasitismo;

Parasitíase: doença causada pelo parasito;

Período pré-patente (PPP): vai da infecção até a eliminação das


formas de contaminação parasitária, identificáveis laboratorialmente.
Reprodução do parasito

Assexuada Sexuada

Metagênese
Resistência Natural ao Parasitismo
Resistência absoluta: quando determinado parasito não dispõe de mecanismos
que lhe permitam invadir o organismo de determinada espécie, ou quando não
encontram nesta as condições exigidas por seu metabolismo e desenvolvimento
(todos os membros da espécie são igualmente resistentes);

Resistência relativa: e varia quanto ao seu grau de eficiência, havendo então


indivíduos mais e outros menos resistentes.

Resistência natural : quando as barreiras que se opõem ao parasitismo existem


independentemente de qualquer contato anterior com o parasito e são comuns a
todos os indivíduos da mesma espécie (genética).
Resistência Adquirida ou Imunidade

É a resposta fisiológica
desenvolvida pelo
• Individual
hospedeiro, em função de
• Não herdada (resposta individual/presença de genes
um contato atual ou específicos)
anterior com os antígenos • Sugestão de leitura : Thymic stromal lymphopoietin contributes
parasitários, sendo de tal to protection of mice from Strongyloides venezuelensis infection
ordem que tende a impedir by CD4+ T cell-dependent and -independent pathways.
ou limitar a implantação • Koida, Atsuhide; Yasuda, Koubun; Adachi, Takumi; Matsushita,
dos parasitos, ou sua Kazufumi; Yasuda, Makoto; Hirano, Shigeru; Kuroda,
Etsushi. https://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/mdl-
sobrevivência, ou então 33819747
sua multiplicação no
organismo do hospedeiro.
Atividade em TBL

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