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Mecanismos Básicos
Identificação (diagnóstico)
Biologia (patologia, tratamento, transmissão e controle);
Relação parasito x hospedeiro (prognóstico).
Tipos de hospedeiros
MODALIDADES DE PARASITISMO
Em relação ao número de hospedeiros
Monoxeno;
Heteroxeno;
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PARASITOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
O conjunto de fatores de importância no estudo dos determinantes e da frequência de uma
doença parasitária, à nível local, regional e mundial.
São fatores de importância neste campo:
I. Distribuição geográfica;
II. Mecanismos de transmissão;
III. As formas parasitárias infectantes;
IV. Presença ou não de reservatórios;
V. Se a infectividade ou virulência são influenciadas por faixa etária, sexo ou raça;
VI. Veículos de transmissão: água, alimentos, fômites;
Endemia: é quando determinada infecção tem sua transmissão mantida em determinada área de
forma regular em relação ao número de casos esperado.
Em relação à localização:
Ectoparasito;
Endoparasito
Definitivo
Intermediário
Em relação ao vetor:
Biológico
Mecânico
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PARASITOLOGIA
ECTOPARASITOS
Insetos
Ácaros
ANOPLUROS: (PIOLHOS)
PEDICULOSE
Agente etiológico: Pediculus humanus capitis (mais frequente em residências, escolas e asilos)
Pediculus humanus corporis (menos frequente devido ao hábito da troca de roupa para dormir)
Ação parasitológica → através da picada para efetuar a hematofagia;
Modo de transmissão → contágio direto;
Hospedeiro e fonte de infestação → homem
Dispersão → idade e sexo não influenciam;
Distribuição geográfica → cosmopolita
Diagnóstico: procura e identificação dos adultos ou lêndeas
Sinais e sintomas: prurido intenso, erupções papulos, infecção microbiana, impetigo;
Tratamento: despiolhamento com inseticidas ou xampu, sabão e loção. Imposição de medidas de
higiene, educação sanitária e corte de cabelo;
FITROSE
Agente etiológico: Phthirus pubis
Características: corpo robusto, tórax e abdome fundidos; apêndices com garras;
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PARASITOLOGIA
TUNGOSE
Agente etiológico: tunga penetrans
Uma outra pulga de importância médica;
Pulga cosmopolita
Promove reação inflamatória com ponto preto central
Desenvolve-se em locais arenosos quentes e secos com lixo rico em material orgânico
(praias, chiqueiros e estábulos.
São exclusivamente hematófagas.
Nome popular: bicho de pé;
DÍPTEROS (MOSCAS)
Dípteros são insetos que pertencem à ordem Diptera, onde se incluem os mosquitos e moscas
Holometábolos com fases de ovo, larva, pupa e adulta.
Um par de asas desenvolvimeda e o segundo par reduzido.
Corpo com cabeça, tórax e abdome.
Um par de antenas;
Corpo robusto;
Apresentam cores metálicas com listras.
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PARASITOLOGIA
Miíases: São infestações em vertebrados vivos, incluindo homem, por larvas de dípteros,
particularmemente que pelo menos em uma parte de seu ciclo se mantêm em tecidos vivos ou
mortos ou de líquidos corporais, com lesões decorrentes destas invasões.
CAVITÁRIA
BICHEIRA
Infestação por larvas de Cochliomyia hominivorax
Nome popular: bicheira
Apresenta um aspecto clínico característico, com as larvas em grande quantidade movimentando-
se dentro da ulceração e um odor fétido.
Tratamento: lavar a lesão com solução fisiológica e clorofórmio 10% e retirar as larvas com
auxílio de uma pinça, proteger a lesão com pomada (fibrinolítica e antibiótica) e curativos para
evitar a reinfestação.
FURUNCULAR
BERNE
Dermatobia hominis
Tratamento: Asfixia das larvas aplicando no orifício éter, clorofórmio ou oclusão com pomada ou
esparadrapo por 24 horas para a retirada do berne com auxílio de uma pinça ou com leve
espremedura do nódulo.
Procedimento cirúrgico em caso de impossibilidade de espremedura ou asfixia.
ÁCARO
ESCABIOSE (SARNA HUMANA)
Agente etiológico: ácaro Sarcoptes scabiei
Ação parasitológica: lesão cutânea
Diagnóstico:
Critérios:
1.
2. Sintomatologia
3. Topografia
4. Lesões cutâneas
5. Epidemiologia
Sintomas: prurido noturno
Deslocamento do parasito na galeria
Sensibilidade do hospedeiro ao ácaro e ou seus produtos
Poderá ocorrer dor e infecções. Interdígitos das mãos, face interna dos punhos, antebraço,
cotovelos, axilas, mamas, região periumbilical, nádegas, face interna das coxas e ausência na
face e pescoço.
Lesões cutâneas: túnel escabiótico (pequena pápula linear), nódulos castanhos pruriginosos (no
dorso, nádegas, pernas e no pênis e escroto em crianças e adultos.
Epidemiologia: Lactentes → adquire a parasitose através do contágio com que os manuseia.
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PARASITOLOGIA
PARASITOS E INFECÇÕES
Parasitos: amebas, giárdias e vermes intestinais.
Micróbios ou microorganismos: vírus, bactérias e fungos.
Patogênico → infecções alimentares e intoxicação alimentar
Nao Patogênico → altera textura, sabor, cor e odor dos alimentos.
Métodos de controle
Manejo integrado
1. Métodos culturais: remoção dos resíduos, manipulação dos fatores ambientais, colocação
de telas em portas e janelas, acondicionamento adequado dos alimentos;
2. Métodos temporários: aplicação de produtos químicos, uso de armadilhas, uso de inimigos
naturais, parasitóides e entomopatógenos.
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PARASITOLOGIA
PROTOZOÁRIOS
Reino protista: Sub-reino Protozoa
Formas e dimensões
Trofozoitas: fase do protozoário no qual ele se alimenta e se reproduz por diferentes processos.
Cisto ou oocisto: são formas de resistência ao ambiente onde se encontram. Eles secretam uma
parede que protege o protozoário de agressões do meio.
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PARASITOLOGIA
Cisto: podem conter (nos tecidos) formas de latência (de baixa atividade metabólica) ou serem
encontrados em fezes dos hospedeiros;
Gameta: é a forma sexuada que ocorre em espécies do filo apicomplexa por convenção o
macrogameta é o feminino e o micro é o masculino.
As investigações sobre a biologia dos protozoários são de interesse doutrinário e prático porque é
do conhecimento sobre o seu metabolismo intermediário que se pode alcançar novos ...
Reprodução: os protozoários podem se reproduzir pela via assexuada ou sexuada onde há troca
de material genético entre organismos diferentes.
Blastocystis hominis
Morfologia é influenciada por fatores extrínsecos como alterações osmóticas, presença de drogas
e metabolismo.
Aparecem como estruturas de forma esférica a ovais semelhantes a cistos. Eles variam
consideravelmente no tamanho, consistem de um corpo central ou vacúolo, circundado por uma
fina camada de citoplasma contendo até seis núcleos. Os vacúolos coram-se de vermelho a azul
pelo tricômio. Os cistos possuem paredes finas ou espessas.
O cisto de paredes espessas presente nas fezes pode ser o responsável pela transmissão
externa, possivelmente por via fecal-oral através da ingestão de água ou alimentos contaminados.
Os cistos infectam as células epiteliais do trato digestivo e se multiplicam assexuadamente.
AMEBÍASE
É uma infecção por Entamoeba histolytica. Esta é uma espécie que produz doença invasiva. A
manifestação mais característica é a disenteria. Raramente pode causar manifestações extra-
intestinais como abscesso hepático, pulmonar ou cerebral.
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PARASITOLOGIA
A OMS recomenda a utilização de métodos específicos para diferenciá-la das outras espécies
morfologicamente idênticas.
Amebíase e amebas
Distribuição:
Cosmopolita ligada à pobreza. Maior frequência na Ásia, África e América Latina. Na América do
Sul é rara a doença.
Transmissão:
Fecal-oral: veiculado por água e alimentos contaminados com cisto (mais comum);
Fecal-oral: direto, relacionado à má higiene pessoal – comum em presídios, asilos e
hospitais de doentes mentais.
Sexual: maior prevalência em homens que fazem sexo com homens (20-30% são
portadores de E.dispar)
Por meio de vetores contaminativos (mecânicos).
Características morfológicas
Trofozoitos: são pleomórficos, com 1 núcleo com cariossoma central e cromatina periférica
delicada, movimento por pseudópodes. Nas formas invasivas há hemácias no citoplasma e
bactérias.
Cistos: são esféricos com 1 a 4 núcleos e parede cística. No interior dos cistos imaturos podem
ser vistos corpos cromatoides (ribossomos). Formas de resistência e perpetuação do parasita.
Apenas os cistos maduros são infectantes.
Ciclo:
1ª Fase: colonização.
Portador assintomático
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PARASITOLOGIA
Colite amebiana
Parasita: invasão da mucosa, adesão ao epitélio por meio das lectinas, secreção de amebaporos,
cisteino-proteinases.
Diagnóstico
Pesquisa de cistos nas fezes moldadas (método de flutuação) e trofozoitas nas fezes diarreicas
recentes (colher as fezes em meio conservante).
Teste imunológico para diferencias E.dispar de E. Histolytica (ELISA para diferenciar a lectina de
adesão).
Tratamento
Sintomáticos – imidazólicos.
Profilxia
Higienizar os alimentos
Tratar a água usada para beber e prepapar alimentos
Saneamento básico
Educação para a saúde;
Eliminar vetores contaminativos
Naegleria fawleri produz doença aguda, no sistema nervoso central e geralmente letal –
meningoencefalite amebiana primária.
Acanthamoeba spp. e Balamuthia mandrillaris são amebas de vida livre oportunistas capazes de
causar encefalite amebiana granulomatosa e em indivíduos hígidos ou com o sistema imunológico
comprometido.
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PARASITOLOGIA
GIARDÍASE
Giardia spp
Giardia lamblia
Os cistos possuem formato ovoide a elipsoide; os 4 núcleos estão presentes nos citos maduros.
As fibrilas centrais também podem ser visualizadas.
Sinais e sintomas
Trofozoitos multiplicam por divisão binária longitudinal, mantendo-se no lúmen do disco de sucção
ventral.
Encistamento ocorre com o trânsito de parasitas para o cólon. Como os cistos são infecciosos, a
transmissão de pessoa e pessoa é possível.
Animais – reservatórios?
Aspectos patogênicos
Sintomas
Assintomáticos
Sintomáticos:
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PARASITOLOGIA
Complicações:
Histopatologia
Ciclo de transmissão
Exame de fezes
Exame de fluido duodenal e histologia
Imunoensaios enzimáticos
Diagnósticos moleculares
Controle
TRICOMONÍASE
Trichomonas vaginalis
Parasitose cuja transmissão decorre da promiscuidade, contato entre pessoas e seus objetos de
uso pessoal.
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PARASITOLOGIA
T hominis: intestino
Epidemiologia
Os trofozoitos são piriformes, possuem 4 flagelos livres anteriores e 1 posterior com membrana
ondulante. Realizam divisão binária. O habitat natural é o trato urogenital.
Transmissão:
Sexual
Água de banho, roupas molhadas, sanitárias, etc.
Patologia
A infecção não se estabelece em vaginas normais – facilitada por alterações da flora bacteriana,
aumento do pH, descamação excessiva, etc.
Forma sintomática: mais comum em mulheres: vaginite, vulvovaginite e cervicite. Corrimento, forte
prurido, ardor.
Diangóstico
Mecanismos de patogenicidade
Efeito citopático.
Processo inflamatório das células epiteliais – secreção branca e sem sangue (leucorreia) –
descamação do epitélio que pode levar à ulceração.
Relação parasita-hospedeiro
Cosmopolita
Doença venérea
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PARASITOLOGIA
Trichomonas tenax
Cosmopolita.
Morfologia semelhante a T vaginalis
Habitat: cavidade bucal (tártaro)
Não é patogênico
Transmissão pela saliva.
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