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Introdução à

Parasitologia
Prof. Esp.: Anny C. G.
Granzoto

1
O que é parasitologia?
É o estudo dos parasitas ou doenças parasitárias,
métodos de diagnóstico e controle de doenças
parasitárias. Relação íntima e duradoura entre
indivíduos de duas espécies distintas a nível histológico.
Na maioria dos casos um organismo (o hospedeiro) passa a
constituir o meio ecológico onde vive o outro (o
parasito).”

Grupos estudados
Protozoários
Helmintos
Artrópodes

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OBJETIVO

Conhecer o parasitismo num


contexto ecológico e como forma
de relação entre os seres vivos.

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Parasitismo
É toda associação desenvolvida entre
indivíduos de espécies diferentes, em
que se observa além de associação
íntima e duradoura, uma dependência
metabólica de grau variado, onde um
organismo não só vive às custas de
outro organismo, mas depende
bioquimicamente deste.
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Origem do parasitismo
Evolução de uma associação onde um
organismo menor foi beneficiado com
proteção e obtenção de alimento.

Parasito ⇝ agressor
Hospedeiro ⇝ organismo que alberga
o parasito

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“ A doença parasitária é um acidente que
ocorre em consequência de um
desequilíbrio entre hospedeiro e o
parasito.”

(NEVES, 1991)

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Hospedeiro: é um organismo que
alberga o parasito.

• Natural fonte obrigatória


• Acidente ou ocasional não obrigatória

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Âmbito da Parasitologia

Servir de fundamento para patologia,


diagnóstico, terapêutica, epidemiologia
e profilaxia das doenças parasitárias.

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Interesse médico na parasitologia
IDENTIFICAÇÃO
 diagnóstico
BIOLOGIA
 patologia
 transmissão
 tratamento
 controle
RELAÇÃO PARASITO X HOSPEDEIRO
 prognóstico

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Importância do estudo da
parasitologia
• Brasil :
55,3% crianças parasitadas
51% poliparasitadas

consequências

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• O parasitismo pode causar
incapacidade funcional

• A doença parasitária pode levar à


morte

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• As doenças parasitárias são freqüentes
na população mundial

• Alguns parasitos representam grave


problema de saúde pública

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Dados importantes para estudar
a parasitologia

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Para que uma parasitose se
instale e se propague ...
• É necessário condições favoráveis (temperatura, umidade,
altitude), indispensáveis exigidas pela espécie parasita,
compondo o FOCO NATURAL DA DOENÇA.
• Potencial biótico elevado
• Baixas condições de vida
• Deficiência de higiene
• Presença de hospedeiro susceptível
• Migrações humanas

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Ano Total Pop. Urbana % Pop. rural %

1940 41.000.000 13.000.000 30 28.000.000 70

1970 93.000.000 82.000.000 56 41.000.000 44

1996 157.000.000 124.000.000 78 33.000.000 22

2000 170.000.000 138.000.000 80 32.000.000 20

Fonte : IBGE

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Mecanismo de
transmissão
saúde pública
Para haver a “transmissão“ de um parasito
são necessários:
Ex.: E. histolytica
Fonte de infecção  portador assintomático
Forma infectante  cistos
Veículo de transmissão  água e alimentos
contaminados
Via de penetração  boca

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Portas de entrada do parasito
• Contaminação direta no ambiente
• Inoculação por insetos transmissores
• Inoculação por objetos
• Contato com outras pessoas
• Alimentação :
 carne
 verduras
 água

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URBANIZAÇÃO DA
SOCIEDADE

O êxodo rural, motivado pela forte


concentração de renda, pela inexistência de
uma política agrícola séria e pela não
execução da reforma agrária, tem “inchado”
desordenadamente as cidades de pequeno,
médio e grande porte.

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Mecanismos de transmissão
de parasitoses

 Fecal – Oral (ingestão);


 Congênito;
 Sexual;
 Pele
• penetração ativa de larvas;
• vetorial (inoculativa e contaminativa);

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Fatores envolvidos na
propagação de doenças

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“Sob o ponto de vista parasitológico, veremos
que são nas classes mais baixas que os
parasitos encontram campo fértil para,
paulatinamente, sugarem a saúde física e
mental da população. Crianças e adultos se
transformam em seres improdutivos, sendo
causas e consequências do
subdesenvolvimento. Apáticos, não são capazes
de buscar ou exigir uma mudança da estrutura
social e sanitária reinante [...] Por isso, nessas
situações, não se pode jamais pensar em
“descaso das autoridades”. [...]
O desequilíbrio social, a falta de serviços
sanitários, a falta de oportunidades e a falta de
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escolas existem pela omissão da população, que
Causas que contribuem para o
aumento das parasitoses
• Crescimento desordenado das cidades criando os
chamados cinturões de pobreza com elevada densidade
populacional em estado de confinamento

• Condições de vida e higiene das comunidades

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• Hábitos e costumes das pessoas
• Falta de: abastecimento de água
esgotos
coleta de lixo
tratamento dos dejetos..

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• Moradia inadequada
• Salários insuficientes
• Nutrição deficiente
• Educação insuficiente

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Fatores envolvidos no controle
integrado de doenças

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Por que as doenças parasitárias
estão associadas à pobreza, à
fome, ao analfabetismo e a
injustiça social?

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A transmissão dos enteroparasitos
está diretamente relacionada com
as condições de vida e higiene das
comunidades urbanas e rurais

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A alta prevalência de parasitos entre as
populações de baixo nível sócio-econômico
é resultante do padrão de vida, de higiene e
de educação, os quais, são inadequados e
deficientes.

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A erradicação de parasitoses intestinais
requer melhorias das condições sócio-
econômicas, no saneamento básico e
na educação sanitária, além de
mudanças de certos hábitos culturais.

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“O tipo de sociedade organizada por nós
e as condições ambientais e sanitárias
implementadas é que permitem a
proximidade e o afastamento das
espécies nocivas.
Poderíamos dizer que as parasitoses são
doenças criadas pelos próprios humanos,
ou seja, elas são doenças decorrentes de
nossa ação ou omissão”

Neves, 2009
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Modalidades de parasitismo
Em relação ao número de hospedeiros:

Monoxênico ↪parasito com apenas 1 hospedeiro


Ex.: Trichomonas vaginalis

Heteroxênico ↪parasito com mais de um hospedeiro.


Ex.:Toxoplasma gondii

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Em relação ao habitat
• Normal

• Errático ou ectópico ↪ vive fora do seu habitat


normal

• Obrigatório ↪ é aquele incapaz de viver fora do


hospedeiro. Ex.: T. gondii

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Em relação ao tipo de hospedeiro:

 H. Definitivo: possui o parasito em fase adulta ou


fase de atividade sexual Ex.: Gato ( T. gondii)


H. Intermediário: possui o parasito em fases
larvárias ou fase assexuada

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Em relação ao ciclo do parasito
• Autoxênico↪ ciclo onde todas as formas evolutivas do
parasito são encontradas em apenas um hospedeiro
( Sarcoptes scabei - sarna)
• Monoxênico ↪ ciclo onde parte das formas evolutivas do
parasito são encontradas em um hospedeiro e a outra parte
no ambiente ( T. vaginalis)
• Heteroxênico ↪ ciclo onde parte das formas evolutivas do
parasito são encontradas diferentes hospedeiros
( Schistosoma mansoni )

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Tipos de Vetores
 Vetor ⇨ é um artrópode, molusco ou veículo capaz de
transmitir o parasito entre dois hospedeiros.
 Biológico⇝quando além de ser transmitido, o parasito tb se reproduz
ou se desenvolve no vetor. Ex.: Barbeiro
• Mecânico ⇝quando o parasito não se multiplica nem se desenvolve
no vetor, este simplesmente serve de transporte.
• Inanimado ou fômite ⇝ quando o parasito é transportado por objetos,
tais como lenços, seringas, espéculos, talheres, etc. Ex.: T. vaginalis

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Relação Parasito- Hospedeir
equilíbrio da vida

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Associações entre os animais
Os animais nascem, crescem, reproduzem-se,
envelhecem e morrem, porém a espécie:
• Adapta-se
• Evolui
• Permanece como população ou grupo

Assim, muitas espécies passam a conviver num mesmo


ambiente, gerando associações que podem ser:
Harmônica ou positiva
Desarmônica ou negativa

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Formas de interação entre os
seres vivos
Harmônica ou positiva  há benefício mútuo
ou ausência de prejuízo mútuo

Desarmônicas  prejuízo para alguns dos


participantes

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Tipos de Associações entre os
Animais

- Competição;
- Canibalismo;
- Predatismo;
- Parasitismo;
- Comensalismo;
- Mutualismo;
- Simbiose. harmônicas

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Onde se localizam os parasitos?
• Sobre o corpo ECTOPARASITOS

• Dentro do corpo ENDOPARASITOS

• No ambiente ( formas de resistência ou


formas de vida livre dos parasitos)

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Localização

• Ectoparasito↪ atua apenas sobre a pele ou na


epiderme ( Pediculus humanus humanus)

• Endoparasito ↪ atua sobre as mucosas e tecidos


internos ( Trichinella spiralis - helminto que vive
mergulhado na mucosa duodenal )

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Tipos de desenvolvimento
• Infecção ( relacionado com endoparasitismo)
“ penetração e desenvolvimento, ou multiplicação, de um
agente infeccioso no homem ou animal”
( inclusive vírus, bactérias, protozoários e helmintos)

• Infestação ( relacionado com ectoparasitismo )


“ é o alojamento, desenvolvimento e reprodução de
artrópodes na superfície do corpo ou vestes”

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Ação do parasito
sobre o hospedeiro
AÇÃO PATOGÊNICA

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Ação dos parasitos sobre o
hospedeiro

“Nem sempre a presença de um


parasito em um hospedeiro indica
que está havendo ação patogênica
do mesmo.”
(NEVES, 1991)

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Equilíbrio da relação parasito-
hospedeiro depende...

Espécie do parasito
Idade
Estado nutricional
Condições sanitárias,
Nível de resposta imunitária do hospedeiro

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Ação dos parasitos sobre o
hospedeiro
Ação espoliativa
Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo
sangue do hospedeiro. Ex.: hematofagismo dos
triatomídeos ou de mosquitos, Giardia no duodeno
Ação tóxica
É resultante quer seja da produção de metabólitos
por algumas espécies que podem lesar o hospedeiro
ou da inoculação, introdução no organismo de
secreções dos parasitos.
Ex.: Plasmodium libera substâncias responsáveis pela febre

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Ação expoliativa

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Ação mecânica
Algumas espécies podem impedir o fluxo natural de
alimento, bile ou absorção alimentar do hospedeiro.
Ex.: Ascaris “atapetando” o duodeno.
Ação traumática
Quando há lesão de células ou tecidos por meios
mecânicos ou químicos do parasito. Ex.: rompimento das
hemácias pelo plasmódio; lesões da mucosa intestinal do IG pela ameba

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Ação mecânica:
obstrução intestinal pelo Ascaris

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Ação irritativa
Presença constante do parasito que, sem produzir
lesões traumáticas, irrita o local parasitado. Ex.:
lábios dos A. lumbricoides na mucosa intestinal.

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Problemas associados às
parasitíases
• Dermatites
• Gastrenterites
• Parasitemias
• Linfopatias
• Cardio e miopatias
• Neuropatias
• Doenças crônicas ( portadores )
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Nenhum ecossistema é permanente, há uma
sucessão de comunidades e de fatos, até que se
apresente estável onde uma ou várias espécies
apresentam desenvolvimento máximo, em perfeito
equilíbrio com o resto do ambiente.

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Períodos da interação
parasito-hospedeiro
Durante a interação parasito-hospedeiro,
existem diversos períodos que se iniciam
com a infecção do hospedeiro e terminam
com sua cura ou morte.

Estes períodos podem ser....

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Períodos Clínicos e
Parasitológicos

Clínicos
Parasitológicos
período de incubação período pré-patente
sintomático período patente
Latente subpatente

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• Período pré-patente (PPP): período que decorre entre a infecção e
o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente
infeccioso.
Obs.: não consegue identificar o parasito logo após a infecção. Ex.:
esquistossomose PPP aprox. 43dias após a penetração da cercária
p/ o aparecimento de ovos nas fezes
 Período patente: período no qual o parasito pode ser facilmente
demonstrável por qualquer método laboratorial
 Período subpatente: período em que a presença é difícil de ser
demonstrada.

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Glossário

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Termos técnicos usados na
parasitologia
Agente etiológico
É o agente responsável pela origem da doença
Antroponose
Doença exclusivamente humana. Ex.: filariose
Antropozoonose
Doença primária de animais, que pode ser transmitida dos
animais. Ex.: brucelose, sendo o homem um hospedeiro
acidental.

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Epidemiologia
É o estudo da distribuição ( idade, sexo, raça, geografia)
e dos fatores determinantes ( fatores de risco) da
frequência de cada doença ( tipo de patógeno, meio de
transmissão)
Fonte de infecção
Pessoa, coisa ou substância da qual o agente infeccioso
passa diretamente a um hospedeiro.
Ex.: carne com cisticerco

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Infecção
Ocorre penetração e desenvolvimento ou multiplicação
do agente infeccioso dentro do organismo de humanos
ou animais (bactérias, vírus, protozoários)

Infestação
Ocorre alojamento, desenvolvimento e reprodução de
artrópodes na superfície do corpo ou vestes.

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Parasitemia
É o número de parasitos no sangue.

Patogenicidade
A habilidade do agente infeccioso provocar lesões.

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Patogenia
Mecanismo de ação do agente patogênico.
Período de incubação
Período decorrente entre o tempo da infecção
(exposição ao agente) e o aparecimento dos
primeiros sintomas.

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 Portador ⇨ hospedeiro infectado que alberga o
agente infeccioso, sem manifestar sintomas, mas
capaz de transmiti-lo a outrem, neste caso
portador assintomático.
 Profilaxia
É o conjunto de medidas que visam a prevenção,
controle ou erradicação das doenças parasitárias.

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Reservatório
Qualquer ser vivo ou matéria orgânica inanimada
onde vive e se multiplica um agente infeccioso,
sendo vital para este a presença de tais
reservatórios e sendo possível a transmissão para
outros hospedeiros (OMS). Também é relacionado
com a capacidade de manter a infecção, sendo esta
pouco patogênica para o reservatório. Ex.: barbeiro
que aloja em seu organismo o T. cruzi.

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Zoonose
Doenças e infecções que são naturalmente
transmitidas entre animais vertebrados e o homem.
Ex.: doença de Chagas
Zooantroponose
Doença primária do homem, que pode ser
transmitida aos animais. Ex.: esquistossomose

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Com esses conceitos...
Explica o porquê dos parasitos não se
distribuírem ao acaso nas várias
regiões do globo, uma vez que existe
especificidade parasitária e mesmo
dentro do hospedeiro, o parasito possui
o órgão de eleição.

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Atividade em grupo 4 pessoas...
1. Estabelecer conceitos para os seguintes termos:
1. Parasitologia
2. Parasitismo
3. Parasito
4. Hospedeiro
5. Vetor
 Deverá ser formulada uma frase contendo os 5 conceitos que
deverá ser entregue por escrito
1. Cite 5 medidas profiláticas que podem ser adotadas
para o combate de parasitoses.
BOM TRABALHO !!!

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Classificação dos
seres vivos e
regras de
nomenclatura

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Devido ao grande número de seres vivos
existentes na natureza para serem
estudados, esses foram agrupados conforme
morfologia, fisiologia, estrutura, filogenia
(relacionamento da espécie estudada com outros
menos evoluídos ou fósseis), etc.. Esse
agrupamento obedece a leis e possui um
vocabulário próprio.
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Classificação
É a ordenação dos seres vivos em classe, baseando-se
no parentesco, semelhança ou ambos.
Nomenclatura
É a aplicação de nomes distintos a cada uma das
classes reconhecidas numa dada classificação
Taxonomia ou sistemática
É o estudo teórico da classificação, incluindo as
respectivas bases, princípios, normas e regras.
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Taxonomia é a ciência que visa
identificar as espécies

A taxonomia de Lineu (1758) classifica as coisas vivas em uma


hierarquia, começando com os Reinos.
Reinos são divididos em filos.
Filos são divididos em classes, então em ordens, famílias,
gêneros e espécies e, dentro de cada um em subdivisões.

Categorias taxonômicas
“Reino feito com ordem faz gerar esperança.”
Reino→ filo→ classe→ ordem→ família→ gênero→ espécie

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Classificação regras internacionais
de nomenclatura zoológica
Espécie
É uma coleção de indivíduos que se assemelham entre si e
capazes de se cruzarem dando origem a filhos férteis
( mesmo patrimônio genético)- nomenclatura binominal
Gênero
Quando várias espécies apresentam caracteres comuns para
reuni-las num grupo, dá-se a esse grupo o nome de gênero.
Um gênero pode possuir várias espécies.

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• Reino: categoria superior da classificação científica dos organismos.
• Filo: agrupa classes afins.
• Classe: agrupa ordens relacionadas filogeneticamente, distinguíveis das
outras por características marcantes.
• Ordem: agrupa famílias relacionadas filogeneticamente, distinguíveis
das outras por características marcantes.
• Família: reúne gêneros semelhantes.
• Gênero: agrupamento de espécies semelhantes, próximas
• Espécie: é uma coleção de indivíduos que se assemelham tanto entre si
como os seus ascendentes e descendentes (mesmo patrimônio genético)

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Regras de nomenclatura
zoológica
 A nomenclatura das espécies deve ser escrito em latim ou
idioma latinizado.
 Todas as espécies devem ter dois nomes, o 1º referente ao
gênero e o segundo à espécie. É o sistema binominal
criado por Lineu.
 O nome do gênero deve ser escrito com inicial maiúscula
e o nome da espécie deve ser escrito com inicial
minúscula, mesmo quando for nome de pessoa.

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 Estas palavras devem estar sempre em destaque
(itálico ou negrito) ou grifadas
 Quando a espécie possui subgênero, essa virá entre o
gênero e a espécie, separado por parênteses
Ex.: Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi
 Quando possuir subespécie, esta palavra virá seguida
à da espécie sem nenhuma pontuação
Ex.: Anopheles (Nyssorhynchus) albitarsis domesticus

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Exemplos...
Trichuris trichiura
G e
Culex pipiens fatigans
G e sb
Anopheles ( kerteszia) cruzi
G sG e

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Regras de nomenclatura
Para que se possa reconhecer a que nível da
classificação corresponde o nome dado a um
agrupamento, adotou-se fazer com que a
terminação do nome em cada nível seja diferente.
Categoria sufixo exemplo
Reino ......... Protista
Filo -a Sarcomastigophora
Classe -ea Lobosea
Ordem -ida Amoebida
Família -idae Endamoebidae
Gênero ........ Entamoeba
Espécie ........ E. histolytica 83
Nomenclatura das doenças
parasitárias
 Existe grande controvérsia quanto à terminação das
palavras indicadoras de doenças parasitárias.
 Os sufixos OSE, ÍASE e ASE (ou indicam doença) tem
sido usados indiscriminadamente, gerando dúvidas.
 Para normatizar a grafia alguns pesquisadores
apresentaram um trabalho no qual sugerem que dos três
sufixos agrega-se ose para designar doença ou infecção.
Ex.: toxoplasmose, ascariose, pediculose

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SERÁ QUE VOCÊ
ENTENDEU?
1) A sequência hierárquica das categorias taxonômicas é:

a) Ordem, classe, filo, gênero, espécie


b) Filo, classe, família, ordem, gênero
c) Gênero, família, ordem, filo, classe
d) Filo, classe, ordem, família, gênero
e) Filo, ordem, família, classe, espécie

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2) Sobre as regras de nomenclatura, marque um X na(s) alternativa(s)
correta(s):

a) Para que se possa reconhecer a que nível da classificação corresponde o


nome dado a um agrupamento, adotou-se fazer com que a terminação
em cada nível seja diferente, sendo que a categoria FILO possui como
sufixo –idae, e a FAMÍLIA possuem o sufixo –a.
b) A nomenclatura das espécies deve ser escrito em grego ou em destaque
do texto.
c) O nome do gênero deve ser escrito com inicial minúscula e o nome da
espécie deve ser escrito com inicial maiúscula.
d) O sufixo OSE agrega-se para designar família.
e) Todas as alternativas estão incorretas.
 

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Classificação dos parasitos
segundo os modos de
transmissão
Esta classificação possibilita um
entendimento global do relacionamento
dos parasitos com os humanos e o meio
ambiente, facilitando o estudo dos
aspectos epidemiológicos e profiláticos
de cada um.

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Parasitos transmitidos pelo contato pessoal
ou objetos de uso pessoal:
Ex.: S. scabiei

Parasitos transmitidos pela água, alimentos,


mãos sujas ou poeira:
Ex.: E. histolytica, G. lamblia, A. lumbricoides,
cisticercose, etc…

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Parasitos transmitidos por solo contaminado
por larvas:
A. duodenale, N. americanus, S. stercoralis

Parasitos transmitidos por vetores ou


hospedeiros intermediários:
Leishmania sp., T. cruzi, Plasmodium sp.,
S. mansoni, T. solium, T. saginata,

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