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25/01/2021

Distribuição da matéria:
Transporte nas plantas
Evolução das plantas

Briófitas: musgos Pteridófitas: fetos Gimnospérmicas: Angiospérmicas:


Plantas sem flor- Plantas com flor
e hepáticas
pinheiro

Plantas sem semente Plantas com semente: há ( cerca de 360 M.a)

Plantas avasculares Plantas vasculares ( há cerca de 420 M.a)

Ancestral plantas terrestres: Clorófitas ( algas verdes) ( há cerca de 475 M.a)

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Briófitas, plantas avasculares


Hepáticas

Musgos
Plantas pouco diferenciadas, não apresentam tecidos condutores, tecidos especializados no transporte de
materiais. A aquisição de água faz-se por osmose e de substâncias por difusão direta, de célula a célula).
Apresentam pequenas dimensões ( na ordem dos cm) e vivem em locais húmidos, na dependência da água.

Plantas vasculares

Gimnospérmicas (pinheiro)

Pteridófitas (fetos)
Plantas diferenciadas em raiz , caule e folha. Apresentam um
complexo sistema de transporte de água e solutos- tecido
vascular, especializado na translocação de seivas: água e
substâncias dissolvidas- seiva bruta e substâncias orgânicas
produzidas pela fotossíntese- seiva elaborada. Angiospérmicas (plantas com flor)

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Transporte nas plantas


Xilema ou lenho
( tecido traqueano) Floema ou líber
( tecido crivoso)

Xilema ou lenho, tecido especializado na Floema ou líber, tecido especializado na translocação


translocação de soluções inorgânicas ( água e de soluções orgânicas ( água e substâncias orgânicas) –
sais minerais dissolvidos)- seiva bruta ou xilémica. seiva elaborada ou floémica .

Xilema
- Translocação da seiva bruta ou xilémica;

- Sentido de translocação da seiva: ascendente, da


raiz para a folhas;

- Células especializadas no transporte :


Elementos de vaso e traqueideos
Elementos de vaso e traqueidos são células cilíndricas ,mortas
na maturidade, apresentam paredes laterais com espessamento
de lenhina, substância impermeabilizante, anucleadas , sem
citoplasma e com perfurações nas paredes transversais.

Além dos elementos condutores , do xilema fazem parte, ainda,


fibras lenhosas, células alongadas , mortas , com
espessamentos de lenhina e, cuja função é conferir suporte/
sustentação ao tecido e parênquima lenhoso, células vivas com
função de reserva .

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Xilema
Fibras
xilémicas

Poros
paredes laterais
Traqueideos

Paredes
transversais Elemento de
perfurações vaso

Xilema: representação esquemática das principais células


que constituem o tecido xilémico.

Floema
- Translocação da seiva elaborada ou floémica;

- Sentido de translocação: ascendente e descendente, dos


locais de produção- folhas, para os locais de consumo/ Placa
reserva, tipicamente, raiz e frutos. crivosa
Células de
- Células especializadas no transporte: Células crivosas companhia
Células
são células vivas desprovidas de citoplasma e núcleo, sem crivosas
espessamento de lenhina e, cujas paredes transversais, providas de
orifícios, constituem placas crivosas. Estas células de forma cilíndrica
ligam-se entre si topo a topo formando tubos crivosos.

Do floema fazem parte , ainda, células de companhia, células vivas


com atividade importante no funcionamento dos tubos crivosos e
fibras floémicas e parênquima floémico, cujas funções são de suporte
e reserva, respetivamente.

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Floema
Fibras folémicas Placa Placa crivosa Células
crivosa crivosas

Células do
parênquima
floémico
Células do
Células de parênquima
Células companhia floémico
crivosas

Células de
companhia

Folema: representação esquemática das principais células


que constituem o tecido floémico.

Xilema Floema

Seiva floémica, sentido de


deslocação faz-se dos órgãos
Seiva xilémica, sentido de produtores ( folhas) para os órgãos
deslocação ascendente, da raiz de consumo ou reserva ( raiz e
para as folhas frutos). Assim , o sentido da seiva é
descendente ou ascendente ( se se
localizam frutos superiormente aos
órgãos de produção ( folhas)

Água e sais minerais Água e sacarose

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Absorção de água e de solutos pela planta

Ca+ Absorção radicular:


H2O

H+ água - osmose
iões minerais- transporte
H+
K+ H2O ativo ou difusão.
Ca+ Na+

Pelo radicular
Partículas do
solo

A água e os solutos minerais necessárias ao metabolismo das plantas são adquiridos pelo sistema radicular. A
existência de pelos radiculares ( expansões das células epidérmicas da raiz) aumenta a área de absorção,
aumenta a superfície de contacto entre a planta e a solução do solo e, consequentemente a eficácia do
fenómeno de absorção .

Transporte no xilema
Como ascende água na planta?
Que forças fazem deslocar a seiva xilémica contra a gravidade?
A
Sucção
Partindo da impossibilidade de um líquido ascender num tubo, que tipo de
ações/ forças devem ser exercidas ( de sucção= aspiração ou pressão= empurrão)
de modo a fazer subir o liquido no tubo?

Esta situação permite compreender o fundamento de duas hipóteses para


explicar o movimento da seiva bruta:

Hipótese da pressão radicular ( a raiz “pressiona” ou “ empurra”


a seiva bruta no sentido ascendente.
H2O

B Pressão Hipótese da Tensão-Adesão-Coesão ( as folhas “ sugam” ou “


aspiram” a seiva bruta que circula no xilema.

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Transporte no xilema
Hipótese da pressão radicular Tubo de
vidro
Seiva
Mercúrio xilémica
+ Tubo de
H+ K H2O borracha

K+
Ca+ H2O
Na+ H+

Pelo radicular Dispositivo experimental: pressão radicular


Partículas do
solo

Pressão radicular, força que motiva a água desde a solução do solo até células da raiz; Pressão gerada
ao nível da raiz em consequência do fenómeno de absorção de água. É esta pressão que força a água a
subir no xilema.

Transporte no xilema
Hipótese da pressão radicular
Plasmodesmos

H2O Xilema Floema Endoderme


Epiderme
Gradiente crescente de pressão osmótica

Transporte ativo
de iões
A pressão radicular é um fenómeno gerado pela diferença de potencial osmótico ( pressão osmótica) entre as
células da raiz e a solução do solo. O gradiente crescente de pressão osmótica no sentido do xilema/raiz é
mantido pelo transporte ativo de iões.

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Transporte no xilema
Hipótese da pressão radicular
Movimento de água
Osmose
menor maior
potencial Células da raiz Solução do solo potencial
em água em água
Em geral: Em geral:
maior pressão osmótica menor pressão osmótica
maior [S]/ solução hipertónica menor [S]/ solução hipotónica

A captação e acumulação contínua de iões ( por difusão simples ou transporte ativo) aumenta o
potencial osmótico ( pressão osmótica) nas células da raiz.
conduz…

a entrada de água por osmose para a s células da raiz

a entrada de água na raiz gera uma pressão que faz com que a seiva bruta ascenda no xilema.
Hipótese da pressão radicular
Transporte no xilema

Evidências

Gutação

Gutação, em determinadas circunstâncias , quando a pressão radicular é muito elevada, o


excesso de água é libertado sob a forma de gotas pelos bordos das folhas.

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Hipótese da pressão radicular


Transporte no xilema

Evidências

Exsudação
Exsudação, saída de água na superfície de corte, quando se efetuam podas tardias em plantas
como a videira.

Transporte no xilema
Hipótese da Tensão- Adesão- Coesão
Vapor de água

Transporte por osmose


Transporte por evaporação
Espaço intracelular/ lacuna

Vapor água

transpiração foliar
Esta hipótese admite a
como causa do movimento de água no xilema.

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Transpiração
Transporte no xilema: Hipótese

O vapor de água difunde-se através dos estomas para o


da Tensão- Adesão- Coesão

exterior, onde a pressão de vapor de água é menor-


transpiração.
A transpiração foliar cria uma tensão no mesófilo das folhas
que “ obriga” a água a sair do xilema para as células do
mesófilo-Tensão.
Xilema

Devido às forças de coesão e adesão, as moléculas


de água mantém-se unidas- coesão e aderem às paredes
dos vasos xilémicos - adesão, formando uma coluna
contínua de água, desde a raiz até às folhas.

A ascensão de água cria um défice de água no xilema da


raiz que motiva a absorção água pelas células da raiz.

Absorção

Transporte no xilema
Hipótese da Tensão- Adesão- Coesão
Menor potencial
hídrico

Translocação de água no xilema é motivado por um


Gradiente de potencial hídrico entre as raiz e
as folhas.

Há um fluxo passivo de água desde as regiões de maior


potencial hídrico- raiz, para a s regiões de menor potencial
hídrico- folhas.

Maior potencial
hídrico

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xilema
Floema

Folha
Epiderme superior/ cutina
Feixe vascular Mesófilo
(Xilema/floema) (tecido clorofilino)

Epiderme inferior

H2O
Células-guardas ou
Células oclusivas
ostíolo

Estomas, são especializações celulares da epiderme dos órgãos aéreos ( folhas e caules jovens),
envolvidos na transpiração e na troca de gases entre a planta e a atmosfera.

Controlo da transpiração foliar: estomas


Células guardas
Ostíolo
ou oclusivas
Células da epiderme/ células anexas

Vista de topo

Vista frontal
( em corte)
Câmara estomática
Células do mesófilo
clorofilino

Representação esquemática de um estoma

As células guardas dos estomas são estruturalmente diferentes das restantes células epidérmicas. Não possuem
cutícula ( depósito de cutina, substância impermeabilizante), possuem cloroplastos e espessamento
diferenciado nas paredes celulares: as paredes celulares voltadas para o ostíolo são mais espessas do que
as paredes celulares opostas, sendo estas mais elásticas, em estado de turgescência das células guardas.

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Controlo da transpiração foliar: estomas

Célula túrgida Célula plasmolisada


estoma aberto estoma fechado

A quantidade de água perdida por transpiração é controlada pelos estomas.


O mecanismo de abertura e fecho dos estomas é condicionado pelo grau de turgescência das células
guardas: células túrgidas- abertura dos estomas; células plasmolisadas - fecho dos estomas,
que por sua vez é condicionado por diversos fatores, entre os quais, iões, CO2, pH, luz.

Controlo da transpiração foliar: estomas


Mecanismo de abertura e fecho dos estomas
K+
Fluxo de iões das células Fluxo de iões K+ das
anexas para as células células guardas para as
guardas, por transporte ativo células anexas, por difusão

Aumento da concentração Diminuição da concentração


de soluto/ p. osmótica nas de soluto/ p. osmótica nas
células guardas células guardas

Entrada de água por osmose Saída de água por osmose


com aumento da pressão com diminuição da pressão
de turgescência e, Estoma aberto Estoma fechado
de turgescência e,
consequentemente…. consequentemente….

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Transporte no Floema: Hipótese


do fluxo de massa

A hipótese do fluxo de massa admite que a seiva floémica/ seiva elaborada se movimenta devido a um
gradiente de concentração de sacarose entre os locais de produção – folha, para os locais de
consumo ou reserva- raiz, frutos.
Transporte no Floema: Hipótese
do fluxo de massa

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