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DISTRIBUIÇÃO DE MATÉRIA NAS É transportada no floema ou líber;

A movimentação da seiva floémica no interior


PLANTAS da planta é designada translocação;
- Os seres vivos efetuam, com o meio externo, O transporte é bidirecional – é translocada em
trocas constantes de materiais que utilizam no ambos os sentidos.
metabolismo celular, eliminando os produtos
residuais daí resultantes.
- Nos seres multicelulares complexos, a maior
parte dos tecidos não está em contacto com o
meio externo, o que inviabiliza os processos de
troca direta. Nestes organismos, onde se inclui
a maioria das plantas e dos animais, existem
sistemas especializados de transporte que
asseguram a distribuição de substâncias por
todas as células desses organismos.

DISTRIBUIÇÃO DE MATÉRIA NAS PLANTAS TECIDOS VASCULARES:


AVASCULARES E NAS PLANTAS VASCULARES - Os tecidos vasculares (xilema e floema)
- Existem plantas vasculares e avasculares. apresentam vários tipos de células:
- As plantas avasculares são aquelas que não Células especializadas no transporte de
possuem tecidos especializados na condução substâncias;
de substâncias (ex: musgos). Nestas plantas, a Fibras – células geralmente mortas e com
água movimenta-se por osmose através da sua paredes impregnadas de lenhina que oferecem
superfície, continuando dessa forma o trajeto sustentação e resistência;
no seu interior. Os produtos resultantes da Células parenquimatosas – células vivas e
fotossíntese e os sais absorvidos com a água pouco diferenciadas.
movimentam-se por difusão e transporte ativo - XILEMA - tecido responsável pelo transporte
entre as células das plantas. de seiva bruta, da raiz para todas as áreas da
- As plantas vasculares possuem tecidos planta, num único sentido. Constituído
condutores - dois tipos de tecidos essencialmente por células mortas.
especializados no transporte de substâncias: É constituído por quatro tipos de células:
xilema e floema. - Elementos do vaso e tracoides: células mortas
onde circula a água e os sais minerais.
- Fibras lenhosas: células com função de
suporte (células mortas).
- Parênquima lenhoso: tecido formado por
Plantas avasculares células vivas com a função de reserva.
(Musgos)

TECIDOS CONDUTORES:
- Numa planta vascular existem dois tipos de
fluidos (seivas) que circulam em tecidos
condutores específicos:
- SEIVA XILÉMICA OU SEIVA BRUTA – é - FLOEMA - Tecido responsável pelo transporte
constituída por água (99%) com sais minerais da seiva elaborada, das folhas para as restantes
dissolvidos; estruturas da planta, em ambos os sentidos.
É transportada no xilema ou lenho; Constituído essencialmente por células vivas.
O transporte é unidirecional até as folhas, É constituído por quatro tipos de células:
flores e frutos. - Células do tubo crivoso: células vivas onde
- SEIVA FLOÉMICA OU SEIVA ELABORADA – é circula a água e os solutos orgânicos ligadas
entre si, topo a topo, pela placa crivosa com
uma solução aquosa açucarada (até 30% de
sacarose), com outras moléculas orgânicas; orifícios através dos quais comunicam.
- Células de companhia: células vivas
associadas às dos tubos crivosos, com as quais
interagem para ocorrer o movimento de
materiais do floema.
- Fibra: células com função de suporte (células
mortas).
- Parênquima: tecido formado por células vivas
com a função de reserva.
- Nota: A raiz possui pelos radiculares que
aumentam a área de superfície da raiz em
contacto com o solo.

TRANSPORTE DA SEIVA XILÉMICA:


- Quando a água e os sais minerais atingem o
xilema, constituem seiva bruta que é
transportada passivamente até às folhas.
Existem duas hipóteses que explicam o
movimento da seiva bruta: Hipótese da pressão
radicular e Hipótese da tensão-coesão-adesão.

- O xilema e o floema formam feixes - Modelo da pressão radicular - A elevada


condutores com arranjos distintos nos pressão osmótica das células da raiz, causada
diferentes órgãos da planta: pelo transporte ativo de iões, provoca o
Raiz: feixes condutores simples (cada feixe movimento da água por osmose do solo para as
possui apenas xilema ou floema) e alternos. células, até ao xilema.
Caule: feixes condutores duplos (cada feixe A acumulação de água nas células gera uma
possui xilema e floema) e colaterais pressão ao nível da raiz – pressão radicular –
(encontram-se lado a lado). que provoca a ascensão da seiva bruta nos
Folha: feixes condutores duplos e colaterais. vasos xilémicos.

- Evidências:
Exsudação: saída de água e sais minerais
quando se realiza um corte no caule junto ao
solo.
Gutação: saída de água por aberturas
existentes nas folhas.

ABSORÇÃO DE ÁGUA E SAIS MINERAIS PELA - Limitações:


RAIZ: Os valores da pressão radicular não são
- A maior parte da água e dos sai minerais suficientes para explicar a ascensão da água até
necessários para as atividades da planta são ao topo das árvores de grande altitude.
absorvidos pelo sistema radicular. Existem espécies de plantas que não
- O meio intracelular das células da raiz é apresentam pressão radicular.
hipertónico relativamente ao exterior, devido à
entrada de iões por transporte ativo, pelo que - Modelo da adesão-coesão-tensão - De acordo
a água tende a entrar por osmose. com esta hipótese, o movimento da água do
- O transporte ativo de iões continua até ao solo para a raiz, e da seiva bruta para o xilema
xilema, criando um gradiente osmótico que é desencadeado pela transpiração que ocorre
provoca o movimento da água por osmose (até nas folhas, através dos estromas.
ao xilema).
1. A energia solar provoca a transpiração ao 4. A pressão de turgescência provoca o
nível das folhas através dos estomas. movimento da seiva elaborada de uma célula
2. Esta transpiração cria um défice de água do tubo crivoso para a seguinte, e assim
junto às folhas, que origina uma tensão sucessivamente, até aos locais onde a sacarose
(pressão xilémica negativa), semelhante a uma é convertida em glicose para ser utilizada ou
sucção. armazenada. Esta passagem final ocorre por
3. Cria-se um gradiente de pressão ao longo da transporte ativo.
planta (menor no topo, maior na raiz) que 5. Á medida que a sacarose sai dos tubos
provoca a entrada de água para a raiz e faz a crivosos, a pressão osmótica diminui e a água
seiva ascender regressa ao xilema por osmose.
4. Devido a forças de coesão e adesão, as
moléculas de água mantêm-se unidas umas às
outras (coesão) e aderem às paredes dos vasos
xilémicos (adesão), formando uma coluna
contínua.

- Versão resumida: O movimento da seiva


elaborada ocorre graças a um gradiente de
concentração da sacarose entre uma fonte e o
local de consumo.

- Quanto maior a taxa de transpiração, maior o


défice de água, o que origina uma maior
tensão. Quanto maior for a tensão, mais rápida
será a ascensão da seiva bruta.

TRANSPORTE DA SEIVA FLOÉMICA:


- Ao nível das folhas produz-se matéria
orgânica através da fotossíntese que necessita
de ser distribuída por toda a planta.
- Modelo do fluxo de massa sob pressão - A
seiva elaborada está sob pressão e pode
deslocar-se em todas as direções, com
velocidades variáveis, de acordo com as
necessidades metabólicas da planta.
1. A glicose produzida na fotossíntese é
transformada em sacarose.
2. A sacarose passa das folhas para as células
de companhia e destas para as células do tubo
crivoso, por transporte ativo.
3. O aumento da concentração de sacarose nas
células do tubo crivoso provoca a entrada de
água por osmose do xilema, nestas células,
ficando túrgidas.

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