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Biologia 10º ano

Betty Fernandes
2020/2021
Para que as plantas consigam realizar a fotossíntese, precisam
que a água e os sais minerais sejam transportados do solo até
às folhas e que os compostos produzidos neste processo
sejam transportados das folhas para os restantes tecidos das
plantas.

Plantas aquáticas/ musgos/ plantas de pequenas dimensões


que vivem em locais húmidos- não necessitam de sistemas de
transporte, uma vez que quase todas as células realizam a
fotossíntese, e como estão em contacto com o ambiente
aquoso, obtêm água e trocam facilmente gases. Translocação- movimento de seivas ao longo dos vasos
condutores.
Plantas não vasculares- (musgo) Plantas muito pequenas e que
vivem em habitats húmidos e sombrios não necessitam de Tanto o xilema como o floema são constituídos por feixes de
tecidos especializados para o transporte de substâncias, pois as células de forma cilíndrica, dispostas topo a topo.
suas células que não estão em contacto direto com a água, Estes feixes condutores são a associação de vasos condutores
obtém água e nutrientes, por osmose e difusão, e apresentam disposições diferentes consoante o órgão da
respetivamente- característica primitiva. planta onde se localizam.

Plantas vasculares- plantas maiores que possuem tecidos


clorofilinos (fotossintético) e tecidos condutores.
especializados no transporte de substâncias (agua e sais
minerais)
As trocas gasosas são realizadas através de pequenas
aberturas na epiderme das folhas – os estomas.

Tecidos especializados no transporte

As plantas vasculares possuem tecidos especializados no


transporte:
 Xilema/lenho- transporta a seiva bruta/xilémica
desde a raiz (responsável pela absorção) até às folhas-
fluxo unidirecional;
 Seiva bruta: água e sais minerais dissolvidos;
 Floema/líber/ tecido crivoso - transporta seiva
elaborada/floémica desde as folhas/ órgãos
fotossintéticos até locais de consumo (todas as partes Xilema/ lenho- Seiva bruta
da planta, em especial zonas de crescimento) ou desde
locais de armazenamento (principalmente raízes e Tecido que auxilia na sustentação dos tecidos aéreos da planta.
caules subterrâneos) até os locais de consumo – fluxo
bidirecional. O xilema é constituído por células mortas que perderam,
 Seiva elaborada: compostos orgânicos (solução total ou parcialmente, as suas paredes de topo
aquosa de sacarose) resultantes da fotossíntese e (transversais), facilitando assim a passagem dos fluidos.
água. Deste modo, os vasos xilémicos assemelham-se a tubos
longos e muito finos. As paredes laterais possuem zonas Geralmente há uma maior concentração de soluto nas células
mais espessas, de lenhina. da epiderme da raiz do que na solução do solo.
Composto por 2 tipos principais de A água entra por osmose nas células da raiz.
células mortas:
 Traqueídos- presentes em algumas Pelos radiculares presentes nas
plantas gimnospérmicas (pinheiro) e raízes- prolongamentos das
fetos; células epidérmicas, que
aumentam a superfície de
absorção e, como tal, a eficiência
na captação de água do solo.

É o facto de planta tornar os


tecidos radiculares hipertónicos
(maior concentração de sais-
devido ao transporte ativo)
relativamente ao solo que lhe permite o transporte de água
por osmose do solo para o xilema, devido à diferença de
concentrações dos dois meios.

 Elementos de vaso- evolutivamente mais A manutenção de um gradiente de concentração, desde as


recentes e eficientes; os vasos células mais periféricas da raiz até ao xilema, provoca a
apresentam, um maior diâmetro; as passagem da água, por osmose, para os seus vasos. Uma vez
extremidades de contacto entre as no interior do xilema da raiz, a água e os solutos ascendem até
células podem ser totalmente dissolvidas, às folhas.
formando um tubo oco mais eficaz no
transporte.
 Angiospérmicas (plantas com flor) - o Teorias explicativas da ascensão da seiva bruta ao longo do
transporte de seiva bruta processa-se xilema:
principalmente nos elementos de  Hipótese da Pressão Radicular;
vaso.  Tensão- Coesão- Adesão.

Hipótese da pressão radicular…

Existe uma concentração muito alta de


As únicas células que não estão mortas são as células da solutos na raiz, oque provoca a
parede celular, que permitem formar um tubo contínuo. entrada de água por osmose para o
interior das células numa corrente que
se estabelece até ao xilema.
O transporte de seiva bruta (xilema)…
Nesse local gera-se, assim, uma
elevada pressão de turgescência que
A absorção da água e sais minerais (seiva bruta) processa-se força a água a movimentar-se nos
ao nível das raízes. vasos xilémicos.
Nesta ocorre o transporte de sais minerais para o interior do
xilema, por:
 A pressão criada ao nível das raízes é a fonte impulsionadora
 difusão facilitada-Por vezes, os iões estão em
do movimento.
concentração elevada na solução do solo, pelo que
entram nas células da raiz por difusão facilitada.
Confirmada através dos fenómenos de:
 ou por transporte ativo-as raízes das plantas podem
 gutação em plantas de pequeno porte (ex: morangueiro)
acumular iões nas suas células, em concentrações
Durante os períodos noturnos, não ocorre fotossíntese e
dezenas de vezes superiores às da solução do solo, por
as plantas não perdem água por transpiração.
transporte ativo.
Se o solo estiver muito húmido pode ocorrer acumulação
de água e iões nas células da raiz gerando-se uma
pressão radicular que transportada a água para as folhas
sob pressão, acabando por sair por orifícios nelas Estomas- poros que se localizam na epiderme foliar e que
existentes. cuja abertura é regulada pelas células de guarda,
permitindo a troca de gases.
 Exsudação- quando as plantas são podadas pode-se
verificar a saída de seiva bruta, o que indica que a seiva que
está em circulação se encontra sob uma pressão muito
ligeira.

Experiência

Explique porque pode o


modelo representado na
figura medir a pressão
radicular na planta.
R: A acumulação de água e
iões ao nível da raiz
pressiona os fluidos a As trocas gasosas processam-se pelos estomas: as folhas
ascender no caule. O captam CO2 e libertam O2 (subproduto da fotossíntese).
dispositivo permite medir Durante estas trocas, ocorre a perda de água para a
essa pressão pois associa um atmosfera por transpiração, sob a forma de vapor de água.
manómetro logo acima da
raiz. O movimento da água no xilema explica-se pela pressão
radicular e também pela combinação das três forças: tensão,
A Hipótese da Pressão Radicular não explica totalmente a coesão e adesão.
ascensão da água, porque: Estas forças permitem manter uma corrente de transpiração:
 é incapaz de explicar o transporte nas árvores de • Quanto mais rápida for a transpiração ao nível das
elevadas dimensões; folhas, mais rápida será a ascensão de seiva xilémica.
 As coníferas não apresentam pressão ao nível das • Quanto maior for a superfície foliar, maior será a taxa
raízes; de transpiração.
 Strasburger provocou a ascensão de água em caules
que não se encontravam ligados a raízes.

Tensão- Coesão-Adesão…

Principal mecanismo responsável pelo transporte de seiva


bruta.

Hipótese Tensão-coesão-adesão: sempre que ocorre gasto


de água nas folhas (consumida/transpirada), gera-se uma
pressão negativa nos espaços entre as células
fotossintéticas, associada à coesão da água. Esta força vai
«puxar» as moléculas dos vasos do xilema mais próximo,
onde a pressão hidrostática é maior.
Devido à coesão entre moléculas de água e à sua adesão às
paredes celulares dos vasos xilémicos, estabelece-se uma
coluna hídrica, que culmina na formação de uma tensão ao
nível das raízes (défice hídrico), possibilitando a absorção
radicular e a manutenção do transporte de água.
 Baseia-se na pressão negativa criada ao nível das folhas
resultante da perda de água por transpiração pelos
estomas, como força impulsionadora do movimento.
Tensão… xilémicos, pode interromper a continuidade da coluna de
A perda de água por transpiração gera uma pressão água num vaso xilémico, impedindo a translocação da seiva
negativa, ao nível do mesófilo foliar (tensão). bruta.
O défice de água ao nível do mesófilo provoca a
movimentação de água, por osmose, dos vasos condutores
para os tecidos envolventes.
Coesão…
As moléculas de água tendem a formar pontes de
hidrogénio entre si o que confere coesão das moléculas de
água.
Assim, quando uma molécula se desloca dos vasos para o
mesófilo, provoca a ascensão de uma coluna de água coesa
ao longo do xilema.
Adesão…
A adesão das moléculas de água às paredes dos vasos
xilémicos favorece a manutenção desta coluna

A ascensão da coluna de água conduz a um défice de água


no xilema da raiz, oque favorece a sua entrada do solo para
as células desde a raiz até ao xilema.

Estes movimentos de água não exigem dispêndio de energia


metabólica por parte da planta, permitindo o transporte de
iões dissolvidos na água.

Dispositivo experimental: Tubos capilares com


diferentes diâmetros internos foram inseridos
em água, à mesma profundidade e na vertical.
O resultado está representado na figura.
Comíferas- classe de plantas, como o pinheiro,
que produzem fruto em forma de cone.
Explique os resultados, tendo em conta as
propriedades da molécula da água, resultantes
de ser uma molécula polar. Controlo da transpiração- cutícula cerosa…
O tubo de vidro também é constituído por moléculas O facto da água nem sempre ser abundante no meio faz com
polares, tal como a água. A afinidade entre a água e a que as plantas desenvolvam uma cutícula cerosa,
superfície do tubo provoca a subida das moléculas de água impermeável à água de modo a controlar a transpiração para
pela parede interna de vidro, com a qual as moléculas de sobreviverem nesses ambientes secos.
água estabelecem pontes de hidrogénio. Graças à atração Esta cutícula permite a adaptação da planta em ambientes
das moléculas de água umas pelas outras, elas mantêm-se terrestres e encontra-se nas folhas e caules.
unidas. Assim, as que sobem no tubo arrastam consigo
outras, elevando o nível de água.
Este fenómeno físico designa-se capilaridade e resulta das Abertura dos estomas…
interações entre as forças de adesão (das moléculas de
água às paredes do tubo) e de coesão (das moléculas de A maioria das plantas:
água entre si).  estomas abertos- durante o dia, de modo a manter a taxa
moderada de fotossíntese;
Fatores ambientais que podem afetar a taxa de  fator que influência a abertura: reduzida concentração
transpiração estomática, conduzindo a variações da de CO2;
velocidade de translocação da seiva bruta: temperatura,  estomas fechados- à noite, evitando perdas de água.
humidade do solo e a humidade do ar.
 Atmosfera seca-as taxas de transpiração tendem a
aumentar devido a um maior gradiente entre a
pressão do vapor existente na atmosfera e a pressão
do vapor existente no interior da câmara estomática.
 A formação de bolhas de ar no interior do xilema,
provocado por fatores como a transpiração excessiva,
a falta de água no solo ou a perfuração dos vasos
Floema/líber/ tecido crivoso- seiva elaborada Recorreu-se a insetos que se alimentam de seiva elaborada,
afídios. Estes possuem um estilete que perfura os tecidos da planta
Confere suporte à planta; e alcança os tubos crivosos, alimentando-se de compostos
açucarados.
Possui numerosos tubos crivosos, constituídos por células
Como no tubo crivoso a pressão é mais elevada, a seiva sobe até ao
vivas cujas paredes de topo se designam placas crivosas, por estilete e penetra no tubo digestivo do afídio.
serem muito perfuradas. Possui ainda células de companhia. Esta pressão que se verifica no floema forma uma gota na região
do ânus do afídio.
Constituído: Desta experiência conseguiram retirar amostras de seiva elaborada.
 Células de companhia
Seiva elaborada: açucares (sacarose), aminoácidos,
hormonas, iões, nucleótidos…
 O transporte de seiva elaborada no floema é
bidirecional (em sentido ascendente ou descendente,
das folhas para os órgãos de consumo ou se reserva,
 Células do tubo crivoso- células vivas altamente localizados acima ou abaixo delas).
especializadas que formam um longo tubo;
 Células unidas umas às outras apresentando nas Através da fotossíntese, a planta produz compostos
paredes das suas extremidades orifícios que lhes orgânicos (açucares) que têm que ser transportados para
conferem o aspeto crivoso- placa crivosa. todos os tecidos das plantas.

Hipótese do fluxo de massa/ fluxo de pressão (Münch)

Baseia-se na diferença de concentrações de sacarose nos


diversos órgãos da planta, o que provoca a criação de um
fluxo de massa ao longo do floema.

A translocação da seiva floémica (constituída por açucares,


aminoácidos e hormonas) desde as folhas até todas as
restantes células é efetuada segundo um fluxo de massa.

A seiva move-se influenciada por um gradiente de


As células condutoras do floema são células vivas e estão concentração de sacarose entre os órgãos fotossintéticos
dependentes das células de companhia. (produtores de açúcar) e os órgãos não fotossintéticos
(consumidores de açúcar):

Experiências de Malpighi 1. A glicose (e a frutose), produzidas na fotossíntese, são


1ª: convertidas em sacarose- isto é, ocorre a síntese de hexoses
(glicose e frutose) nos tecidos fotossintéticos (folhas). As
hexoses combinam-se e formam a sacarose (dissacarídeo);

2. A sacarose é difundida através das células do mesófilo,


entrando por transporte ativo para as células de
companhia e destas para os tubos crivosos (interior do
Ao retirar um anel do caule da planta, removeu-se os tecidos floema).- Este transporte implica o consumo de energia
responsáveis pela distribuição dos compostos orgânicos (seiva pois processa-se contra o gradiente de concentração;
elaborada), formados durante a fotossíntese.
A tumescência/aumento de volume observado deve-se à acumulação 3. O aumento da concentração de sacarose no floema, cria
de seiva elaborada. um potencial osmótico (aumenta a pressão osmótica nos
Ou seja, as células do caule e das raízes foram privadas de açucares tubos crivosos) que promove, por osmose, a passagem de
(compostos orgânicos), acabando por morrer: água do xilema para o interior do floema, o que provoca a
 Células radiculares- deixaram de ser capazes de transportar iões turgescência das células.
para a raiz, diminuindo a absorção de água, o que provocou a
morte da planta.
4. O aumento da pressão de turgescência provoca o
movimento da seiva elaborada de umas células para as

outras, ao longo do floema, no sentido da menor pressão.
– isto é, a pressão de turgescência «empurra» a seiva
através das placas crivosas para locais com menor pressão
osmótica. – ou seja a entrada de H2O aumenta a
turgescência das células dos tubos crivosos, exercendo uma
pressão que promove a passagem do conteúdo até aos
locais de consumo de açúcares (caules, frutos, raízes) de
acordo com o gradiente de concentração.

5. Nas regiões de consumo ou de reserva, a sacarose é retirada


do interior do floema por transporte ativo, provocando a
saída de água para as células vizinhas. A diminuição da
pressão de turgescência resulta na manutenção de um
gradiente de pressão em relação aos órgãos produtores.

As células dos tubos crivosos ficam com baixo teor de


açucares, a pressão osmótica diminui e a água sai por
osmose, regressando às células do xilema.

https://youtu.be/L5u_H27xgpg

Toda a translocação ao longo do floema não envolve gastos


de energia

Há movimento da seiva elaborada até aos locais de


consumo/armazenamento (frutos, raízes, caules), onde há
passagem da sacarose dos tubos crivosos para as células
adjacentes, implicando gastos de energia para acumular a
sacarose nestes tecidos (armazenamento, sob a forma de
amido e celulose);

Nas regiões de consumo e armazenamento de açúcares na


planta ocorrem fenómenos contrários aos descritos para os
órgãos fotossintéticos:

1. Ocorre transporte ativo de sacarose do floema para as


células, tendo as células de companhia um importante
papel neste transporte. Feixes condutores….

2. A pressão osmótica diminui no floema, o que provoca Os tecidos condutores estão organizados em feixes
uma saída de água para o xilema e para outros tecidos condutores e encontram-se presentes em toda a planta, mas a
envolventes. sua disposição varia em diferentes órgãos:
 Raiz- feixes condutores simples e alternos;
3. A baixa pressão hidrostática dos fluidos no floema nas
zonas de consumo, em contacto com a alta pressão nas
zonas de produção, gera o fluxo da seiva floémica.
 Folhas e caules- Duplos e colaterais, cada feixe Sistemas de transporte:
condutor tem, simultaneamente, xilema e floema,  Sistema circulatório fechado- o sangue percorre o
dispostos lado a lado. organismo sempre dentro de um sistema de vasos
sanguíneos;
 Sistema circulatório aberto- o fluido circulante
percorre o organismo dentro de vasos sanguíneos,
abandonando-os no hemocélio, para banhar as
células. Ocorre a mistura do sangue com o líquido
intersticial, formando a hemolinfa.

Sistema Circulatório Aberto

Artópodes (filo dos insetos, aracnídeos) e moluscos.

Transporte nos animais Coração: apresenta uma forma tubular e localiza-se no dorso;
projetam-se artérias que transportam sangue até a um
As células que constituem os tecidos animais necessitam sistema de cavidades- lacunas/seios, que no seu conjunto
de: formam o hemocélio.
 receber continuamente gases e nutrientes para o
desempenho das suas atividades metabólicas;
 eliminar os compostos tóxicos que produzem.

Animais aquáticos simples- (corais, medusas, planárias e


hidra) devido ao seu reduzido número de camadas celulares,
todas as células estão muito próximas da cavidade
gastrovascular ou do meio externo, o que proporciona a
ocorrência das trocas diretamente com o meio, não
existindo sistema circulatório nestes animais.

Platelmintes- (planárias) ocorre difusão direta de gases do


meio e de nutrientes da cavidade gastrovascular
ramificada.

Platelmintes- grupo de vermes sem sistema circulatório.


No hemocélio, a hemolinfa banha os tecidos permitindo a
Animais mais evoluídos- possuem sistemas circulatórios ocorrência de trocas, posteriormente retorna ao coração,
mais ou menos complexos que permitem a distribuição e o quando está relaxado, através dos ostíolos (aberturas laterais)
intercâmbio de materiais. que possuem válvulas que impedem o seu refluxo.

Sistemas circulatórios- permitem o transporte dos


compostos resultantes dos processos de digestão Insetos:
extracelular, em cavidades do sistema digestivo para serem
utilizados pelas restantes células do organismo. O fluido circulante é transportado em vasos e em lacunas
 Permitem o transporte eficiente de gases e de produtos apenas nos insetos, pois possuem sistema circulatório aberto.
de excreção.
Nos insetos, o aparelho circulatório é
constituído por um vaso dorsal com pequenas
dilatações na região abdominal
correspondentes ao coração tubular.
Esta região prolonga-se através da aorta, que
encaminha o fluido circulante para a região anterior
do corpo.
Nesta região, o fluido sai da estrutura vascular
para cavidades do corpo (Lacunas),
constatando diretamente com os diferentes tecidos do
animal.
Após banhar as células, o fluido regressa ao sistema circulatório
através dos orifícios com válvulas (ostíolos) existentes no coração.

Ocorre mistura entre o sangue e o líquido intersticial que


circunda as células, originando a hemolinfa- sistema
circulatório aberto.
A hemolinfa não está envolvida nas trocas gasosas.

Função do sangue- varia nos diferentes artópodes:


 Crustáceos – transportar nutrientes e produtos de
excreção; transportar O;
 Insetos- transportar nutrientes e produtos de
excreção; os gases são transportados por um sistema
de traqueias.
Vertebrados: peixe, anfíbio, mamífero e aves

Sistema circulatório fechado.


Sistema circulatório fechado
Artérias- vasos sanguíneos que conduzem o sangue do
coração para todo o corpo.
Anelídeos (minhocas) , moluscos, artópodes, vertebrados.
O coração ocupa a posição ventral e apresenta 2 cavidades:
 Aurículas- paredes musculares finas; recebem o sangue vindo
Vertebrados - caracterizam-se pela presença de coluna
vertebral segmentada e de crânio que lhes protege o cérebro.
das veias;
 Ventrículos- paredes musculares e espessas; bombeiam o
sangue do coração para as artérias.
Todo o percurso do sangue é feito dentro dos vasos, não se

misturando com o fluido intersticial.
O sistema circulatório dos vertebrados é constituído por um
coração muito desenvolvido que impulsiona o sangue para
Vantagem do sistema circulatório fechado:
todas as partes do corpo.
O sangue flui mais rapidamente do que nos sistemas
O sangue sai do coração pelas artérias, que se vão
circulatórios abertos, o que aumenta a eficiência do
ramificando em vasos menores, as arteríolas, que se dividem
transporte de materiais às células, assegurando níveis mais
em vasos de pequeno diâmetro, os capilares, ao nível dos
elevados de taxas metabólicas.
quais ocorrem as trocas de materiais com o líquido
intersticial dos diferentes tecidos.
Minhoca: Os capilares voltam a unir-se em vasos de maior calibre, as
vénulas, que, confluindo, originam vasos de grande diâmetro,
 Vaso dorsal- maiores dimensões; possui capacidade as veias, que garantem o retorno do sangue ao coração.
contrátil e funciona como como um coração que 
bombeia o sangue da parte de trás para a frente do Estas ligações entre cavidades são controladas por válvulas
corpo. que permitem o fluxo sanguíneo num sentido.
 1 / 2 vasos ventrais- responsáveis pelo retorno do
sangue ao coração no sentido inverso. Estes vasos ligam-se
a vasos laterias que se ramificam em vasos de menores
-----------------Circulação simples-----------------
dimensões, formando redes que levam o sangue a todos os
tecidos.
Circulação simples- o sangue efetua um único trajeto,
 Região anterior do corpo: apresentam paredes
passando 1 vez pelo coração sob a forma de sangue venoso.
musculosas e desenvolvidas (corações laterais/
arcos aórticos) que bombeiam o sangue para as
diversas regiões do corpo.
Peixes:
O líquido intersticial que banha as minhocas distribui os
nutrientes e O pelo sangue às células.
Coração: 2 cavidades-1 aurícula e 1 ventrículo.
Veias- transportam sangue venoso (rico em CO2) para Anfíbios (rãs):
o coração, que o bombeia para a artéria aorta ventral.

A aurícula recebe o sangue venoso e envia-o para o Coração: 3 cavidades- 2 aurículas e 1


ventrículo. ventrículo.
O ventrículo impulsiona o sangue para as branquias,
onde ocorrem as trocas gasosas. A aurícula direita recebe o sangue venoso;
A aurícula esquerda recebe o sangue arterial.
Branquias- ocorrem as trocas gasosas: libertação de CO2 A oxigenação ocorre na pele e nos pulmões.
e captação de O2- sangue arterial.
O ventrículo recebe sangue arterial e sangue
Sangue arterial é distribuído por todo o organismo venoso. - ocorre mistura parcial de sangue
(pressão reduzida) - os movimentos de deslocação do peixe venoso e arterial no ventrículo.
auxiliam na circulação sanguínea.
O sangue venoso regressa ao coração pelas veias. Anfíbios- seres que tanto vivem na água como
na terra.
Influencia do metabolismo:
A chegada de nutrientes e oxigénio às células e a
remoção de resíduos são pouco eficientes, uma vez que
o sangue flui com baixa velocidade e pressão para as
células dos tecidos e órgãos. Répteis:
Esta diminuição de pressão deve-se à passagem do
sangue pelos capilares branquiais. Repteis- seres que não possuem temperatura
corporal constante

----------------------Circulação dupla--------------------- Circulação dupla e incompleta, mas mais eficaz do


que a dos anfíbios, evitando a mistura do sangue
Circulação dupla- o sangue é bombeado para a: arterial como venoso.
 Circulação pulmonar- (pequena circulação) transporta o
sangue para os pulmões onde é oxigenado, regressando Coração: 3 cavidades- 2 aurículas e 1
depois à aurícula esquerda pelas veias pulmonares; ventrículo (parcialmente dividido).
 Circulação sistemática- (grande circulação) sangue
arterial que é bombeado pelo ventrículo esquerdo para O sangue venoso, proveniente dos tecidos, vai à
todos dos tecidos, onde ocorre a troca de O2 por CO2, aurícula direita e passa para a cavidade
ventricular esquerda.
originando sangue venoso que regressa ao coração
Sangue arterial, provem dos pulmões, penetra na
entrando pela aurícula direita pelas veias cavas.
aurícula esquerda e passa para a cavidade
ventricular esquerda.
Dupla circulação- maior eficácia na oxigenação dos tecidos,
possibilitando maiores velocidades de circulação. Os ventrículos não estão parcialmente
divididos podendo haver mistura de
sangues.
----------------------Circulação dupla incompleta--------------------- O desfasamento na contração das aurículas ajuda
a reduzir a mistura de sangue arterial com sangue
Circulação dupla incompleta- há a possibilidade de o venoso.
sangue venoso se misturar com o arterial no ventrículo.

Vantagem: O sangue, bombeado diretamente do coração ----------------------Circulação dupla completa---------------------


para os capilares dos diferentes órgãos, chega com maior
velocidade e pressão aos tecidos, o que aumenta a eficácia Circulação dupla completa confere alta eficácia no
das trocas de materiais com o líquido intersticial. suprimento de O para todas as células, pois não há mistura
Desvantagem: ocorre uma mistura parcial dos 2 tipos de de sangues.
sangue no ventrículo, o que afeta a concentração de  Circulação pulmonar: coração- pulmões- coração;
oxigénio no sangue arterial.  Circulação sistémica: coração- sistema de órgãos-
coração.
Vantagem: esta circulação garante um maior aporte de
oxigénio às células do organismo, o que permite taxas
metabólicas superiores, com maior produção de energia.
Este aumento reflete-se numa maior capacidade de
produção de calor, permitindo manter constante e
temperatura corporal.

Mamíferos/ aves:

Têm mais sangue que os vertebrados e


este é distribuído sob maior pressão, não
ocorrendo mistura de sangues.

Vasos sanguíneos
Coração: 4 cavidades- 2 aurículas, 2
ventrículos. Artérias- têm paredes espessas e elásticas, de modo a
suportar a pressão sanguínea.
Ventrículos encontram-se separados por Veias- têm paredes mais finas e menos elásticas do que as
um septo. artérias. Possuem válvulas que impedem o retrocesso do
sangue.
Os vasos sanguíneos distribuem o sangue Capilares- vasos de pequeno diâmetro, as paredes são muito
pelo corpo. finas e permeáveis.
O fluxo do sangue é condicionado pela
pressão gerada pelo coração. Dos ventrículos, o sangue sai pelas artérias para todo o
corpo.
Válvulas cardíacas- determinam o sentido do fluxo do As artérias ramificam-se em arteríolas e estas em capilares.
sangue e a pressão do fluxo deste. Estes têm paredes muito finas para facilitar as trocas de
moléculas com as células dos diferentes tecidos/órgãos.
No lado direito do coração, circula apenas sangue venoso e O sangue regressa ao coração pelas vénulas, que confluem
no lado esquerdo, apenas sangue arterial. em veias.
As veias trazem o sangue de volta ao coração.

Humano: Sangue venoso é reencaminhado para o coração pelas veias cavas,


que abrem na aurícula direita.
Coração: órgão propulsor do tecido circulante (sangue).
A aurícula direita encontra-se separada do ventrículo pela
 2 ventrículos que bombeiam o sangue para a circulação
válvula tricúspide.
pulmonar e circulação sistémica.
 2 aurículas que recebem o sangue e encaminham para
Após a entrada do sangue no ventrículo direito, este
os ventrículos.
impulsiona o sangue para a circulação pulmonar.
Nos pulmões, o sangue é oxigenado e passa a arterial,
Esta comunicação é feita pelas válvulas auriculoventriculares
regressando ao coração pelas veias pulmonares, ligadas à
que garantem a circulação do sangue dentro do coração num
aurícula esquerda.
só sentido, impedindo o refluxo.
A aurícula esquerda encontra-se separada do ventrículo
esquerdo pela válvula bicúspide.
Possui ainda válvulas sigmoides na entrada das artérias.
O ventrículo esquerdo bombia o sangue para a circulação
Miocárdio- músculo cardíaco.
sistémica.

Ventrículos- paredes mais espessas do que as aurículas, para


bombear o sangue com maior pressão.
 Ventrículo esquerdo- cavidade com paredes mais espessas e
musculosas para impulsionar o sangue para todo o
organismo

O organismo necessita de manter em permanência a circulação Formação da linfa/liquido intersticial: o sangue ao circular
sanguínea, para garantir um fornecimento constante de gases e pelos capilares, e devido à pressão sanguínea, ocorre a
nutrientes às células dos diferentes tecidos, removendo os seus passagem de plasmas, alguns glóbulos brancos/ leucócitos e
produtos de excreção e CO2.
algumas proteínas para o espaço intercelular, atravessando a
parede dos capitares e formando a linfa.
Sístole- o coração contrai, impulsionando o sangue com
 Deste fluido as células obtêm os nutrientes e o
elevada pressão para as artérias- pressão sistólica.
oxigénio de que necessitam e libertam para ele as
Diástoles- períodos de relaxamento; a pressão nas artérias
substâncias resultantes do seu metabolismo, como o
atinge o valor mais baixo- pressão diastólica.
CO2 e os produtos nitrogenados.
 A renovação constante da linfa intersticial permite
A pressão sanguínea diminui ao longo dos vasos:
Capitares- a pressão reduzida + menor velocidade + maior área de que as células obtenham continuamente os
contacto= otimização das trocas com as células. nutrientes e o oxigénio e eliminem os produtos
resultantes do seu metabolismo.
 Algum do líquido/ linfa intersticial, rico em produtos
Fluidos Circulantes de excreção, passa ao nível dos capilares venosos, de
novo para o sangue num processo de renovação
Invertebrados: o sangue abandona os vasos sanguíneos, continua.
misturando-se com os fluidos intersticiais, formando a  Outra parte é recolhida em capilares linfáticos,
hemolinfa. constituindo a linfa circulante.

Vertebrados: possuem 2 fluidos circulantes- sangue e linfa. Linfa circulante- linfa transportada pelos vasos linfáticos e
conduzida para as veias do sistema sanguíneo.
 Entra na corrente sanguínea pouco antes de o sangue
Sangue- fluido de transporte de nutrientes, O, produtos de entrar na aurícula direita, contribuindo, desta forma,
excreção… para o retorno ao sangue do plasma perdido nos tecidos.
 Constituintes do sangue:
 Plasma- coloração amarela: Funções dos fluidos circulantes:
o Proteínas;  Transporte dos nutrientes desde o intestino delgado,
o Água; onde são absorvidos, ou desde os tecidos de reserva
o Outros solutos até as células;
 Sangue:  Transporte de gases entre as superfícies
o hemácias /glóbulos vermelhos – células respiratórias e as células;
anucleadas envolvidas no transporte de gases;  Remoção dos resíduos metabólicos para os rins, onde
conferem cor vermelha; são eliminados;
o leucócitos /glóbulos brancos -defesa imunitária  Transporte de hormonas desde as glândulas
do organismo, destruindo microrganismos e endócrinas até às células-alvo, sobre as quais atuam;
células cancerosas;  Defesa do organismo contra agentes infeciosos,
o Plaquetas- fragmentos celulares responsáveis células cancerosas, ou substâncias estranhas através
pela coagulação do sangue em situações de lesão da ação dos anticorpos e leucócitos;
dos vasos sanguíneos.  Distribuição do calor por todo o organismo.

Nos capilares arteriais a resistência ao fluxo do sangue A acumulação da linfa pode afetar negativamente as células, sendo
necessário drenar.
aumenta, o que conduz à saída de parte do plasma para o
espaço intersticial.
O plasma a constituir o líquido intersticial/linfa, intersticial.

Linfa- fluido incolor, que banha as células e circula no sistema


linfático, sendo derivado do sangue e apresentando uma
constituição semelhante ao plasma sanguíneo.
 Circula no sistema linfático, formado por uma extensa rede
de vasos e órgãos linfáticos.
 Forma-se devido à passagem do plasma, alguns glóbulos
brancos/leucócitos e algumas proteínas para o espaço
intercelular

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