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Aminoácidos Unidades fundamentais das ❑ são aqueles que em condições ❑ Nutriente vital, pois está

❑ São unidades básicas que proteínas normais, o organismo é capaz presente em todas as
e produzi-los em quantidade células;
formam as proteínas; • Essenciais: ❑ Bioquimicamente, são
❑ Apresenta-se como um adequada, entretanto, e
❑ O organismo não tem
composto de função mista, determinadas situações polímeros de aminoácidos
capacidade de
amina primária (-NH2) e um clínicas, observa-se um unidos por ligações
sintetizar.
grupo carboxila (-COOH) no consumo aumentado desse peptídicas;
❑ Obtidos pela ingestão
mesmo átomo de carbono; aminoácido, de modo que ❑ Fornece 4 kcal/grama;
de alimentos.
❑ Composição: carbono, excede a capacidade do ❑ Característica que difere
❑ Deficiência: alterações
hidrogênio, oxigênio e corpo de produzi-lo. dos demais
bioquímicas e
nitrogênio. Enxofre macronutrientes é a
fisiológicas. Exemplos:
ocasionalmente. presença de nitrogênio
❑ Arginina durante o ❑ Combinações entre 20 tipos
❑ 20 tipos de aminoácidos • Não essenciais: crescimento e lesões;
(essenciais e não-essenciais) de aminoácidos → proteína
❑ O organismo é capaz de ❑ Tirosina durante a
❑ Os AA diferem-se pelas o Funções específicas
produzir através de insuficiência renal;
cadeias laterais (estrutura, reações de transaminação ❑ Glutamina e pacientes
tamanho e carga elétrica); (adição de grupo amino a traumatizados. Ligação peptídica:
❑ Em todos os AA o carbono outro AA). ❑ Aminoácidos são unidos
está ligado a 4 grupos através de ligações
diferentes: carboxila, amino, peptídicas - consiste
grupo R e átomo de Atividades biológicas de da união entre um
hidrogênio aminoácidos: carbono (C) do grupo
• Além de constituírem as ácido de um aminoácido
unidades fundamentais dos e o nitrogênio (N) do
peptídeos e proteínas, os grupo amina de outro
aminoácidos têm outras aminoácido;
funções: ❑ Peptídeos são cadeias de
❑ Glicina e glutamato: AA ligados por meio de
neurotransmissores; ligação peptídica, para
❑ Tirosina: precursor da produzir um dipeptídeo...
epinefrina ;
❑ Triptofano: precursor da
serotonina;
Aminoácidos condicionalmente
essenciais:
Proteínas
❑ Até 100 aminoácidos (10kDa) > ❑ A função de uma proteína ❑ Algumas proteínas contém ❑ Glicoproteínas: QUALIDADE
peptídeo Mais de 100 depende de sua sequência outros componentes químicos (carboidratos): Mucina; NUTRICIONAL:
aminoácidos > proteína; de AA ligados linearmente; além dos aminoácidos (proteínas ❑ Cromoproteínas :(pigmento) Determinada pela
Cada proteína apresenta ❑ No ser humano cerca de conjugadas); : Clorofila, riboflavina, concentração
composição diferente de 25.000 genes codificam ❑ A parte não aminoácido carotenóides, hemoglobina, fisiologicamente disponível
aminoácidos proteínas; mioglobina;
denomina-se grupo prostético; de Aas:
Estrutura de proteínas: ❑ Cada códon codifica um ❑ Desempenha papel importante na ❑ Fosfoproteínas (ácido ❑ Completas;
determinado aminoácido; função biológica da proteína. fosfórico): Caseína do leite; ❑ Parcialmente
❑ Cada proteína tem um ❑ Sequência de AA única ❑ Lipoproteínas (lipídio): HDL, incompletas;
número e uma sequência de (DNA) que confere função LDL; ❑ Totalmente
resíduos de AA distintos. específica a proteína; ❑ Metaloproteína (metais incompletas.
❑ A estrutura primária ❑ A função de uma proteína pesados): Catalase,
determina a função da depende de sua sequência Urease,Citocromo C
proteína. de AA ou estrutura Oxidase;
primária.
Quanto a Função
Proteínas: Biológica:
❑ Catalisadores – enzimas; ❑ Enzimas :Tripsina, FIBROSAS:
❑ Estruturais – colágeno, Hexoquinase.
queratina; ❑ Proteínas transportadoras : ❑ Praticamente não contém
❑ Reserva – albumina, caseína; Hemoglobina, Mioglobina, triptofano.
❑ Transporte – hemoglobina; Albumina do soro. ❑ São insolúveis em água.
❑ Contráteis – actina e ❑ Proteínas nutritivas e de ❑ Possuem função estrutural.
miosina; reserva: Ovoalbumina, • Exemplos: queratina e
❑ Protetoras – anticorpos; Caseína, Ferritina. colágeno.
❑ Hormônios – insulina; ❑ Proteínas contráteis e de
❑ Receptores – permeases; GLOBULARES
movimento : Actina, Miosina.
❑ Pigmento – clorofila; ❑ Proteínas estruturais:
❑ Hereditariedade – histonas. ❑ Se encontram nos fluídos e
Queratina, Colágeno. tecidos.
Quanto a composição: ❑ Proteínas de defesa: ❑ São solúveis e facilmente
Quanto ao Grupo Prostético Anticorpos, Fibrinogênio, desnaturadas.
❑ As proteínas podem ser simples, (natureza não proteica): Trombina; ❑ As cadeias polipeptídicas se
constituídas somente por aminoácidos, ❑ Proteínas hormonais ou dobram (globular).
ou conjugadas, que contém outros ❑ Nucleoproteínas:(ácidos reguladoras: Insulina, • Exemplos: enzimas, actina,
grupos como carboidratos, íons, etc. nucleicos): Histona; Hormônio do Crescimento. hemoglobina, anticorpos
Desnaturação das proteínas • RESPOSTA IMUNE • Função enzimática: PROTEÍNAS- parte 2 • PROTEÍNAS DOS CEREAIS
Fatores que influenciam: FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS ❑ Trigo, aveia, cevada e arroz
❑ Proteínas solúveis ❑ Toda enzima é uma (10 a 15 % de PTN)
❑ Calor denominadas anticorpos ou proteína. As enzimas são❑ TRANSPORTE: proteínas de
❑ pHs extremos ❑ Proteína do trigo (glúten) –
imunoglobulinas (Ig). moléculas reguladoras das ligação ao oxigênio elasticidade na massa.
❑ Agentes desnaturantes ❑ As Ig se ligam a bactérias, reações biológicas ( (hemoglobina e mioglobina)
• PROTEÍNAS DAS
❖ A desnaturação de algumas vírus ou moléculas CATALISADORES). ❑ TRANSPORTE: proteínas de
LEGUMINOSAS
proteínas é reversível. “estranhas” destruindo-as. • Exemplo: lipase → transporte do colesterol
❑ Teor proteico (20 a 40 %)
❖ Estrutura e função ❑ Constituem 20% das degradação dos lipídeos em (lipoproteínas)
❑ Feijões, amendoim,
recuperada quando colocada em proteínas sanguíneas. ácidos graxos + glicerol. ❑ Resposta imune
lentilha...
condições onde a conformação ❑ Contrátil (actina e miosina)
• CONTRÁTIL • Função hormonal ❑ Estrutural (colágeno, elastina,
❑ Os fatores antinutricionais
nativa é estável (renaturação). devem ser inativados pelo
❑ Síntese de hormônios albumina)
❑ Proteínas motoras: actina processamento térmico,
peptídicos. ❑ Proteína de Membrana
FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS: (filamento fino) e miosina prévio ao consumo.
• Exemplo: insulina e glucagon ❑ Transportadores de Glicose
(filamento grosso). (controle da glicemia). (GLUTS)
• TRANSPORTE: ❑ Contração muscular: QUALIDADE DAS PROTEÍNAS
❑ Função enzimática;
❑ proteínas de ligação ao presença de cálcio e • Coagulação sanguínea ❑ Função hormonal ❑ O que determina a qualidade
oxigênio (hemoglobina e regulada pela troponina e
❑ Os fatores da coagulação (insulina/glucagon) nutricional de uma proteína é
mioglobina) tropomiosina (actina).
possuem natureza proteica: ❑ Coagulação sanguínea sua capacidade em fornecer
✓ Mioglobina – transporte
fibrinogênio (fibrina) e (fibrinogênio e trombina) aminoácidos essenciais;
de oxigênio nos músculos;
• ESTRUTURAL trombina (enzima –
✓ Hemoglobina – transporte AAS ESSENCIAIS
❑ Colágeno: proteína de alta conversão de fibrinogênio FONTES ALIMENTARES DE
de oxigênio no sangue; PROTEÍNAS
resistência, encontrada na em fibrina).
Além do O2, também
transporta CO2. pele, nas cartilagens, nos • Essencial para a • LEITE BIODISPONIBILIDADE
ossos e tendões. formação de coágulos ❑ Contém em média 3 a 3,6
sanguíneos ❑ Capacidade de fornecer os
❑ Queratina: proteína g/mL de proteínas de alto
AA essenciais necessários
impermeabilizante valor biológico.
para o organismo.
encontrada na pele, no ❑ Caseína (80 %) e
❑ É expressa de acordo com o
cabelo e nas unhas. proteínas do soro (20 %)
valor biológico.
• Albumina : FUNÇÃO MAIS • OVOS ❑ Biodisponibilidade.
IMPORTANTE: manter ❑ A ovoalbumina é a principal ❑ A ovalbumina é considerada
constante o nível de líquido proteína da clara (54%), ideal e nutricionalmente
nos vasos sanguíneos. ovotransferrinas (12%), completa (referência).
• Transporte de diversas ovomucóides (11%).
substâncias em nosso sangue. ❑ Proteínas na gema: relação
lipídios/proteínas ( 2: 1)
AMINOÁCIDOS: Compostos antinutricionais • TOTALMENTE ❑ Endopeptidases – são aquelas
Essenciais ❑ Inibidores de tripsina e INCOMPLETA: que hidrolisam as ligações
• DEFICIÊNCIA quimiotripsina interferem na ❑ Zeína e Gelatina peptídicas internas quebrando
❑ Balanço nitrogenado ação de enzimas, reduzindo as proteínas em fragmentos
ALTERNATIVAS PARA
negativo seu potencial de peptídicos cada vez menores.
MELHORAR A QUALIDADE DE
❑ Perda de massa magra digestibilidade; PROTEÍNAS PROVENIENTES DA
Não essenciais ❑ **Fitatos e Taninos; ALIMENTAÇÃO:
Balanço nitrogenado:
• DEFICIÊNCIA ❑ ***Lecitinas: se ligam a ❑ Combinação de diversas fontes
❑ Ptn consumida - excretada
❑ O organismo irá sintetizá-lo cels.da mucosa intestinal; com adequado balanço ❑ No suco gástrico temos a
a partir de outros aminoacídico;
AMINOÁCIDOS Processamento ou complexação pepsina e no suco
compostos do corpo ❑ Suplementação com aas
com outros nutrientes pancreático, tripsina e
❑ Fontes → Valor limitantes;
❖ Não há reserva de ❑ Aquecimento, reação com quimotripsina.
biológico de proteínas ❑ Técnicas de biologia molecular
proteínas no açúcares redutores, reação de
“Maillard” ou de para o melhoramento genético. ❑ Exopeptidases: enzimas que
organismo; O excesso agem nas extremidades da
escurecimento enzimático é a QUERIDINHOS DOS
de proteína é oxidado, que mais interfere na redução molécula proteica, isto é, nas
BRASILEIROS
eliminado ou formação da digestibilidade; ❑ Feijão limitado de metionina
primeiras ligações peptídicas,
de TG ❑ Interações com radicais livres, e cisteína.
retirando o último aminoácido
nitritos, compostos fenólicos, da extremidade. São
PROTEÍNAS - ❑ Arroz rico nesses aa. Feijão
entre outros. subclassificadas em:
BIODISPONIBILIDADE rico em lisina.
❖ Portanto, na avaliação da ❑ Arroz pobre nesse aa. ❑ Carboxipeptidase: -
❑ Conformação estrutural;
qualidade nutricional de secretada pelo pâncreas,
❑ Compostos antinutricionais;
proteínas, não se deve efetua a hidrólise somente na
❑ Processamento ou
considerar apenas sua
DIGESTÃO:
complexação com outros extremidade carboxilada,
composição de Aas, mas ❑ A quantidade total de liberando o aminoácido e
nutrientes;
principalmente sua capacidade proteínas a serem digeridas refazendo na proteína o grupo
Conformação estrutural de utilização pelo organismo. consistem em: 70- 100g de carboxílico, onde a enzima
❑ A conformação estrutural proteínas oriundas da dieta e
QUALIDADE NUTRICIONAL age novamente.
influencia o acesso de 35-200g de origem endógena;
proteases. DAS PROTEÍNAS
❑ Origem: animal e vegetal; Carboxipeptidase
❑ Fator que mais altera a • COMPLETAS ❑ Variedade de ligações
biodisponibilidade.: ❑ Proteínas de Origem peptídicas e, portanto, exige
desnaturação (pH, irradiação, Animal muitas enzimas hidrolíticas.
solventes orgânicos). Esse • PARCIALMENTE ❑ Proteínas são hidrolisadas por
mecanismo, quando controlado, INCOMPLETAS: endopeptidases e
aumenta a digestibilidade das ❑ Leguminosas, oleaginosas e exopeptidases.
proteínas. cereais
❑ Aminopeptidase: secretada Ação das Endopeptidases ❑ A ação das proteases ❑ Os aminoácidos atravessam a Uma grande variedade de
pelas células da mucosa na Fase Intestinal da pancreáticas, resultam em membrana borda em escova dipeptídeos e tripeptideos
intestinal, efetua a hidrólise Digestão de Proteínas oligopeptídeos e aa livres. por aminoácidos atravessam a membrana
na extremidade amínica, transportadores e pequenos plasmática da borda em escova
liberando os aminoácidos e peptídeos por peptídeos por um único tipo transporte
refazendo na proteína o transportadores. ativo secundário, em
grupo amínico, onde a enzima ❑ No citosol do enterócito, os cotransporte com H+. O
age novamente. dipeptídeos e tripeptídeos gradiente de H+ é criado por
são clivados em aminoácidos permutadores de Na-H, na
isolados. membrana de borda em escova.
No citosol da célula epitelial,
peptidases clivam a maioria dos
dipeptídeos e tripeptideos para
aminoácidos livres, que saem da
célula na membrana basolateral
por transporte facilitado.
DIGESTÃO
ABSORÇÃO:
❑ Começa no ESTÔMAGO!
❑ Ocorre em três fases: ❑ PEPT-1: Transportador
gástrica, pancreática e exclusivo de dipeptídeos e
intestinal. tripeptídeos.
❑ A Fase intestinal da digestão
❑ A utilização de duas forças
proteica é efetuada pelas
motrizes (Na/H), para absorção
enzimas proteolíticas da
secreção pancreática; ativa de aa e di /trípeptídeos é
❑ As enzimas proteolíticas vantajosa em virtude da
pancreáticas são secretadas ausência de competição entre
nas formas inativas de aminoácidos e dipeptídeos pela
proenzimas. origem de energia e por
❑ Tripsinogênio é convertido
❑ As proteases pancreáticas permitir que esses processos
em tripsina no jejuno por uma ocorram paralelamente;
convertem as proteínas da
enzima da borda em escova, ❑ Dentro do intestino delgado
enteropeptidase; dieta em oligopeptídeos.
❑ As enzimas da borda em escova existem variações regionais das
❑ Essa ativa todas as outras
convertem os oligopeptídeos em capacidades absortivas de aa,
proteases pancreáticas, o
aminoácidos(70%) e em dipeptídeos e tripeptídeos.
quimiotripsinogênio, as pro
carboxipetidades A e B e a dipeptídeos e tripeptídeos ❑ Dipepetídeos e tripeptídeos –
pró-elastase; (30%). ID proximal (peptidades
citosólicas);
❑ Aa – ID distal. PROCESSO REVERSO ❑ Vida-média de uma ❑ O músculo esquelético apresenta ❑ Síntese de Compostos não
❑ Aa são absorvidos no PTN: tempo médio que o 50% da proteína total do proteicos
AA Célula AA organismo leva para organismo, mas contribui com ❑ Síntese de proteínas
lumen intestinal mais
rapidamente na forma sintetizar metade dessa apenas 25% do turnover plasmáticas e secretórias
Proteínas PTN; proteico. Enquanto, o fígado e o
de peptídeos do que Negativo:
de aa livres. Sangue ❑ Na pele , perdem-se e intestino, que conformam menos
Sangue ❑ Ingestão de lipídeos e
renovam-se 5g de PTN de 10% do conteúdo proteico
carboidratos insuficientes,
METABOLISMO: por dia; no sangue 25g; corporal, contribuem com 50%
quantidade de aminoácidos
❑ Os aa liberados na corrente no trato digestório, do turnover proteico.
❑ Após absorção intestinal, os indispensáveis presentes na
sanguínea, especialmente os cerca de 70g; e no ❑ O turnover proteico sofre
aminoácidos são dieta, estado de jejum, dieta
aminoácidos de cadeia tecido muscular, ao influência de variáveis como a
transportados diretamente ao pobre em proteínas, dieta
ramificada (isoleucina, redor de 75g por dia. disponibilidade de aminoácidos na
fígado por meio do sistema restritiva, doenças altamente
leucina, valina) são circulação sanguínea, níveis de
porta. catabólicas como câncer e AIDS,
metabolizados pelo hormônios catabólicos e
❑ 20% dos AAs captados pelo TURNOVER PROTEICO: etc.
musculoesquelético, pelos anabólicos, além da atividade
fígado são liberados para a ❑ Quantidade de proteínas
rins, e outros tecidos (aa física.
circulação sistêmica, 50% necessárias para manter o ❑ O conjunto de Aas é pequeno
essenciais). Equilibrado
transformados em uréia e 6% pool metabólico e atender (contém cerca de 90 a 100g )
em proteínas plasmáticas; a demanda de aa para a em comparação com a
❑ O destino de cada AA varia síntese de novas proteínas quantidade de proteína corporal
conforme a necessidade do celulares. (cerca de 12Kg em um homem
organismo (alimentado ou ❑ Os diferentes estágios da de 70 kg)
jejum); vida apresentam ❑ O CORPO NÃO FAZ
❑ As proteínas estão em diferentes taxas de ESTOQUE DE PROTEÍNAS,
constante síntese e turnover proteico. Durante LOGO O POOL DE Aas É
degradação; a fase de crescimento o ESSENCIAL PARA
❑ A manutenção da turnover é maior quando MANUTENÇÃO DO BALANÇO Equilibrado
concentração de uma comparado a fases mais NITROGENADO; ❑ Adultos normais que não
proteína específica é obtida avançadas da vida. estão perdendo e nem
pela síntese desta proteína aumentando a sua massa
BALANÇO NITROGENADO:
em uma velocidade magra (músculos).
equivalente a degradação
Positivo
O processo de síntese e ❑ Crianças (fase de
catabolismo proteico, crescimento), gestantes,
específico em cada tecido, é treino de musculação com
denominado TURNOVER o objetivo de hipertrofia
PROTEICO muscular.
BALANÇO NITROGENADO PROTEÍNAS -Parte 3 ❑ Quando a leitura da SÍNTESE PROTEICA CATABOLISMO PROTEICO
sequência é finalizada, a ❑ Processo em que as proteínas ❑ Inicia com a degradação proteica, em
❑ É a diferença entre a Processos para síntese molécula de RNAm celulares são sintetizadas a partir seguida sofre desaminação, onde o N
quantidade de nitrogênio proteica: separa-se da cadeia de do DNA, que determina a será excretado como componente da
consumida por dia e a molde do DNA (migra
❑ Informação guardada no sequência de AA de uma proteína uréia.
quantidade de nitrogênio para o citoplasma), e
DNA é transferida para o através de suas bases. ❑ No músculo, enzimas retiram o N e o
excretada por dia. esta restabelece as
RNA e então expressa na passam para outros compostos no
estrutura proteica. pontes de hidrogênio com processo de transaminação;
❑ Fator de conversão para reconstrução da dupla ❑ Tanto a desaminação como a
expressar a quantidade Dois passos no processo: hélice do DNA. transaminação resultam em um
ingerida habitualmente na ❑ Transcrição - ❑ Segunda parte da síntese esqueleto de carbono que pode ser
dieta: informação transcrita proteica consiste na utilizado no metabolismo energético;
do DNA para o mRNA; tradução da sequência de aa ❑ Gliconeogênese: aminoácidos piruvado
❑ Transdução- informação que o RNAm traz no seu ou Acetil CoA. convertidos em glicose,
do mRNA traduzida para núcleo.
O consumo de 1g N2
a sequência da proteína ❑ Para a síntese de ptns é Há dois sistemas enzimáticos principais,
equivale à ingestão de
primária. necessário que os responsáveis pela degradação de
6,25g de PTN.
ribossomos decodifiquem a proteínas danificadas e desnecessárias:
❑ Proteína ingerida (g)/6,25 = ❑ A transcrição que ocorre mensagem contida no RNAm ❑ Enzimas degradativas dos lisossomos, não
nitrogênio ingerido no núcleo celular, começa para formar uma cadeia de dependentes de ATP;
❑ Proteína (g) = nitrogênio (g) com a ligação de um aas. ❑ Sistema ubiquitina-proteassomo,
x 6,25 complexo enzimático, ❑ A decodificação está dependente de energia (ATP), ocorre no
❑ Carne, leite e proteínas denominado RNA baseada na leitura da
COMPONENTES citosol (acelerada proteólise em
animais = 6,25 polimerase à molécula de sequência de 3 nucleotídeos
NECESSÁRIOS PARA A condições de estresse, como jejum,
❑ Leguminosas = 5,7 DNA para sintetizar uma (códons) que são usados para
SÍNTESE PROTEICA: sepse, acidose metabólica, diabetes e
❑ Arroz = 5,95 molécula de RNAm. especificar cada aa. caquexia do cancer).
❑ As perdas de nitrogênio são ❑ Se na cadeia do DNA o ❑ O processo de tradução ❑ Todos os AA encontrados
mensuráveis na urina (U), nucleotídeo for adenina ocorre no citoplasma. no produto final; • A via lissosomal degrada proteínas
nas fezes (F) e na pele (S). (A) – RNA polimease ❑ O RNAm a ser traduzido; extracelulares ou de membranas e
❑ O teor de proteína de um transcreve o RNAm como ❑ O RNAt para cada AA; organelas. Após entrar no lissosomo, as ptns
alimento é encontrado sendo nucleotídeo uracila ❑ Os ribossomos funcionais; podem ser quebradas em seu interior, por
dosando o teor de N e (U). ❑ As enzimas; endocitose, ou ser destruída por autofagia,
multiplicando por 6,25. ❑ Caso o nucleotídeo seja ❑ Fatores proteicos envolvidas pelo retículo endoplasmático para
❑ Quando se quer precisão, ou citosina (C) o nucleotídeo necessários para o início, o formar “autofagossomo”.
no caso de proteínas complementar será alongamento e a terminação
vegetais (N) usa-se fatores guanina (G), ou vice- de cada cadeia
de conversão diferentes: versa. polipeptídica;
As proteínas intracelulares ❑ O catabolismo dos 20 aa
são sinalizadas pela encontrados nas proteínas
ubiquitina – ubiquitinação. envolve a remoção dos
Essa via inicia-se com a grupos alfa-amino, seguida
conjugação da proteína-alvo pela degradação dos
com a ubiquitina, que esqueletos de carbono
sinaliza a ação da enzima resultantes.
proteolítica proteasome ❑ O catabolismo dos
26S, com gasto de energia. esqueletos de carbono
A partir dai, ocorre a converge para formar 7
divisão do substrato produtos: oxaloacetato,
proteolítico, com liberação alfacetoglutarato,
de peptídeos e moléculas piruvato, fumarato, acetil-
de ubiquitina. A ubiquitina CoA e succinil-CoA. Estes
pode ligar-se novamente a produtos entram nas rotas
outras proteínas alvo, para do metabolismo
reiniciar a cascata intermediário, resultando
proteolítica. na síntese de glicose ou de
lipídio ou na produção de
REGULAÇÃO HORMONAL: energia, por meio da
❑ Hormônio de oxidação de CO2 e H2O
Crescimento *Gh; pelo Ciclo de Krebs.
❑ Insulina;
❑ Testosterona; DEGRADAÇÃO DA CADEIA
CARBÔNICA DOS
ESTIMULAM A SÍNTESE AMINOÁCIDOS
PROTEICA
Glicocorticóides ❑ A cadeia carbônica dos
❑ ESTIMULAM A aminoácidos é degradada
DEGRADAÇÃO PROTEICA a piruvato, acetil-CoA ou
❑ Aa que são degradados para
Tiroxina intermediários do cilo
acetilCoA ou acetoacetil-CoA
❑ ESTIMULAM A SÍNTESE E A do ácido cítrico.
DEGRADAÇÃO PROTEICA
são denominados cetogênicos.
❑ DOSES FISIOLÓGICAS - ❑ Aa que são degradados a
SÍNTESE DEFICIÊNCIA oxaloacetato,
ENERGÉTICA OU GRANDES CATABOLISMO DE alfacetoglutarato, piruvato,
DOSES -A DEGRADAÇÃO AMINOÁCIDOS fumarato ou succinil-CoA são
PROTEICA denominados glicogênicos.
EXCREÇÃO DE COMPOSTOS *Para o estabelecimento das necessidades protéicas
utilizam-se como padrão ou referência PTN de alta
NITROGENADOS
❑ Permite que a amônia (NH3) digestibilidade que proporcionam quantidades suficientes
produto da oxidação dos ❑ Nos serres humanos, 90% de aa essenciais (leite, ovo, carnes e pescados).
aminoácidos seja do nitrogênio urinário está
sob a forma de uréia ❑ Nível seguro de ingestão ou dose inócua de PTN –
transformada em uréia.
quantidade de PTN que irá atingir ou exceder as
❑ Isso ocorre, pois a NH3 é
necessidades de praticamente todos os indivíduos.
neurotóxica.
Ingestão dietética recomendada
❑ RDA = 0,8g/kg/dia para adultos de ambos os
sexos.

QUALIDADE PROTEICA:
❑ Apesar de NH4+ representar Fatores que determinam a qualidade da PTN da
uma pequena percentagem do dieta:
nitrogênio urinário, sua ❑ Perfil de aminoácidos
excreção equivale à eliminação ❑ Digestibilidade
de H+, contribuindo para a ❑ Relação protéico-energética
manutenção do pH plasmático.
Digestibilidade
NECESSIDADE DE PROTEÍNAS
❑ Avalia o percentual de proteína
❑ Necessidade de proteína é “o ingerida que realmente é digerida
1.A amônia entre no Ciclo após menor nível de ingestão de PTN e absorvida pelo organismo,
condensação com o bicarbonato para da dieta que irá equilibrar as definida como a fração percentual
❑ A uréia é a principal forma de formar carbomoil-fosfato; do nitrogênio total ingerido que o
perdas de nitrogênio pelo
eliminação dos grupos amino (amônia); 2.O carbomoil-fosfato reage com organismo vivo absorve.
organismo em pessoas que
ornitina para formar citrulina; mantêm o balanço energético Digestibilidade Proteica
3.O aspartato (doador do segundo com níveis moderados de
nitrogênio da molécula de uréia) e a atividade física”
citrulina reagem para formar
• Balanço Nitrogenado (BN) é a
❑ Os dois átomos de N presentes na uréia argininosuccinato;
diferença entre a quantidade
são provenientes de NH+4 e aspartato e o 4.O argininosuccinato é clivado em
de nitrogênio consumida por
C do bicarbonato; fumarato e arginina;
dia e a quantidade de
5.A arginina é hidrolisada para uréia e
❑ A uréia é sintetizada no fígado por enzimas nitrogênio excretada por dia.
a ornitina é regenerada;
do ciclo da uréia. Dos hepatócitos, a uréia ❑ BN = gramas de nitrogênio
6.A molécula de uréia é transportada
passa para o sangue, que a transporta até os ingerido – gramas de
para os rins e excretada na urina.
rins, onde é excretada na urina. nitrogênio perdido
Digestibilidade Aparente (Dap) Vantagem: ❑ A análise dos aminoácidos
❑ Leva em consideração a da proteína em estudo e a
❑ Avalia o aproveitamento
perda de N endógeno e comparação do perfil de
biológico de uma proteína
assim fornece dados mais aminoácidos essenciais, com
Dap= N ingerido –N fecal x precisos. o de uma proteína de
100 N ingerido referência.
Desvantagens:
❑ Se considerarmos a ❑ Necessita de um grupo Cômputo químico =
quantidade de nitrogênio aproteico; Miligramas de aminoácidos
(N) excretado apenas sem essenciais por grama de
levar em conta o N da Quadro com Valores proteína experimental
descamação normal das médios para a ------(dividido)-------------
células teremos a digestibilidade de Miligramas de aminoácidos
digestibilidade aparente. proteínas em humanos essenciais por grama de
proteína de referência
Digestibilidade Verdadeira (Dv)
Dv = N ingerido – (N fecal – N fezes do aproteico) x 100
N ingerido

❑ Calcula o N fecal
eliminado por um grupo
com dieta aproteica
(Nitrogênio endógeno).
Digestibilidade Verdadeira (Dv)
Vantagem:
❑ Não necessita do grupo
aproteico;
Desvantagens:
❑ Não leva em consideração a Quantidade de energia
perda de N endógeno, assim proveniente da PTN
não fornece dados tão precisos ❑ A proporção de
quanto a digestibilidade energia proveniente
verdadeira; das proteínas na dieta
deve ser de 10 a 15%
Digestibilidade Aparente (Dap) (FAO/OMS, 2003)
Cômputo Químico- Exercício
método químico

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