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Produtos Nitrogenados

sábado, 1 de maio de 2021 15:08

Conceito geral nucleotídeos e ácidos nucleicos

Nucleotídeos:
Grande relevância fisiológica, tem relação com o processamento da informação genética com
a constituição das unidades fundamentais dos ácidos nucléicos (DNA e RNA), mas também
atua com a transferência energética no metabolismo (ATP e GTP). Ademais são
intermediários ativados no metabolismo (UDP- glicose - para sintetizar o glicogênio - e
CDP-colina - biossíntese do lipídeo). São também coenzimas para ajudar no processo da
catálise (NAD+, NADP+, FMN, FAD, CoASH e Desoxiadenosil-cobalamina) - sem elas há
problemas estruturais e metabólicos extremamente graves. Para essas coenzimas serem
produzidas elas precisam de contribuições nutricionais, ou seja, da alimentação. São,
também, mediadores da ação hormonal (cAMP e cGMP). Por fim, estão relacionados
também com a regulação da atividade enzimática (efetores alostéricos de enzimas e
modulação covalente de enzimas).

A importância clínica está associada ao metabolismo por ser farmacológica (ação


antibacterianos, antivirais e ação de anticancerígenos) e patometabológica (patometabologia
das hiperucemias).

Estruturas base nitrogenada: pouco hidrogênio e muito nitrogênio


- Pirimidina - uracila, timina e citosina (um único anel isolado)
- Purina - adenina e guanina
OBS: combustíveis energéticos pobres - tem quantidade energética metabólica pequena

Estruturas do nucleosídeos: nucleotídeo sem o fosfato


- Citidina
- 2' - Desoxi - adenosina

Estruturas do nucleotídeos:
- Citidina - 5' - fosfato
- 2' - Dexosi - adenosina - 5' - fosfato

OBS: Nomenclatura nucleotídeos tem relação com a base nitrogenada a qual ela contém

OBS: Processo de desnaturação reversível das duas fitas de DNA por influência da
temperatura tem relação com o total de G e C no DNA.

O dogma central da genética molecular: DNA tem habilidade de se replicar, a informação


pode ser transcrita para um RNA mensageiro e por fim o RNA pode ser traduzido para uma
proteína.

Cada sequência de 3 nucleotídeos de um DNA representa um aminoácido na estrutura de


uma proteína

Aminoácidos, Peptídeos e Proteínas

 AMINOÁCIDOS
- Unidades fundamentais dos peptídeos e das proteínas Nomenclatura: designados
- Biossíntese de outras biomoléculas (potencial de conversão) por 3 letras. Ex.: Gly; ou
○ Glicose símbolo de uma única letra.
○ Lipídeos
○ Nucleotídeos e ácidos nucleicos
○ Produtos nitrogenados especializados
- Tampões (variação de pH)

 Fatores Nutricionais Essenciais: dos 20 aminoácidos, 10 são necessários na nossa alimentação, porque a gente não sintetiza.
Alguns déficits podem ocasionar doenças ao nosso organismo.

 Estrutura geral:

Todos os 20 tipos de aminoácidos


comuns são α-aminoácidos. Eles
têm um grupo carboxila e um grupo
amino ligados ao mesmo átomo de
carbono (o carbono alfa)

OBS.: o carbono α só não é assimétrico em um único aminoácido (Gly - glicina) e, por isso, não apresenta estereoisomeria.
A assimetria molecular está associado a quiralidade e estereoisomeria (a enantiomeria - relação entre imagem e objeto). O
aminoácido pode ser L configurado ou D configurado.

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OBS.: o carbono α só não é assimétrico em um único aminoácido (Gly - glicina) e, por isso, não apresenta estereoisomeria.
A assimetria molecular está associado a quiralidade e estereoisomeria (a enantiomeria - relação entre imagem e objeto). O
aminoácido pode ser L configurado ou D configurado.
Em decorrência do arranjo tetraédrico
 Estereoisomeria dos orbitais de ligação em volta do
(relações esteorisoméricas) átomo de carbono a, os quatro grupos
- Enantiomeria e mistura racêmica: tem imagem especular diferentes podem ocupar dois arranjos
- Diastorisomeria: quando uma imagem não é especular a outra espaciais únicos e, portanto, os
- Epimeria: diferença de estrutura for só em relação a um centro de assimetria aminoácidos têm dois estereoisômeros
possíveis. Uma vez que elas são
Uma nomenclatura especial foi desenvolvida para especificar a configuração absoluta imagens especulares não
dos quatro substituintes dos átomos de carbono assimétricos. As configurações sobreponíveis uma da outra. As duas
absolutas de açúcares simples e de aminoácidos são especificadas pelo sistema D, L. formas representam uma classe de
Pela convenção de Fischer, L e D se referem apenas à configuração absoluta dos estereoisômeros denominada
quatro substituintes em torno do carbono quiral, e não às propriedades ópticas da enantiômeros
molécula.

Os carbonos
adicionais em um
grupo R são
comumente
denominados β, γ,
δ, e ε

 Classificação dos aminoácidos: de acordo com a cadeia lateral


1) APOLAR ALIFÁTICA E AROMÁTICA:
○ Apolar alifática → força hidrofóbica (faz as moléculas se ligarem covalentemente entre si).
- Glicina, alanina, valina, leucina, metionina e isoleucina.
alanina, valina, leucina e isoleucina tendem a se agrupar no interior de proteínas, estabilizando a estrutura
proteica por meio de interações hidrofóbicas. A glicina tem a estrutura mais simples. Embora seja mais
facilmente agrupada com os aminoácidos apolares, sua cadeia lateral muito pequena não contribui realmente
para interações hidrofóbicas. A metionina, um dos dois aminoácidos que contém enxofre, tem um grupo tioéter
ligeiramente apolar em sua cadeia lateral. A prolina tem cadeia lateral alifática com estrutura cíclica distinta. O
grupo amino secundário (imino) de resíduos de prolina é mantido em uma configuração rígida que reduz a
flexibilidade estrutural de regiões polipeptídicas contendo prolina.

○ Apolar aromática → relativamente hidrofóbicos.


- Fenialanina, tirosina e triptofano.
O grupo hidroxila da tirosina pode formar ligações de hidrogênio e é um importante grupo funcional em
algumas enzimas. A tirosina e o triptofano são significativamente mais polares do que a fenilalanina, devido ao
grupo hidroxila da tirosina e ao nitrogênio do anel indol do triptofano. O triptofano, a tirosina e, em menor
extensão, a fenilalanina, absorvem a luz ultravioleta. Isso explica a forte absorbância de luz com comprimento
de onda de 280 nm característica da maior parte das proteínas, propriedade explorada por pesquisadores na
caracterização de proteínas.

2) POLARES NÃO-IONIZÁVEIS, ÁCIDAS E BÁSICAS:


○ Não-ionizáveis → por diferença de eletronegatividade.
- Serina, cisteína, prolina (cadeia lateral ligada covalentemente ao grupamento amina), treonina, asparagina e glutamina
Eles contêm grupos funcionais que formam ligações de hidrogênio com a água. Os grupos hidroxila da serina
e treonina e os grupos amida da asparagina e glutamina contribuem para suas polaridades. A cisteína é um
caso isolado aqui porque sua polaridade, devida ao seu grupo sulfidrila, é bastante modesta. A cisteína é um
ácido fraco e pode fazer fracas ligações de hidrogênio com o oxigênio ou nitrogênio. A cisteína é prontamente
oxidada para formar um aminoácido dimérico ligado de modo covalente chamado cistina, no qual duas
moléculas ou resíduos de cisteína são ligadas por uma ligação dissulfeto. Os resíduos ligados a dissulfetos são
fortemente hidrofóbicos (apolares)

a cisteína é o único
aminoácido cuja cadeia
- Propriedades oxirredutoras → lateral é capaz de fazer
ligações covalentes e com
isso pode contribuir para
a prolina não é um aminoácido
a estrutura da proteína.
típico, e sim um iminoácido,
uma vez que seu Cα e seu Nα
fazem parte de um anel
heterocíclico da molécula

○ Iônicas ácidas → Os dois aminoácidos que apresentam grupos R com carga negativa final em pH 7,0 são o aspartato e
o glutamato.
- A asparagina e a glutamina são as amidas de outros dois aminoácidos também encontrados em proteínas, aspartato
- Iônicas básicas → aminoácidos nos quais os grupos R têm uma carga positiva significativa em pH 7,0 são lisina,
arginina e histidina.

Histidina → α - IMIDAZOL
h

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arginina e histidina.

Histidina → α - IMIDAZOL
h

• Derivados pós - translacionais


Além dos 20 aminoácidos comuns, as proteínas podem conter resíduos criados por
modificações de resíduos comuns já incorporados em um polipeptídeo. A 4-hidroxiprolina,
um derivado da prolina, e a 5-hidroxilisina, derivada da lisina e a g-carboxiglutamato,
encontrado na proteína de coagulação protrombina e em algumas outras proteínas que se
ligam ao íon cálcio como parte de suas funções biológicas

 Propriedades espectrais: detectar alguma proteína pela intensidade de absorção do aminoácido

 Propriedades ácido-básicas: ácidos e bases fracos


- Dissolvido em água → permanece na solução como um íon bipolar, ou zwitteríon, que pode agir como ácido ou base (anfotéricas)
- Embora tanto o R — COOH quanto o R — NH3+ sejam ácidos fracos, o R — COOH é muito mais forte que o R — NH3+. Assim,
em pH fisiológico (pH 7,4), os grupamentos carboxila existem quase totalmente como R — COO–, e grupamentos amino,
predominantemente como R — NH3+.
- Os aminoácidos no sangue e na maioria dos tecidos devem ser representados como em A, a seguir.
A estrutura B não pode existir em uma solução aquosa porque, em
qualquer pH suficientemente baixo para protonar ogrupamento
carboxila, o grupamento amino também seria protonado. De modo
similar, em qualquer pH suficientemente alto para que predomine um
grupamento amino sem carga, o grupamento carboxila estará presente
como R—COO–. A representação não carregada B é, no entanto,
frequentemente utilizada quando escrevemos reações que não
envolvem equilíbrio protônico.

- pKa → determina a força dos ácidos fracos

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- pKa → determina a força dos ácidos fracos
• Para moléculas com múltiplos prótons dissociáveis, o pKa de cada grupamento ácido é designado substituindo o subscrito
“a” por um número.
• Carga líquida de um aminoácido → soma algébrica de todos os grupamentos carregados positiva e negativamente
(depende do pKa dos grupos funcionais e do pH do meio adjacente)

Quanto maior o pKa,


menor é a acidez do ácido

- pI → pH isoelétrico (pH a meio caminho entre os valores de pKa)


• Para um aminoácido como a alanina, que possui apenas dois
grupamentos dissociáveis, o pI é uma média entre os dois pKa

- Titulação pHmétrica → a titulação ácido-base envolve a adição ou remoção gradual de prótons.


desprotonada
protonada

O valor de pH aumentaria livremente com a


adição de hidróxido (OH-), mas o comportamento
ÁCIDO do aminoácido impede essa variação
abrupta, por isso ele possui ação TAMPONANTE

A quantidade de OH O pKa varia de acordo com o ambiente


titulado depende da e fica diferente na proteína quando
concentração da amostra comparado ao aminoácido isolado (por
indução ou ressonância)

Para saber onde o aminoácido age


como um bom tampão, é preciso olhar
em que faixas de pH ele freia a variação
Ex.: HISTIDINA - ação tamponante no
sangue

 PEPTÍDEOS
- Ligação peptídica → ocorre por desidratação
- Formação da ligação AMIDA → ressonância

 Nomenclatura: Os aminoácidos presentes em


peptídeos são chamados de resíduos aminoacil
e são designados pela substituição dos sufixos -ato ou
-ina dos aminoácidos livres por -il (p. ex., alanil,
aspartil, tirosil). A terminação -ina no resíduo

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 Nomenclatura: Os aminoácidos presentes em
peptídeos são chamados de resíduos aminoacil
e são designados pela substituição dos sufixos -ato ou
-ina dos aminoácidos livres por -il (p. ex., alanil,
aspartil, tirosil). A terminação -ina no resíduo
carboxiterminal indica que seu grupo α-carboxílico
não está envolvido em uma ligação peptídica.
Ex.: isil-leucil-tirosil-glutamina

 PROTEÍNAS

 Conceito: polímeros de proteína


 Classificação:
- QUANTO À ESTRUTURA

1) PRIMÁRIA: Polímeros de aminoácidos unidos entre si por ligações peptídicas


2) SECUNDÁRIO: se organizam em torno de uma dimensão maior do espaço
○ Associam-se por ligações de hidrogênio

Beta (mais estável), Alfa e Loop

3) TERCIÁRIA: se enovelam nas três dimensões do espaço

4) QUATERNÁRIO: organizam-se em subunidades em um único conjunto funcional

Grupo prostético - grupo diferente


da estrutura da proteína
Ex.: grupo heme da hemoglobina

• Domínio → regiões de uma mesma subunidade que apresentam diferenças

- QUANTO À FORMA:
1) FIBRILARES: Ex.: queratina (insolúveis)
2) GLOBOSAS: Ex.: albumina

- QUANTO AO NÚMERO DE SUBUNIDADES:


1) MONOMÉRICAS: Ex.: albumina
2) OLIGOMÉRICAS: Ex.: hemoglobina

- QUANTO À COMPOSIÇÃO
1) SIMPLES Todo processo de
desnovelamento é uma
2) CONJUGADAS - porção proteica e porção não-proteica (grupo prostético)

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2) OLIGOMÉRICAS: Ex.: hemoglobina

- QUANTO À COMPOSIÇÃO
1) SIMPLES Todo processo de
desnovelamento é uma
2) CONJUGADAS - porção proteica e porção não-proteica (grupo prostético) desnaturação, mas nem toda
desnaturação ocasiona em
desnovelamento
 Desnovelamento e desnaturação:

- Desnovelamento → abertura completa da proteína


- Desnaturação → mudança na conformação da proteína com consequente perda da atividade biológica
- Agentes desnaturantes e desnovelantes → etanol, ureia, dodecil sulfato de sódio, cloreto de guanidino
○ Etanol - diminui a força hidrofóbica da água porque é anfipático, o que faz com que as partes apolares
das proteínas deixem de se esconder e mudem sua conformação
○ Dodecil - pode formar micelas (emulsificante - exposição da parte apolar)
○ Ureia e cloreto - muito hidrofílicas (ligações de hidrogênio - competem com a água pela L.H. com a
proteína e, consequentemente, diminuem a sua estabilidade)
○ Calor - aumenta a energia vibracional, diminui contatos e quebra a ligação entre os pares iônicos
○ Extremos de pH - ruptura de pares iônicos

 CROMATOGRAFIA

- Técnica utilizada para a purificação de proteínas para a análise de suas propriedades

 Classificação:
1) CROMATOGRAFIA EM COLUNA → as esferas da fase estacionária podem ser
quimicamente derivadas para cobrir sua superfície com grupamentos ácidos,
básicos, hidrofóbicos ou semelhantes a ligantes necessários para as cromatografias
de troca iônica, de interação hidrofóbica ou por afinidade. À medida que o líquido
da fase móvel emerge da coluna, ele é automaticamente coletado em uma série de
pequenas porções, denominadas frações.

2) CROM. LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (HPLC) Cromatografia de exclusão por tamanho. A:


Uma mistura de grandes moléculas (em marrom)
e pequenas molécula (em vermelho) é aplicada
no alto de uma coluna de filtração em gel. B: Ao
entrar na coluna, as pequenas moléculas
penetram nos poros da matriz da fase
estacionária (em cinza), a partir da qual as
grandes moléculas são excluídas. C: À medida
que a fase móvel (em azul) flui para baixo na
1) CROM. POR FILTRAÇÃO MOLECULAR → utiliza esferas porosas para separar coluna, as grandes moléculas excluídas fluem
partículas de tamanhos diferentes. As proteínas com raio de Stokes muito grande com ela, ao passo que as pequenas moléculas,
para entrar nos poros (proteínas excluídas) permanecem no fluxo da fase móvel e que são temporariamente protegidas do fluxo
emergem antes das proteínas capazes de entrar nos poros (proteínas incluídas). quando estão dentro dos poros, ficam cada vez
mais distantes.
Assim, as proteínas emergem de uma coluna de filtração em gel na ordem decrescente
de seus raios de Stokes.

2) CROM. POR TROCA IÔNICA → as proteínas interagem com a fase estacionária por meio de interações
entre cargas.

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entre cargas.
- As proteínas com carga líquida positiva em um determinado
pH irão aderir firmemente às esferas com grupamentos funcionais
carregados negativamente como carboxilatos ou sulfatos
(trocadores de cátions). De maneira similar, as proteínas com
carga líquida negativa aderem às esferas com grupamentos funcionais
positivamente carregados, geralmente aminas terciárias ou quaternárias
(trocadores de ânions). As proteínas não aderentes fluem pela matriz e
são eluídas. As proteínas ligadas são seletivamente deslocadas por meio
da elevação gradual na força iônica da fase móvel, enfraquecendo, dessa
forma, as interações entre cargas.

3) CROM. DE AFINIDADE → explora a elevada seletividade da maioria das proteínas por seus ligantes,
usando substratos imobilizados, produtos, coenzimas etc.
- Na teoria, apenas as proteínas que interagem com o ligante imobilizado ficam aderidas.

 ELETROFORESE

- Eletroforese separa as biomoléculas carregadas com base nas velocidades com que elas migram em um
campo elétrico aplicado
- O método mais amplamente utilizado para determinar a pureza de uma proteína é o SDS-PAGE -
eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE) na presença do detergente aniônico dodecil sulfato de sódio
(SDS)
○ O SDS provoca o desdobramento ou a desnaturação do polipeptídeo
○ Como a relação de carga/massa de cada complexo
SDS-polipeptídeo é aproximadamente igual, a
resistência física que cada peptídeo encontra à medida
que ele se move através meio da matriz de acrilamida
determina a velocidade da migração. Grandes complexos
encontram maior resistência, levando à separação dos
polipeptídeos com base em sua massa molecular relativa (Mr).
- Material mergulhado em solução tampão e submetido a uma corrente elétrica

 ENZIMAS

- Catalisadores biológicos
- Não são consumidas na reação
- Extremamente seletivas → estereoespecificidade (capazes de reconhecer os isômeros, catalisando reações
de apenas um deles)
- Ligam-se ao substrato por 3 pontos de acoplamento

A estabilidade térmica do
complexo ES é maior que
a da própria enzima
(mais difícil desnaturar)

Isquemia cardíaca → + lactato


desidrogenase → glicólise
anaeróbica

 Isoenzimas: pequenas alterações estruturais, mas catalisam as mesmas reações

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 Velocidade da reação:

A variação da energia livre (ΔG°)


e o equilíbrio das reações não
são afetados

 Teoria do estado de transição: A enzima aumenta a velocidade (cinética) da reação ao diminuir a energia de
ativação (EA) sem alterar seu equilíbrio (termodinâmica) e sem ser consumida no processo.

 Formação de complexo enzima-substrato: modelo chave-fechadura


• Complementaridade do sítio de ligação da enzima com o estado de transição e NÃO do S.A. da enzima com o
substrato
○ Gera um efeito de distorção que diminui a E.A.

 Cofator, coenzima e grupamento prostético:


- Grupamento prostético: incorporados na estrutura da proteína. Ex.: FAD, FMN (flavina mononucleotídeo)
○ Mais comum - íons metálicos (METALOENZIMAS)
- Cofator: podem se associar diretamente à enzima ou na forma de um complexo cofator-substrato
○ Funções semelhantes às do G.P.
○ Diferença - ligam-se de forma transitória e dissociável; devem estar presentes no meio circulante da
enzima

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enzima
○ Mais comum - íons metálicos (ENZIMAS ATIVADAS POR METAL)
- Coenzima: transportadores recicláveis que conduzem muitos substratos de um ponto a outros dentro da
célula
○ Função dupla - 1) estabilizam espécies como átomos de H (FADH E NADH); 2) adaptador que
facilita o reconhecimento e a ligação de pequenos grupos químicos, como acetato (coenzima A), por
suas enzimas-alvo.

 Centro/sítio ativo: local de reconhecimento para a ligação de substratos, em que a transformação química
ocorre
- Sítio de especificidade (ligação do substrato)
○ S. de ligação primário
○ S. de ligação secundário → o substrato pode se ligar fora do sítio ativo em moléculas grandes

Quimiotripsina: catalisam aminoácidos de cadeias apolares aromáticas


(triptofano, fenilalanina e tirosina)

Tripsina: catalisam aminoácidos de cadeias básicas (lisina, arginina e


histidina)

- Sítio catalítico → responsável pela catálise propriamente


dita
○ Ex.: tríade da quimiotripsina (asparagina, histidina e
serina)
Muito longe na estrutura
primária, mas próximos na
terciária

Aumento da nucleofilicidade
do O da serina - + ácido

 Atividade enzimática:

- Unidade Internacional (UI) → 1 UI é a quantidade de enzima capaz de converter 1 μmol de substrato por
minuto
- Katal → 1 Katal é a quantidade de enzima capaz de converter um mol de substrato em produto por
segundo
- Atividade específica → unidade de atividade por massa (mg) de proteína
- Turnover number → número de moléculas de S convertidas em P por 1 molécula de enzima por minuto

 Fatores que alteram as reações enzimáticas

1) CONCENTRAÇÃO DA ENZIMA: quanto maior a concentração da enzima, maior a atividade enzimática


(até o ponto de saturação do substrato)

2) CONCENTRAÇÃO DE SUBSTRATO: quanto maior a concentração


do substrato, maior a atividade (até o ponto de saturação da enzima)
○ Lei de ação das massas
Início do
○ Cinética enzimática de Michaelis-Menten processo
▪ Equilíbrio de Briggs-Haldane (ocorre em um
só sentido)
Equilíbrio Quase equilíbrio

3) pH: altera o funcionamento e a ionização dos aminoácidos das enzimas


○ O pH pode variar em uma mesma enzima de acordo com o substrato

4) Temperatura:
Ocorre a desnaturação da enzima

5) Pressão: pV = nRT

6) Constante dielétrica do meio: quanto menor a constante (D), maior a força entre as cargas (explica porque
o etanol é um bom desnaturante)

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 Classificação quanto à composição:
Muitas enzimas requerem
1) Simples
a ação de cofatores não
2) Conjugadas (holoenzima) prostéticos (coenzimas)
a. Porção protéica (apoenzima)
b. Porção não-protéica (cofator prostético)

 Classificação em subclasses:

1) OXIRREDUTASE → Ex.: desidrogenases


○ Lactato desidrogenase (LDH) - conversão de lactato em piruvato (e vice-versa)
○ Piruvato utilizado na gliconeogênese
2) TRANSFERASE → Ex.: aminotransferases
○ Aspartato aminotransferase (AST) - degradação do
aminoácido aspartato (retirada do grupamento
amino)
3) HIDROLASES → Ex.: peptidases
○ Quimiotripsina
○ Geralmente quebra pela água

4) LIASE → Ex.: hidratases e desidratases

hidratase

FUMARATO ↔ L-MALATO
desidratase

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5) ISOMERASE → Ex.: isomerases
○ Triose fosfato isomerase
6) LIGASE → Ex.: carboxilases
○ Propionil-CoA carboxilase

 A cinética enzimática de Michaelis-Menten

- Quase equilíbrio de Briggs Haldane → Equilíbrio (in vivo) e quase equilíbrio (in vitro)
○ Formação do complexo ES antes da formação do produto, liberando a enzima
○ O produto, no organismo, logo se torna reagente de outra reação (diferença matemática do equilíbrio e
do quase)

○ Quanto maior a concentração, maior a velocidade até o ponto de saturação (Vmáx.)


○ Km - constante de "meia saturação", em que a velocidade é Vmáx/2 (dissociabilidade do complexo
ES)
○ K2 pode ser chamado de Kcat (constante catalítica)

 Inibição da atividade enzimática

- Diferente de modulação alostérica negativa


- Importância → especialmente farmacoterapêutica
- Reversível
○ Competitiva - o inibidor tem semelhança estrutural com o substrato e atua impedindo a formação do
complexo ES formando o complexo EI

↑ Ki - ↑ dissociação da enzima
com o inibidor (+ fácil p/ substrato)

○ Incompetitiva ou acompetitiva - o inibidor se liga ao complexo de enzima-substrato


▪ Ki' - constante de dissociação do complexo ESI
▪ Km diminui e Vmáx diminui

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▪ Km diminui e Vmáx diminui

○ Linear mista - há ligação a um sítio distinto do sítio ativo, ao qual o substrato se liga. Nesse caso, o
inibidor pode ligar-se tanto à enzima quanto a ES.
▪ Não competitiva: o inibidor se liga a outro local que não o centro ativo
▪ Km não se altera e Vmáx diminui

- Irreversível:

 Ação reguladora

- No metabolismo celular, grupos de enzimas trabalham conjuntamente em vias sequenciais para realizar um
determinado processo metabólico, como a degradação da glicose a lactato por uma série de reações ou as
muitas reações da síntese de aminoácidos a partir de precursores simples. Nesses sistemas enzimáticos, o
produto da reação de uma enzima é o substrato da enzima seguinte. Cada via, entretanto, inclui uma ou
mais enzimas que influenciam em muito a velocidade de toda a sequência de reações. Essas enzimas
regulatórias têm a atividade catalítica aumentada ou diminuída em resposta a certos sinais.

- Regulação alostérica
○ É o tipo de regulação fundamentada na ação de regiões da enzima chamadas de sítios alostéricos,
existentes apenas em algumas enzimas que, além de fazer catálise, também regulam a velocidade de
suas reações
○ Um sítio alostérico é uma outra região da enzima, além do centro ativo
○ O sítio alostérico é modulado por substâncias chamadas de efetores alostéricos
▪ Classificação quanto à estrutura:
1 - Homotrópicos: quando são o próprio substrato
2 - Heterotrópicos: quando são diferentes do substrato

▪ Classificação quanto ao efeito:


1 - Positivos (ativação)
2 - Negativos (inibição)

- Regulação covalente
○ Regulação da atividade enzimática pela quebra ou união de grupos à enzima, com ativação e/ou
inibição da atividade enzimática.

Metabolismo de produtos nitrogenados


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Metabolismo de produtos nitrogenados
 Origem dos aminoácidos do organismo humano:

- Proteólise exógena (digestão de proteínas da alimentação) - aminoácidos essenciais


- Proteólise endógena - aminoácidos não-essenciais
• Proteólise lisossomal
○ Proteólise de proteínas de membrana ou proteínas extracelulares
○ Ativada por glucagon e inibida por insulina
• Proteólise dependente de ATP e ubiquitina (proteassoma)
○ Proteólise de proteínas intracelulares mal-enoveladas e/ou desnaturadas
○ Ativada por glucagon e inibida por insulina
• Proteólise dependente de cálcio
○ Promovida por cisteíno-proteases chamadas calpaínas
○ Proteólise de proteínas regulatórias (de vida curta e baixa concentração)
- Biossíntese - Glicina, Alanina, Prolina, Aspartato, Asparagina, Glutamato, Glutamina, Cisteína, Serina,
Tirosina

 Proteostase: proteína + homeostase:

 Destinos dos aminoácidos do organismo humano

1. Polímeros (peptídeos e proteínas)


2. Produtos nitrogenados especializados (bases nitrogenadas, heme, serotonina,
dopamina, etc.)
3. Intermediários do ciclo do ácido cítrico (anaplerose)
4. Glicose (gliconeogênese) e corpos cetônicos (cetogênese)
5. Ácidos graxos e triacilgliceróis (lipogênese e esterificação)
6. Energia

Existem estratégias de
transaminação que usam
OXALOACETATO em vez de alfa-
ceto-glutarato

Quando é oxaloacetato, há a
formação de aspartato e não
glutamato

Página 13 de BIOQUÍMICA
1) TRANSAMINAÇÃO
- Requer coenzima da vitamina B6 (piridoxina) → piridoxal fosfato
- O L-aminoácido perde o grupamento amino e é transformado em um α-ceto-ácido; o α-ceto-glutarato, ao
receber o grupamento amino é convertido em L-glutamato
• Catalisada por uma aminotransferase

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2) DESAMINAÇÃO
- Retirada do grupamento amino do glutamato com a liberação de AMÔNIA (íon amônio - NH4+)
- É um processo de oxidação por desidrogenação (enzima oxirredutase desidrogenase - GLUTAMATO
DESIDROGENASE)

- Formação do α-ceto-glutarato e liberação de amônia


- Usa NAD no sentido direto e NADP no sentido reverso
- Propriedades regulatórias da L-Glu-DH → inibida pelo GTP e ativada pela ADP (se tem muito ADP, o
CAC não está funcionando direito - resolvido aumentando a quantidade de α-ceto-glutarato e, pra isso,
precisa aumentar a atividade da enzima)

3) CICLO DA UREIA

- Ureia → formada pra impedir as


manifestações tóxicas da amônia
- Amonemia - controle da osmolaridade
plasmática
- Concentração elevada - toxicidade
○ ↑ catabolismo de aminoácidos - ↑
liberação de amônia
O íon amônio não sofre difusão simples, mas
a amônia sofre - consumo de próton e
aumento do pH nas células (extrasava pra
circulação sanguínea)
○ Hiperamonemia - alcalose sanguínea
▪ Ruim para o transporte de gases
(aumento da afinidade da Hb pelo
O2, os tecidos não serão oxigenados
direito)
▪ Aumenta a formação do glutamato e
o consumo de NADPH + H+
▪ Desloca o α-ceto-glutarato das
reações do CAC - anti-anapleurose
(é como se tivesse uma
hipoglicemia)

Produção na via das pentoses,


associada a enzima málica,
associada a uma isoenzima
citoplasmática de isocitrato
desidrogenase, etc

Página 15 de BIOQUÍMICA
associada a enzima málica,
associada a uma isoenzima
citoplasmática de isocitrato
desidrogenase, etc

 Toxicidade da amônia:

- CAUSAS:
○ Alcalinização do meio interno humano
○ Aumento da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio
▪ Dificulta o catabolismo energético aeróbico
○ Menor oxigenação muscular (astenia muscular) e cerebral (declínio do catabolismo aeróbico da
glicose)
○ Perda de eletrólitos de carga negativa e de água (desidratação)
○ Diminuição da concentração de α-cetoglutarato nas mitocôndrias das
células neurais (declínio do metabolismo aeróbico da glicose)

Sentido reverso da
desaminação

- Glutamato → p/ formação de glutamina por ação da glutamina sintetase (utiliza amônia pra isso)
○ Levada pro fígado ou pros rins - alvo da glutaminase (promove a hidrólise do grupamento amino com
a liberação da amônia e a regeneração do glutamato)
▪ Fígado - Para as reações do ciclo da ureia - amônia convertida num resíduo não tóxico
▪ Rins - lançada na circulação (mecanismo de homeostase ácido-base)

- Alanina → a partir do tecido muscular,


especialmente pós contração muscular vigorosa
○ Produção de lactato pós contração intensa
- Transferência do piruvato para o fígado sob a forma
de alanina
- O glutamato perde o grupo amino, convertendo
piruvato em alanina e o glutamato em α-
cetoglutarato
- A reção inversa volta a acontecer no fígado e o
grupamento amino entra no ciclo da ureia

Página 16 de BIOQUÍMICA
- 4 reações e 1 reação de
alimentação do ciclo
- CPS I - mitocôndria
- CPS II - citosol (não tá
relacionado ao ciclo da ureia)

- Ureia → forma de excreção da


ureia e de CO2 também
○ Formação do bicarbonato que
é convertido em
carboxifosfato a partir da
hidrólise de um ATP
○ Gasta bastante energia
- Reações em etapa da mesma
enzima CPS I

PARTE DA VIA DE
BIOSSÍNTESE DE
ARGININA

Página 17 de BIOQUÍMICA
PARTE DA VIA DE
BIOSSÍNTESE DE
ARGININA

CONSIDERADA UM
AMINOÁCIDO ESSENCIAL
NAS SITUAÇÕES QUE A
AMONEMIA SE ELEVA

Um aminoácido não essencial


pode ser considerado essencial
dependendo da demanda de cada
situação

ORNITINA É REGENERADA

- Regulação: - Um grupamento amino da uréia veio de amônia livre e o outro veio do


aspartato

- Enzima ativada por N-acetil-glutamato (vem do N-acetil-glutamato-sintase a partir de glutamato e acetil-


CoA)
○ Elevação da amônia relacionada à cetogênese

INTERDEPENDÊNCIA
ENTRE OS DOIS
CICLOS

Página 18 de BIOQUÍMICA
- Eleva a taxa de amônia - o ciclo da
ureia deve estar + ativo - demanda
mais ornitina (produzida pela arginina)
- Com a arginina baixa: baixo teor de
ornitina - capacidade da fazer o ciclo
da ureia diminuída -
HIPERAMONEMIA GRAVE

Também aumenta a cetogênese

O fígado não consegue fazer as


reações do ciclo da ureia direito

Problemas no início do
ciclo são mais graves - alta
probabilidade de óbito

4) METABOLISMO DO α-CETOÁCIDO

- MISTOS - podem ser usados pra


produzir piruvato e intermediários
do CAC e serem usados para a
gliconeogênese OU podem produzir
acetoacetil-CoA ou acetil-CoA

- Vermelhos - essenciais
- Azuis - não essenciais

- Leucina e lisina não formam


intermediários do CAC

Página 19 de BIOQUÍMICA
Página 20 de BIOQUÍMICA
- Alcaptonúria - deficiência hereditária de homogentizado-1,2-dioxigenase
• Forma um polímero do homogentizado - possui uma cor escura e deixa a urina preta
- Fenilcetonúria - hiperfenilalaninemias - diagnosticada através do teste do pezinho

- Deficiência na tirosina também


• Problemas neurológicos
- Tirosina transaminase - também faz a transaminação da fenilalanina (necessita de alto nível circulante)
- Tetrahidrobiopterina oxidada a
diidro etc

Página 21 de BIOQUÍMICA
Metabolismo
quinta-feira, 27 de maio de 2021 13:42

 BIOENERGÉTICA: ANABOLISMO E CATABOLISMO

- Unidades de energia caloria (cal)

joule (J)
1 cal = 4,184 J

- Conceitos fundamentais da termodinâmica


○ Energia livre de Gibbs (G) - energia útil
○ Entalpia (H) - conteúdo de calor
○ Entropia (S) - grau de desordem

Aditividade de valores de ΔGº de


reações: ACOPLAMENTO

 Acoplamento de reações

Os termos exergônico e endergônico, em vez dos termos


químicos normais “exotérmico” e “endotérmico”, são
utilizados para indicar que um processo é acompanhado
pela perda ou ganho, respectivamente, de energia livre em
qualquer forma, não necessariamente como calor.

 Trifosfato de adenosina (ATP)


ATP → 3 grupamentos fosfato +
ribose + adenina
- instabilidade: repulsão das
cargas negativas do fosfato
○ Gera quebra e liberação
de energia
- ADP - mais estável - menor
repulsão
- Quebra de ATP em AMP →
2x quebra de ATP em ADP

 Metabolismo energético aeróbico

- Três estágios:
1) Combustíveis que são ingeridos na alimentação (glicose, ácidos graxos,
aminoácidos - degradados em AcetilCoA) vão ser usados como fonte de
energia - FASE DE COLETA DE MOLÉCULAS DE ACETIL-COA

Obs: etanol também pode ser precursor de Acetil-CoA

2) O Acetil-CoA formada entra numa série de reações de natureza cíclica


(Ciclo do Ácido Cítrico - Ciclo de Krebs), a qual objetiva oxidar o grupamento

Página 22 de BIOQUÍMICA
Obs: etanol também pode ser precursor de Acetil-CoA

2) O Acetil-CoA formada entra numa série de reações de natureza cíclica


(Ciclo do Ácido Cítrico - Ciclo de Krebs), a qual objetiva oxidar o grupamento
acetila do Acetil-CoA, convertendo os dois átomos de carbono em moléculas
de CO2 e retirando os H associados ao carbono, para o seu transporte com
coenzimas de oxido redução (NAD, FAD)

3) Os hidrogênios associados aos NAD e FAD são levados à cadeia de


transporte de elétrons, os H vão sendo progressivamente transferidos e
decompostos em prótons e elétrons, e os elétrons no final vão ser usados para
redução de oxigênio molecular com a formação de água. A energia associada
ao transporte desses elétrons é utilizada na produção de ATP (fosforilação oxidativa).

- Combustível: grupamento acetila da Acetil-CoA


○ COENZIMA A → síntese a partir da vitamina B5 (ácido pantotênico)

 Ciclo do ácido cítrico

- Fontes de Acetil-CoA:
1) PIRUVATO DESIDROGENASE - piruvato oxidado em acetil-coA e CO2: descarboxilação oxidativa

Fontes de piruvato - glicólise, PDH - enzima alostérica,


vários aminoácidos, porção inibida por ATP, acetil-coa,
glicerol de triacilglicerol NADH e ácidos graxos

2) β-oxidação de ácidos graxos Em muitos tipos de


3) Catabolismo de aminoácidos células cancerosas, a
glicose sofre glicólise
anaeróbica no citosol,
com lactato como
produto colateral

4) Oxidação de etanol no fígado

- Reações:
1) Reação da citrato sintase -Acetil-CoA + oxaloacetato = citrato
Marcados - reações
de oxirredução por
desidrogenação

2) Reação da aconitase - citrato → cis-aconitato → isocitrato


- Produto isomérico Os carbonos da acetil-CoA são

Página 23 de BIOQUÍMICA
2) Reação da aconitase - citrato → cis-aconitato → isocitrato
- Produto isomérico Os carbonos da acetil-CoA são
descarboxilados (retirada de CO2)
3) Reação da isocitrato desidrogenase - isocitrato → α-cetoglutarato
- Ação da NAD ou NADP
- Descarboxilação

4) Reação da α-cetoglutarato desidrogenase - α-cetoglutarato → succinil-CoA

Essa reação é
essencialmente
idêntica à reação
da piruvato-
desidrogenase

5) Reação da succinil-CoA sintetase - succinil-CoA → succinato


○ Formação de um GTP ou ATP (duas isoenzimas)

6) Reação da succinato desidrogenase - succinato → fumarato

Forma FAD e
não NAD

O malonato, um análogo do succinato normalmente


ausente nas células, é um forte inibidor competitivo da
succinato desidrogenase, e, em laboratório, sua adição à
mitocôndria bloqueia a atividade do ciclo do ácido cítrico.

7) Reação da fumarato hidratase - fumarato → L-malato

Reversível

O estado de transição é um carbânion

Altamente estereoespecífica

8) Reação da malato desidrogenase - L-malato→ oxaloacetato

- Regulação

Toda desidrogenase necessita


de uma coenzima aceptora de
hidrogênio (NAD E FAD)

Usam dinucleotídeo de nicotinamida


adenina (NAD+) ou dinucleotídeo de
nicotinamida adenina- fosfato
(NADP+) – ou ambos – que são
formados no organismo a partir da

Página 24 de BIOQUÍMICA
Usam dinucleotídeo de nicotinamida
adenina (NAD+) ou dinucleotídeo de
nicotinamida adenina- fosfato
(NADP+) – ou ambos – que são
formados no organismo a partir da
vitamina niacina (B3)

Quando um substrato é oxidado,


ele perde 2 átomos de hidrogênio
e 2 elétrons. Um H+ e os 2 elétrons
são aceitos por NAD+ para formar
NADH, e o outro H+ é liberado

O NADH é gerado nessas vias pela oxidação


de moléculas combustíveis, e o NAD+ é
regenerado pela oxidação de NADH, à
medida que ele transfere os elétrons para o
O2 através da cadeia respiratória na
mitocôndria, um processo que leva à
formação de ATP

O FAD aceita 2 elétrons e 2 H+ na reação, Outro papel das desidrogenases dependentes


formando FADH2. Os grupamentos flavina de riboflavina é na desidrogenação (por meio
são, em geral, mais fortemente ligados às da di-hidrolipoil-desidrogenase) do lipoato
suas apoenzimas do que as coenzimas reduzido, um intermediário na descarboxilação
nicotinamidas. oxidativa do piruvato e do a-cetoglutarato
A NADH-desidrogenase age como
um transportador de elétrons entre
o NADH e os componentes de
potencial redox mais elevado

- Resumo das reações do ciclo de Krebs: saldo de 3 NADH, 1 FADH2, 1 GTP (ou ATP) e 2 CO2

Para iniciar uma rodada do ciclo, a acetil-CoA doa seu grupo acetila ao composto de quatro carbonos oxalacetato, formando o
composto de seis carbonos citrato. O citrato é, em seguida, transformado em isocitrato, também uma molécula com seis
carbonos, o qual é desidrogenado com a perda de C02 para produzir o composto de cinco carbonos a-cetoglutarato (também
chamado de oxoglutarato). O a-cetoglutarato perde uma segunda molécula de C02, originando ao final o composto de quatro
carbonos succinato. O succcinato é, então, convertido por três etapas enzimáticas ao composto de quatro carbonos oxalacetato -
que está, assim, pronto para reagir com outra molécula de acetil-CoA. Em cada rodada do ciclo entra um grupo acetila (dois
carbonos) na forma de acetil-CoA, e são removidas duas moléculas de C02; uma molécula de oxalacetato é utilizada para a
formação do citrato e uma molécula de oxalacetato é regenerada. Não ocorre nenhuma remoção líquida de oxalacetato;
teoricamente, uma molécula de oxalacetato pode participar da oxidação de um número infinito de grupos acetila, e, na verdade,
o oxalacetato está presente nas células em concentrações muito baixas. Quatro das oito etapas deste processo são oxidações, nas
quais a energia da oxidação é conservada de maneira muito eficiente na forma das coenzimas reduzidas NADH e FADH2.

Página 25 de BIOQUÍMICA
- Ciclo do ácido cítrico: uma via ANFIBÓLICA
▪ Serve a processos catabólicos e anabólicos
▪ Anaplerose - reações anapleróticas são reações químicas que formam intermediários de uma via metabólica
□ A reação anaplerótica mais importante no fígado e nos rins de mamíferos é a carboxilação reversível do piruvato
pelo C02 para a formação de oxalacetato, catalisada pela piruvato-carboxilase (requer a vitamina biotina - B7)
 A piruvato-carboxilase é uma enzima reguladora essencialmente inativa na ausência de acetil-CoA, seu
modulador alostérico positivo. Sempre que a acetil-CoA, o combustível do ciclo do ácido cítrico, está
presente em excesso, ela estimula a reação da piruvato-carboxilase para a produção de mais oxalacetato,
permitindo que o ciclo utilize mais acetil- CoA na reação da citrato-sintase

▪ Catabolismo - oxidação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos


▪ Anabolismo - o ciclo apresenta precursores de muitas vias de biossíntese
□ a-Cetoglutarato e oxalacetato - precursores dos aminoácidos aspartato e glutamato por simples transaminação
□ Succinil-CoA - intermediário central para a síntese do anel porfirínico dos grupos heme, que agem como
transportadores de oxigênio (na hemoglobina e na mioglobina) e transportadores de elétrons (nos citocromos)
□ Oxalacetato - pode ser convertido em glicose na gliconeogênese

 A cadeia de transporte de elétrons (CTE)

- Resumo:
1) Há fluxo de elétrons a partir de doadores de elétrons (substratos oxidáveis) através de uma cadeia de carreadores ligados
à membrana até um aceptor final de elétrons com um grande potencial de redução (o oxigênio molecular, O2);

2) A energia livre que se torna disponível por esse fluxo de elétrons "montanha abaixo" (exergônico) é acoplada ao transporte
"montanha acima" de prótons através de uma membrana impermeável a prótons, conservando a energia livre da oxidação
do combustível na forma de um potencial eletroquímico transmembrana;

3) O fluxo transmembrana de retorno dos prótons a favor de seu gradiente de concentração por canais proteicos específicos
fornece a energia livre para a síntese de ATP, catalisada por um complexo proteico presente na membrana (ATP-sintase),
que acopla o fluxo de prótons à fosforilação do ADP.
A cadeia respiratória
mitocondrial consiste

Página 26 de BIOQUÍMICA
fornece a energia livre para a síntese de ATP, catalisada por um complexo proteico presente na membrana (ATP-sintase),
que acopla o fluxo de prótons à fosforilação do ADP.
A cadeia respiratória
mitocondrial consiste
em uma série de
carreadores que agem
As enzimas que catalisam sequencialmente,
as reações na CTE são sendo a maioria deles
oxirredutases proteínas integrais
com grupos
prostéticos capazes
de aceitar e doar um
O intermediário que recebe os ou dois elétrons
átomos de hidrogênio de todas
as coenzimas que alimentam
essa via metabólica é o
citocromo Q (ubiquinona) 3 tipos de transferência de
elétrons na fosforilação
oxidativa:
(1) transferência direta de
elétrons, como na redução de
Fe3+ a Fe2+, (2) transferência
na forma de um átomo de
hidrogênio (H+ + e-) e (3)
transferência como um íon
hidreto (:H-), que tem dois
elétrons.
- Funcionamento:

• Propósito é a formação de ATP a partir de oxirreduções


• As enzimas que participam da CTE são oxirredutases
• Componentes:
○ Complexo I que transfere o H+ do NADH + H+ para a coenzima Q (logo, tem 2 substratos)
○ Complexo II faz a transferência de hidrogênios do succinato à coenzima Q
○ Complexo III pega os hidrogênios da coenzima Q e transfere elétrons para o citocromo C (proteína)
○ Complexo IV (oxidase)
• Os elétrons fluem para o oxigênio molecular, pois ele é o que te maior potencial de redução (maior tendência de receber os
elétrons da cadeia)
• Parte da energia da passagem de elétrons é usada para bombear 4 prótons para o espaço intermembranar pelo Complexo I.
A passagem de elétrons para o Complexo III também libera energia que é usada para o transporte de 4 prótons. No
Complexo IV o mesmo ocorre (formação de energia), fato que influência no transporte de 2 prótons para o espaço
intermembranar. Essa conjuntura forma um gradiente protônica (excesso de prótons no espaço intermembranar-
espontaneidade na volta de H+). Dessa forma, esses prótons voltam para dentro da mitocôndria a partir da ATP sintase
liberando energia que é usada para a formação do ATP (ADP + Pi). Tal geração de energia é análoga à geração de energia
em uma usina elétrica a partir de um gerador.

- Via metabólica final:

- Inibidores da cadeia:

• Os inibidores da cadeia de transporte de elétrons consiste na Retenona Amital que inibe o Complexo I, a Antimicina A que

Página 27 de BIOQUÍMICA
• Os inibidores da cadeia de transporte de elétrons consiste na Retenona Amital que inibe o Complexo I, a Antimicina A que
inibe o Complexo III e o CN-,N3- e CO que inibe o Complexo IV. A Rotenona amital é menos tóxica, pois não impede a
geração de ATP através dos FAD (pelo Complexo II - Succinato/Fumarato)

Menos tóxico: rotenona amital -


bloqueia só o complexo I (em que
o NADH despeja seus elétron)

- Resultado final:

4 H+ por 1 ATP

Página 28 de BIOQUÍMICA
REVISÃO BIOQUÍMICA P1
quinta-feira, 27 de maio de 2021 13:42

Nucleotídeos - importância fisiológica


Processamento da informação genética
RNA E DNA
RNAm

 AMINOÁCIDOS

- Unidades fundamentais dos peptídeos e proteínas


- Biossíntese de outras moléculas - glicose, lipídeos, nucleotídeos etc
- Fontes de energia
- Tamponamento (impede variações bruscas de pH) - Ex.: histidina no pH
fisiológico
- Classificação:
- Apolar (alifáticos e aromáticos) e polares (ionicas - ácidos e bases - ou não)
- Abreviação de 3 ou de 1 letra

 Propriedades ácido-básicas:
○ pH mais baixo - todos protonados
○ pH mais alto - todos desprotonados
○ Representação sem carga não condiz com a realidade
○ Ex.: ácido aspártico - 3 grupos ionizáveis (1 amino e 2 carboxilas)
▪ pK's bastante afastados do pH fisiológico (não é um bom tampão
para o organismo)

 PROTEÍNAS

- Estruturas primárias até quaternárias


- Grupo prostético: componente da proteína que não faz parte das ligações
peptídicas (composição não-proteica)
- Agentes desnaturantes: etanol, dodecil, calor, extremos de pH, ureia
- ELETROFORESE: purificação de biomoléculas
○ Purificação de proteínas pela migração diferencial em um campo elétrico
○ Acontece a partir da carga (ionização) da proteína atraídas pelos polos do
campo elétrico
○ O peso molecular conta na migração

 HEMOGLOBINAS

- Estado T - menos oxigênio (baixa afinidade com o ligante)


○ Tecido extrapulmonar, mais [H+], mais pCO2
- Estado R - mais O2 (alta afinidade com o ligante)
Página 29 de BIOQUÍMICA
- Estado R - mais O2 (alta afinidade com o ligante)
○ Tecido pulmonar, menos [H+], menos pCO2
- 2,3-DPG - enzima que favorece a formação do estado T
- Subunidade beta - transcrita por um único gene (mutação mais comum)
- GAG (glutamato) - GUG (valina)
○ Alteração de carga (alteração da mobilidade eletroforética)

- Agregação macromolecular dos tetrâmeros de hemoglobina


- Menor fluidez da membrana do eritrócito falcizado
○ Tem mais ácidos graxos saturados e ou monoinsaturados do que
poliinsaturados
○ Ruptura (hemólise) da membrana friável
- Vaso oclusão dos capilares - isquemia, infarto
○ Exacerbação da hemólise
○ Diminuição de plaquetas
- Indivíduos com doença falciforme - maior mortalidade do COVID-19
- Hidroxiureia - eleva a quantidade de HbF (maior afinidade com o O2)
- Catabolismo do heme e formação de bilirrubina

 ENZIMAS

- Coenzimas - produzidas a partir de vitaminas (tiamina, niacina, riboflavina)


- Piruvato em lactato (LDH - lactato desidrogenase)
○ Toda desidrogenase requer uma coenzima receptora de elétrons
○ NAD
- Cinética enzimática: quase equilíbrio de Briggs Haldane
- Determinação de Vmáx e Km

 Inibição da atividade enzimática:


- Reversível
○ Competitiva - inibidor compete com o substrato pela enzima (+ Km e =
Vmáx)
○ Acompetitiva - inibidor se liga ao complexo ES (- Km e - Vmáx)
○ Linear mista (- Vmáx e o valor de Km vai depender de α e α')
▪ Não competitiva: Ki = Ki' e α = α' (= Km e mudança na Vmáx)

Página 30 de BIOQUÍMICA
▪ Não competitiva: Ki = Ki' e α = α' (= Km e mudança na Vmáx)
- Irreversível

 Ação reguladora: regulação alostérica - efetores alostéricos


- Negativo: desloca o equilíbrio para o estado T (sem atividade enzimática)
- Positivo: desloca o equilíbrio para o estado R

 Regulação covalente: atrelado a regulação de natureza hormonal

 METABOLISMO ENERGÉTICO AERÓBICO


- Etapas:
a. Formação da acetil-coA
b. Utilização do acetil-coA no ciclo de krebs
c. Cadeira transportadora de elétrons formando ATP
- Oxigênio: aceptor final de e-

 ATP - instável
- Quando quebrado libera energia formando produtos mais estáveis (ADP E
AMP)
- Energia: ATP em AMP = 2x ATP em ADP

 Ciclo do ácido cítrico: ocorre na matriz mitocondrial (exceção: succinato


desidrogenase ocorre na membrana interna)
- PDH - piruvato desidrogenase
- Utilização de coenzimas provenientes de vitaminas (acido pantotênico,
tiamina, niacina, riboflavina etc)
- Acetil-CoA - beta oxidação de ácidos graxos, catabolismo de aminoácidos,
oxidação do etanol no fígado
- Ciclo do ácido cítrico - via anfibólica
○ Via inversa - não associada a produção energética

 Cadeia de transporte de elétrons


- 4 complexos (I a IV), ubiquinona e citocromo C
- Os e- fluem para o O2 porque ele é o que possui maior capacidade de redução
- A energia é liberada jogando o H+ pro espaço intermembranoso, criando o
gradiente de concentração eletroquímico
- 4H+ - 1 ATP
- Inibidores: rotenona amital (I), antimicina A (IV)
- Na presença de inibidor o consumo de O2 cessa e a [NADH + H+] aumenta
- Adição de cianeto (CN-) inibe as reações do ácido cítrico
- Ação de desacopladores:
○ Desfazem o gradiente eletroquímico (elétrico e pH) - Ex.: DNP

 Teoria oxidativa - restrição calórica e longevidade

Página 31 de BIOQUÍMICA
Página 32 de BIOQUÍMICA
CARBOIDRATOS
segunda-feira, 31 de maio de 2021 08:05

• Conceito
Cm(H20)n

Também chamados
de glicanos

- São poli-hidroxi-aldeidos ou poli-hidroxi-cetonas

• Importância fisiológica
- Fontes de energia - glicose
- Reserva de energia - glicogênio
- Formação de outras biomoléculas *aminoácidos, nucleotídeos, lipídeos,
glicoconjugados - com aminoácidos, peptídeos e proteínas ou com lipídeos)
- Sustentação estrutural
- Adesão celular
- Reconhecimento - glicocálice

• Importância patometabológica
- Intolerância ao sorbitol e outros polióis
- Hiperfrutosemias (frutosúria essencial e intolerância hereditária à frutose)
- Hipergalactosemias
- Intolerância à lactose (primária e secundária)
- Intoxicação pelo etanol (aguda ou crônica)
- Anemia hemolítica aguda
- Glicogenoses
- Diabetes miellitus

• Classificação
- Monossacarídeos
- Oligossacarídeos
- Polissacarídeos (homopolissacarídeos e heteropolissacarídeos)
- Glicoconjugados (glicolipídeos e
aminoglicanas/peptideoglicanas/proteoglicanas - ou glicoproteínas)

○ Monossacarídeos - açúcares que não podem ser hidrolisados em


carboidratos mais simples
Classificação
Obs: a glicose, com
quatro átomos de carbono
assimétrico, pode
formar 16 isômeros.
Destaca-se o isomerismo
D e L (a orientação dos
grupos —H e —OH ao
redor do átomo de
carbono adjacente ao
carbono alcoólico terminal
(carbono 5 na glicose)
determina se o açúcar
pertence à série D ou L)

Hemiacetaliazação e hemicetalização

Obs: A fórmula estrutural de cadeia aberta


(aldo-hexose pode contribuir para algumas das
propriedades da glicose, porém uma estrutura
cíclica (um hemiacetal formado pela reação
entre o grupamento aldeído e um grupamento
hidroxila) é favorecida do ponto de vista
termodinâmico e contribui para outras
propriedade

Ciclização e anomeria da D-glicose (aldo-hexose)

Página 33 de BIOQUÍMICA
Ciclização e anomeria da D-glicose (aldo-hexose): a mutarrotação

As formas isoméricas de
monossacarídeos que
diferem apenas na
configuração do átomo de
carbono hemiacetal ou
hemicetal são chamadas de
anômeros

Reatividade inespecífica da glicose


- Glicação (não glicosilação) e formação de ligações cruzadas

Carbono aldeídico livre

OBS: Glicosilação x Glicação:


- Glicação é uma reação não enzimática irreversível independente da
concentração, a qual a glicose ou outros carboidratos são adicionados a
proteínas, lipídios ou DNA. Moléculas glicadas podem ser processadas
posteriormente para formar produtos de glicação avançada (AGEs).
- Glicosilação é um processo pós translacional, no qual a adição de
carboidratos a lipídios ou proteínas é catalisada por enzimas.

Ciclização e anomeria da D-frutose (ceto-hexose)

Ciclização e anomeria da D-ribose (aldo-pentose)

Página 34 de BIOQUÍMICA
○ Oligossacarídeos

Intolerância ao leite
Classificação

• Proteínas (alergia)
• Lipídeos (esteatorreia)
• Lactose (diarreia osmótica)
- Primária
1- Diferença genética
2- Adaptação
-Secundária
1- Agressão às células do epitélio intestinal
* Agressão infecciosa
* Agressão por agentes tóxicos
* Agressão autoimune

○ Polissacarídeos
1- Homopolissacarídeos Amido = amilose + amilopectina
Amilose
Amilose - não ramificada, resíduos de D-glicose (α 1→4)
Amilopectina - altamente ramificada,
ligados por
ligações (α 1→4), com ligações (α 1→6) nas ramificações;

Obs: As características estruturais que tornam o


Amilopectina e glicogênio glicogênio uma boa reserva de energia no
organismo humano é o fato de ter as
extremidades (altamente ramificada) que
facilitam tanto a degradação quanto a
biossíntese (ter os espaços vazios que facilitam a
associação de enzimas tanto de degradação
quanto de biossíntese) e o fato de ter uma
estrutura menos hidratável que vai significar a
geração de uma pressão osmótica na célula
menor do que significaria armazenar glicose
como moléculas isoladas no interior da célula

Celulose

Página 35 de BIOQUÍMICA
Obs: tem ligações de hidrogênio cruzadas

Quitina

2- Heteropolissacarídeos
Condroitin-6-sulfato

Ácido hialurônico

Heparina

○ Glicoconjugados
1- Glicolipídeos
2- Aminoglicanas, peptideoglicanas e proteoglicanas (ou glicoproteínas)
obs: Aminoglicanas ou mucopolissacarídeos: heparina, condroitin-6-sulfato, keratan-
sulfato, ácido hialurônico
Proteoglicanas: na matriz extracelular intersticial

Página 36 de BIOQUÍMICA
Vias metabólicas dos carboidratos

• Glicólise X Gliconeogênese
(quebra energética da glicose) (formação de glicose por outras espécies)
• Glicogenólise X Glicogênese
(formação da glicose pela (produção do glicogênio através da glicose)
degradação do glicogênio)

Catabolismo de outros carboidratos


Via das pentoses
Via do ácido urônico

Vias metabólicas dos lipídeos

• Lipólise X Esterificação
(degradação produzindo
ácidos graxos livres)
• Beta-Oxidação X Lipogênese
(utilização energética dos (biossíntese de ácidos graxos)
ácidos graxos)
• Cetólise X Cetogênese
(corpos cetônicos (produção de corpos cetônicos)
como fonte de energia)

Metabolismo de eicosanóides
Metabolismo de esfingolipídeos
Metabolismo de esteróides
Metabolismo de lipídeos de lipoproteínas plasmáticas

Vias metabólicas dos aminoácidos

Vias metabólicas dos nucleotídeos

• Anabolismo
1. Recuperação de bases nitrogenadas e nucleosídeos
2. Biossíntese "de novo" de nucleotídeos
a. Biossíntese de ribonucleotídeos
b. Biossíntese de desoxirribonucleotídeos

• Catabolismo
1. Purinonucleotídeos
2. Pirimidinonucleotídeos

• Metabolismo de Carboidratos
A Glicólise

A glicólise, que é a principal via do metabolismo


da glicose, ocorre no citosol de todas as células.
Ela pode funcionar tanto anaeróbia quanto
aerobiamente, dependendo da disponibilidade de
oxigênio e da cadeia de transporte de elétrons.

Conceito: a glicólise consiste na sequência de 10 reações 5 primeiras - fase de investimento


5 últimas - fase de pagamento

Reações:
1. Hexoquinase: fosforilação da glicólise a glicose-6-fosfato catalisada pela hexosinase,
usando ATP como doador de fosfato. Considerada irreversível. A hexosinase é inibida
alostericamente pelo seu produto (glicose-6-fosfato).

OBS: Em outros tecidos além do fígado (e das células


beta das ilhotas pancreáticas), a disponibilidade de
glicose para a glicólise é controlada pelo seu transporte
na célula, o qual, por sua vez, é regulado pela insulina. A

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OBS: Em outros tecidos além do fígado (e das células
beta das ilhotas pancreáticas), a disponibilidade de
glicose para a glicólise é controlada pelo seu transporte
na célula, o qual, por sua vez, é regulado pela insulina. A
hexocinase tem alta afinidade (baixo valor de Km) para
a glicose e, no fígado, está saturada em condições
normais, de modo que atua em velocidade constante para
fornecer glicose-6-fosfato e atender às necessidades do
fígado.
As células hepáticas também contêm uma isoenzima da
hexocinase, a glicocinase, cujo valor de Km é muito
mais alto do que a concentração intracelular normal de
glicose. A função da glicocinase no fígado é remover
glicose do sangue portal hepático após uma refeição,
regulando, assim, a concentração de glicose disponível
para os tecidos periféricos. Isso fornece mais glicose-6-
fosfato do que é necessário para a glicólise; ela é
utilizada para a síntese de glicogênio e para a
lipogênese.
(1° ponto regulatório)

Obs: caso o produto


(glucose 6-fosfato)
começar a sobrar, ele
vai inibir a hexoquinase
(glicose não vai ser
fosforilada e vai ser
aprisionada na célula)

2. Hexose-fosfato isomerase: a glicose-6-fosfato é convertida em frutose-6-fosfato pela


fosfo-hexose-isomerase, reação que envolve uma isomerização aldose-cetose.

3. Fosfofrutoquinase 1: fosforilação oxidada pela enzima fosfofrutocinase formando


frutose-1,6-bifosfato. É irreversível.

Obs: A fosfofrutocinase
(2° ponto regulatório) é induzível e submetida
à regulação alostérica,
tendo um importante
papel na regulação da
velocidade de glicólise

4. Aldolase A frutose-1,6-bifosfato é clivada


pela aldolase (frutose-1,6-
bifosfato-aldolase) em duas
trioses-fosfato, gliceraldeído-3-
fosfato e di-hidroxiacetona-
fosfato.

5. Triose-fosfato isomerase: a di-hidroxiacetona-fosfato é interconvertida à gliceraldeído-3-


fosfato por essa enzima.

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6. Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase: oxidação do gliceraldeído-3-fosfato a
1,3-bifosfoglicerato. Essa enzima que catalisa a reação é dependente de NAD.

7. Fosfoglicerato quinase: o fosfato é transferido do 1,3-bifosfoglicerato para o ADP,


formando ATP (fosforilação em nível do substrato) e 3-fosfoglicerato.

Obs: A toxicidade do arsênico decorre da


competição do arsenato com o fosfato
inorgânico (Pi) nessa reação, produzindo 1-
arseno-3-fosfoglicerato, que sofre
hidrólise espontânea a 3-fosfoglicerato,
sem formar ATP

8. Fosfoglicerato mutase (uma transferase): o 3-fosfoglicerato é isomerizado a


2-fosfoglicerato.

9. Enolase: desidratação da 2-fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato

Obs: A enolase é inibida por fluoreto, e


quando amostras de sangue são coletadas
para dosagem de glicose, a glicólise é
inibida pela coleta do sangue em tubos
contendo fluoreto

10. Piruvato quinase: o fosfato do fosfoenolpiruvato é tranferido para o ADP em outra


fosforilação em nível do substrato formando duas moléculas de ATP por molécula de
glicose oxidada. É irreversível

Obs: essa reação é irreversível em parte devido à grande


variação de energia livre envolvida e, em parte, devido ao
produto imediato da reação catalisada pela enzima ser o
enolpiruvato, que sofre isomerização espontânea a piruvato,
de modo que o produto da reação não está disponível para
sofrer a reação inversa

(3° ponto regulatório)

Especializações da glicólise:

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1. Glicólise aeróbia
Em condições aeróbias, o piruvato é
transportado para a mitocôndria e sofre
descarboxilação oxidativa à acetil-CoA
seguido de oxidação a CO2 no ciclo do ácido
cítrico. Os equivalentes redutores do NADH
formado na glicólise são captados pela
mitocôndria para oxidação através da
lançadeira malato-aspartato ou da lançadeira
glicerofosfato.

obs: rendimento em ATPs

Transporte de equivalentes redutores: o NADH não consegue penetrar na membrana


mitocondrial, mas é produzido de forma contínua no citosol pela 3-fosfogliceraldeído
desidrogenase, uma enzima da via glicolítica. No entanto, sob condições aeróbias, o NADH
extramitocondrial não se acumula, e presume-se que seja oxidado pela cadeia respiratória nas
mitocôndrias. A transferência de equivalentes redutores através da membrana mitocondrial
requer pares de substratos ligados por desidrogenases adequadas em cada lado da membrana
mitocondrial.
• O sistema de lançadeira do glicerol-fosfato

Como a enzima mitocondrial está ligada à cadeia


respiratória por meio de uma flavoproteína, em vez de
por NAD, apenas 1,5 mol de ATP, e não 2,5 moles, é
formado por átomo de oxigênio consumido. Embora
esse transportador esteja presente em alguns tecidos (p.
ex., encéfalo, músculo branco), em outros (p. ex.,
músculo cardíaco) ele é deficiente.

• O sistema de lançadeira do malato-aspartato ("utilidade universal")

A complexidade desse sistema se deve à


impermeabilidade da membrana mitocondrial
ao oxalacetato, o qual deve reagir com o
glutamato para formar aspartato e
α-cetoglutarato por transaminação antes do
transporte através da membrana mitocondrial e
da reconstituição a oxalacetato no citosol

2. Glicose anaeróbia
Em condições anaeróbias, o
NADH não pode ser reoxidado
por meio da cadeia respiratória,
e o piruvato é reduzido a lactato
catalisado pela
lactato-desidrogenase. Isso
permite a oxidação de NADH,
possibilitando que outra
molécula de glicose passe pela
glicólise

- Reação da lactato desidrogenase

Página 40 de BIOQUÍMICA
Obs: rendimento da energia conservada em ATPs

Metabolismo de carboidratos
• Equivalência de papéis entre LDH e CTE

Obs: reação líquida da glicólise anaeróbia

Propriedades ácido-básicas do ácido pirúvico e do ácido lático

Saturação por oxigênio da hemoglobina

Rendimento da energia conservada como ATP

Metabolismo de outros carboidratos


• Glicerol

• Sorbitol

Obs: patometabologia e aplicações clínicas

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Obs: patometabologia e aplicações clínicas
1. Intolerância ao sorbitol (e outros polióis)
2. Lavagem intestinal
3. Distúrbios visuais decorrentes do diabetes

• Galactose

Obs: patometabologia
Aldose redutase

• Frutose

Obs: patometabologia - a acidose láctica por ingestão de frutose


1. Caminho mais curto na glicose
2. Ativação da piruvato-quinase pela frutose-1-fosfato (processo hepático)

- Hiperfrutosemias (elevação de frutose no sangue - defeito de característica hereditária)

Acidose láctica continuada

• Metabolismo do glicogênio
Ação da glicogênio fosforilase em todos os tecidos onde a glicogenólise (degradação do
glicogênio) ocorre:

Catalisa o processo de fosforólise que gera a glicose 1-fosfato. Remove em uma ramificação
todas as moléculas de glicose formando a glicose 1-fosfato, exceto as 4 moléculas de glicose que
vão constituir uma determinada ramificação

Dessa forma, a enzima glicanotransferase/transglicosidase vai transferir o resíduo de glicose (3


desses resíduos) para uma ramificação vizinha aumentando o tamanho dessa ramificação vizinha
e expondo a ligação alfa-1,6

A enzima alfa-1,6-glicosidase vai promover a hidrólise para quebrar a ligação alfa-1,6 assim a
ramificação vizinha vai ficar mais passível de receber a ação da enzima glicogênio fosforilase

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Ação da fosfoglicomutase para formar a glicose-6-fosfato que vai ser utilizada nas reações de
glicólise

A ação da glicose-6-fosfatase (não está presente no tecido muscular) onde ocorre a


gliconeogênese: para regular a glicemia (jogar glicose na circulação sanguínea) - ocorre
desfosforilação da glicose

A glicose-6-fosfatase está presente na membrana do retículo endoplasmático e por isso precisa


de um transportador para joga-la no lúmen do retículo

Obs: transportador de glicose-6-fosfatase é análoga ao GLUT2

Obs: a falta de glicose 6-fosfatato na atividade no cérebro e no músculo faz uma boa lógica
fisiológica, pois eles não regulam a glicemia como fígado faz (regulação de glicose no sangue:
dieta, glicogenólise hepática e gliconeogênese hepática). Essa função hepática só é possível com
a desfosforilação e, por isso, a necessidade da glicose 6-fosfato. Já o músculo precisa estar
sempre preparado para gerar uma quantidade de energia extra por meio da glicose anaeróbica e o
mesmo acontece com a célula neural, o qual usa a glicose exclusivamente, de tal forma que não
pode compartilhar a glicose dele com outros tecidos, pois se não geraria prejuízo.

Reações da glicogênese:

Página 43 de BIOQUÍMICA
Ação da glicose-1-fosfato:UTP Uridilitransferase ou UDP- Glicose Pirofosforilase

Ação da glicogênio sintase ou glicogênio sintetase

Ação da alfa-1,4 para alfa 1,6 - glicanotransferase

Regulação do metabolismo do glicogênio

- Doenças de armazenamento de glicogênio - glicogenoses

A Gliconeogênese

Conceito: gliconeogênese ou neoglicogênese


É um dos três processos que jogam glicose da corrente sanguínea. Células e tecidos que usam
exclusivamente glicose (células neurais, eritrócitos, células embrionárias e testículos).
Os locais de ocorrência da gliconeogênese são o citossol, mitocôndria e retículo endoplasmático.
Em termos do organismo, ocorre no fígado, no epitélio intestinal, nos rins e na glândula mamária
em lactação.

Reações:
A glicólise e a gliconeogênese (as três reações irreversíveis da glicólise não são utilizadas
pela gliconeogênese), ou seja, três barreiras.

Página 44 de BIOQUÍMICA
Esta etapa provê o
citossol de NADH + H+

Essa conversão pode seguir dois caminhos diferentes, ambos passando pela
Conversão de mitocôndria; o que vai determinar o caminho seguido é a proveniência do
piruvato em piruvato (lactato ou outras fontes), ou seja, a disponibilidade de NADH + H+
fosfoenolpiruvato
no citossol determina o caminho a ser seguido. Quando o piruvato é
proveniente de outras fontes, o oxalacetato não é convertido em
fosfoenolpiruvato, mas em malato, isso requerendo a utilização de NADH +
H+ e a formação de NAD+ (sentido inverso do ciclo do ácido cítrico) -
betaoxidação de ácidos graxos permite a existência de NADH + H+. O
malato vai ser transportado para o citossol e lá vai ser alvo da malato
desidrogenase citossolica para a produção de oxalacetato e, assim, a
liberação de NADH + H+. Por fim, o oxalacetato vai ser transformado em
fosfoenolpiruvato pela fosfoenolpiruvato carboxiquinase citossolica.

Conversão de piruvato em PEP quando Piruvato vem de Lactato

Conversão de Piruvato em PEP quando Piruvato vem de outras fontes

Regulação: o dilema do piruvato

O nível de acetil-CoA "decide" o caminho


do piruvato, ou seja, o acetil-CoA inibe a
piruvato desidrogenase e ativa a piruvato
carboxilase

REAÇÕES:

• A enolase

• Fosfoglicerato mutase

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• Fosfoglicerato quinase

• Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase: apresenta o NADH + H+ (poder redutor)


proveniente da etapa 1

• Triose-fosfato isomerase

• Aldolase

Barreira 2: frutose-1,6-bis-fosfatase

A enzima frutose 1,6-bis-fosfatase irá catalisar a quebra da


ligação fosfato usando água e liberando o fosfato no meio e
formando frutose 6-fosfato. Essa via vai ter ação de inibidores
como o AMP (pouco ATP) e a frutose 2,6 difosfato(ativa a
glicólise) e a ativação pelo citrato (indica a existência de muita
energia)

• Hexose-fosfato isomerase

Barreira 3: glicose-6-fosfatase

A ação dessa enzima permite a formação de uma


glicose não fosforilada que poderá ser usada para
regular a glicemia

Página 46 de BIOQUÍMICA
A ação dessa enzima permite a formação de uma
glicose não fosforilada que poderá ser usada para
regular a glicemia

A glicose 6- fosfatase está


presente no fígado (não está
no músculo nem no
neurônio)

Regulação da gliconeogênese

Reação líquida

Comparação energética com a glicólise aeróbia


A glicose e a gliconeogênese não podem ocorrer juntas
p.ex. no hepatócito (fígado), mas podem ocorrer juntas
se considerar dois locais diferentes no nosso
organismo, p.ex. fígado e neurônios

Os precursores para gliconeogênese:

Metabolismo da cadeia hidrocarbonada dos aas - classificação quanto aos pontos de entrada
no CAC

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Variação da lactatemia antes, durante e depois do exercício intenso

Influência do pH:

Recuperação da contração muscular vigorosa

Via das Pentoses


Definição: é uma via especializada do metabolismo de carboidratos que produz pentoses como a
ribose

Sinonímia:
- Desvio das pentoses
- Via oxidativa direta
- Via do fosfogliconato (forma esse derivado da glicose)

Locais de ocorrência:
- Célula: citossol
- Organismo: fígado, eritrócitos, adipócitos, glândula mamária em lactação, córtex adrenal,
tireóide, testículos e etc.

Importância
• Produção de ribose para a síntese de nucleotídeo
• Produção de ATP por oxidação direta da glicose, sem depender do CAC para gerar
equivalentes redutores para a CTE
• Produção de NADPH:
a. Biossíntese de desoxi-ribose
b. Biossíntese de lipídeos
c. Proteção contra metabólicos reativos do oxigênio (MROs OU ROMs) ou espécies
reativas de oxigênio (EROs ou ROSs)

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Reações:

• Fase oxidativa

- A glicose vai sofrer uma reação inicial, em que o átomo de carbono 1 da molécula de glicose 6-
fosfato é oxidado até a carbonila, de tal forma que tem-se uma reação de oxidação por
desidrogenação (glicose 6-fosfato desidrogenase) e, por isso, requer o NADP+, formando
NADPH + H+ e o produto (6-fosfoglucono delta-lactono). Esse produto vai sofrer uma reação
por uma enzima lactonase que vai quebrar essa ligação éster cíclica levando a formação do
intermediário de cadeia aberta (6-fosfogluconade) - vai perder a carboxila como CO2 (enzima de

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intermediário de cadeia aberta (6-fosfogluconade) - vai perder a carboxila como CO2 (enzima de
ação descarboxilase e desidrogenase - 6-fosfogluconase desidrogenase), a ribulose 5-fosfato é o
produto final
- Há a formação de 6 ribulose 5-fosfato. Dessas 6, 2 vão virar ribose-5P e 4 vão virar xilulose-5P

• Fosfopentose isomerase

• Fosfopentose epimerase

• Ação da transcetolase (quebra função ceto e tranfere o grupo para outra molécula)

• Ação da transaldose (quebra função aldol e tranfere o grupo para outra molécula)

• Ação da transcetolase (quebra da função ceto e transfere o grupo para outra molécula)

Reação líquida:

Regulação
• A lei de ação das massas
○ Ativa a via das pentoses: altas razões de [NADP+] / [NADPH + H+]
○ Inibe a via das pentoses: baixas razões de [NADP+] / [NADPH + H+]
• Etanol também afeta, visto que leva à baixa de tiamina, e consequentemente, prejuízo na

Página 50 de BIOQUÍMICA
• Etanol também afeta, visto que leva à baixa de tiamina, e consequentemente, prejuízo na
via das pentoses
• Efeitos da insulina: aumento da taxa de transcrição da glicose-6-fosfato-desidrogenase

Metabolismo de carboidratos: especializações e regulação

- ERITÓCITOS: Os eritrócitos capta a glicose a qual é usada para dois propósitos: glicose
anaeróbica e na via das pentoses (altamente vulnerável à via oxidativa-por ter o Fe+2, pode
acontecer a Reação de Fenton)

- NEURÔNIOS: as células neurais fazem captação de glicose e vai usa-la aerobicamente


além de usar na via das pentoses. Mesmo quando o neurônio capta o lactato, ele é usado na
glicólise

- ADIPÓCITOS: capta a glicose que depende da insulina, pois aumenta a mobilização de


gluT4. Não usa ácidos graxos como fonte de energia, mas a glicose. Utilização pela via das
pentoses também.

- MIÓCITO: quando capta a glicose dependente da ação de insulina (gluT4-que é


aumentada com a contração muscular também - capta mais glicose). Essa glicose é
utilizada como reserva de glicogênio. Ademais, pode ser usada também na via das pentoses
(contra agressão de natureza oxidativa) e de maneira anaeróbica. Por fim, é usado para o
processamento genético também.

Página 51 de BIOQUÍMICA
- HEPATÓCITO: vai usar o GluT2 para a captação de glicose, mas como o Km do gluT2 é
muito alto, essa captação ocorre em natureza pós pandial, devido à insulina ocorre
preferencialmente a formação de glicogênio, a formação de lipídeos, a via das pentoses e a
via do glicuronato. Quando a glicemia abaixa, há a ativação do glucagon para produzir
glicose e regular a glicemia.

• Regulação do metabolismo de carboidratos (enzimas reguladoras alostéricas)

• Efeitos da insulina no metabolismo

Página 52 de BIOQUÍMICA
Página 53 de BIOQUÍMICA
LIPÍDEOS
sexta-feira, 18 de junho de 2021 09:55

Importância
• Fisiológica:
○ Fonte de energia
○ Reserva de energia
○ Composição de membranas
○ Isolamento térmico
○ Hormônios
○ Vitaminas

• Patológica
○ Aterosclerose

Definição
• Biomoléculas pouco solúveis em água e muito solúveis em solventes orgânicos
apolares
• Natureza anfifílica ou anfipática
○ Natureza polar
○ Natureza apolar (predominante)

Classificação
• Ácidos graxos livres
• Ésteres do glicerol
○ Acilgliceróis
○ Fosfoacilgliceróis
• Lipídeos que não formam ésteres com glicerol
• Lipoconjugados
○ Glicolipídeos
○ lipoproteínas

Ácidos graxos

Classificação:

Página 54 de BIOQUÍMICA
Obs: Lipoperoxidação em ácidos graxos polinsaturados - pode causar o
estrago/degeneração mais rápido em comparação com os saturados. Na membrana,
ocorre maior ponto de fusão (torna mais sólida, mas consequentemente mais
quebradiça)

Obs: ácidos graxos com menor tamanho de cadeia é mais fácil do ser humano
metabolizar

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metabolizar

Ésteres do glicerol

1. ACILGLICERÓIS

Conceito

Classificação

Hidrólise alcalina e saponificação

Hidrólise enzimática, rancificação hidrolítica e digestão

2. FOSFOACILGLICERÓIS

Conceito

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A. Fosfatidatos

B. Plasmalogênios

C. Difosfatidilgliceróis

D. Fosfoinositídeos

Lipídeos que não são ésteres de glicerol


Classificação

ALCOÓIS ALIFÁTICOS

CERAS

Página 57 de BIOQUÍMICA
TERPENOS

ESTERÓIDES

- Eicosanoides

EICOSANOIDES

ESFINGOLIPÍDEOS

Lipoconjugados
GLICOLIPÍDEOS

LIPOPROTEÍNAS

Página 58 de BIOQUÍMICA
○ Classificação das lipoproteínas

▪ Quilimicrons - formadas no intestino a partir das gorduras da


alimentação (teor alto de gordura) e vão lançar na circulação
▪ VLDL - formada no fígado a partir das gorduras produzidas por
esse órgão que serão jogadas na circulação
▪ LDL - gerada na circulação sanguínea a partir da VLDL
▪ HDL - maior porção proteíca e menor porção lipídica, produzida no
fígado ou no intestino

Lipídeos surfactantes: formação de micelas e membranas


• Anfifílicos monocaudados fortes e formação de micelas - forma de natureza
cônica que juntas formam uma estrutura esferoidal
• Sais de ácidos biliares - emulsificação, digestão e absorção de gorduras da
alimentação.
○ Formação, secreção e circulação êntero-hepática de sais de ácidos biliares

• Afifílicos bicaudados e formação de micelas

Página 59 de BIOQUÍMICA
• Fosfoacilgliceróis - natureza anfifílica cilíndrica e formação de membranas

• Anfifílicos de membrana - transdução de sinais


○ Fosfolipídeo que tem um inositidio que tem função entrutural de
membrana, mas também pode liberar ácidos graxos levando a formação
de ecosanóides. Adrenalina, angiotensina e trombina são ativadores desse
fosfoinositideo.

• Morfologia celular da membrana - mudança da conformação de acordo com a


saturação dos fosfolipídios. O excesso de colesterol pode ocorrer essa mudança
de estabilidade do eritrócito (mudança conformacional) - gerando anemia. A
aterosclerose pode ter relação com isso, visto que

- Pouco colesterol - fluidez excessiva, varia de forma, elevação do RDW,


diminuição da estabilidade e aumento da chance de lise. O LDL ao doar
colesterol contribui para estabilizar o eritrócito, abaixando a RDW e
diminuindo a probabilidade de lise, entretanto com o excesso de colesterol
LDL acontece o inverso, inclusive uma agressão oxidativa, podendo ocorrer a
formação de placas que fragiliza a parede vascular dificultando a difusão de
oxigênio.

• Anfifílicos bicaudados e formação de lipossomas

Página 60 de BIOQUÍMICA
Metabolismo de lipídeos
• Lipólise
• Esterificação
• Beta-oxidação
• Lipogênese
• Cetólise
• Cetogênese
• Metabolismo de eicosanóides
• Metabolismo de esfingolipídeos
• Metabolismo de esteróides
• Metabolismo de lipideos de lipoproteínas plasmáticas

1. LIPÓLISE
- Via de degradação dos lipídeos de reserva energética pela ação de enzimas
genericamente chamadas de lipases, produzindo uma mistura de diacilgliceróis,
monoacilgliceróis, glicerol e ácidos graxos livres (FFA)

- Reações:

- Locais de ocorrência
Lúmen intestinal - lipase pancreática
Interior dos vasos sanguíneos - lipoproteína-lipase
Adipócitos - lipase (hormônio-sensível) dos adipócitos

2. Beta-Oxidação
- Consiste no carbono beta do ácido graxo sofrer uma oxidação para liberar um grupo
acetila

- Local de corrência: matriz mitocôndrial

- Transporte de grupos acila para a mitocôndria: para ocorrer a beta-oxidação, o


ácido graxo precisa estar na matriz, e ele vem de fora da célula. Se for um ácido
graxo de tamanho de cadeia pequeno ele vai ser transportado como o piruvato ,
gastando energia do gradiente protônico transmembranico pra ele ser transferido para
a matriz mitocondrial. Caso seja um ácido graxo maior, ele já vai demandar esse
outro tipo de processo (mostrado na imagem), o qual o ácido graxo livre vai formar
inicialmente Acil-CoA por ação da enzima acil-CoA sintetase, a qual demanda
energia de ATP que é quebrado em AMP e pirofosfato; para a formação do acil -CoA
ser favorecida, esse pirofosfato precisa ser hidrolisado por ação da pirofosfatase
inorgânica (libera energia). Esse acil-CoA vai pro espaço intermembranar e vai
sofrer ação da carnitina acil transferase 1 que vai reagir a acil-CoA com a carnitina
(derivado da lisina e da metionina) levando a formação de acil-carnitina. Essa acil-
carnitina é transportada para a matriz mitocondrial pela acil carnitina translocase -
joga essa acilcarnitina na matriz. Por fim, ocorre a retirada de carnitina por outra
enzima (carnitina-acil-transferase II), liberando o acil-CoA para sofrer beta-oxidação
na matriz.

Página 61 de BIOQUÍMICA
Desordens do metabolismo de lipídeos
(deficiência na entrada de ácidos graxos na mitocôndria)

Deficiência de produção da carnitina no


corpo da pessoa - deficiência hepática. Pode
ser eliminada pelos processos de
hemodiálise (filtração). Ácido graxo não vai
A
serpessoa
usadonão
como vaifonte
fazerde
o transporte
energia, por deisso, o
ácidos graxos
corpo usa aindademais
cadeia maior para a matriz
a glicose.
mitocondrial. O tratamento é aumento de
alimentação de ácidos graxos de cadeia
Não
curtavai ter a formação
e diminuição de cadeia
dos de acil-CoA dentro na
longa.
matriz mitocondrial (vai ser alvo de uma
infiltração de natureza gordurosa, o que vai
gerar lesão, principalmente, no tecido muscular)
Reações da Beta-Oxidação

Primeira reação o Acil-CoA vai sofrer um processo de


desidrogenação, formando ligações duplas (conformação
trans), a qual requer FAD (forma FADH2). Na segunda
reação há adição de água na dupla ligação (forma uma
estereoisomeria). Na terceira reação sofre uma mudança
no carbono beta-oxidação por desidrogenação - ocorre a
participação do NAD. Por fim, há a formação de um ácido
graxo, com a retirada de dois carbonos e a entrada de
CoA (derivada do ácido pantotenico). - PROCESSO
CÍCLICO, EM QUE CADA VEZ LIBERA DOIS CARBONOS QUE
IRÃO FORMAR AS MOLÉCULAS DE ACETIL-COA

• Beta-oxidação de ácidos graxos saturados pares

- Ciclos de Beta-oxidação do ácido palmítico (C16)

Necessário 7 A cada ciclo de beta-oxidação entra 1 FAD,


ciclos para 1 H20, 1 NAD+, 1 CoASH e sai 1 FADH2, 1
oxidar NADH + H+ e 1 C2-S-CoA
completament
e

Saldo em ATPs para a beta-oxidação Reação líquida da oxidação completa:

Obs: rendimento e reserva energética do ácido palmítico

Página 62 de BIOQUÍMICA
Capacidade de reservar energia
do ácido palmítico é maior do que
da glicose

OBS: Saldo em ATPs para a beta oxidação do ácido esteárico (C18)

Beta-Oxidação de MUFA (ácido graxo monoinsaturado)

Três ciclos de beta-oxidação, em que o


terceiro gera a molécula que tem uma dupla
ligação (cis configurada) entre os carbonos
beta e gama, a qual atrapalha as reações
subsequentes da beta-oxidação. Dessa forma,
há a atuação de uma enzima que atua
mudando a conformação cis para trans e a
dupla ligação passa a ser alfa beta. Esse
composto entra na reação subsequente de
beta-oxidação, que irá dispensar a ação da
acil -CoA-desidrogenase, e,
consequentemente, formará uma molécula a
menos de FADH2 (o final energético vai ser 1,5
a menos)

Beta-Oxidação de PUFA (ácido linoleico)

Acontece algo
semelhante ao MUFA,
mas tem que mudar
as duas duplas
ligações - diminui
ainda mais o
rendimento

• Beta-Oxidação de ácidos graxos saturados ímpares

- Ciclos de beta-oxidação do ácido pentadecanóico (C15)

Não temos ácidos graxos ímpares


armazenados, só conseguimos pela
alimentação. Diferente de formar acetil-CoA
no último ciclo de beta-oxidação, irá formar
propionil-CoA

OBS: METABOLISMO DO PROPIONATO


• Formação e destino do Propionil-CoA

Página 63 de BIOQUÍMICA
Fontes: ácidos graxos com número ímpar, catabolismo do fitol proveniente da clorofila,
metabolismo da metionina e o metabolismo do propionato (ingerido na alimentação) -
podem ser precursoras para a gliconeogênese (leva a formação de intermediário do
ciclo do ácido cítrico)
O que ocorre com o propionil-CoA: sobre carboxilação em um átomo de carbono,
catalisada pela propionil-CoA carboxilase (necessita de energia proveniente do ATP, além
de demandar Biotina como coenzima). Forma-se, então, D-metilimalonil-CoA que precisa
ser convertido em L-metilmalonil-CoA (por meio de uma enzima racemase). Esse produto
sofre uma reação peculiar catalisada por uma mutase dependente de vitamina B12,
formando, por fim, succinil-CoA.

Origem dos ácidos graxos saturados ímpares (OCFA):


- Leite bovino e derivados é a fonte mais importante de OCFA na dieta humana,
porque eles são produzidos por bactérias do rúmen da vaca.
- Outras fontes são bactérias de nosso próprio trato digestivo
- Alguns peixes também podem conter OCFA.

Alfa-Oxidação

• Local de ocorrência: peroxissomas e mitocôndria (diferentes locais)

• Importância:
- Oxidação de ácido fitânico, derivado do fitol, proveniente da clorofila, com formação
de: 3 acetil-CoA, 3 propionil-CoA e 1 isobutiril-CoA

Página 64 de BIOQUÍMICA
Propionato de cálcio - produtos industrializados de panificação
• O propionato de cálcio é um agente antimicrobiano comumente usado no preparo do
pão. É eficaz na prevenção do crescimento de fungos (anti-mofo) e ajuda a prolongar
a vida útil dos produtos de panificação.
• No Brasil, a ANVISA permite o uso de propionato de cálcio com o limite máximo de
0,1g por 100g de massa alimentícia, inclusive na farinha de trigo acondicionada
(farinha de trigo com adição de aditivos)

PATOMETABOLOGIA (relação com a beta-oxidação de ácidos graxos saturados


ímpares)

Página 65 de BIOQUÍMICA
Metabolismo de corpos cetônicos
• Conceito de corpos cetônicos

CETOGÊNESE

• Conceito: via de biossíntese dos corpos cetônicos

• Local de ocorrência : fígado (mitocôndrias dos hepatócitos)

• Importância
1. Cooperação com tecidos extra-hepáticos (fonte de energia) - importante para
sobrevivência em caso de jejum prolongado
2. Reciclagem de CoASH, que é gerada a partir do ácido pantotênico(cetogênese
intensifica a beta-oxidação de ácidos graxos que irá se tornar a via oxidativa direta,
permitindo a geração de ATP sem a participação do CAC- é preciso entrar muito
CoASH)

Obs: declinação da glicemia - cetogênese

Intensificação da beta-oxidação de ácidos graxos que irá se tornar


a via oxidativa direta, permitindo a geração de ATP sem a
participação do CAC- é preciso entrar muito CoASH, em caso de
jejum o CoASH é reciclado por meio da cetogênese (cetogênese é
intensificada pela presença de Acetil-SCoA e pela necessidade de
CoASH)

• Via metabólica da cetogênese

Duas moléculas de acetil-coa irá, por meio da tiolase, formar


acetoacetil-coa com a liberação de CoA-SH. Esse acetoacetil-coa
se liga a uma terceira molécula de acetila na presença de água e
com a liberação de CoA-SH (consumido pela beta-oxidação que
esta exacerbada). É produzido beta-hidroxi-beta-metilglutaril-
CoA (o que favorece esse processo de cetogênese também
favorece o processo de colesterologênese - ambos os processos
compartilham as duas primeiras reações, ou seja, tiolase e
HMG-CoA sintase - o excesso de acetil-coa e a necessidade de
coa-SH para a beta-oxidação é estimulo para os dois
metabolismos). A beta-hidroxi-beta-metilglutaril-CoA vai sofrer

Página 66 de BIOQUÍMICA
compartilham as duas primeiras reações, ou seja, tiolase e
HMG-CoA sintase - o excesso de acetil-coa e a necessidade de
coa-SH para a beta-oxidação é estimulo para os dois
metabolismos). A beta-hidroxi-beta-metilglutaril-CoA vai sofrer
a ação da HMG-CoA que vai remover o resíduo de acetil-CoA,
formando acetoacetato (primeiro corpo cetônico formado).
Nessa conjuntura (hepatócito fazendo muita beta-oxidação), o
acetoacetato com a ação de uma desidrogenase é favorecida,
fato que forma o segundo corpo cetônico: beta-hidroxibutirato
(catalisada por uma reação reversível). Por fim, o acetoacetato
quando em alta concentração, sofre a ação da acetoacetato
descarboxilase com uma liberação de CO2 e formação de
acetona.
Obs: essa descarboxilação para acetona acontece na circulação
sanguínea mesmo na ausência da enzima acetoacetato
descarboxilase - halitose cetônica

CETÓLISE

1. Conceito: via de utilização energética dos corpos cetônicos

2. Local de ocorrência: miócitos (células musculares esqueléticas e cardíacas) - em


jejum prolongado no cérebro

3. Importância: geração de energia (existência dessa via que vai permitir a vida de um
individuo em jejum prolongado)

4. Via metabólica

Via exclusivamente aeróbia, dessa forma o beta


hidroxibutirato quando ele chega no miócito
transforma-se em acetoacetato pela enzima beta-
hidroxibutirato desidrogenase - necessitando o
NAD+. O Acetoacetato forma acetoacetil-CoA com
a utilização do succinil-CoA que doa o CoA-SH e
libera succinato.Por fim, o acetoacetil-CoA forma
acetil-CoA pela ação da tiolase.

PATOMETABOLOGIA: cetose ou cetoacidose


Conceito: condição patometabológica gerada por:
• Aceleração da cetogênese
• Sem correspondente aceleração da cetólise
Consequências:
• Acidose (cetoacidose)
• Diurese osmótica (cetonúria)
• Desidratação (perda hídrica e eletrolítica)
• Hiperventilação (compensação)
Causas:
• Diabetes mellitus do tipo 1 não tratada - exacerbação da ação do glucagon,
gliconeogênese aumentada, assim como a beta-oxidação, favorecendo a cetoacidose
• Doença de von gierke - a pessoa vai ter hipoglicemia, o que favorece a lipólise nos
tecidos extra hepáticos e a beta-oxiadação no fígado e o favorecimento da beta-
oxidação (exacerba a cetogênese)
• Intoxicação aguda pelo etanol - aumento da oferta de acetil-CoA, com a necessidade
de reciclagem de CoA-SH para continuar a fazer o próprio metabolismo do etanol
• Jejum prolongado
• Dieta rica em gordura com baixo teor de carboidratos - pessoa vai precisar fazer a
gliconeogênese - oxida gorduras provenientes da alimentação
• Início da gestação - células embrionárias vão usar exclusivamente a glicose como
fonte de energia (alta demanda de glicose), a mulher entra em hipoglicemia mais
facilmente, exacerbando os processos de lipolise e de beta-oxidação (favorece a
cetogênese)

Lipogênese e esterificação

• Lipogênese: processo de biossíntese do ácido graxo


• Esterificação: ligação do ácido graxo à molécula do glicerol para formar o éster de
glicerol, triacilglicerol, fosfosacilglicerol.

- Locais de ocorrência: Elongases e

Página 67 de BIOQUÍMICA
• Lipogênese: processo de biossíntese do ácido graxo
• Esterificação: ligação do ácido graxo à molécula do glicerol para formar o éster de
glicerol, triacilglicerol, fosfosacilglicerol.

- Locais de ocorrência: Elongases e


○ Citossol: MCFA (ácido graxo sintase) → até C16 (cadeias médias) dessaturases:
○ Retículo endoplasmático: LCFA (elongase), VLCFA (elongase), UFA específicas pra
(dessaturase - introduz insaturações), ésteres (várias enzimas) cada subustrato e
cada produto
- Precursores: formado
○ Carboidratos
○ Aminoácidos - proteínas também levam a produção de gordura (dietas
hiperproteicas sem regulação da quantidade de caloria ingerida não adiantam
em nada)
○ Etanol → acetil-CoA → ácidos graxos
○ Ácidos graxos exógenos (esterificação)

Se o acetil-Coa excede a
demanda de energia, há o
acúmulo de citrato pela
INIBIÇÃO da desidrogenase
que converte citrato em α-
cetoglutarato por efeito
alostérico do acúmulo de
NADH + H+ e esse citrato
contribui para a produção
de ácidos graxos e
esteroides.

Os ácidos produzidos
depois não podem entrar
no CAC de novo

1. Lipogênese
- Transporte de acetil da mitocôndria para o citossol
- Ocorre principalmente a partir do excesso de carboidrato → convertido a acetil-
CoA nas mitocôndrias dos hepatócitos
- Glicose é captada pelos hepatócitos após a alimentação → ativação da PDH pela
insulina favorecendo a formação de acetil-CoA → não vai ser usado como fonte de
energia (a não ser que haja demanda pelas células hepáticas)

Acúmulo de citrato pela Inibição do ciclo Piruvato também forma


sobra de NADH + H+ do ácido cítrico oxaloacetato (OAA), que reage com
o acetil-CoA e forma mais citrato
- CITRATO → transporte para o citossol - alvo da CITRATO LIASE (favorecida
pela insulina)
- Conversão em OAA e acetil-CoA

Agora o acetil-CoA está no citossol para a


ocorrência da LIPOGÊNESE
- OAA → convertido em malato utilizando NADH + H+
- Malato → Piruvato pela enzima málica formando NADPH + H+

Reação de descarboxilação e de
desidrogenação

Página 68 de BIOQUÍMICA
Reação de descarboxilação e de
desidrogenação

Fontes de NADPH no
citossol

- Apenas 1 Acetil-CoA (C2) será


utilizada
- As outras 7 são convertidas em
MALONIL-CoA (C3) através da
acetil-CoA carboxilase (grupos
carboxilas provenientes de
bicarbonato)
- 7 ATP utilizados
- União de um acetil (C2) e um
malonil (C3) formando um
butiril (C4) e um CO2
○ Sucessivamente até a
formação do composto
desejado
- RE → produção de outras
espécies a partir da formada

- Associada à BIOTINA e ao gasto de energia sob a forma de ATP


- Biotina carboxilase → ligada a uma proteína carreadora de biotina
○ Une ao bicarbonato e forma uma carboxila na biotina
- Transcarboxilase → transfere a carboxila da biotina carboxilada para o acetil-CoA
formando o malonil-CoA

Página 69 de BIOQUÍMICA
formando o malonil-CoA

Adrenalina e glucagon
desligam a lipogênese

Insulina favorece a
formação de malonil e a
lipogênese

Diabetes tipo 2:
resistência contra a
insulina - eleva glicemia -
eleva insulina -
hiperlipidemia
(hipertriacilgliceridemia)

ERRADO - PALMITATO É
DEPOIS

 REAÇÕES DO SISTEMA AGSase (ác graxo sintase)


- Complexo (não proteína) enzimático
- Dois braços SH
○ Braço longo - grupamento sulfidrila associado a um resíduo de ácido
pantotênico (BRAÇO PANTOTENATO) - carrega-se com o grupamento
malonil
○ Braço curto - resíduo de cisteína que liga com a acetila do acetil-CoA
1- Ocorre a reação de condensação entre os ligantes dos dois braços, formando um
genérico BETA-CETO-ACIL-CoA
2- Reação de redução do carbono beta, utilizando o NADPH + H+ que será convertido
em NADP+ → para formar um ácido carboxílico
3- Desidratação formando a dupla ligação entre os carbonos alfa e beta
4- Uma nova redução a partir de NADPH + H+

Para sintetizar ácidos


graxos de cadeia
média/longa, ocorre a
repetição do ciclo
quantas vezes necessário.
Ex.: ác palmitil (7x)

Produzimos apenas

Página 70 de BIOQUÍMICA
Ex.: ác palmitil (7x)

Produzimos apenas
ácidos com número par
de carbono

- Inserção da dupla ligação no


sentido do carbono metil
terminal
- Perdemos a habilidade de
produzir essas dessaturases, o
que tornou o ác linoleico e o ác
linolênico essenciais na nossa
alimentação
- Ácidos destacados: "cabeças de
rota" da via de síntese dos
lipídeos eicosanoides

- Evolução: perdemos nossa capacidade de produzir dessaturases e,


consequentemente, de formar ácidos insaturados, os quais são mais vulneráveis à
LIPOPEROXIDAÇÃO (relacionada à longevidade dos organismos)
○ Quanto maior a quantidade de poliinsaturados, menor a longevidade da espécie

- Depende de NADPH + H+
- Insulina aumenta a expressão das enzimas dessaturases
- Ação dos citocromos

 EICOSANOIDES → prostaglandinas (PG), leucotrienos (LP), tromboxanas (TX) e


lipoxinas (LX)
- Grupo 1 e 2: respostas de um processo inflamatório
○ Processo de reparo tecidual
○ Doenças degenerativas
- Grupo 3: modula as outras rotas
○ Controla através da conversão do linoleico em alfa linolênico
○ Moduladora da inflamação
○ Prevalece a inibição da agregação plaquetária
○ Maior taxa de prostaglandina
○ Menor formação de trombos

Página 71 de BIOQUÍMICA

2. Esterificação
- Formação de triacilglicerol (TAG)
- Precisa de glicerol
○ Da alimentação: usado nas células do epitélio intestinal (ressíntese) e no fígado

- O adipócito não é capaz de usar o


glicerol que ele libera
○ Diminuiria a eficácia do
armazenamento
- Glicerol formado na glicólise, ou na
lipólise (fígado)
- Não usa o ácido graxo livre

- Formação dos fosfoacilgliceróis

 METIONINA
- Metabolizada: forma o SAM

Página 72 de BIOQUÍMICA
Metabolismo do Colesterol

- Colesterol livre → hidroxila não esterificada


○ Pode existir nas membranas citoplasmáticas das células
- Colesterol esterificado → ligação ester com um ácido graxo
○ No interior das células e das lipoproteínas plasmáticas
- Conversão LIVRE p/ ESTERIFICADO
○ O grupo acila do acil-CoA vai reagir com o OH do colesterol livre pela enzima
ACIL-CoA:COLESTEROL ACIL-TRANSFERASE (ACAT)
- Tecidos extra-hepáticos: o colesterol pode ser esterificado para ser transportado pela
HDL
○ Utiliza a lecitina (fosfatidilcolina) → LECITINA: COLESTEROL ACIL-
TRANSFERASE - enzima presente na HDL
○ Transporte reverso do colesterol

1- Acetato em Mevalonato
2- Mevalonato em Isopentenil-pirofosfato (forma de isopreno ativado)
3- Isopentenil-pirofosfato em Esqualeno - β-cetotiolase - mesma
4- Esqualeno em Colesterol enzima da beta-oxidação
- Mesma sequência de
reações da cetogênese
- HMG-CoA redutase - ponto
hormonal de regulação
○ Ativada pela insulina
○ Inibida pelas estatinas

Página 73 de BIOQUÍMICA
enzima da beta-oxidação
- Mesma sequência de
reações da cetogênese
- HMG-CoA redutase - ponto
hormonal de regulação
○ Ativada pela insulina
○ Inibida pelas estatinas

Atorvastatina tem
semelhança maior
com a estrutura do
mevalonato, por não
ter a ligação cíclica

Inibição do HMG-CoA
redutase desloca o
equilíbrio pra
formação dos TAG ---
esteatose hepática

• Excesso de oferta de Acetil-CoA favorece a


colesterologênese (LEI DE AÇÃO DAS MASSAS)
○ Ingestão excessiva de carbo - ↑ insulina e ↑
colesterol
○ ↑ da β-oxidação
○ ↑ do metabolismo do etanol

- Glucágon alto →
gliconeogênese e β-
oxidação
- Aumento de NADH + H+
e fuga de
intermediários do CAC
para a gliconeogênese
→ fuga de citrato
- Acetil-CoA no citossol -
COLESTEROLOGÊNESE
- Acetil-CoA na
mitocôndria +

Página 74 de BIOQUÍMICA
→ fuga de citrato
- Acetil-CoA no citossol -
COLESTEROLOGÊNESE
- Acetil-CoA na
mitocôndria +
necessidade de CoA-SH
pra β-oxidação -
CETOGÊNESE

- Sobra Acetil-CoA na
metabolização do
etanol que vai ser
utilizado para formar
colesterol

- Desfosforilada - forma
ativa
○ Favorevida pela ação
da insulina (ativa a
fosfatase que
desfosforila)
- Glucagon - forma inativa
○ Ativa a quinase que
fosforila, inibe a
fosfatase

Acetil proveniente de
carbos - regulação
hormonal

- Diabetes 2 - aumenta a
possibilidade com a
idade e com o
sedentarismo

- O aumento do
colesterol nos
hepatócitos (produzidos
por ele ou não) inibe a
expressão do gene que
leva à β-HMG-CoA-
Redutase-OH,
diminuindo a formação
do colesterol endógeno
(compensação da falta
ou excesso do consumo
do colesterol)

- O aumento do colesterol nos


hepatócitos (produzidos por
ele ou não) inibe a expressão
do gene que leva à formação
da proteína que funciona
como receptor de LDL
colesterol (reconhece a
apolipoproteína da LDL - apo
B100)

O LDL FICA EM EXCESSO


NO SANGUE (endocitose
diminuída)

- ↓ receptor de LDL - o hepatócito

Página 75 de BIOQUÍMICA
- ↓ receptor de LDL - o hepatócito
faz menos endocitose LDL

- Sais biliares → também


inibem a expressão da
enzima beta-HMG etc e
a COLESTEROL-7-
HIDROXILASE →
aumenta o nível de
colesterol (fígado deixa
de fazer a endocitose
do LDL)

As fibras da alimentação faz


com que os sais biliares
permaneçam no intestino →
minimizam a absorção do
colesterol no organismo

- Os seres humanos não


conseguem converter o
colesterol de volta em
Acetil-CoA

- Através da enzima
colesterol-7-hidroxilase
- Depende do poder redutor
do NADPH + H+

Página 76 de BIOQUÍMICA
Metabolismo Esfingolipídeos

FP - Flavoproteína,
proteína associada à
riboflavina

Página 77 de BIOQUÍMICA
- Fucose - derivado de galactose

Metabolismo de eicosanóides

- Eicosanóides são lipídeos com vinte átomos de carbono (derivados de ácidos graxos
polinsaturados) que atuam como sinalizadores em vários processos fisiológicos.
- Classificação:

Derivados desses ácidos

Página 78 de BIOQUÍMICA
- Prostaglandinas -
apresentam
ciclopentano com duas
caudas (uma com
natureza polar)
○ Diferem-se pela
posição das dupla
ligações e das OH
○ Tromboxanas -
oxanos
(ciclohexano com
heteroátomo)

- Lipoxina - estimula a produção de


radicais livres, ataca organismos
invasores
- Diferença: calda longa nas
lipoxinas e calda curta nos
leucotrienos - grupamento COOH

- FUNÇÕES:

1- PROSTAGLANDINAS:
○ Reação inflamatória (dor, calor, rubor e tumor): PGE1 e PGE2
○ Contração da musculatura lisa uterina (reprodução): por PGF2
○ Regulação da pressão sanguínea: PGA e PGI2
○ Inibição da agregação plaquetária: PGI2
○ Inibição da secreção gástrica

2- TROMBOXANAS
○ Ativação da agregação plaquetária

3- LEUCOTRIENOS (resposta imune)


○ Proliferação de células T
○ Produção de interferon e interleucina

4- LIPOXINAS
○ Estimulam a produção de superóxido (O2•)

Página 79 de BIOQUÍMICA

- Eicosanoides vêm de
fosfoinositídeos de
membrana (fosfolipídeo)
○ Possui ácido graxo
insaturado
○ Relacionado à fluidez
da membrana
- Anti-inflamatórios inibem a
resposta imune

- Aspirina inibe a
cicloxigenase
- Saída do ácido acetil-
salicílico

Metabolismo de lipídeos de lipoproteínas plasmáticas


- CLASSIFICAÇÃO:
○ Ácidos graxos livres
Como serão transportados na
▪ SCFA
corrente sanguínea sendo que são
▪ MCFA
▪ LCFA predominantemente hidrofóbicos
▪ VLCFA e não se misturam com o plasma
○ Triacilglicerois
○ Fosfoacilglicerois
○ Esfingolipídeos
○ Colesterol
▪ Livre
▪ Esterificado

- TRANSPORTE NO PLASMA:
○ Ácidos Graxos Livres (FFA, do inglês Free Fatty Acids)
▪ Dissolvidos no plasma
□ SCFA - porção hidrofóbica pequena
▪ Ligados à albumina plasmática
□ MCFA
□ LCFA
□ VLCFA
○ Lipídeos das Lipoproteínas Plasmáticas
▪ Quilomícrons
▪ VLDL
▪ LDL - Apolipoproteínas → funções
▪ HDL estruturais e metabólicas

- ESTRUTURA GERAL:

Página 80 de BIOQUÍMICA
Classificação muito simplista

- Small LDL → por


serem menores
(perderam + TAG)
são mais invasivas,
penetram mais nos
endotélios e
contribuem mais
para uma lesão
aterosclerótica

- Colisões entre HDL


e os quilomícrons

- Quando o HDL se
enche, ele doa o
colesterol para os
quilomícrons e
principalmente o
VLDL para que eles
voltem ao fígado
○ Quem regula é
a CETP
- Apo B-48 - células
intestinais
(montagem do
quilomícron)
- Apo B-100 -
montagem da VLDL
- Apolipoproteína (a) → isotipo de LDL

Página 81 de BIOQUÍMICA
- QUILOMÍCRONS → formados a partir de gorduras da alimentação e
lançados na circulação (quilomícrons nascentes - o qual é montado
sobre a Apo B-48)
○ Vão, muito provavelmente, colidir com moléculas de HDL - nessa
colisão a HDL vai doar Apo C2 e Apo E pro quilomícron nascente.
○ Com a Apo C2 esse quilomícron vai ativar a lipoproteína lipase
(catalisa a hidrólise de triglicerídes no interior do quilomícron,
liberando na circulação sanguínea o glicerol, o qual vai para o
fígado do indivíduo). Além disso, há a liberação de ácidos graxos
livres que podem ser usados pelo tecido muscular ou pelo tecido
adiposo (gorduras de reserva energética).
○ Quando esse quilomícron perde os triglicerídes, ele fica pequeno,
constituindo o quilomícron remanescente (com Apo E), dessa
forma, há alta probabilidade de endocitose hepática desses
quilomícrons (por receptores de Apo B-48 ou por receptores de Apo
E).
○ Importante ressaltar que esse quilomícron remanescente tem alto
teor de colesterol que irá para o fígado.
○ O HDL tem a função de diminuir os triglicerídes de origem
exógena, mas também vai contribuir para baixar a colesterolemia
de origem exógena.

- VLDL → alimentação - ingestão de carboidratos, os quais pela


lipogênese produz gordura. A partir disso, o fígado utiliza a Apo B100
para montar as VLDL (nascentes), que tem um teor alto de triglicérides
e um teor alto de colesterol de natureza esterificada (volume maior).
○ O VLDL irá colidir com o HDL e receber a Apo C e a Apo E. Com
a Apo C, a VLDL irá ativar a lipoproteína lipase, a qual degrada os
triglicérides liberando glicerol e ácidos graxos livres.
○ Esse glicerol vai para o fígado e os ácidos graxos livres vão ser
armazenados no tecido adiposo.
○ Nesse processo a VLDL perdeu os triglicérides e ficou menor, por
isso, ela é chamada de IDL (partículas de VLDL renascentes), os
LDL serão provenientes dessas partículas menores de VLDL e terão
caráter mais aterogênico.
○ Essa VLDL remanescente pode atender duas demandas diferentes:
endocitose hepática (a partir do receptor de Apo B100 - se o fígado
estiver precisando de colesterol) ou a formação de LDL (sofre
endocitose em vários tecidos)

Um hepatócito pois tem a


formação de colesterol

Página 82 de BIOQUÍMICA
Um hepatócito pois tem a
formação de colesterol
- LDL → uma célula qualquer que vai captar o colesterol, produz
receptor de LDL, o qual reconhece uma região da Apo B100 e ocorre a
ENDOCITOSE
○ O receptor pode ou não voltar pra membrana (pode ser degradado)
○ Colesterol armazenado na forma esterificada
▪ Parte vai para o retículo endoplasmático
○ O hepatócito tem colesterol que ele produziu, que veio de
quilomícrons ou que veio da endocitose da LDL
○ ↑ colesterol: ↓ da expressão do gene do receptor de LDL (ocorre em
qualquer tipo de célula)

- HDL → origem dúbia: fígado ou células intestinais


○ HDL nascente - discoidal (pois está vazio)
○ Quando recebe o colesterol - globular
○ HDL2 - quando tem um teor alto de colesterol esterificado (pode
sofrer endocitose hepática - perde lipídeos pro fígado)
▪ Libera na circulação a Apo A1 (pode serreintegrada ao HDL
nascente)

- Transporte reverso de colesterol (HDL) → a HDL nascente (produzida


pelo fígado) tem formato discoidal e vai colidir com quilomícrons e
VLDL nascentes e propiciar a lipólise de triglicérides no interior dessas
lipoproteínas. Além disso, ela vai receber colesterol dos tecidos extra-
hepáticos, e esse colesterol vai ser esterificado por ação da LCAT e
incorporado no interior da HDL. Essa HDL, por meio da proteína CEFP,
que vai pegar o colesterol esterificado e vai leva-lo para a VLDL que,
assim, converte-se em LDL ou sofrer endocitose de natureza hepática (se
interagir com o HDL).

Página 83 de BIOQUÍMICA
- Visão geral do transporte de lipídeos

Dislipidemias

- Processos associados a alterações na concentração sanguínea de


lipídeos
- Hipolipidemia → geralmente uma hipolipoproteinemia
- Hiperlipidemia → geralmente uma hiperlipoproteinemia
- Abeta - ausência
total
- Hipobeta -
deficiência
- Q→
quilomícron
○ As gorduras
da
alimentação
não são
lançadas no
sangue
- Alfalipoproteína
GENÉTICAS - outra
designação para
HDL

- Hiperlipidemia hereditária → + raro


- Lipoproteína lipase → enzima que participa da degradação de Ativada pela Apo C2
quilomícrons, de VLDL e de TAG no interior das lipoproteínas

Página 84 de BIOQUÍMICA
- O risco de aterosclerose aumenta
mesmo o nível de LDL diminuindo,
porque o VLDL aumenta e o
colesterol aterogênico é o nHDL-C
(VLDL + LDL), ou seja, o colesterol
total menos o HDL

- Defeito na apo B100 → Produz apo B100, mas é defeituosa na região


que é reconhecida pelo receptor pra fazer a endocitose da LDL
- Defeito no ABC → dificuldade na remoção do colesterol nos tecidos
extra-hepáticos (com o defeito no ABC, o colesterol só entra, mas não
sai, então o colesterol dentro da célula inibe a expressão do gene que
forma o receptor, o que aumenta o LDL na circulação)

- A apo E favorece a endocitose hepática dos Q e do VLDL e aumentando


a taxa de VLDL remanescente , há o aumento da LDL
- Xantomas: depósitos de gordura na pele

- Determinantes hereditários, mas principalmente estilo de vida (aumento


da ingestão energética)

- Deficiência da enzima de degrada TAG no interior de lipoproteínas,


aumentando o nível de todas as LP
- VLDL recebe colesterol esterificado do HDL; HDL recebe TAG do
VLDL (sem a lipase, o HDL é disfuncional porque fica cheio de
triacilglicerol)

- Maior entre mulheres (mais HDL) → influência do estrogênio sob o


HDL

- Diminuição da esterificação do colesterol (associado à HDL)

- Lipoproteína (a) - isotipo de LDL (10x mais aterogênico que o LDL)

1) Por que a ingestão de açúcar e outros carboidratos eleva os níveis de


triglicérides?

- Elevação rápida da glicemia → secreção rápida da insulina - favorece a


utilização da glicose no fígado (indução da expressão de enzimas de vias
metabólicas associadas à lipogênse)
- Açúcar captado pelo fígado → CAC - formação de muito piruvato - gera
acetil-CoA e oxaloacetato (aumento na formação do citrato - mais do
que necessário - extravasado para o citosol - enzimas para a lipogênese,

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que necessário - extravasado para o citosol - enzimas para a lipogênese,
para a esterificação e para a montagem de VLDL)

- VLDL competem com os Quilomícrons pelo processo de lipólise


(quando um aumenta, o outro também aumenta)

2) Que relação existe entre abuso do consumo de etanol e


hipertrigliceridemia?
- Excesso de
oferta de
Acetil-Coa de
diferentes
fontes,
inclusive do
ETANOL
- Acetil-Coa
entra nos
processos de
LIPOGÊNESE

3) Que lipoproteína plasmática estaria aumentada em uma dieta


excessivamente rica em carboidratos e etanol?

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- Gorduras estão sendo produzidas no fígado e lançadas na forma de
VLDL (muito TAG - VLDL fica circulante por mais tempo)

OBS.: pq não os Q? Os Q estão associados às gorduras da alimentação e, no


caso do paciente, o consumo excessivo de carbo essas gorduras são de
natureza endógena (processo de lipogênese a partir do consumo de carbo e
não consumo direto de lipídeos), associadas aos VLDL

4) Que características da dieta recomendada proporcionaram melhora


nos níveis de colesterol e triglicérides?

- Diminuição da taxa de carbo - diminuição da produção de VLDL


○ Próxima refeição com gorduras exógenas - o VLDL deixa de
competir com os Q e fica circulante por menos tempo
- Substituição por gorduras insaturadas - remoção mais rápidas dos TAG
presentes nos Q - controle da lipidemia

Página 87 de BIOQUÍMICA
Small LDL -
relacionado a lesão
aterosclerótica

Tabagismo -
estado pró-
inflamatório
(favorece a
progressão da
doença e na sua
gravidade)

- A dislipidemia favorece o
desenvolvimento de
Diabetes do tipo 2
- Sarcopenia - perda
muscular (consequência da
diabetes e fator de risco ao
mesmo tempo)

- Primeiro a resistência e
depois gera a
deficiência de insulina
- INCRETINAS -
hormônios produzidos
por células intestinais
(regulam a secreção de
insulina e glucagon)

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- INCRETINAS -
hormônios produzidos
por células intestinais
(regulam a secreção de
insulina e glucagon)

5) Por que a hipertrigliceridemia aumenta o risco de pancreatite aguda?

- Causas principais - pedra na vesícula, consumo excessivo de etanol e


elevação da triacilglicerolemia
- Obstrução dos ductos pancreáticos
- Isquemia
- Etanol - solvente com agressão tóxica direta nas células acinares
(imogênios)

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