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Aminoácidos são compostos quaternários de Carbono (C), Hidrogénio (H), Oxigénio (O) e
Nitrogénio (N), às vezes contêm Enxofre (S), como a cisteína e Fósforo (P), que aparecem, portanto
na composição das proteínas. A estrutura geral dos aminoácidos envolve um grupo Amina e um
grupo carboxilo/carboxi, ambos ligados ao carbono α ou (o primeiro depois do grupo carboxilo). O
carbono α também é ligado a um hidrogénio e a uma cadeia lateral, que é representada pela letra R.
O grupo R determina a identidade de um aminoácido específico.
Existem vinte aminoácidos na natureza que são capazes de gerar toda esta diversidade presente em
nosso planeta. O aminoácido mais simples é a glicina, que só tem um átomo de hidrogénio em sua
cadeis lateral. A alanina vem a seguir, com um grupamento metila. Cadeias laterais hidrocarbonadas
maiores são encontradas em valina, leucina e isoleucina. A prolina também tem uma cadeia lateral
alifática, mas difere dos outros membros do conjunto dos vinte por sua cadeia lateral ser ligada
tanto ao nitrogênio quanto ao átomo de carbono alfa.
A resultante estrutura cíclica influencia fortemente a arquitetura das proteínas. Três aminoácidos
com cadeias laterais aromáticas fazem parte do repertório fundamental. A fenilalanina contém um
radical fenila ligado à um grupamento metileno. O anel aromático da tirosina contém uma hidroxila,
o que torna a tirosina menos hidrófoba do que a fenilalanina. O triptofano tem um anel indólico
ligado à um grupamento metileno. Dois aminoácidos, serina e treonina , contêm hidroxilas
alifáticas, o que as tornam muito mais hidrofílicas e reativas. Vamos agora aos aminoácidos com
cadeias laterais muito polares, sendo altamente hidrófilos.
A lisina e a arginina têm cargas positivas em pH neutro. A histidina pode não ter carga ou tê-la
positiva, dependendo de seu ambiente local. As cadeias laterais da arginina e da lisina são as mais
longas no conjunto dos vinte. Existem dois aminoácidos com cadeias laterais ácidas, o ácido
aspártico e o ácido glutâmico. Esses aminoácidos são geralmente chamados de aspartato e
glutamato para salientar que suas cadeias laterais têm, quase sempre, cargas negativas no pH
fisiológico. A glutamina e a asparagina são derivados não carregados de glutamato e aspartato que
contêm uma amida terminal em vez de um carboxilato. Sete dos vinte aminoácidos têm cadeias
laterais facilmente ionizáveis. Um átomo de enxofre está presente nas cadeias laterais de dois
aminoácidos.
A cisteína contém uma sulfidrila (-SH) e a metionina possui um átomo de enxofre em uma ligação
tio-éster (-S-CH3). Ambas as cadeias laterais que contêm enxofre são hidrófobas. Esta grande
diversidade na natureza química de cada aminoácido permite que estes possam construir uma gama
enorme de diferentes proteínas com as mais diversas funções.
1.1. Estrutura
Dos inúmeros aminoácidos existentes na natureza, apenas vinte participam da constituição das
proteínas e todos são α – aminoácidos ou seja, possuem o grupos – NH2 ligado ao carbono vizinho
da carbonila.
Observações importantes:
Os aminoácidos nas moléculas proteicas são sempre L-estereisómeros
Os D aminoácidos foram encontrados apenas em pequenos peptídeos de parede celular
bacteriana e alguns peptídeos que têm função antibiótica.
Em vários elementos do grupo - isto é, a alanina, a valina, a leucina, e a isoleucina - a cadeia lateral
é um grupo hidrocarboneto alifático. A prolina tem uma estrutura cíclica alifática e o nitrogênio está
ligado a dois átomos de carbono. Na terminologia de química orgânica, o grupo amina da prolina é
uma amina secundária. Em contraste os grupos amina de todos os outros aminoácidos são aminas
primárias. Na fenilalanina, o grupo hidrocarboneto é aromático (contém um grupo cíclico
semelhante ao anel de benzeno) em vez de alifático. No triptofano, a cadeia lateral contém um
átomo de nitrogênio adicionado ao grupo hidrocarboneto alifático.
Na serina, e na treonina, o grupo polar é uma hidroxila (-OH) ligadas a grupos hidrocarboneto
alifáticos. O grupo hidroxila na tirosina é ligado a um grupo hidrocarboneto aromático, o qual
eventualmente perde um próton em pHs mais altos.
1.3.2.3. Aminoácidos ácidos: Apresentam substituintes com grupo carboxílico, isto é, são
monoamino e dicarboxílicos. possuem grupos carboxila em suas cadeias laterais, além daquele
presente em todos os aminoácidos. São aminoácidos com capacidade de doar protões. São
hidrófilos. Ácido aspártico e Ácido glutâmico.
1.3.2.3. Aminoácidos básicos: Apresentam substituintes com o grupo amino, isto é, são diamino e
monocarboxílicos. que possuem cadeias laterais básicas, e em todos e eles cadeia lateral é carregada
positivamente em pH neutro ou perto dele. São aminoácidos com capacidade de receber protões.
São hidrófilos : Arginina, Lisina e Histidina.
1. Glucogênicos: Quando o álcool restante da quebra dos aminoácidos vai para a via glicolítica. Os
aminoácidos que são degradados a piruvato, a-cetoglutarato, succinil-Coa, fumarato ou oxaloacetato
são denominados glicogênicos. A partir desses aminoácidos é possível fazer a síntese de glicose,
porque esses intermediários e o piruvato podem ser convertidos em fosfoenolpiruvato e depois em
glicose ou glicogênio.
Podem ser transformados em glicose - Alanina, arginina, metionina, cisteína, histidina, treonina e
valina.
2. Cetogênicos: Quando o álcool restante da quebra dos aminoácidos vai para qualquer fase do
ciclo de Krebs na forma de acetil coenzima A ou outra substância. Os aminoácidos que são
degradados a acetil-coa ou acetoacetil-coa são chamados de cetogênicos porque dão origem a
corpos cetônicos.
A sua capacid
ade de formação de corpos cetônicos fica mais evidente quando o paciente tem a diabetes melitus, o
que vai fazer com que o fígado produza grande quantidade dos mesmos. Podem se transformar em
corpos cetônicos – Leucina
Do conjunto básico dos 20 aminoácidos, os únicos que são exclusivamente cetogênicos são a
leucina e a lisina. A fenilalanina, triptofano, isoleucina e tirosina são tanto cetogênicos quanto
glucogênicos. E os aminoácidos restantes (14) são estritamente glucogênicos (lembrando que o
corpo pode gerar Acetil-Coa a partir da glicose).
2. A ligação peptídica – ocorre por reacção de hidrólise entre o grupo hidroxila da carboxila de um
aa e o Hidrogénio do grupo Amino do aa seguinte.
5. Ligação Dissulfeto
Alguns aminoácidos apresentam grupo sulfidrila (- SH) que pode se ligar com outro grupo sulfidrila
de outra molécula formando a ligação dissulfeto (S – S);
Todos aminoácidos reagem com a Ninidrina, no caso dos α-aminoacidos formam-se uma coloração
avermelha a violeta-púrpura intensa.
A fonte primária de nitrogénio para os seres vivos é o nitrogénio atmosférico, que tem que ser
convertido a uma forma metabolizável como a amónia. Mas só algumas bactérias conseguem
converter nitrogénio em amónia. A conversão de nitrogénio a amónia, chamada de fixação de
nitrogénio, é feita por um sistema enzimático complexo, denominado nitrogenase, que utiliza
NADPH como doador de electrões e só é processado com um consumo muito grande de ATP.
1.7. Isomeria
Com excepção única da glicina, todos os aminoácidos obtidos pela hidrólise de proteínas em
condições suficientemente suaves apresentam actividade óptica. Esses aminoácidos apresentam 4
grupos diferentes ligados ao carbono central, ou seja, esse carbono é assimétrico, assim esse
carbono é chamado centro quiral, por causa do arranjo tetraédrico das orbitas de ligação ao redor do
carbono alfa dos aminoácidos.
A existência de um centro quiral permite que esses aminoácidos formem esteroisômeros devido aos
diferentes arranjos espaciais opticamente activos. Dentre os esteroisômeros existem aqueles que se
apresentam como imagens especulares um do outro sem sobreposição, a estes chamamos
enantiômeros.
Os enantiômeros podem ser D ou L, e quase todos os compostos biológicos com centro quiral
ocorrem naturalmente em apenas uma forma estereoisomérica, D ou L. Os aminoácidos nas
moléculas proteicas são sempre L-estereoisômeros. Somente os L-aminoácidos são constituintes das
proteínas.
Os quatro diferentes grupos substituintes podem ocupar duas disposições espaciais distintas, e estas
são, entre si, imagens especulares não superponíveis. Essas duas formas representam uma classe de
esteroisômeros chamados de enantiômeros cuja capacidade de polarizar (B) a luz não polarizada
(A) .
Isoleucina (Ile/I) Leucina (Leu/L) Lisina (Lys/K)
De forma geral, ao fazer a titulação de um aa com uma base, iniciando-se em pH=1 observa-se que
o pH da solução aumenta até aproximadamente pH=2 quando o grupamento COOH começa a
liberar íons H+ para o meio, formando água.
Continuando a adição de base o pH irá progressivamente se elevando até que o grupo NH3+ tenha
condições de liberar seu ião H+, o que ocorre próximo ao pH 9.
Equação de Henderson-Hasselback
Estabelece a correlação entre o pH do meio e o pK do tampão.
Ião bipolar ou ião zwitterion (É a forma em que o aminoácido se apresenta com carga nula
ou isoelétrica)
Serotonina: (Enxaqueca, insônia e até depressão. A Serotonina faz parte dos neurotransmissores do
cérebro, sou seja, ela faz a transmissão de dados entre os neurónios).
Triptofano: Catarata;
Treonina e Metionina: Esteatose hepática;
Lisina: Anemia, perda de apetite, distúrbios enzimáticos, falta de concentração, irritabilidade e
queda de cabelo.