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concretamente no Direito Judiciário, por isso é do Direito Público. Trazido num texto
estruturado por três capítulos: I- Marco Teórico, I- Direito comparado e III – Vicissitudes do
exercício da Acção Penal no Ordenamento Jurídico moçambicano, finalmente a concussão,
Justificativa:
O que nos leva a optar por esta temática é a atualidade do CPP, a situação aqui por nós
• Até que ponto a alínea b) do no2 do artigo 59 e o no2 do artigo 61 do CPP obedecem ao
princípio constitucional previsto no artigo 235 da CRM?
Objectivos do trabalho:
O processo penal visa a aplicação do direito penal substantivo aos casos concretos. Essa
função instrumental que lhe é característica exprime-se de forma simples nestas duas
máximas: nenhum criminosos deve ficar sem punição e que nenhum inocente deve ser
condenado.
Marco Teórico (Cont.)
O Direito Processual Penal e a sua conformação jurídica com a Constituição
• Com o princípio da perseguição oficiosa das infracções visa o Estado corresponder ao seu
dever de administração da justiça penal, de onde resulta a condenação de todos os
culpados, e somente deles, da prática de uma infracção. Daqui se extrai que a peça
fundamental deste processo – de modo contrário ao que acontece no processo civil,
onde se dá ao autor a faculdade de aquilatar da oportunidade de propositura da acção –
o princípio da legalidade.
Como órgão encarregado de promover a perseguição dos crimes e outras infracções à lei
penal, compete ao Ministério Público, em primeiro lugar, proceder à sua completa
investigação e ao seu possível esclarecimento. Para lhe permitir a plena realização desta
finalidade, a lei atribui-lhe a direcção da instrução preparatória – art. 309 do CPP. Esta regra
geral sofre, no entanto, algumas restrições constantes dos preceitos seguintes do mesmo
diploma legal. As autoridades que, além do Ministério Público, podem exercer acção penal
são as enumeradas no art. 315 do CPP.
Do Direito Comparado
Tanto na ordem jurídica Angolana, Brasileira e Portuguesa, a direcção do inquérito é
atribuída ao Ministério Público, titular da acção penal, sendo o juiz das garantias
possibilitando a aplicação das normas constitucionais, ficando, assim, visível que para haver ordem
Constitucionalidade incisivo.
As normas contidas na alínea b) do n°2 do artigo 59 e no n°2 do artigo 61, ambos do CPP que passamos
Órgãos Auxiliares artigo 61/2 do CPP - (Competência dos serviços de investigação criminal), que
também passamos a citar, dizem: compete, em especial, aos serviços de investigação criminal, mesmo
por iniciativa própria, colher notícia dos crimes e impedir, quanto possível, as suas consequências,
descobrir os seus agentes e levar a cabo os actos necessários e urgentes destinados a assegurar os
meios de prova. Violam o disposto no artigo 235, da CRM que dispõe: Artigo 235, (Funções):ao
Ministério Público compete (...) dirigir a instrução preparatória dos processos-crime, exercer a acção
penal e (...).
(cont.e Fim)
Em consequência existem os órgãos auxiliares artigo 61/2 do CPP - (Competência dos serviços de
investigação criminal), que vão colidir com o que diz a CRM porque o seu conteúdo Viola o
disposto no artigo 235, da CRM que dispõe: Artigo 235, (Funções):ao Ministério Público compete
(...) dirigir a instrução preparatória dos processos-crime, exercer a acção penal e (...).Ora, o CPP na
versão introduzida pela Lei n° 25/2019, de 26 de Dezembro atribui ao Ministério Público, na al. b),
do art. 59 a função de “dirigir a instrução" cuja finalidade descrita no art.307 CPP, é a mesma que
a da instrução preparatória constante do artigo 12 do Decreto-Lei n°35007, de 13 de Outubro de
1945 (ora revogado). na senda das funções do Ministério Público, o art.235 da CRM, atribui a este
órgão o pecúlio do exercício da acção penal, o que é contrariado pelo n o2 do art. 61 do CPP
aprovado em 26 de Dezembro de 2019,que atribui competência especial ao Serviço de
Investigação Criminal de, por iniciativa própria, colher notícia dos crimes, impedir, quanto
possível, as suas consequências, descobrir os seus agentes e levar a cabo os actos necessários e
urgentes destinados a assegurar os meios de prova.
Pelo que, tendo -se em conta o exposto supra, deve – se concluir que a não previsão daqueles
crimes do no2 do artigo 61 do CPP viola o princípio da legalidade e, deve por isso ser declarado
inconstitucional pelo nos termos do no 2 do artigo 244 da CRM. Tratando-se de uma competência
quaisquer outro órgão, seria claramente violar o artigo 235 da CRM. Dai a inconstitucionalidade
do no2, artigo 61 do CPP. Nestes termos, concluímos que a norma do no2 do artigo 61 do Código
legislador constituinte, pelo que e deve ser por força do disposto no no4 do artigo 2 da
• Que o legislador exclua o termo “por iniciativa própria” ao SERNIC no exercício da acção
individuais previsto no no1 do artigo 56 da CRM, nos termos do no 2 do artigo 244 da CRM;
• Que a norma do no2 do artigo 61 do CPP não seja pelo aplicador e intérprete da lei