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O Ilícito Contraordenacional
2. Princípios Gerais
b. Princípio da Tipicidade
c. Princípio da culpa
d. Princípio da jurisdição
a. Princípio da oficialidade
Após este momento, a IGT conduz o processo nas suas várias fases até à
decisão de aplicar, ou não, a coima. Na fase judicial a promoção do processo
compete ao Ministério Público (artigo 83º RGCO).
b. Princípio do contraditório
Ora esta constatação implica que o direito de defesa deva ser entendido em
toda a sua amplitude de forma a permitir ao arguido conhecer todo o teor
da acusação, oferecer contraprova, requerer patrocínio judiciário (artigo
35º nº 3 CR), sob pena de nulidade do processo.
- Exigir a afixação dos mapas nos casos em que a lei assim o determinar;
recolher e levar para análise amostras de matérias e substâncias utilizadas
ou manipuladas nos processos de laboração;
Esta regra não pode ser vista como susceptível de limitar o poder atribuído
ao inspector de trabalho de “fazer advertência ou dar conselhos em lugar
de intentar ou recomendar quaisquer procedimentos” imediatos, pelas
seguintes de razões:
Decorre ainda do exposto que esta medida de excepção está coberta pelos
princípios da proporcionalidade e da sujeição das decisões administrativas
definitivas e executórias a controlo contencioso de anulação (artigo 245º
alínea e) CR) e, por maioria de razão, a recurso hierárquico, nos termos
gerais. O recurso não produz, no entretanto, qualquer efeito suspensivo na
executoriedade da medida aplicada.
Deve ser, ainda, feita uma breve referência ao concurso de crime e contra-
ordenação, quando o mesmo facto constitui simultaneamente crime e
contra-ordenação. Nestes casos, será o agente sempre punido a título de
crime, sem prejuízo de sanções acessórias previstas para a contra-
ordenação (artigo 24º RGCO).
Nestas circunstâncias, a IGT remeterá o processo ao Ministério Publico
sempre que considere que a infracção constitui crime, só passando a IGT a
ser materialmente competente, se e quando o Ministério Público devolver
o processo, considerando que não há lugar a responsabilidade criminal
(artigo 57º RGCO).
d. A notificação do arguido
e. O pagamento voluntário
Para que o arguido possa assegurar a sua defesa tem direito de acesso à
totalidade dos aspectos relevantes para a decisão, na matéria de facto e de
direito. Daí a importância e o cuidado que se deve atribuir ao conteúdo da
notificação ao arguido a que nos referimos anteriormente.
Quando tenha havido resposta escrita o arguido deve juntar, para o efeito,
“os documentos probatórios que disponha e/ou arrolar testemunhas até o
máximo de três por cada infracção” (artigo 26ºnº 1 do Estatuto da IGT).
h. A impugnação judicial
O juiz deve decidir no prazo de 8 dias, decisão essa que deverá ser num dos
seguintes sentidos: ordenar o arquivamento do processo, absolver o
arguido, manter ou alterar a decisão proferida na instância administrativa
(artigo 74º nº 1 e 2 RGCO).
A decisão do juiz deverá ser sumariamente fundamentada de facto e de
direito e relativamente às circunstâncias que determinam a medida da
sanção (nº 3 do artigo 74º).
Importa, finalmente, ter presente que não vigora neste processo o princípio
da proibição da reformatio in pejus (reforma da decisão para pior). O que
quer dizer que o juiz poderá reformar a decisão da IGT para uma coima mais
elevada.
A prescrição, que se inicia com a prática dos factos puníveis por contra-
ordenação, interrompe-se (artigo 33º do RGCO):
k. A prescrição da coima