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Direito Penal – CP – Princípios Constitucionais do Direito Penal.

1. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE Prova: Agente de Polícia


Acerca dos princípios básicos do direito penal brasileiro, assinale a opção correta.

a) O princípio da fragmentariedade ou o caráter fragmentário do direito penal quer dizer que a pessoa
cometerá o crime se sua conduta coincidir com qualquer verbo da descrição desse crime, ou seja, com
qualquer fragmento de seu tipo penal.
b) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será punido sem lei anterior que defina
a conduta como crime e que a pena também deve ser prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá
retroagir.
c) É possível que uma lei penal mais benigna, alcance condutas anteriores à sua vigência, seja para possibilitar
a aplicação de pena menos severa, seja para contemplar situação em que a conduta tipificada passe a não
mais ser crime.
d) O princípio da insignificância no direito penal dispõe que nenhuma vida humana será considerada
insignificante, sendo que todas deverão ser protegidas.
e) O princípio da “ultima ratio” ou da intervenção mínima do direito penal significa que a pessoa só cometerá
um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir.

2. Ano: 2017 Banca: IBEG Órgão: IPREV Prova: Procurador Previdenciário


Considerando o disposto no Código Penal brasileiro quanto à aplicação da lei penal, indique a alternativa
incorreta:

a) Não há crime sem lei anterior que o defina, tampouco pena sem pré-via cominação legal;
b) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória;
c) A lei excepcional ou temporária, se decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, não retroage ao fato praticado durante sua vigência;
d) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado;
e) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

3. Ano: 2012 Banca: AOCP Órgão: TCE-PA Prova: Analista de Controle Externo
De acordo com o Código Penal, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

I. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
II. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não aplica-se aos fatos anteriores.
III. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias
que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
IV. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.
a) Apenas II e IV.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III
d) Apenas I, III e IV.
e) I, II, III e IV.

4. Ano: 2010 Banca: AOCP Órgão: Prefeitura de Camaçari - BA Prova: Procurador Municipal
De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória.
b) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.
c) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como
as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
d) É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
e) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

5. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: SEGEP-MA Prova: Auditor Fiscal da Receita Estadual - Administração Tributária
O princípio do direito penal que possui claro sentido de garantia fundamental da pessoa, impedindo que alguém
possa ser punido por fato que, ao tempo do seu cometimento, não constituía delito é:

a) Atipicidade.
b) Reserva legal.
c) Punibilidade.
d) Analogia.
e) Territorialidade.

6. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE Prova: Escrivão de Polícia


Um crime de extorsão mediante sequestro perdura há meses e, nesse período, nova lei penal entrou em vigor,
prevendo causa de aumento de pena que se enquadra perfeitamente no caso em apreço.

Nessa situação hipotética,

a) A lei penal mais grave não poderá ser aplicada: o ordenamento jurídico não admite a novatio legis in pejus.
b) A lei penal menos grave deverá ser aplicada, já que o crime teve início durante a sua vigência e a legislação,
em relação ao tempo do crime, aplica a teoria da atividade.
c) A lei penal mais grave deverá ser aplicada, pois a atividade delitiva prolongou-se até a entrada em vigor da
nova legislação, antes da cessação da permanência do crime.
d) A aplicação da pena deverá ocorrer na forma prevista pela nova lei, dada a incidência do princípio da
ultratividade da lei penal.
e) A aplicação da pena ocorrerá na forma prevista pela lei anterior, mais branda, em virtude da incidência do
princípio da irretroatividade da lei penal.

7. Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: PC-RJ Prova: Oficial de Cartório


O princípio da reserva legal constitui-se na garantia individual de que o poder de punir do Estado em matéria
penal será exercido nos limites da norma positivada, permitindo a criação de tipos penais incriminadores e a
instituição de penas por intermédio de:

a) Qualquer espécie normativa, desde que elaborada em observância ao regular processo administrativo ou
legislativo.
b) Lei ordinária e medida provisória, já que esta última também possui força de lei até que seja submetida a
regular processo legislativo.
c) Decreto legislativo, já que são funções exclusivas do Poder Legislativo a criação de direito novo, a imposição
de obrigações de caráter geral e a definição de sanções jurídicas.
d) Decreto-lei, regularmente elaborado no exercício do poder administrativo-normativo do chefe do Poder
Executivo, já que o ato de legislar encontra-se no feixe de atribuições típicas deste Poder.
e) Lei em sentido estrito, entendida esta como a espécie normativa aprovada em regular processo legislativo
levado a efeito no âmbito do Poder Legislativo.

8. Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: PC-RJ Prova: Oficial de Cartório


O princípio da responsabilidade pessoal, conquista do direito penal moderno, limita a imposição da
responsabilização penal àquele que:

a) Tenha praticado o núcleo do tipo penal, afastando a possibilidade de punição daquele que de qualquer forma
concorreu para a prática do crime.
b) Guarde qualquer vínculo subjetivo com o autor do delito, desde que tenha tomado ciência prévia ou
posterior de que o fato criminoso seria ou foi por este praticado.
c) Seja considerado autor, coautor ou partícipe do crime, impedindo que terceiros totalmente alheios ao fato
delituoso possam sofrer consequências penais dele decorrentes.
d) Tenha atuado na consecução do crime, sendo ressalvada a hipótese de incapacidade ou morte do autor, em
que se permite a imposição de responsabilidade penal aos seus sucessores legais.
e) Exclusivamente auxiliou ou instigou a prática do crime, não sendo permitido que sofra pena em proporção
distinta daquela imposta ao executor do núcleo do tipo penal incriminador.

9. Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: Agente de Polícia


Em relação às leis temporárias, o princípio aplicável é o da:

a) Ultratividade
b) Sucessão de leis no tempo
c) Continuidade delitiva
d) Retroatividade

10. Ano: 2009 Banca: MOVENS Órgão: PC-PA Prova: Delegado de Polícia
As leis têm, em regra, efeitos para o futuro. Considerando que as leis penais seguem o princípio de que não há
crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal, assinale a opção correta.

a) A exigência de lei criando tipos penais para permitir a aplicação de sanção é garantia constitucional.
b) É válida a descrição de conduta típica penal por medida provisória.
c) Lei penal revogada permite apuração de fato ocorrido na sua vigência, mesmo quando a execução completa
do fato tenha sido após a revogação.
d) Lei penal que possa trazer benefício para o acusado não pode ser aplicada quando já julgado o caso

Gabarito:
1. R.: Letra C: A questão versa sobre o PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE (REGRA), sendo a RETROATIVIDADE
uma exceção que ocorre para BENEFICIAR O RÉU. No tocante à CONDUTA TIPIFICADA PASSE A NÃO SER
MAIS CRIME = "ABOLITIO CRIMINIS". (A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu).

2. R.: Letra C: Art. 3º CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
PRINCÍPIO DA ULTRATIVIDADE, ou seja, os fatos pretéritos, ocorridos durantes a vigência de tais leis, se
protraem no tempo com a mesma capacidade punitiva de quando eram vigentes.
Ex.: Lei da Fifa para a copa do mundo.

3. R.: Letra D: I) Lei Penal no Tempo: Art. 2º, CP - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores,
ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
III) Lei excepcional ou temporária: Art. 3º CP- A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigência.
IV) Tempo do crime: Art. 4º CP - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda
que outro seja o momento do resultado.

4. R.: Letra A: Art. 2º CP - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos PENAIS (somente) da sentença condenatória.
5. R.: Letra B: “Não há crime sem lei”. Entendo que o princípio mais adequado seria o da anterioridade,
entretanto, pelo fato da Reserva Legal estar atrelada ao princípio da legalidade, entendo que seria a mais
correta: Segundo o princípio da reserva legal, a infração penal somente pode ser criada por lei em sentido
estrito, ou seja, lei complementar ou lei ordinária, aprovadas e sancionadas de acordo com o processo
legislativo respectivo, previsto na CF/88 e nos regimes internos a Câmara dos Depurados e Senado Federal.

6. R.: Letra C: No caso em questão foi descrita a prática de uma conduta permanente. O crime permanente é
quando a execução do crime se prolonga no tempo, sendo assim, qualquer lei (que beneficie ou não) que
venha surgir nesse período, poderá ser aplicada ao réu. (Súmula 711 do STF: A LEI PENAL MAIS GRAVE
APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGÊNCIA É ANTERIOR À
CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE OU DA PERMANÊNCIA.)

7. R.: Letra E: Princípio da Legalidade (SÓ A LEI DEFINE O CRIME).


ART. 1º CP - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
De modo geral, pelo Princípio da Reserva Legal, nenhum fato pode ser considerado crime se não existir uma lei
que o enquadre no adjetivo “criminal” e, nenhuma pena pode ser aplicada, se não houver sanção pré-existente
e correspondente ao fato.
O princípio da reserva legal determina que somente lei em sentido estrito (lei ordinária ou complementar)
pode criar regras de direito penal, sendo estas, por isso, sempre emanadas do órgão estatal que detém a
parcela de soberania competente para inovar na ordem jurídica, legitimada pela vontade do povo.
A regra da reserva legal veda, por exemplo, que medida provisória, lei delegada e resolução versem sobre
matéria penal.

8. R.: Letra C: Princípio da intranscendência / Pessoalidade / Personalidade da Pena. Art.5º, XLV, CF -


Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o
limite do valor do patrimônio transferido.
O Princípio da Responsabilidade Pessoal, no caso em questão, se amolda perfeitamente ao gabarito, pois
ao passo que expõe corretamente que a responsabilização pela autoria, coautoria ou participação no
evento delituoso não pode atingir terceiros, ou seja, a responsabilização não pode ultrapassar a pessoa do
agente.

9. R.: Letra A: Art. 3º CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
A lei Excepcional ou Temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias
que a determinam, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência. Por serem ultrativas, alcançam fatos
praticados durante a sua vigência, ainda que as circunstâncias de prazo (lei temporária) e de emergência
(lei excepcional) tenham se esvaído.

10. R.: Letra A: Art. 5º, XXXIX, CF - Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal.

"Não desista, vá em frente. Sempre há uma chance de você tropeçar em algo maravilhoso. Nunca ouvi falar
em ninguém que tivesse tropeçado em algo enquanto estava sentado."

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