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O direito penal busca a proteção dos bens jurídicos mais importantes ao indivíduo e à
sociedade, razão pela qual sua intervenção só é exigida nos casos de máculas inaceitáveis à
tais bens.
Função:
Subprincípios:
O fato, para ser incriminado, deverá promover lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico
penal.
O direito penal não se presta à promover respostas éticas ou morais, mas para proteger
bens jurídicos.
Funções:
a. Não se pune atos internos: Não se pode punir o agente por seus pensamentos e
sentimentos não exteriorizados.
b. Não se pune conduta que não transcenda o âmbito do próprio autor: O agente
não pode ser punido por atos que atentem contra si próprio, não afetando bem
jurídico de terceiros. Ex: tentativa de suicídio, autolesão. – Princípio da alteridade.
c. Não se pune estados ou condições existenciais: O agente não pode ser punido
pelo que é, mas sim pelo que faz.
d. Não se pune condutas desviadas que não atentem contra bens jurídicos:
Condutas socialmente reprováveis, que não ofendam bens jurídicos de terceiros,
não podem ser punidas.
Exemplo: Furar a orelha. Em tese, é lesão corporal. No entanto, por ser uma prática
até estimulada pela sociedade, não é considerada crime, por não ter tipicidade
material.
A lei penal nasce pelo devido processo legislativo. A União, através do Congresso
Nacional edita a lei, e o presidente a sanciona.
A partir daí, a lei tem vigência (existência), e ela pode produzir efeitos imediatos, como
regra no Brasil, ou, ainda, só produzir efeito em momento futuro, ocasião em que
teremos a chamada vacatio legis.
No período de vacatio legis a lei está vigente, mas não terá eficácia.
Mas pode ocorrer, no direito penal, de a lei não ter vigência e ter eficácia – é a
extratividade, que será visto.
Atividade da Lei Penal: Ocorre quando a lei está vigente, e, ainda, é eficaz,
abrangendo todos os fatos que forem cometidos durante a sua existência.
Art. 5° (...)XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando
em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Aplica-se a lei posterior, ainda que mais grave, haja vista a intenção de permanência
do agente.
Súmula 711, do STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
CP: Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
TERRITÓRIO BRASILEIRO
Reciprocidade.
EXTRATERRITORIALIDADE
É a aplicação da lei Brasileira, aos crimes praticados fora do território brasileiro, físico ou por
extensão.
Hipóteses:
Nesse caso, aplica a lei brasileira ainda que o indivíduo tenha sido julgado e absolvido
no estrangeiro
2. CONDICIONADA: Artigo 7°, inciso II. Aplica-se a lei penal brasileira fora de seu
território, desde que preenchidas algumas condições.
II - os crimes:
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado: O fato tem que ser
punível nos dois países.
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição: O crime praticado tem que estar no rol dos crimes em que o
Brasil autoriza a extradição.
Mas atenção: se não cumpriu a pena toda, o Brasil poderia aplicar sua lei. Ex:
fugiu quando cumpriu 2 anos de pena, quando condenado a 5.
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não
estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
DISPOSIÇÕES
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá
ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final
de tribunal competente e em conformidade com a lei que estabeleça tal
pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se
estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente.
3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada a delitos políticos, nem
a delitos comuns conexos com delitos políticos.
5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração
do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a
mulher em estado de gravidez.
6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou
comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se
pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão
ante a autoridade competente.
b) perda de bens;
c) multa;
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
Condutas que não ofendem de forma intolerável o bem jurídico penal, não dever ser
consideradas crimes.
Desdobramento da fragmentariedade.
Art. 1.997. A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas,
feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte
que na herança lhe coube.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
a. Proibição do excesso
b. Proibição à proteção deficiente.
Art. 5° (...)
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus
filhos durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
CP: Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo
mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Trata-se da possibilidade de homologar uma sentença penal estrangeira, para que ela possa ser
executada no Brasil.
A homologação da sentença estrangeira tem duas finalidades, que estão no artigo 9°, do CP, e
visão dar efeitos civis, ou, ainda, a imposição de medidas de segurança.
Para que tais efeitos sejam satisfeitos, necessário o atendimento dos seguintes requisitos:
CONTAGEM DE PRAZO
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei
especial, se esta não dispuser de modo diverso.