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Lei Penal no Tempo e no

Espaço

Profª Esp. Renata da Silva Mendonça


Lei Penal no Tempo

Art. 1º, caput,


do CP
Lei Penal no Tempo:

■ Art. 1º - Não há crime sem lei


anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação
legal.
■ Princípio da legalidade: “nullum
crimem, nulla poena sine lege”.
Princípios:
■Reserva legal: a definição dos
crimes e das penas deve ser
dada apenas por lei.
■Anterioridade: “nullum crimen
nulla poena sine praevia
lege”.
Princípios:
■Taxatividade: dever imposto
ao legislador de proceder de
maneira precisa na
determinação dos tipos. É
vedado a incriminação com
base no costume e analogia
in malan parten.
Lei penal no tempo:
■Art. 2º - Ninguém pode ser
punido por fato que lei
posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude
dela a execução e os efeitos
penais da sentença
condenatória.
Lei penal no tempo:
■Parágrafo único - A lei
posterior, que de qualquer
modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores,
ainda que decididos por
sentença condenatória
transitada em julgado.
Vigência e revogação da lei penal:

■A lei penal entra em vigor na


data nela indicada. Se não
houver indicação, deverá
vigorar em 45 dias após a sua
publicação (art. 1 º, da LICC).
Princípios:
■Tempus Regit Actum: A lei
que está em vigor quando o
crime foi praticado é a
reguladora do fato.
■Vacatio legis: período
compreendido entre a
publicação oficial da lei e sua
entrada em vigor.
Vigência e revogação da lei penal:
■Em regra a lei permanecerá
em vigor até que outra a
modifique ou revogue, a não
ser que se destine a vigência
temporária. A lei também não
se aplica a fatos anteriores a
sua vigência (art. 2º, da LICC)
Retroatividade benéfica:

■A lei penal pode retroagir para


beneficiar o réu, conforme o
art. 5º, XL, da CF.
■Exemplo: A lei posterior que
revogou o crime de sedução
retroage para beneficiar “A”.
A Lei retroage para beneficiar o
réu, qualquer que seja o
benefício.
Duas situações em que a
lei retroage:
Quando ela descrimina o fato:
■O fato deixa de ser previsto
como crime. Exemplo. “A”
pratica adultério, logo depois
lei posterior revoga o crime,
enquanto “A” está sendo
processado, logo a lei
retroage.
Quando ela de qualquer modo
beneficia o réu.
■O fato continua sendo
previsto como crime, mas a
lei posterior prevê uma
circunstância atenuante. Ex. A
delação premiada e a traição
benéfica na Lei 8.072/90.
Conflito de leis penais:

■Como conciliar, pois a


vigência e a revogação
sucessivas de leis penais no
ordenamento jurídico, cada
qual tratando o crime de
forma diversa? Valem dois
princípios:
Princípios:
■Irretroatividade da lei mais
severa: a lei penal mais
severa nunca retroage para
prejudicar o réu.
■Retroatividade da lei mais
benigna: a lei penal mais
benigna sempre retroage
para beneficiar o réu.
Hipóteses de conflitos de lei no tempo:

■São quatros os conflitos de lei


penal no tempo: “Abolitio
criminis”;“Novatio legis
incriminadora”;“Novatio legis
in pejus” e “Novatio legis in
mellius”
“Abolitio criminis”:

■Ocorre quando a nova lei


suprime normas
incriminadoras anteriormente
existentes.
■Ex. Revogação do crime de
adultério.
“Novatio legis incriminadora”:

■A nova lei incrimina fatos


anteriormente considerados
lícitos.
■Ex. Lei 10.826/03, que dispõe
sobre o Estatuto do
Desarmamento.
“Novatio legis in pejus”:

■A lei nova modifica o regime


penal anterior, agravando a
situação do réu.
■Ex. Lei 8.072/90, que dispõe
sobre os crimes hediondos.
“Novatio legis in mellius”

■Ocorre quando a lei nova


modifica o regime anterior,
beneficiando o sujeito.
■Ex. A delação premiada (art.
41) e a confissão (art. 33) na
Lei nº. 11.343/06.
Competência para a aplicação da lei mais
benéfica:
■SÚMULA Nº. 611 do STF:
“Transitada em julgado a
sentença condenatória,
compete ao juízo das
execuções a aplicação de lei
mais benigna”.
Crime continuado e crime
permanente:
■SÚMULA Nº. 711 do STF: “A
lei penal mais grave aplica-se
ao crime continuado e ao
crime permanente, se sua
vigência é anterior à
cessação da continuidade ou
da permanência”.
Ultra-atividade e extra-atividade:

■Ultra-atividade é quando há
aplicação de uma lei, que tem
eficácia, mesmo depois de
cessada a sua vigência.
Ultra-atividade e extra-atividade:

■Extra-atividade: a ultra-
atividade e a retroatividade
são qualidades que a lei mais
benigna possui de vigorar
mesmo depois de cessado o
período de sua vigência.
Lei Excepcional ou Temporária:

■Gozam de ultratividade
quando projetam a sua
atividade para frente. Estão
previstas no art. 3 º do CP.
Temporária:
■Tem o seu termo final de
vigência estabelecido, pois
está previsto no texto da lei.
São mais gravosas, pois
punem com penas crimes
decorridos no seu período de
vigência, embora decorrido o
seu período de duração.
Excepcional:
■Regula períodos de
anormalidades (caso fortuito
ou força maior) e elas têm o
seu termo final de vigência
condicionado ao
aparecimento das causas,
quando a causa desaparece,
a lei é revogada também.
Leis auto-revogáveis:

■São as leis penais


temporárias e excepcionais
que não derrogam o princípio
da reserva legal, pois não se
aplicam a fatos ocorridos
antes de sua vigência.
Leis auto-revogáveis e ultra-ativas:

■As leis auto-revogáveis são


ultra-ativas, no sentido de
continuarem a ser aplicadas
durante sua vigência, mesmo
depois de sua revogação.
Tempo do crime:

■previsto no art.. 4.º, do CP:


“Considera-se praticado o
crime no momento da ação
ou omissão, ainda que outro
seja o momento do
resultado”.
Tempo do crime. Teorias:

■Ação ou atividade: é que


considera praticado o crime
no momento da ação ou
omissão. Foi a adotada pelo
Código Penal.
Tempo do crime. Teorias:

■Efeito/resultado: é a que
considera praticado o delito,
no momento da produção do
resultado.
Tempo do crime. Teorias:

■Mista/ubiqüidade: é a que
considera o tempo do crime
indiferentemente como o
momento da ação ou do
resultado, aplicando-se
qualquer uma das leis em
vigor nessas oportunidades.
Lei Penal no Espaço
Territorialidade:

■Art. 5º - Aplica-se a lei


brasileira, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras
de direito internacional, ao
crime cometido no território
nacional.
Eficácia da lei penal no espaço:

■Há necessidade de se
apresentar soluções aos
casos em que um crime viole
interesses de dois ou mais
países.
Extraterritorialidade:

É formada por cinco


princípios:
Territorialidade:

■Aplica-se a lei do país em


cujo território ocorreu o crime,
sem levar em conta a
nacionalidade do autor ou da
vítima.
Exceções ao Princípio da Territorialidade:

■Navios e Aeronaves.
■Representantes de países
estrangeiros.
Navios e Aeronaves:

■Públicos: pertencem ao
Estado. Exemplo. integram as
Forças Armadas, são os que
são requisitados na forma da
lei para missões militares e os
vasos de guerra.
Navios e Aeronaves:

■Gozam de “imunidade de
jurisdição”, ou seja, só
obedecem a lei do seu país
de origem, não se
submetendo a jurisdição do
país em que se encontram.
Navios e Aeronaves:

■Privados: pertencem a
particulares. Exemplo.
mercantes, de passageiros,
de cargas, etc.
■Não gozam de “imunidade de
jurisdição”, ou seja, se
submetem a jurisdição do
país em que se encontram.
Representantes de países
estrangeiros:
■Agente Diplomático: são
representantes de seus
países de origem
(embaixador, secretários,
pessoal técnico), em âmbito
político, gozando de
“imunidade de jurisdição”,
Representantes de países
estrangeiros:
■ou seja, só obedecem a lei do
seu país de origem, não se
submetendo a jurisdição do
país em que se encontram.
Estas imunidades ainda
alcançam o chefe de Estado
estrangeiro que visita o país e
os membros de sua comitiva.
Representantes de países
estrangeiros:
■Agentes Consulares:
representam seus países, em
âmbito comercial e
administrativo, representam o
interesse dos cidadãos, não
gozando de “imunidade de
jurisdição”, ou seja, se
submetem a jurisdição do
país em que se encontram.
Nacionalidade ou Personalidade:
■Aplica-se a lei do país da
nacionalidade do agente
(criminoso) sem levar em
consideração a nacionalidade
da vítima e o lugar onde
praticou-se o crime (Art. 7.º,
II, b, CP).
Real ou de Defesa ou de Proteção:

■Aplica-se a lei do país da


nacionalidade da vítima, não
importando o autor ou o lugar
do crime (Art. 7.º, I, a, b, c, §
3.º, CP).
Justiça Penal Universal:

■Aplica-se a lei do país em


cujo território o criminoso foi
preso, não importando o
autor, a vítima ou o lugar do
crime (Teoria da Utopia). (Art.
7.º, II, a, CP).
Representação:

■Aplica-se a lei do país da


nacionalidade de navios e
aeronaves privados em
território estrangeiro, quando
o país não se interessar pelo
julgamento.
Lei Penal no Tempo e no
Espaço II
Princípio da territorialidade temperada:

■Este princípio foi


consagrado de maneira
relativa, com exceções em
lei e convenções, tratados
e regras de direito
internacional.
Território Brasileiro:

■Deve ser entendido em seu


sentido jurídico. É o todo o
domínio terrestre, fluvial,
marítimo e aéreo no qual é
exercida a soberania
nacional.
Domínio Terrestre:

■Solo: porção da superfície da


terra.
■Subsolo: camada de solo que
fica imediatamente abaixo da
superfície terrestre.
Domínio fluvial:

■Relaciona-se com os rios que


pertencem ao território
nacional e que o integram
dentro dos limites conhecidos.
Domínio Marítimo:

■O mar territorial compreende


uma faixa de doze milhas
marítimas de largura,
medidas a partir da linha de
baixa-mar do litoral brasileiro
(art. 1º, Lei n º 8.617/93).
Domínio Aéreo:
■Segundo a Teoria da
Soberania sobre a Coluna
Atmosférica, um país tem
soberania plena sobre a
massa de ar que se ergue do
solo, incluindo o domínio
territorial e do mar territorial.
Espaço cósmico:
■O espaço cósmico poderá ser
utilizado e explorado
livremente por todos os
Estados, conforme o Decreto
n º 64.362/69 que ratificou o
Tratado sobre Exploração e
Uso do Espaço Cósmico.
Eficácia da lei penal em relação a
determinadas pessoas:
■O art. 5° do CP ao adotar o
princípio da territorialidade
temperada, ressalvou
convenções, tratados e regras
de direito internacional.
Imunidades Parlamentares:

■Dizem respeito a
determinadas prerrogativas
conferidas por lei ao poder
legislativo, com a finalidade
de assegurar o livre exercício
de suas funções como
representantes da sociedade.
Imunidades parlamentares absolutas:

■De natureza material ou


substantiva são as
inviolabilidades penais e civis
que impedem que o
parlamentar seja processado
por suas opiniões palavras ou
votos no exercício do
mandato (CF, art. 53)
Imunidades parlamentares relativas:
■De natureza formal ou
processual são às
prerrogativas de foro; à prisão
(salvo em flagrante de crime
inafiançável); ao processo
(susta o andamento da ação)
e para servir como
testemunha (CF, art. 53, §§).
Estado de sítio:

■As imunidades penais


absolutas e relativas
subsistirão durante o Estado
de Sítio (art. 137 a 141, da
CF), só podendo ser
suspensa por 2/3 de votos da
Casa respectiva.
Deputados Estaduais:
■As imunidades são
automaticamente deferidas
aos deputados por força do
disposto no art. 27, § 1°, CF,
mas a súmula 03 do STF diz
que: “A imunidade concedida
a deputados estaduais é
restrita a justiça do estado”.
Vereadores:

■As imunidades absolutas são


automaticamente deferidas
aos edis por força do disposto
no art. 29, VIII, CF, mas não
gozam de imunidade relativa
ou processual.
Extensão do território nacional (§§ 1 e 2,
do art. 5°, do CP):
■Para os efeitos penais,
consideram-se como
extensão do território
nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço
do governo brasileiro onde
quer que se encontrem.
Extensão do território nacional (§§ 1 e 2,
do art. 5°, do CP):
■É também aplicável a lei
brasileira aos crimes
praticados a bordo de
aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade
privada, achando-se aquelas
em pouso no território
nacional.
Lugar do crime. Teorias:

■Ação ou atividade: é o local


onde são praticados os atos
de execução do crime
(execução).
Lugar do crime. Teorias:

■Efeito/resultado: é o local
onde ocorre a consumação
do crime (consumação).
Lugar do crime. Teorias:

■Mista/ubiqüidade (execução
ou consumação): é o local
onde ocorre a execução e a
consumação. Está teoria foi
consagrada no art.. 6 º, do
CP:
Lugar do crime. Teorias:

■“Considera-se praticado o
crime no lugar em que
ocorreu a ação ou omissão,
no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou
deveria produzir-se o
resultado”.
Extraterritorialidade:

Pode ser condicionada ou


incondicionada.
A extraterritorialidade pode ser:

■Incondicionada: tem aplicação


imediata, pois não depende
de condições.
■Condicionada: não tem
aplicação imediata, pois
depende de condições.
Extraterritorialidade incondicionada (art.
7 °, inciso I, a, b, c e d, do CP)
■Ficam sujeitos à lei brasileira,
embora cometidos no
estrangeiro os crimes: contra
a vida ou a liberdade do
Presidente da República;
contra o patrimônio ou a fé
pública da administração
direta e indireta;
Extraterritorialidade incondicionada (art.
7 °, inciso I, a, b, c e d, do CP)
■contra a administração
pública, por quem está a seu
serviço; e de genocídio,
quando o agente for brasileiro
ou domiciliado no Brasil;
Aplicação da lei brasileira é condicionada quando
(art.. 7 º, § 2 º, do CP):

■Ocorrer a entrada do autor no


território nacional, sendo
expontânea ou forçada;
■O fato deve ser punido no
país em que foi praticado,
sendo considerado crime;
Aplicação da lei brasileira é condicionada
quando (art.. 7 º, § 2 º, do CP):

■Estar incluído entre aqueles


que a lei brasileira autoriza a
extradição (Lei 6.815/80);
■Quando o agente não foi
julgado ou se foi julgado, já
não cumpriu a pena;
Aplicação da lei brasileira é condicionada
quando (art.. 7 º, § 2 º, do CP):

■Não ter sido o agente


perdoado ou não, está extinta
a punibilidade, segundo a lei
mais favorável;
Aplicação da lei brasileira é condicionada quando (art.
7 º, § 2 º, do CP):

■A lei brasileira aplica-se


também ao crime cometido
por estrangeiro contra
brasileiro fora do Brasil, se,
reunidas as estas condições:
Aplicação da lei brasileira é condicionada
quando (art. 7 º, § 2 º, do CP):

■Não foi pedida ou foi negada


a extradição e o criminoso se
encontra no Brasil.
■Houve requisição do ministro
da justiça.
Extradição (art. 77, da Lei 6.815/80):

■Não se concederá a
extradição quando:
■I - se tratar de brasileiro, salvo
se a aquisição dessa
nacionalidade verificar-se
após o fato que motivar o
pedido;
Extradição (art. 77, da Lei 6.815/80):

■II - o fato que motivar o


pedido não for considerado
crime no Brasil ou no Estado
requerente;
■III - o Brasil for competente,
segundo suas leis, para julgar
o crime imputado ao
extraditando;
Extradição (art. 77, da Lei 6.815/80):

■IV - a lei brasileira impuser ao


crime a pena de prisão igual
ou inferior a 1 (um) ano;
■V - o extraditando estiver a
responder a processo ou já
houver sido condenado ou
absolvido no Brasil pelo
mesmo fato em que se fundar
o pedido;
Extradição (art. 77, da Lei 6.815/80):

■VI - estiver extinta a


punibilidade pela prescrição
segundo a lei brasileira ou a
do Estado requerente;
■VII - o fato constituir crime
político; e
Extradição (art. 77, da Lei 6.815/80):

■VIII - o extraditando houver de


responder, no Estado
requerente, perante Tribunal
ou Juízo de exceção.
Pena cumprida no estrangeiro (art. 8 °,
do CP)
■A pena cumprida no
estrangeiro atenua a pena
imposta no Brasil pelo mesmo
crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando
idênticas.
Eficácia de sentença estrangeira (Art. 9º,
do CP):
■A execução de pena é ato de
soberania de um país, razão
pela qual, no Brasil, somente
pode ser admitida a sentença
estrangeira: a) quando
produza, na espécie, os
mesmos efeitos da lei penal
nacional;
Eficácia de sentença estrangeira (Art. 9º,
do CP):
■b) Pela EC n º 45/2004 atribuí
ao STJ a competência para a
homologação de sentenças
estrangeiras e a concessão
de exequatur às cartas
rogatórias.
Eficácia de sentença estrangeira (Art. 9º,
do CP):
■c) para obrigar o condenado à
reparação do dano, a
restituições e a outros efeitos
civis; d) para sujeitar o
condenado a medida de
segurança.
Contagem do prazo (art. 10, caput, do
CP):
■Segundo o disposto no art. 10
do CP, o dia do começo inclui­
se no cômputo do prazo
penal, sendo os dias, os
meses e os anos contados
pelo calendário comum.
Contagem do prazo (art. 10, caput, do
CP):
■O calendário comum, previsto
pela regra penal, é o
calendário gregoriano, que foi
estabelecido por Gregório
XlII, reformando o calendário
então existente e retirando
dele dez dias que se haviam
introduzido a maior no
cômputo ordinário.
Frações não computáveis da pena:

■O art. 11 do Código Penal


estabelece duas regras
básicas referentes às frações
de pena que derivam da
atividade julgadora.
■De acordo com a primeira
regra, nas penas privativas de
liberdade e “restritivas de
Frações não computáveis da pena:

■direitos devem ser


desprezadas as frações de
dia, ou seja, não devem ser
computadas as horas.
■Nos termos da segunda
regra, na pena de multa
devem ser despreza­das as
frações de cruzeiro (moeda
Frações não computáveis da pena:

■da época), ou seja, não


devem ser computados os
centavos.
■Essa regra aplica-se até os
dias atuais, mesmo com as
modificações da moeda.
Legislação especial (art. 12):

■Existem outras infrações


penais descritas em leis
extravagantes, as quais
integram a chamada
legislação penal especial.
Legislação especial (art. 12):

■Caso a lei especial contenha


dispositivo próprio a respeito
de determinada infração
penal, este prevalecerá sobre
a regra geral do Código
Penal.
“Iter Criminis”: é o caminho do
crime.
■ Existe nos crimes dolosos. Divide-se em:
■ b.1) cogitação: o agente pensa e decide-se pela
prática do crime.
■ b.2) preparação: são atos preparatórios. Exemplo.
compra arma, etc.
■ b.3) execução: são atos executórios. Exemplo.
começa a esfaquear, atirar, etc.
■ b.4) consumação: quando atinge o objetivo
previsto ora cogitação.

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