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RESUMO P1

APLICAÇÃO DA LEI PENAL - DIREITO PENAL

Art. 1: “ Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem previa
cominação legal.”

ANTERIORIDADE DA LEI PENAL


NENHUM COMPORTAMENTO PODE SER CONSIDERADO CRIME, SEM QUE A
LEI, CRIADA ANTES DO CRIME, O DEFINA.

RESERVA LEGAL ANTERIORIDADE


somente a lei, elaborada de maneira para um fato/ação ser considerado
constitucional, pode determinar um crime é necessário a vigência da lei
crime e cominar uma pena que define o crime e comina a pena

PRINCÍPIO DA PRINCÍPIO DA PRINCÍPIO DA


PROPORCIONALIDA LEGALIDADE TAXATIVIDADE
pena deve ser lei elaborada de lei penal deve ser
proporcional à conduta maneira constitucional completa, precisa e
do criminoso delimitar a conduta
incriminadora

Art. 2: “Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.”

LEI PENAL NO TEMPO


LEI SÓ TEM EFEITO DIANTE FATOS FUTUROS, COM A PUBLICAÇÃO DA LEI
A RETROATIVIDADE SÓ ALCANÇA O FATO PRETÉRITO PARA BENEFICIAR O
RÉU

IRRETROATIVIDADE DA NORMA RETROATIVIDADE DA LEI MAIS


MAIS SEVERA FAVORÁVEL
ABOLITIO CRIMINIS
a conduta deixa de ser considerada infração penal
supressão da figura delituosa
afasta os efeitos penais da condenação

PUNIÇÃO EXTINTA
se o processo estiver em andamento, o juiz de primeira instância julgou e declarou
extinta a punibilidade do agente

NOVATIO LEGIS IN NOVATIO LEGIS IN NOVATIO LEGIS


PEJUS MELLIUS INCRIMINADORA
situação que prejudica lei penal benigna lei que cria um novo
o agente tipo penal

Art. 3: “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período da sua duração


ou cessada as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado
durante a sua vigência.”

LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA


SE O ATO OCORREU DURANTE A VIGÊNCIA DA LEI, MESMO QUE, A AÇÃO
SERÁ PUNIDA APÓS A VIGÊNCIA, SERÁ APLICADA A LEI PARA GERAR
EFEITOS FUTUROS.

PRINCÍPIO DA ULTRATIVIDADE PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE


mesmo após a vigência da lei, existe BENIGNA
efeito futuro lei auto revogáveis e ultrativas

LEI EXCEPCIONAL
fatos e situações anormais LEI TEMPORÁRIA
lei em vigor enquanto a lei for possui o tempo de vigência
necessária estabelecido

Art. 4: “ Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que


outro seja o momento do resultado.”

TEMPO DO CRIME

SUCESSÃO DA LEI PENAL NO AFERIÇÃO DA IMPUTABILIDADE DO


TEMPO AGENTE NO MOMENTO DO CRIME
instante em que o crime ocorre é maior de idade
responsável por determinar qual lei mentalmente são
está vigente no dia da prática do delito
TEORIA DA TEORIA MISTA /
ATIVIDADE OBLIQUIDADE
tempo do crime ou da TEORIA DO tempo do crime
omissão RESULTADO
independente do momento do resultado
momento do resultado

CÓDIGO PENAL BRASILEIRO


ADOTA A TEORIA DA ATIVIDADE PARA O TEMPO DO CRIME
➔ tempo do crime é aquele em que houve a ação do ato
➔ não se refere a ação do resultado

CRIME PERMANENTE
consumação do crime se prolonga no tempo, ocorre a todo instante

CRIME SUBSEQUENTE
crimes com modos operantes - crimes iguais
pena 1 crime + ⅙ da pena

Art. 5: “Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de


direito internacional ao crime cometido no território nacional.”

LEI PENAL NO ESPAÇO - TERRITORIALIDADE


aplica-se a lei brasileira na extensão do território para manter a soberania do Estado
direito do Estado de punir o sujeito em seu território
o Estado aplica suas leis onde é soberano
INDEPENDENTE DA NACIONALIDADE DO AUTOR OU DA VÍTIMA DO DELITO

EXCEÇÕES
convenções, tratados e regras do Direito Internacional
território nacional = espaço delimitado pelas fronteiras geográficas
real ou efetivo = superfície terrestre, água territorial e o espaço aéreo
ficto, por extensão ou flutuante

PRINCÍPIO DA EFICÁCIA ESPACIAL DA LEI PENAL

PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE
lei penal para infração praticada no território nacional
independente da nacionalidade do agente

PRINCÍPIO REAL / DEFESA / PROTEÇÃO DE INTERESSE


lei penal do titular do bem jurídico lesado ou ameaçado
PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE / PERSONALIDADE
a lei penal que deverá ser aplicada é a referente a nacionalidade do agente,
onde quer que ele se encontre

PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE / JUSTIÇA MUNDIAL


aplicar a lei nacional para todos os fatos possíveis
sem levar em conta a nacionalidade do autor ou do bem jurídico
agente deve ser punido no local em que se encontrar

PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO / BANDEIRA / PAVILHÃO


para uma embarcação, será aplicada a lei penal do Estado em que está registrada a
embarcação.

APLICAÇÃO DA LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS - IMUNIDADE


a lei penal brasileira não será aplicada, excepcionalmente para:
pessoas que exerçam funções públicas internacionais
regra de direito internacional público
função parlamentar

Art. 6: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,


em todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir o resultado.”

LUGAR DO CRIME

TEORIA PURA DA OBLIQUIDADE, MISTA OU UNITÁRIA


o lugar do delito tanto pode ser o dia da conduta como o do resultado, e o lugar do
bem jurídico atingido.

CRIME A DISTÂNCIA
ação ou omissão se dá em um país e o resultado ocorre em outro
exemplo: estelionato realizado no Brasil e consumado na Argentina
aplicar a lei brasileira caso:
Brasil - praticar todos ou algum ato executório
Brasil - produzir resultado
Art. 7: “Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometido no estrangeiro:”
➔ crime contra a vida ou liberdade do Presidente da República
➔ crime contra o patrimônio ou a fé pública
➔ crime contra administração pública, por quem realiza o serviço
➔ genocidio, agente brasileiro ou domiciliado
➔ crime que o Brasil se obrigou a reprimir
➔ crime praticado por estrangeiro
➔ praticado em aeronave ou embarcação brasileira em território
estrangeirro

O AGENTE É PUNIDO SEGUNDO A LEI BRASILEIRA, AINDA QUE ABSOLVIDO


OU CONDENADO NO ESTRANGEIRO

A APLICAÇÃO DA LEI BRASILEIRA DEPENDE DO SEGMENTO DAS


CONDIÇÕES:
★ agente entrar no território nacional
★ fato também punível no território que foi praticado
★ crime que a lei brasileira autoriza a extradição
★ agente não for absolvido ou condenado no estrangeiro
★ não estar extinta a punibilidade diante a lei mais favorável

A LEI BRASILEIRA TAMBÉM SE APLICA AO CRIME COMETIDO POR


ESTRANGEIRO CONTRA BRASILEIRO FORA DO BRASIL.

● defesa da nacionalidade
● defesa da justiça universal
● defesa da representação

EXTRATERRITORIALIDADE EXTRATERRITORIALIDADE
INCONDICIONADA CONDICIONADA
não depende de requisitos quando se subordina a certas
condições ou pressupostos

Art. 8: “A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo


mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada quando idênticas.”

PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO


NE BIS IN IDEM
ideia de evitar a dupla penalidade
evita condenar o sujeito, duas vezes, pelo mesmo crime

ATENUAÇÃO EM CASO DE DIVERSIDADE QUALITATIVA DA PENA IMPOSTA

PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO SENDO DE MESMA QUALIDADE


Art. 9: “A sentença estrangeira , quando a aplicação da lei estrangeira produz na
espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:
★ obrigar o condenado à reparação dos danos, restituição e efeitos civis
★ sujeitar o agente à medida de segurança

EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA

A HOMOLOGAÇÃO DA ESPÉCIE DEPENDE:


➔ pedido da parte interessada
➔ existência de tratado de extradição

SENTENÇA PENAL ESTRANGEIRA PRODUZ EFEITOS RESTRITIVOS NO PAÍS


são limitados os efeitos da sentença penal no Brasil, porque a execução da pena é
um ato de soberania estatal.

Art. 10: “O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os


meses e os anos pelo calendário comum”

CONTAGEM DE PRAZO
computa o primeiro dia e exclui o último
não interrompa o prazo de feriados, férias e domingos.

MATÉRIA PROCESSUAL
não computará no prazo o dia do começo, incluindo o dia do vencimento

Art. 11: “Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de


direito, as frações de dias e, na pena de multa, as frações de cruzeiro/real.”

FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA


dias multa - a pena não pode fracionar o dia
exemplo = 10 ou 11 dias multa

Art. 12: "As regras gerais deste código aplicam-se aos fatos incriminados por lei
especial, se esta não dispuser de modo diverso.”

LEGISLAÇÕES ESPECIAIS

SISTEMA PENAL COMUM = Código Penal + Leis Esparsas / Especiais

PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE
Se a lei especial tiver algo diferente da legislação, o que deve vigorar é a lei
esparsa.
LEIS ESPARSAS:
★ Lei de drogas
★ Lei de Contravenção Penal
★ Lei de Abuso de Autoridade
★ Lei dos Crimes Ambientais
★ Estatuto da criança e do adolecente
★ Estatuto do idoso
★ Estatuto do desarmamento
★ Código de Trânsito Brasileiro

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