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Princípio da Legalidade – Art. 1º CP. Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal.
Princípio da Presunção de Inocência – Art. 5° LVII CF. Ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Princípio da Ofensividade ou Lesividade – Para haver crime, deve haver significativa lesão ou perigo
de lesão a bem jurídico alheio.
Princípio da Alteridade – Para ser materialmente crime, em sua essência, deve causar lesão a bem
jurídico de terceiro.
Princípio da Adequação Social – Uma conduta não pode ser materialmente típica quando estiver de
acordo com as condutas socialmente aceitas.
Princípio da Pessoalidade ou Individualização da Pena – Garante que somente as pessoas que
efetivamente praticaram a conduta delituosa sejam responsabilizadas penalmente. Art. 5° XLV CF.
Nenhuma pena passará do condenado, obrigação de reparar dos sucessores…”
Princípio No Bis In Idem – Uma pessoa não pode ser punida duplamente pelo mesmo fato, nem
possa, se quer, ser processada duas vezes pelo mesmo fato.
Abolitio Criminis – Abolição de um crime, conduta deixa de ser considerada como um crime, através
da revogação de uma lei penal incriminadora por outra lei.
- Há a retroatividade benéfica (extinguindo a punibilidade do agente).
Novatio Legis Incriminadora – Uma nova lei entra em vigor e passa a criminalizar uma conduta que
antes não era considerada como crime.
- Não há a retroatividade (não beneficia o o agente).
Novatio Legis em Pejus – A lei estabelece uma situação mais gravosa ao réu em algum delito já
existente.
- Não há a retroatividade prejudicial da nova lei penal.
Novatio Legis in Mellius – Uma nova lei beneficia o agente em um delito existente.
- Haverá a retroatividade da lei.
Exceções:
• Lei Penal temporária ou excepcional;
• Crimes continuados ou permanentes.
Crimes Permanentes e Continuados: Nos crimes permanentes, aplica-se a lei em vigor ao final da
permanência delitiva, ainda que mais gravosa que a do início. O mesmo ocorre nos crimes
continuados, hipótese em que se aplica a lei vigente à época do último ato (crime) praticado. Essa tese
está consagrada pelo STF, através do enunciado n° 711 da súmula de sua Jurisprudência:
• Súmula 711, do STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência
.
Lei Penal Temporária ou Excepcional: São leis penais que possuem um período de vigência
previamente delimitado, seja por um prazo fixado, seja condicionado à cessação de uma
situação emergencial, a principal característica é a ultratividade, ou seja, a lei será aplicada a
um fato cometido no período de sua vigência, mesmo após a sua revogação, mesmo que
prejudique o réu. Nas palavras de Bitencourt, constitui a “exceção da exceção” à
retroatividade da lei penal mais benéfica.
Teoria de Atividade – Considera-se praticado o crime quando ocorre a ação ou omissão delituosa, não
importando quando ocorre o resultado.
Territorialidade – Dispõe que a lei penal brasileira será aplicada sempre que um crime for cometido
dentro do território nacional.
Território propriamente dito: Superfície territorial; Mar Territorial; Espaço aéreo desses locais.
Território por extensão: Os navios e aeronaves públicos, em qualquer lugar que se encontrem; Os
navios e aeronaves particulares que se encontrem em alto-mar ou no espaço aéreo do alto-mar.
Extraterritorialidade – Há a aplicação da lei brasileira mesmo quando os crimes são cometidos fora
dos limites territoriais do Brasil.
Extraterritorialidade Incondicionada – Há alguns crimes em que a lei brasileira será sempre aplicada,
independente de onde o crime seja praticado.
Condições: Art. 7°
• Entrar o agente no território nacional;
• Ser o fato punível também no país em que foi praticado...
• Extradição (crime politico e de opinião)