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DIREITO PENAL

01. LEI PENAL NO TEMPO, LEI EXCEPCIONAL E TEMPORÁRIA. 

> ABOLITIO CRIMINIS - Art. 2º CP

- Uma lei posterior vai abolir o fato criminoso.


- As consequências do abolitio criminis cessam todos os efeitos penais, mas permanecem os
efeitos das esferas cíveis, ou seja, extrapenais.
- Se o sujeito estava sendo vindo investigado pelo o crime que já não existe mais, será
arquivado o inquérito policial.
- Se foi oferecida a denúncia, deverá ser rejeitada.
- Se ação penal estava em curso, tranca ação penal.
- Se o sujeito foi condenado e houve trânsito em julgado e está preso, deverá ser solto.
- Se ele cometerá um novo delito, ele não será reincidente no âmbito penal, já no âmbito cível
ele será.
- Causa de extinção da punibilidade.

> NOVATIO LEGIS IN MELLIUS - Art. 2º CP

- Lei posterior mais benéfico para réu. 


- A competência para diminuir a pena do réu para a lei mais branda, será dessa forma: Se estiver
na fase de execução da pena, será da competência do juiz da execução penal, ainda que tenha
tido sentença condenatória em trânsito em julgado - Súmula 611 STF

> NOVATIO LEGIS IN PEJUS

- Fato continua sendo criminoso.


- Uma lei posterior mais severa.
- Princípio da Ultratividade ou irretroatividade: Uma lei revogada, ela vai continuar gerando
efeitos.

> NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA

- Um fato que não era crime, passa a ser um crime.


- Lei mais severa.
- Ela não irá retroagir, pois o fato típico é novo.

LEI PENAL NO TEMPO: 

> CRIME CONTINUADO - art. 71 CP

Quando o sujeito pratica com mais de uma ação ou omissão, nas mesmas condições de tempo,
lugar e modo de execução.

> CRIME PERMANENTE 

Aquela execução e consumação se prolonga no tempo.


Exemplo, extorsão mediante sequestro. 
ATENÇÃO: A LEI MAIS SEVERA ENTROU EM VIGOR ENQUANTO O CRIME
ESTAVA SENDO PRATICADO, OU SEJA, O CRIME ESTAVA SEEEENDO
PRAAAATICADO NA VIGÊNCIAAA DA LEI NOVA MAIS SEVERA, ENTÃO ELA SE
APLICARÁ NESSE FATO ESPECÍFICO A LEI MAIS SEVERA. SÚMULA 711 DO
STF.
O art. 3º CP trata-se da lei temporária e lei excepcional 

Lei temporária: Aquela lei que entra em vigor com prazo determinado (tem validade para
acabar).

Lei excepcional: Aquela lei que vigorará enquanto durará uma situação excepcional, não há
prazo, validade para acabar e sim ENQUANTO não cessar a situação excepcional.

OS EFEITOS DA LEI TEMPORÁRIA E DA LEI EXCEPCIONAL TEM UMA


CARACTERÍSTICA DE ULTRATIVIDADE (VÃO CONTINUAR GERANDO
EFEITOS DOS FATOS PRATICADOS DURANTE O TEMPO QUE A LEI ESTAVA
ATIVA) E AUTORREVOGÁVEIS 

> TEMPO DO CRIME - art. 4º CP

Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado. 

Aplica-se a teoria da atividade.

> LUGAR DO CRIME - art. 6º CP

Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu ação ou omissão, no todo ou em parte.
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 

Ele está relacionado a crimes à distância, ou seja, a conduta acontece no país A e o resultado irá
ocorrer no país B ou vice-versa.

Teoria da ubiquidade.

MACETE: 

LU - LUGAR DO CRIME - TEORIA DA UBIQUIDADE


TA - TEMPO DO CRIME - TEORIA DA ATIVIDADE

> LEI PENAL NO ESPAÇO

Princípio da Territorialidade, art. 5º CP

Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional,
ao crime cometido no território nacional (embarcações, aeronaves brasileiras, natureza pública
ou a serviço do governo brasileiro, ou de propriedade particular).

- Território brasileiro extensão (embarcações ou aeronaves), pública ou privada. Se o fato for


praticado a bordo de uma embarcação ou aeronave de natureza pública ou a serviço do governo
brasileiro. É TERRITÓRIO NACIONAL, não importa onde quer que esteja. 

- Se o fato for praticado embarcação de natureza privada e está embarcação estiver em alto mar,
será TERRITÓRIO BRASILEIRO.
- NÃO SE APLICA o princípio da territorialidade no mar estrangeiro e no espaço aéreo
estrangeiro para embarcações ou aeronaves privadas. 

- Ou seja, só será território brasileiro se o fato for praticado a bordo de uma embarcação ou
aeronave privada ou mercantil se ela estiver em alto mar ou espaço aéreo que NÃO seja
estrangeiro.

- Se o navio/avião particular da Itália estiver no porto ou no aeroporto brasileiro e houver um


fato criminoso, aplica-se a lei brasileira, porém, se for embarcações PÚBLICAS NÃO se aplica
a lei brasileira. 

Princípio da Extraterritorialidade, art. 7º CP

A conduta e o resultado praticado no estrangeiro.

INCONDICIONADA art. 7º, l, CP 

- Vida/ Liberdade - Presidente de qualquer País


- Patrimônio / Fé Pública > Entidades Administração Pública (direta ou indireta)
ex: Roubo na Bolívia contra Petrobrás. Incidirá a lei brasileira.
- Contra Administração Pública, por quem está a seu serviço. 
- Genocídio, se ele for brasileiro, será julgado pela lei brasileira. Se a pessoa que reside no
Brasil e é estrangeiro, será julgado pela lei brasileira. 

 CONDICIONADA art. 7º, II, CP

- Aquele por tratado ou conversão o Brasil se obrigou a reprimir. (Paraguaio cometeu Tráfico de
drogas na Argentina e foge para o Brasil) incide a lei brasileira.
- Praticado pelo brasileiro (Matar alguém no estrangeiro)
- Crime foi praticado a bordo de embarcação/aeronave privada, no porto da França, visto que
não é território brasileiro, mas PODE ser aplicado o P.E. Condicionada.

Quais são as condições para aplicação brasileira para fatos praticados em outro
território?

- O agente terá que ingressar no Brasil. Por extradição ou por forma espontânea.
- Fato crime no país praticado.
- Autorizar extradição.
- Não pode ter sido absolvido e cumprido a pena no país estrangeiro. 
O sujeito cometeu um homicídio na Espanha e lá foi absolvido. Não se aplica a lei brasileira.

CONFLITO APARENTE DE NORMAS 

Um único fato só pode ser apreciado em um único fato que só poderá ser julgado uma única
vez. 

Princípio da Especialidade

Um conflito de uma norma geral para uma norma especial. A norma especial sempre
prevalecerá a norma geral. 

Princípio da Subsidiariedade 
Norma primeira, ou seja, mais grave;
Norma secundária ou subsidiária, menos grave; 

Há um fato que poderá ser enquadrada na norma primeira e secundária, a regra é que a conduta
vai incidir sobre a norma que prevê aquela conduta como sendo mais grave. Se a conduta,
aquele fato não se enquadrar rigorosamente nesta norma, mais grave, aí incidirá nesta norma
subsidiária, é como se fosse uma norma reserva.
Podendo ser expressa ou tácita.
Expressa:  está na própria norma que ela se manifesta.
Tácita: não está expressa na lei, devendo ficar atento no fato criminoso.

Princípio da Consunção 

Diante de sequências de atos isoladamente são crimes. O sujeito praticou uma sequência de atos
que, isoladamente, considerados, são crimes, para atingir um crime fim, que irá absolver o
demais crimes e fixará o crime fim. 

Crime Progressivo: O sujeito tem o mesmo dolo


lesão corporal + lesão corporal + homicídio

Progressão Criminosa: Dolo inicial é de lesão corporal, contudo alterou o dolo e resolve matar
a vítima.

Auto fato impunível: Fatos anteriores não sejam punidos.


Invasão de domicílio + furto. Só vai responder por furto.

Pós fato impunível: O sujeito furta um celular e resolve descartar. O sujeito irá responder pelo
furto e não por dano. 

SÚMULA 17 STJ: QUANDO O FALSO SE EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS


POTENCIALIDADE LESIVA É POR ESTE ABSORVIDO.

Princípio da Alternatividade: Tipos penais que prevê ações múltiplas, exemplo tráfico de


drogas. 

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