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TÍTULO I
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
1. Explique o Artigo 2º do CP
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
“Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”.
Parágrafo único: “A lei posterior que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.”
BENEFICIA
NÃO BENEFICIA
LEI TEMPORÁRIA E EXCEPCIONAL (são duas leis diferentes) → são leis que têm por
finalidade gerir situações de calamidade pública.
Exemplo: Durante estado de calamidade pública decretado em uma localidade devastada por
alguma catástrofe, pode-se aumentar as penas dos crimes contra o patrimônio para buscar evitar os
saques.
As leis excepcionais ou temporárias são leis que não respeitam a regra prevista ou seja, não se
submetem ao princípio da retroatividade benéfica. Se o fizessem seriam inócuas, pois cessando o
prazo de sua vigência, todos os criminosos que estivessem sendo punidos pela prática de infrações
penais nesse período excepcional ou temporário teriam benefícios.
As leis penas temporárias ou excepcionais são sempre ultrativas, ou seja, continuam a produzir efeitos aos
fatos praticados durante a sua época de vigência, ainda que tenham sido revogadas (Artigo 3º do CP). O
objetivo é manter o seu poder intimidativo.
A) ATIVIDADE → considera-se tempo do crime o da ação ou omissão, ainda que outro seja o
do resultado
B) RESULTADO → considera-se tempo do crime o do resultado, pouco importando o da ação ou
omissão
C) MISTO (UBIQUIDADE ) → considera-se tempo do crime o da ação ou omissão bem como o
do resultado.
Túlio - um jovem de dezessete anos, onze meses e vinte e nove dias pratica latrocínio – assalto
seguido de morte – e atinge a cabeça da vítima que é socorrida e fica entre a vida e a morte por um dia. No
dia em que Túlio faz 18 anos, a vítima morre.
Será considerado o dia em que se deu a ação, no qual Túlio era menor de idade e,
consequentemente, inimputável.
Túlio - um jovem de dezessete anos, onze meses e vinte e nove dias SEQUESTRA Liandra – no 3º
dia de cativeiro, ele a mata por esganadura, no 4º dia a polícia invade o cativeiro. Como ele será
responsabilizado?
Será responsabilizado pelo sequestro e pelo homicídio porque SEQUESTRO é crime
permanente.
Exemplo: sequestro
Se um menor inicia um sequestro e completa 18 anos durante o período em que a vítima permanece
sequestrada, ele será considerado imputável para todos os fins penas, pois se trata de um crime
permanente.