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art 1: não há crime sem lei anterior que o defina.Não há pena sem prévia cominação legal.

-A lei penal somente vai retroagir para beneficiar o réu


-vocatio legis- período em que a lei está publicada porém não deu ínicio a sua vigência,sendo esse
período para assimilar a nova lei,com isso nesse perído continua valendo a lei antiga

art 2: ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,cessando em vir-
tude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Parágrafo único:A lei posterior,que de qualquer modo favorecer o agente,aplica-se aos fatos anterio-
re,ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado(Art 5,XL,C.F)

-abolitio criminis: É uma nova lei que descriminaliza o crime que estava vigente,essa lei vai retroa-
gir sempre até nos casos que já foram julgados,além disso mesmo depois de julgado o agente volta
ao réu primário
-A abolitio criminis exclui uma lei que considera o crime porém não exclui os efeitos civis
(Ex: se o crime cometido também gerou danos morais(efeito civil) o réu irá responder por danos
morais mesmo deixando de responder criminalmente)

-Novatio legis in mellius: É uma nova lei que menos rigorosa que não exclui o crime mas diminui a
pena assim beneficiando o agente mesmo que ela já tenha sido julgado.
(Ex: em 1980 foi estipulado que homicídio da 10 anos de cadeia,em 1982 o agente comete o homi-
cidio,em 1983 ele é julgado e em 1986 ocorre uma nova lei revogadora que diz que a pena de homi-
cidio mudou para 5 anos,sendo assim o agente irá cumprir a nova pena sendo assim saindo em 1988
pois ele já tinha cumprido 3 anos.)

-Novatio legis in pejus: É uma nova lei mais rigorosa que não exclui o crime porém aumenta a pena
do delito
(Ex:em 2000 foi estipulado que a pena de furto é de 10 anos, o agente comete o furto em 2001 e é
julgado em 2002,no mesmo ano começa a cumprir a pena,em 2010 ocorre uma nova lei que diz que
o crime de furto tem a pena de 20 anos)
CUIDADOS:Segundo o art 1 da lei penal a lei somente irá retroagir para beneficiar o réu ou seja
nesse exemplo o agente irá cumprir apenas os 10 anos como diz a lei antiga pois o fato cometido foi
antes da nova lei mais rigorosa,porém se o crime fosse cometido em 2011 o agente iria cumprir os
20 anos.

-Ultratividade da lei: Fenômeno ocorrido no exemplo de cima onde uma lei já revogada voltou a va-
ler para um crime cometido antes da nova lei.

Novatio legis incriminadora: Nova lei que incrimina uma conduta onde antes não era considerado
como crime,porém pessoas que cometeram a conduta antes da vigência não poderão ser punidas
(Ex: em 2011 matar não é considerado crime em 2012 o agente matou uma pessoa e em 2013 matar
passou a ser crime,o agente não cometeu nenhum crime somente se ele tivesse matado depois de
2013)

Art 3: A lei excepcional ou temporária,embora decorrido de sua duração ou cessadas as circunstân-


cias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência

-Lei temporária:lei que tem uma data pra iniciar sua vigência e terminar
-Lei excepcional: lei que vai valer somente naquele perído excepcional
obs:essas leis são autorrevogadas pois elas estão definidas quando vão acabar.

ultratividade da lei temporária ou excepcionais são explicadas em duas teorias


-Teoria de Damásio: entende que mesmo após a sua autorrevogação a lei é aplicada para não aconte-
cer injustiças
-Teoria de Zaffaroni:entende que a aplicação da lei anterior em prejuízo do réu não pode ocorrer as-
sim como diz a CF e o Art 1 do código penal

Art 4: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,ainda que outro seja o mo-
mento do resultado (para explicar o tempo do crime)

-Teoria da atividade: O crime ocorre no momento da conduta não importando o resultado do crime
-Teoria do resultado: O crime ocorre somente no resultado não importando a conduta
-Teoria da ubiquidade: O crime acontece tanto na conduta como no resultado
No Brasil é adotado a teoria da atividade.

Art 5: Aplica-se a lei brasileira,sem prejuízo de convenções,tratados e regras de direito internacio-


nal,ao crime cometido no território nacional( para explicar a territorialidade)
p1: Para os efeitos penais,consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e ae-
ronaves brasileiras,de natureza pública ou a serviçao do governo brasileiro onde quer que se encon-
trem,bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras,mercantes ou de propriedade privada,que
se achem,respectivamente,no espaço aéreo correspondente ou em alto mar

-As embarcações e navegações brasileiras públicas ou a serviço do governo sempre vão ser aplica-
das as leis do brasil mesmo fora do território brasileiro e as mercantes e de privadas irão sempre ser
aplicadas as leis do brasil quando estiverem no brasil

p2: É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada,achando-se em pouso no território nacional ou em vôo no espa-
ço áereo correspondente,e estar em posto ou mar territorial do brasil

- As embarcações e navegações estrangeiras públicas ou a serviço do governo se aplica a lei da ban-


deira das mesma e no caso das privadas e mercantes se estiverem em solo brasileiro será aplicado a
lei brasileira

Art 6: Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,no todo ou em
parte,bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado(explica o lugar do crime)

- Assume a teoria da ubiquidade uma vez que cometido uma conduta em outro país e o resultado no
brasil,assim o feitor poderá ser julgado em ambos os lugares excluindo a possibilidade dele não ser
julgado em nenhum lugar.
Ex( o agente manda uma carta bomba no paraguai para o brasil,a carta explode no brasil e resulta na
morte de uma pessoa crime de homicidio porém no brasil adotamos a teoria da conduta que ocorreu
no paraguia,já no paraguai adota a teoria do resultado sendo o resultado ocorrendo no brasil,ou seja
sem a teoria da ubiquidade essa pessoa estaria impune do crime pois não teria onde julga-lá)

DICA IMPORTANTE: colocar a palavra ´´luta`` e separar


lu- l-lugar,u-teoria da ubiquidade,ta- t-tempo, a- teoria da atividade, sempre que for sobre o lugar do
crime usa-se a teoria da ubiquidade e sempre que for sobre o tempo do crime usa-se a teoria da ati-
vidade

Art7:ficam sujeitos à lei brasileira,embora cometidos no estrangeiro(para explicar a extraterrito-


rialidade):

I-os crimes
a)contra a vida ou a liberdade do presidente da república
b)contra o patrimônio ou a fé pública da União,do distrito federal,de estado,de território,de
município,de empresa pública,sociedade de economia mista,autarquia ou fundação instituída
pelo poder Público
c)contra a administração pública,por quem está a seu serviço;
d)de genocídio,quando o agente for brasileiro ou domiciliado no brasil
- todos esses crimes são considerados incondicionados ou seja sempre vai ser aplicado a lei do
brasil não existindo uma condição para isso)

II-os crimes
a)que,por tratado ou convenção,o Brasil se obrigou a reprimir
b)praticados por brasileiros
c)praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,mercantes ou de propriedade priva-
da,quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados
-todos esses crimes do inciso II são condicionados ou seja,para serem aplicados a lei do brasil
precisa de algumas condições sendo essas explicadas nas alineas do parágrafo 2 desse artigo
que são esses

-o agente entrar no Brasil, o fato ser punível também no país onde foi praticado,estar o crime
incluido entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição,não ter sido o agente
absolvido no estrangeiro ou não ter cumprido pena,não ter sido o agente perdoado ou por ou-
tro motivo,nao estar extinta a punibilidade

-assim como explica o parágrafo 3 desse artigo a lei brasileira aplica-se também ao crime co-
metido por estrangeiro contra brasileiro fora do brasil quando:
a)não foi pedida ou foi negada a extradição
b)quando houver requisição do ministro da justiça

Art 8: A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,quando
diversas,ou nela é computada,quando idênticas( para explicar pena cumprida no estrangeiro)

-Penas idênticas são compensadas e penas diversas são atenuadas.

Art 9: A setença estrangeira,quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas con-
sequências,pode ser homologada no Brasil(para explicar a eficácia da sentença estrangeira)
I- obrigar o condenado à reparação do dano a restituições e a outros efeitos civis,
II-sujeitá-lo a medida de segurança

paragráfo único: a homologação depende:


a)para os efeitos no inciso I, de pedido da parte interessada
b)para os outros efeitos,da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciá-
ria emanou a sentença,ou,na falta de tratado,de requisição do ministro da justiça.

Art 10: O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.Contam-se os dias,os meses e os anos pelo
calendário comum(para explicar a contagem de prazo)

-se o feitor de um crime foi preso as 23h e 55 minutios conta como dia inteiro,sendo assim quando
der 00:00 ele já cumpriu um dia de pena
Art 11: Desprezam-se nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos,as frações de
dia,e,na pena de multa, as frações de cruzeiro(para explicar frações não cumpatáveis da pena)
-Não existe pena em horas,mesmo com apenas 5 minutos ou 23h e 55 minutos de pena conta como
um dia
-Não existe pena de centavos na pena de multa sendo o valor sempre em reais

Art 12: As regras gerais deste código aplicam -se aos fatos incriminados por lei especial,se está não
dispuser de modo diverso(para explicar a legislação especial)

Art 13: O resultado,de que depende a existência do crime,somente é imputável a quem lhe deu cau-
sa.Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido

p1:a superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação,por si só,produziu o


resultado,os fatos anteriores,entretanto,imputam-se quem os praticou
p2: a omissão é penalmente relevante quando a omitente devia e podia agir para evitar o resulta-
do.O dever de agir incube a quem:
a)tenha por leia obrigação de cuidado,proteção ou vigilância
b)de outra forma,assumiu a responsabilidade de impedir o resultado
c)com seu comportamento anterior,criou o risco da ocorrência do resultado

(estudar sobre: crimes omissivos próprios e omissivos impróprios,processo hipótético de elimi-


nação de thyrén,nexo causal,causas absolutamente independentes preexistentes,concomitantes
e supervenientes,causas relativamente independentes preexistentes,concomitantes e superveni-
entes)

Art 14: diz-se crime


I-consumado,quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal,(para crime consu-
mado)
II- tentado,quando iniciada a execução,não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente(para tentativa de crime)

parágrafo único:salvo a disposição em contrário,pune-se a tentativa com a pena correspon-


dente ao crime consumado,diminuída de um a dois terços.

-inter criminis: conjunto de etapas que se sucedem,cronologicamente,no desenvolvimento do deli-


to(vale apenas pra crime doloso)

1 etapa: cogitação- o que o agente está imaginando fazer


2 etapa: preparação- prepara para efetivar a execução do crime
3 etapa: execução- ato de executar o crime
4 etapa: consumação- resultado do crime,crime consumado
obs: na quarta etapa pode se dar o crime consumado porém quando ele não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente se torna uma tentativa
obs: a cogitação e a preparação não são puníveis no brasil salvo os casos quando o legislador
definir como crime exemplo formação de quadrilha
obs: o crime culposo não adimite tentativa
obs:o crime admite a tentativa quando puder fracionar todas as etapas do inter criminis
obs os crimes: habituais,preterdolosos,culposos,unissubsistentes,que preveem a tentativa com
a mesma pena do crime consumado e crimes omissivos próprios NÃO admitem tentativa.
-Tentativa perfeita:quando o agente faz tudo que ele pode porém não se consuma o delito
-imperfeita:quando o agente é interrompido durante o ato de execução
-branca:quando o agente depois de utilizar os meios que possuia,não consegue atingir a pessoa

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