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Direito Penal
Cleber Masson
Aula 6
ROTEIRO DE AULA
Continuação
Exemplo: se um italiano pratica crime de homicídio na Bulgária e é domiciliado no Brasil, ele deve ser
julgado pela lei brasileira.
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“Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo
Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço.”
Este princípio se relaciona à cooperação penal internacional: a punição do crime interessa a todas as
nações e pouco importa a nacionalidade do agente ou o local do delito.
Exemplo: tráfico de pessoas que se inicia na África, passando pela Noruega, Argentina e se finda no
Brasil. Neste caso, o agente se sujeita à lei brasileira.
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Exemplo: crime cometido a bordo da companhia aérea Azul nos EUA em que o agente retorna para o
Brasil - nesse caso, aplica-se a lei brasileira.
Atenção: Se a embarcação ou aeronave é pública ou privada, neste último caso desde que esteja a
serviço do governo brasileiro, aplica-se o princípio da territorialidade por se considerar como território
braileiro por extensão.
7. Extraterritorialidade
7.1.Introdução
A extraterritorialidade é a aplicação da lei brasileira ao crime cometido no estrangeiro.
Art. 7º, § 1º, do CP: “Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que
absolvido ou condenado no estrangeiro”.
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Obs: Não há bis in idem na previsão do art. 7º, §1º do CP porque ele protege a soberania do Brasil e
eventual pena cumprida no extrangeiro é atenuada da pena a ser cumprida no Brasil
CP, art. 9º: “A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas
consequências, pode ser homologada no Brasil para:
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;
II - sujeitá-lo a medida de segurança.”
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Súmula 420 do STF: “Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em
julgado”.
O art. 515, VIII, CPC considera a sentença estrangeira homologada pelo STJ como título executivo
judicial (dispensa a interposição de ação de conhecimento).
CPC, art. 515, VIII: “São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os
artigos previstos neste Título:
(...)
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.”
9. Contagem de prazo
CP, Art. 10: “O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos
pelo calendário comum”.
CPP, art. 798, § 1º: “Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do
vencimento”.
No CPP a contagem do prazo é ao contrário da previsão do CP: exclui-se o dia do começo e inclui-se o
dia do final, beneficiando o direito de defesa do réu.
Súmula 310 do STF: “Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de
intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver
expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir.”
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- O calendário comum também é chamado de calendário gregoriano - o dia é o intervalo entre a meia-
noite do dia anterior até a meia-noite do dia seguinte; os meses são calculados pelo número
correspondente a cada um deles, pouco importando o número de dias.
Exemplo: a pena de um mês que se inicia em 20/02 termina em 19/03 do ano seguinte.
Exemplo 02: a pena de um mês que se inicia em 20/12 termina em 19/01 do ano seguinte.
Nos exemplos acima, o agente do exemplo 01 cumpriu menos dias de penas quando comparado ao
agente do exemplo 02 e isso gera alguns inconvenientes na prática. Contudo, essa é a forma utilizada
para a contagem dos prazos.
Exemplo 01: pena de 40 dias com aumento de 1/3. A pena seria de 13 dias e algumas horas - essas
horas não são computadas.
A Parte Geral do Código Penal se aplica a toda legislação penal, exceto quando a legislação especial
possui regra em sentido diverso.
Assim, se a legislação especial é omissa, aplica-se a regra geral do Código Penal. Contudo, se a lei
especial possui regra expressa, ela é aplicada.
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12. Lei Penal em Branco
12.1. Conceito
A norma penal em branco também é chamada de norma penal “cega” ou “aberta”.
Na norma penal em branco o preceito secundário é completo, ou seja, a pena foi devidamente
cominada pelo legislador mas o preceito primário precisa de complementação.
O autor Franz Von Liszt afirmava que as normas penais em branco são como “corpos errantes em
busca de alma”. Isso significa que a norma penal em branco, fisicamente, existe. Entretanto, como o
preceito primário é incompleto e falta aplicabilidade para seus efeitos concretos sejam atingidos.
12.2. Espécies
a) Homogênea ou lato sensu:
É aquela cujo complemento tem a mesma natureza jurídica da norma a ser complementada (a lei
penal é complementada por outra lei).
A fonte de produção da lei penal é a União e, em regra, o complemento também é criado pela União.
Contudo, é possível que ele seja criado por legislação estadual e municipal de forma excepcional.
Exemplo: complementação criada por Estados e Municípios em relação ao art. 268 do CP no período
da pandemia - no julgamento da ADI 3641 o Plenário do STF entendeu pela possibilidade (Inf. 973).
CP, Art. 268: “Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação
de doença contagiosa:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.
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Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou
exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.”
CP, art. 304: “Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297
a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.”
Neste caso, o art. 304 do Código Penal é complementado por outra norma do próprio Código Penal.
a.2) heterovitelina: é aquela em que a norma penal e o seu complemento estão contidos em diplomas
legislativos diversos.
CP, art. 169, parágrafo único, inc. I: “quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou
em parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio”.
O conceito de tesouro está previsto no Código Civil. Neste caso, uma norma penal é complementada
por uma norma civil.
Atenção: A lei penal em branco heterogênea não viola o princípio da reserva legal pois o conteúdo
mínimo da conduta criminosa está descrito na lei e o ato administrativo é mera complementação.
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Exemplo 01: crimes do Estatuto do Desarmamento - as armas de fogo de uso permitido e proibido são
estabelecidas em decretos da Presidência da República.
Art. 33, caput, da Lei 11.343/2006: “Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar”.
c) Ao avesso ou inversa
Na norma penal em branco ao avesso ou inversa, o preceito primário é completo, mas o preceito
secundário depende de complementação - ela traz o crime e não trata da pena.
Obs: O crime genocídio pode ter a matança coletiva, mas existe genocídio sem morte alguma.
O genocídio não é crime contra a vida, mesmo quando envolve a morte dolosa de pessoas. Ele é um
crime contra a diversidade humana. Assim, é de competência da justiça comum (estadual ou federal)
e não do Tribunal do Júri.
Obs.: O Tribunal do Júri tem competência para julgar crimes dolosos contra a vida, consumados e
tentados, e os crimes conexos.
Art. 1º da Lei 2.889/1956: “Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional,
étnico, racial ou religioso, como tal:
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; (exemplo: quebrar as
pernas de índios que vivem da caça e da pesca)
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição
física total ou parcial; (exemplo: recente discussão dos índios desnutridos na Floresta Amazônia)
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d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; (exemplo: realizar castração
nos membros de uma tribo).
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;
Será punido:
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra a;
Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra b;
Com as penas do art. 270, no caso da letra c;
Com as penas do art. 125, no caso da letra d;
Com as penas do art. 148, no caso da letra e;”
Atenção: Na norma penal em branco ao avesso, o complemento obrigatoriamente deve ser outra lei,
em respeito ao princípio da reserva legal (“não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal”).
d) De fundo constitucional
A norma penal em branco de fundo constitucional é aquela complementada por um dispositivo da
Constituição Federal.
Exemplo: art. 121, § 2º, VII, do CP - crime de homicídio cometido contra integrante dos órgãos de
Segurança Pública.
O art. 121, §2º, VII do CP é complementado pelo art. 142 e pelo art. 144 da Constituição Federal.
e) Ao quadrado
A norma penal em branco ao quadrado é aquela cujo complemento depende de complementação.
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Exemplo: art. 38 da Lei 9.605/1998.
Art. 38 da Lei 9.605/1998: “Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente,
mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção”.
Neste exemplo, uma norma da lei de crimes ambientais é complementada pelo Código Florestal e
este, por sua vez, é complementado por um ato do chefe do Poder Executivo.
O Direito Penal intertemporal é o conjunto de regras e princípios que solucionam o conflito de leis
penais no tempo.
- Regra geral: tempus regit actum (o tempo rege o ato) - aplica-se a lei penal que estava em vigor na
data em que o fato foi praticado.
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- Ultratividade: a lei penal benéfica é aplicada mesmo depois de revogada se o fato foi praticado
enquanto ela estava em vigor.
a) Abolitio criminis
Na abolitio criminis a nova lei torna atípico o fato até então considerado criminoso.
CP, art. 2º, caput: “Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”.
● A abolitio criminis tem natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade (art. 107, III, CP), ou seja,
ela exclui a tipicidade do fato.
Exemplo: “A” é condenado pelo crime de furto de um Corsa. Se uma lei mais benéfica deixa de
considerar o futuro como crime, “A” terá que ser solto se ainda estiver cumprindo pena (execução) e
deixará de ser reincidente (efeitos penais).
● A lei mais benéfica cessa os efeitos penais da condenação Contudo os efeitos extrapenais subsistem.
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Exemplo 01: o art. 240 do CP foi revogado e houve a supressão material do fato criminoso – o crime
de adultério deixou de ter relevância para o Direito Penal com a revogação do art. 240 do CP.
Exemplo 02: o crime de atentado violento ao pudor foi revogado pela Lei 12.015/2009 (art. 214, CP).
Contudo, o que era atentado violento ao pudor, atualmente, caracteriza crime de estupro ( art. 213,
CP).
No segundo exemplo houve um deslocamento geográfico da conduta criminosa crime - não há abolitio
criminis. Nesse caso, há apenas a manifestação do princípio da continuidade normativa ou
continuidade típico-normativa: foi realizada a revogação formal do tipo penal mas não a supressão
material do fato criminoso.
Obs.: A expressão “de qualquer modo” deve ser interpretada da maneira mais ampla possível
(exemplos: diminuir a pena, excluir uma qualificadora, criar uma atenuante ou benefício, melhorar o
regime prisional etc.).
Existem duas posições em relação a postura do magistrado em caso de dúvida acerca de qual lei é
mais favorável:
- 1ª posição: o juiz deve ouvir o réu (por meio de sua defesa técnica - posição adotada pela Defensoria
Pública);
- 2ª posição: a dúvida deve ser sanada pelo próprio juiz - posição adotada pela Magistratura.
CP, art. 2º, parágrafo único: “A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.”
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Existem duas posições acerca da possibilidade de aplicação da lei penal benéfica em período de
vacatio legis, ou seja, quando ela ainda não entrou em vigor.
- 1ª posição: é possível a aplicação lei penal benéfica em período de vacatio legis (Rogério Grecco);
- 2ª posição: a lei penal benéfica em período de vacatio legis não pode ser aplicada porque não possui
eficácia e não produz efeitos para prejudicar ou favorecer o réu (posição adotada pelo professor
Cleber Masson).
Exemplo: Código Penal aprovado e sancionado pelo Presidente da República que possuía período de
vacatio legis, foi prorrogado por oito anos e nunca entrou em vigor.
1) 1º instância (investigação preliminar ou ação penal): nesse caso, a lei penal benéfica é aplicada pelo
juiz de 1ª instância.
Exemplo: se a ação penal tramita na 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, a lei penal benéfica é aplicada
pelo juízo da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
2) A ação penal que tramita em tribunal (recurso ou crime de competência originária): nesse caso, a
lei é aplicada pelo respectivo tribunal.
Súmula 611 do STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções
a aplicação de lei mais benigna.”
Observações:
- A retroatividade é automática, isto é, independe de cláusula expressa. Assim, a lei benéfica não
precisa se declarar retroativa por ser mais benéfica do que a anterior.
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- O trânsito em julgado da condenação não impede a retroatividade benéfica. Assim, a retroatividade
é possível quando existe uma pena a ser cumprida. Contudo, ela não se aplica em caso de pena já
cumprida - salvo nos casos de rescisão da reincidência e de maus antecedentes.
A coisa julgada e a retroatividade benéfica são direitos fundamentais que favorecem o réu. Assim, a
coisa julgada deve ser respeitada quando uma situação nova possa prejudicar o réu - se a lei nova o
favorece, a coisa julgada não impede a retroatividade.
A novatio legis in pejus, também chamada de lex gravior, é a nova lei que, de qualquer modo, prejudica
o réu - (exemplo: a nova lei cria uma qualificadora ou causa de aumento de pena, exclui causa de
diminuição de pena ou uma figura privilegiada etc.)
- A novatio legis incriminadora e a novatio legis in pejus se aplicam a fatos futuros (princípio da
anterioridade).
Exemplo: o crime foi praticado na vigência da lei “A”, a lei “B” entra em vigor e a sentença é proferida
na “C” - neste caso, a lei “B, chamada de lei intermediária, é a mais favorável ao réu.
No RE nº 418.876, o STF entendeu ser possível a aplicação da lei intermediária porque ela é dotada de
retroatividade e ultratividade, ou seja, ela se aplica a fatos praticados antes de sua entrada em vigor
e é aplicada mesmo após ser revogada.
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A lei “A” (lei antiga) é revogada pela lei “B” (lei nova). Se parte da lei antiga e parte da lei nova
favorecem o réu, o juiz pode utilizar parte da lei nova e parte da lei antiga?
- 1ª posição: defendida por Nelson Hungria - não se admite a combinação de leis penais sob o
fundamento de que a combinação viola o princípio constitucional da separação dos Poderes (art. 2º
da CRFB/88), vez que, nesse caso, o juiz estaria exercendo a função de legislador (teoria da ponderação
unitária ou global).
- 2ª posição: defendida por José Frederico Marques (teoria da ponderação diferenciada) - é possível a
combinação de leis penais porque o juiz apenas transita dentro de limites previamente definidos pelo
legislador.
A antiga Lei de Tóxicos (Lei 6.368/76) trazia o crime de tráfico de drogas em seu art. 12, com pena de
reclusão de 3 a 15 anos. Com sua revogação pela Lei 11.343/2006, o tráfico de drogas passou a ser
previsto no art. 33, caput, com pena de reclusão de 5 a 15 anos e o art. 33, §4 possibilita a redução
de ⅙ a ⅔ da pena se o agente é primário, possui bons antecedentes, não se dedica a ações criminosas
e não integra organizações criminosas.
Diante desse cenário, a Defensoria Pública passou a defender a tese de que deveria ser aplicada a
pena da lei antiga (reclusão de 3 a 15 anos) com a causa de diminuição da lei nova. O caso chegou ao
STJ e STF e, atualmente, resta firmado o entendimento de não ser possível a combinação das leis.
O STJ sumulou a matéria (Súmula nº 501) e o Plenário do STF decidiu a questão no julgamento do RE
nº 600.817 (Informativo nº 727).
Súmula 501 do STJ: “É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da
incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação
da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.”
Obs.: O professor ressalta que a redação da Súmula 501 do STJ dá a impressão de que somente é
vedada a combinação de leis em relação ao crime de tráfico de drogas. Porém, a combinação de leis
é vedada em todo o Direito Penal.
O Código Penal não trata da matéria e o art. 2º, § 2º, do CPM trata expressamente do tema:
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Art. 2º, § 2º, do CPM: “Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser
consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato”.
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