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FATEC

DATA: 16/10/2020

TURMA: DIREITO 2 SEMESTRE MATUTINO.

DOCENTE : TUANE SANDE

DISCENTE: MURYONY BISPO.

RESPOSTAS

1-Olhando a tese de maneira hipotética ,quase inimaginável, seria o Principio da


Intranscedência da Pena ou responsabilidade Penal, enuncia que a pena não pode passar da
pessoa do condenado ,visto que o crime e um fato pessoal,sendo assim ninguém pode
responder criminalmente por crime praticado por terceiro a menos que participe
neste,respondendo por sua participação.Conforme Zaffaroni, nunca se pode interpretar uma
Lei Penal no sentido de que a pena transcenda da pessoa que e autora ou participe do delito.A
pena é uma pena medida de caráter estritamente pessoal,haja vista ser uma ingerência
ressocializadora sobre o condenado. Olhando de uma forma não imaginaria e não
hipotética,essa tese não teria fundamento jurídico.

Art.5, XLV -Nenhuma pena passará da pessoa do condenado ,podendo a obrigação de reparar
o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei ,estendidas aos
sucessores e contra eles executadas ,até o limite do valor do patrimônio transferido.

2-Principio da proporcionalidade (As provas ilícitas) de acordo com o art.5, da LVI da


Constituição Federal ,são inadmissíveis no processo ,as provas obtidas por meios ilícitos não
haverá nenhum valor no processo ,mesmo que traga para ele conteúdos
verdadeiros.considera-se inadmissível não apenas a prova obtida por meio ilicitamente,mas
também por derivação .Ninguém pode ser investigado ,denunciado ou condenado com base,
unicamente em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originaria ,quer se cuide de ilicitude
por derivação.A doutrina da proscrição dos fruits of the poisonous tree não dar eficácia á
proibição constitucional da admissão da prova ilícita,mas também a única que realiza o
principio de que, no Estado de Direito ,não e possível sobrepor o interesse na apuração da
verdade real à salvaguarda dos direitos,garantias e liberdade fundamentais,que tem seu
pressuposto na exigência da legitimidade jurídica da ação de toda autoridade publica (habeas
corpus 74.299-SP,em22.03.1994,Rel.Min. Marco Aurélio).

3-A hipóte-se em questão se enquadra como extraterritorialidade condicionada, vejamos o art.


7,II,b do código Penal.Artigo 7 ficam sujeitos á lei brasileira embora cometidos no extrangeiro
(Redação dada pela lei n. 7.209,de 1984)Significa que a nossa lei penal,pode ser aplicada ao
fato ,desde que preenchidas algumas condições,previstas no artigo 7 ,2 do CP.Pela
exterioridade condicionada são 3 (três) a hipótese que sujeita o agente a aplicação da lei
nacional.

Casos são art.7,II ,os crimes:

a -) por tratado ou convenção ,o Brasil se obrigou a reprimir.

b-) praticados por brasileiro.

c)-Praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade


privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.( incluído pela lei n.
7.209,de 1984).

0 código do processo Penal em seu artigo 88 estabelece que o local competente para
persecução Penal nos crimes praticados fora do território brasileiro será o juízo da capital do
estado onde houver por ultimo residido.Segundo a doutrina ,os casos previstos no inciso II,
possuem natureza jurídica de condição objetivas de punibilidade,logo a aplicação da lei
naquelas hipótese no entanto fica subordinada á todas as condições previstas no 2 no mesmo
artigo,que assim dispõe.Art.7 - ficam sujeitos a lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro.

a-) Entrar o agente no território nacional;

B-) Ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c-) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

d-) Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

e-) Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade , segundo a lei mais favorável.

No caso em comento deve-se levar em consideração o princípio da nacionalidade (ou de


personalidade), eis que o aludido princípio cogita da aplicação da lei do país de origem do
agente, pouco importando o local onde o crime foi cometido.

4-Com a pretensão de buscar a realização de um tratamento especial ás mulheres ,em 1970,a


convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a Mulher provado
em 1984 , e aprovada a (Convenção de Belém do Pará)São esses os principais documento
existentes atualmente para a proteção internacional dos direitos humanos das mulheres.
Crime praticado no exterior por brasileiro ou brasileira se encaixaria na (extraterritorialidade
condicionada). Segundo o art.6 da LMP, “ A violência doméstica e familiar contra a mulher
constitui uma das formas de violação dos direitos humanos “. Diz o art. 22 da LMP, que caso
constatado a prática de violência contra a mulher, o Juiz poderá aplicar de imediato ao
agressor uma série de medidas protetivas de urgência que são imprescindíveis para proteger
as vítimas e impedir que maridos, namorados ou companheiros violentos voltem a agredi-lás.

Deixo agora o caso concreto e passo para a hipótese abstrata. Aqui me interessa o tema da
jurisdição, a questão é: as medidas de proteção previstas na LMP, pode ser aplicados em
relação aos fatos cometidos no exterior? Os crimes de violência doméstica pode ser objeto de
persecução penal extraterritorial? A resposta para ambas as perguntas é sim, mas depende.
Sabe-se que um dos preceitos reitores da jurisdição é o princípio da aderência ao território.
Isto é, os magistrados somente têm autoridade nos limites territorias do Estado, onde este
exerce sua soberania ( territorialidade). Contudo crimes praticados fora do território brasileiro
também podem ser submetido a processos e julgamento no Brasil. O art. 7 do CP trata dos
casos de extraterritorialidade da lei penal brasileira nas espécies incondicionada (inciso 1) e
condicionada ( inciso 2). Um crime praticado por brasileiro ou brasileira no exterior e se
encaixaria na segunda hipótese (extraterritorialidade condicionada), objeto de duas das
alíneas do inciso 2 do art. 7 do CP. De fato ficam sujeitos a lei brasileiras os crimes que, por
tratado, o Brasil se obrigou a reprimir e também os crimes extraterritorias praticados por
brasileiros ( nato ou naturalizado)

Art. 7 Ficam sujeitos à lei brasileira embora cometidos no estrangeiro:

II- os crimes:

a-) que, por tratado ou convenção,o Brasil se obrigou a reprimir;

b-) praticados por brasileiro;

Cogita- se sobre o juiz competente no Brasil ( juiz natural). Sabe-se que em crimes praticados
no exterior, a competência é do juízo da capital do Estado, onde por último houver residio o
réu antes do crime,ou onde ele residir na forma do art.88 do CPP.

Se este nunca tiver residio no Brasil, será competente o juiz da capital da República. No
entanto será preciso saber se essa competência é da justiça Estadual ou da justiça Federal.

5- Neto deverá ser alvo de uma autuação, do crime de furto que se enquadra no art. 155 do
código penal- subtraí para si ou para outrem coisa alheia móvel.

Segundo princípio constitucional (irretroatividade), descrito no art.5, XL da CF,dispõe que a lei


penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu, impondo-se, assim a irretroatividade da lei
penal, salvo quando a lei nova seja benéfica ao acusado.

6- O último dia do prazo é 25, que cai no sábado, conseqüentemente o próximo dia útil é
segunda dia 27.

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