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1. Introdução
O que são princípios? Princípios são os valores fundamentais que inspiram a criação e a manutenção do
sistema jurídico. Têm a função de orientar o legislador ordinário, e também o aplicador do Direito Penal,
no intuito de limitar o pode punitivo estatal mediante a imposição de garantias aos cidadãos.
2. Princípios em espécie
Obs.: é vedada a edição de medidas provisórias 2 sobre matéria relativa a Direito Penal (CF, art. 62,
§1º, I „b‟).
1
Referência Bibliográfica: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Parte Geral. 24. ed. São Paulo:
Saraiva, 2018. v.1; NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 14º ed. São Paulo: GEN-Forense, 2018; GRECO,
Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. 20. ed. Rio de Janeiro, Impetus, 2018. v.1.
2 A Medida Provisória (MP) é um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância
e urgência. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei.
Seu prazo de vigência é de sessenta dias, prorrogáveis uma vez por igual período.
“(...) Um Estado de Direito deve utilizar o Direito penal como forma de proteger o cidadão. No
entanto, tal Estado deverá proteger este mesmo cidadão do próprio Direito penal, impondo limites, com
a finalidade de que ele não se torne um instrumento arbitrário nas mãos de um poder autoritário. Para
tanto, podem ser utilizados os princípios da culpabilidade e da proporcionalidade das penas, mas deve
ser levado em consideração, principalmente, o princípio da legalidade, para que se evite punir uma
pessoa sem lhe dar uma devida segurança. Segundo o princípio da legalidade, uma conduta somente
poderá ser punida se, anteriormente à sua prática, houver uma lei definindo esta conduta como infração
penal. (...) Assim, qualquer pessoa, honrada ou não, somente poderá ser punida se a sua conduta estiver
tipificada em lei como infração penal, sendo a lei anterior à prática da conduta do agente.
Ocorre que não somente os crimes, mas também as penas devem estar descritas em leis
anteriores à prática delitiva como forma de dar maior segurança ao sujeito do delito. Ademais, para o
mesmo fato, não poderá ser aplicada uma lei penal mais severa que tenha surgido posteriormente à sua
prática. Portanto, é proibida a agravação retroativa da pena. Do princípio da legalidade derivam
proibições: a proibição do uso da analogia; a proibição do direito consuetudinário para fundamentar ou
agravar a pena; a proibição da retroatividade e a proibição de leis penais indeterminadas ou imprecisas.
As duas primeiras proibições são destinadas ao juiz, enquanto as duas últimas são destinadas aos
legisladores. (...) ”3
Leitura Complementar 2
“(...) A primeira consequência dos princípios da lei é que somente elas podem determinar a pena
para crimes, e a autoridade para aplicar as leis penais só pode residir no legislador, que representa toda a
sociedade, unida por um pacto social. Nenhum magistrado (que é parte da sociedade) pode, com justiça,
infligir a qualquer outro membro da mesma sociedade penas não estabelecidas por lei. Mas uma pena,
além dos limites fixados pela lei, é a pena justa mais uma pena adicional, portanto, não pode um
magistrado, sob qualquer pretexto de zelo ou de bem público, aumentar a pena estabelecida a um
cidadão delinquente. (...)”4
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
O princípio da anterioridade tem previsão tanto no texto constitucional, como no Código Penal.
Estabelece que o crime e a pena devem estar definidos em lei prévia ao fato cuja punição se pretende.
É proibida a aplicação da lei penal inclusive aos fatos praticados durante seu período de vacatio. Embora
já publicada e formalmente válida, a lei ainda não estará em vigor e não alcançará as condutas praticadas
em tal período.
Leitura Complementar
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir,
publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de
informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro
ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da
vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
A Lei nº 13.718/2018 entrou em vigor na data de sua publicação (25/09/2018). Como se trata
de lei penal mais gravosa (novatio legis in pejus), ela é irretroativa, não alcançando fatos praticados
antes da sua vigência.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
O p. da individualização da pena repousa no princípio de justiça segundo o qual se deve distribuir a cada
indivíduo o que lhe cabe, de acordo com as circunstâncias específicas do seu comportamento – o que
em matéria penal significa a aplicação da pena levando em conta não a norma penal em abstrato, mas,
especialmente, os aspectos objetivos e subjetivos do crime.
A Lei n.° 8.072/90, em sua redação original, determinava que os condenados por crimes
hediondos ou equiparados (TTT) deveriam cumprir a pena em regime integralmente fechado:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins
e o terrorismo são insuscetíveis de: (...)
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida integralmente em regime fechado.
Em 23/02/2006, o STF declarou inconstitucional este § 1º do art. 2º por duas razões principais,
além de outros argumentos:
a) A norma violava o princípio constitucional da individualização da pena (art. 5º, XLVI, CF) já que
obrigava o juiz a sempre condenar o réu ao regime integralmente fechado independentemente do caso
concreto e das circunstâncias pessoais do réu; (...)
São crimes que o legislador considerou especialmente repulsivos e que, por essa razão, recebem
tratamento penal e processual penal mais gravoso que os demais delitos. A Lei n.° 8.072/90 prevê, em
seu art. 1º, o rol dos crimes hediondos: I - homicídio (art. 121 do CP), quando praticado em atividade
típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, §
2º, I, II, III, IV e V); II - latrocínio (roubo seguido de morte) (art. 157, § 3º, in fine); III - extorsão
qualificada pela morte (art. 158, § 2º); IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159,
caput, e §§ 1º, 2º e 3º); V - estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); VI - estupro de vulnerável (art. 217-A,
caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º); VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º). VIII - falsificação, corrupção,
adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-
A e § 1º-B). IX - Genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei n.° 2.889/56).
Você sabe o que significa alteridade? É se colocar no lugar do outro. Trata-se da ideia de que é impossível o
indivíduo se desenvolver e viver sozinho. De acordo com essa concepção, todo homem possui uma
relação de interdependência com os outros.
No Direito Penal, o p. da alteridade proíbe a incriminação de atitude meramente interna do agente, bem
como do pensamento ou de condutas moralmente censuráveis, incapazes de invadir o patrimônio
jurídico alheio.
Assim, ninguém pode ser punido por causar mal apenas a si próprio, pois uma das características
inerentes ao Direito Penal moderno repousa na necessidade de intersubjetividade nas relações
penalmente relevantes.
Questão→ O agente que pratica autolesão responderá pelo crime de lesões corporais com atenuação
da pena de 1/3 a 2/3, a depender da natureza da lesão. A assertiva está Certa ou Errada?5
De acordo com esse princípio, não pode ser considerado criminoso o comportamento humano que,
embora tipificado em lei, não afrontar o sentimento social de Justiça.
O princípio da adequação social possui a função de restringir o âmbito de abrangência do tipo penal,
limitando a sua interpretação, e dele excluindo as condutas consideradas socialmente adequadas e aceitas
pela sociedade.
Referido princípio também orienta o legislador quando da seleção das condutas que deseja proibir ou
impor, com a finalidade de proteger os bens considerados mais importantes. Se a conduta que está na
mira do legislador for considerada socialmente adequada, não poderá ele reprimi-la valendo-se do
Direito Penal.
O p. da adequação social também faz com que o legislador repense os tipos penais e retire do
ordenamento jurídico a proteção sobre aqueles bens cujas condutas já se adaptaram perfeitamente à
evolução da sociedade.
NOTA: Segundo Rogério Greco, o p. da adequação social, por si só, não tem o condão de revogar
tipos penais incriminadores. Mesmo que sejam constantes as práticas de algumas infrações penais, cujas
condutas incriminadas a sociedade já não mais considera perniciosas, não cabe, aqui, a alegação pelo
agente, de que o fato que pratica, se encontra, agora, adequado socialmente. Uma lei somente pode ser
revogada por outra, conforme determina o caput do art. 2º da LINDB.
O p. da adequação social também faz com que o legislador repense os tipos penais e retire do
ordenamento jurídico a proteção sobre aqueles bens cujas condutas já se adaptaram perfeitamente à
evolução da sociedade
5
ERRADA - A autolesão não é punida pelo Direito Penal. A conduta lesiva, deve afetar interesses de outrem, portanto, não
haverá sanção quando os atos praticados pelo agente e seus efeitos permanecerem na esfera de interesse do próprio agente,
como no caso da autolesão.
STJ, Súmula 502: Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime
previsto no art. 184, § 2º, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas.
Ainda que a pirataria seja amplamente praticada na sociedade, não se admite a aplicação do
princípio da adequação social aos casos envolvendo esse tipo de comércio. O entendimento, já
pacificado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), de que é crime a conduta de expor à venda
CDs e DVDs falsificados foi sumulado pela Terceira Seção.
Tem previsão na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e preconiza que a lei somente deve
prever as penas estrita e evidentemente necessárias. Assim, a intervenção penal somente é legítima
quando a criminalização de um fato se constitui meio indispensável para a proteção de determinado bem
ou interesse, não podendo ser tutelado por outros ramos do ordenamento jurídico.
A missão do Direito Penal moderno consiste em tutelar os bens jurídicos mais relevantes.
Em decorrência disso, a intervenção penal deve ter o caráter fragmentário, protegendo
apenas os bens jurídicos mais importantes e em casos de lesões de maior gravidade
Esse princípio orienta o legislador a ter moderação ao eleger as condutas dignas de proteção penal,
abstendo-se de incriminar qualquer comportamento. Somente deverão ser castigados aqueles que não
puderem ser contidos por outros ramos do Direito.
P. da Fragmentariedade
a) Princípio da Fragmentariedade
Esse princípio deve ser utilizado no plano abstrato, para o fim de permitir a criação de tipos penais
somente quando os demais ramos do Direito tiverem falhado na tarefa de proteção de um bem jurídico.
b) Princípio da Subsidiariedade
Para esse princípio o Direito Penal funciona como um “executor de reserva” entrando em cena somente
quando outros meios estatais de proteção mais brandos, e, portanto, menos invasivos da liberdade
individual não forem suficientes para a proteção do bem jurídico tutelado.
Importante! Segundo esse principio, o Direito Penal há de ser a ultima ratio, o último recurso a
utilizar à falta de outros menos lesivos.
Esse princípio deve ser utilizado no plano concreto, isto é, em sua aplicação prática. Aqui, o crime já
existe, mas, no plano da realidade, o tipo penal não pode ser utilizado, pois, nessa hipótese, não há
legitimidade na atuação do Direito Penal.
Para esse princípio, a criação de tipos penais incriminadores deve constituir-se em atividade vantajosa
para a sociedade, no sentido de que a limitação da liberdade individual só se justifica para a concretização
de interesses coletivos superiores.
Assim, o legislador deve eleger as penas mais apropriadas para cada infração penal, bem como as
respectivas graduações (mínimo e máximo). O juiz, por sua vez, no julgamento da ação penal, deve
promover a individualização da pena adequada ao caso concreto.
Proteção Insuficiente dos Bens Jurídicos: impede a punição abaixo da medida correta.
NOTA: com base nesse princípio que o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional o regime
integralmente fechado para o cumprimento da pena privativa de liberdade nos crimes hediondos ou
equiparados.
“O direito penal, por intervir de uma maneira legítima, deve respeitar o princípio de
humanidade. Esse princípio exige, evidentemente, que se evitem as penas cruéis, desumanas e
degradantes (dentre as quais pode–se contar a pena de morte), mas não se satisfaz somente com
isso. Obriga, igualmente, na intervenção penal, a conceber penas que, respeitando a pessoa
humana, sempre capaz de se modificar, atendam e promovam a sua ressocialização: oferecendo
(jamais impondo) ao condenado meios de reeducação e de reinserção.”
De acordo com esse princípio, não há infração penal quando a conduta não tiver oferecido ao menos
perigo de lesão ao bem jurídico.
Busca-se afastar da incidência da aplicação da lei penal aquelas condutas que, embora desviadas, não
afetem qualquer bem jurídico de terceiros. Tais condutas são aquelas que a sociedade trata com
desprezo, ou mesmo repulsa, mas que, embora reprovadas sob o aspecto moral, não repercutem
diretamente sobre qualquer bem de terceiros. Não se pode punir alguém pelo simples fato de não gostar
de tomar banho regularmente, por tatuar o próprio corpo, ou por se entregar a práticas sexuais
anormais. Enfim, muitas condutas que agridem o senso comum da sociedade, desde que não lesivas a
terceiros, não poderão ser proibidas ou impostas pelo Direito Penal.
Os tipos penais devem definir fatos, associando-lhes as penas respectivas, e não estereotipar autores em
razão de alguma condição específica.
Não se admite um Direito Penal do autor, mas somente um Direito Penal do Fato.
NOTA: historicamente, pode ser citado como Direito Penal do autor o da Alemanha nazista, no qual
não existiam propriamente crimes, mas criminosos.
Leitura Complementar
Na construção de um sistema punitivo, é possível tomar por base o fato ou o autor. Quando o fato é
tomado de forma exclusiva e pura, dá-se o que a doutrina chama de direito penal do fato; no extremo
oposto, tomando-se exclusivamente o autor, revela-se o direito penal do autor. No que concerne o
primeiro, o sujeito passivo de um crime será punido em virtude dos atos praticados. Sua personalidade e
demais características pertinentes a sua pessoa não são utilizadas para condená-lo, mas tão somente serão
analisados no momento da dosimetria da pena, onde já se verificou ter havido um fato típico,
antijurídico e culpável. Já no que diz respeito ao direito penal do autor, não se mostra relevante o fato
praticado pelo indivíduo, mas sim a personalidade daquele que o praticou e que está sendo submetido ao
juízo. Pertencer ou não a determinado grupo, ou sua atividade em defesa dos valores por aquele
estabelecidos são fatores definitivos para comprovar a sua culpabilidade.
De acordo com a doutrina, a utilização do Direito Penal do autor representa verdadeira violação do
princípio da lesividade, o qual é essencial para que a intervenção penal seja legítima. Nesse sentido, o
direito penal do autor, que se manifesta na forma de um direito penal de risco, antecipa a tipicidade na
direção de atos de tentativa e até mesmo preparatórios, fato esse que aumentaria a relevância dos
elementos subjetivos e normativos dos tipos penais, pretendendo assim controlar não apenas a conduta
do indivíduo, mas também a sua lealdade ao ordenamento jurídico. 6
Preconiza que ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por terceira pessoa.
Consequentemente, a pena não pode passar da pessoa do condenado, nos termos da CF:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XLV - nenhuma pena passará da
pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do
valor do patrimônio transferido;
Nenhum resultado penalmente relevante pode ser atribuído a quem não o tenha produzido por dolo ou
culpa.
Art. 18 - Diz-se o crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo; II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência
ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto
como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente.
A responsabilidade é subjetiva, isto é, deve-se sempre averiguar se o agente agiu com dolo ou culpa.
Se a resposta for negativa, o fato é atípico.
STF: O sistema jurídico penal brasileiro não admite imputação por responsabilidade penal
objetiva. (STF - Inq. 1.578-4-SP)
STJ: (...) inexiste em nosso sistema responsabilidade penal objetiva. (STJ HC 8.312-SP – 6ª
T 4.3.99 – p. 231)
*Ex.: art. 121, § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado: I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
Esse princípio proíbe de forma absoluta a dupla punição pelo mesmo fato.
Atenção! Não significa que a pessoa só pode receber uma pena uma vez na vida, independente do
número de crimes que cometeu. O que esse princípio expressa é que para cada fato cometido pelo
agente, caberá uma única punição.
Assim, no Direito Penal brasileiro, a sentença condenatória evita que se instaure novo processo contra o
réu condenado, em razão do mesmo fato, quer para imputar ao sentenciado acusação mais gravosa, quer
para aplicar-lhe pena mais elevada.