Você está na página 1de 3

TEORIA DO CRIME E A SUA APLICAÇÃO PRÁTICA

AULA 1: PRINCÍPIOS PENAIS

1) Princípios penais de garantia e a importância para a defesa técnica


- Alicerce dos elementos da teoria do delito

- Orientação da política legislativa criminal

- Limitação do poder punitivo do Estado

2) O princípio da legalidade

- Art. 5º, inc. XXXIV, da CF e Art. 1º do CP

“Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal”.

- Nullum crimen, nulla poena sine lege: a) estrita; b) escrita; c) certa; d) prévia

Princípio da Reserva Legal (lei formal)

Princípio da taxatividade-determinação

Princípio da anterioridade (art. 5º, CL, CF)

a) Principio da reserva legal

Fonte: lei formal / Congresso Nacional (art. 22, inc. I, e art. 48 CF);

Proibição de aplicação de normas costumeiras e da analogia como fontes do


Direito Penal, se forem prejudiciais ao réu;

Interpretação extensiva ou analógica?

Direito consuetudinário in bonam partem;

Analogia in bonam partem.

b) Princípio da taxatividade-determinação

As leis penais, mormente as de natureza incriminadora, devem ser claras, certas


e precisas.

A lei deve fazer com que o indivíduo conheça “não somente qual é a conduta
compreendida, senão também qual é a não compreendida” pelo tipo.
c) Princípio da anterioridade

Art. 5º, inc. XL, da CF: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

Art. 2º CP: “Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da
sentença condenatória.

Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,


aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado.”

Abolitio criminis (lei posterior descriminaliza a conduta e torna o fato impunível)


/ lex mitior (lei posterior mais benéfica).

OBSERVAÇÃO: Lei posterior com preceitos mais severos e preceitos mais


benéficos. Pode haver a combinação de leis (lex tertia) ou interpretação
legítima? R: Súmula 501 STJ vedação da combinação de leis.

Lei excepcional ou temporária: CP, em seu art. 3º. ULTRATIVIDADE.

AULA 2: PRINCÍPIOS PENAIS II

3) Princípio da culpabilidade

- Art. 5º, inc. LVII, da CF: ninguém será considerado culpado até o transito em
julgado da sentença penal condenatória.
- Serve como fundamento da pena (e do jus puniendi) e como limite da
intervenção punitiva do Estado.
- Três decorrências:
1: Inadmissibilidade da responsabilidade penal objetiva (versari in re illicita);
2: Direito penal do fato (e não do autor);
3: Medida da pena.

4) Princípio da individualização da pena

- Art. 5º, inc. XLVI, da CF: a lei regulará a individualização da pena e adotará,
entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição de liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos.

- Individualização: Legislativa, Judicial e Executória.

5) Princípio da Intervenção Mínima

- Fragmentariedade e subsidiariedade

- O direito penal é a ultima ratio!

6) Principio da lesividade ou ofensividade

- Proibição de comportamentos que provoquem lesão ou perigo de lesão a


bens jurídicos.

- Proibição de incriminação de atitudes internas.

- Proibição de incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do


próprio autor.

- Proibição de incriminação de simples estados ou condições existenciais.

- Proibição de incriminação de condutas “desviadas” que não afetem qualquer


bem jurídico.

7) Conflito aparente de leis penais

- Subsunção de uma ou mais condutas típicas a diversas disposições penais que


se sobrepõem total ou parcialmente, na apreciação do seu desvalor.
- Principio non bis in idem.
- Elaboração doutrinária e jurisprudencial:
- Principio da especialidade, da subsidiariedade e da consunção.

Você também pode gostar