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Lei Penal

no Tempo
Monitores: Alice, Larissa,
Jacqueline e João
Tempo do crime

Lucrécio, morador de um bairro periférico do


Rio de Janeiro, estava em sua casa, assistindo à TV,
numa noite de sábado. Policiais e traficantes
trocaram tiros e um desses tiros atingiu Lucrécio. A
ambulância do SAMU o levou para o hospital. Após
três dias, porém, ele morreu no hospital.

Vocês sabem quando o crime aconteceu ?


Tempo do crime

No caso da história do Lucrécio, o tempo do crime é o


momento em que ele foi baleado! Isso, porque, segundo o Código
Penal brasileiro em seu artigo 4º,

“considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,


ainda que outro seja o momento do resultado.”

Momento da ação: Lucrécio baleado


Momento do resultado: morte do Lucrécio
Teorias aplicáveis para definir
o tempo do crime

Teoria da atividade Teoria do resultado Teoria da Ubiquidade


Adotada pelo Código (ou Mista)
Penal Brasileiro
“Considera-se Considera-se que o Considera-se que o
praticado o crime crime aconteceu no crime ocorreu tanto
no momento da momento do no momento da
ação ou omissão, resultado. conduta quanto no
ainda que outro momento do
seja o momento do resultado.
resultado.”
Artigo 4º do Código
Penal
Regra para aplicação
da lei no tempo

No Brasil, a regra é aplicar a norma penal vigente no momento da ação ou omissão da


conduta tipificada.
Por isso, se uma pessoa comete uma conduta tipificada faltando alguns dias para
completar 18 anos, ela não será julgada segundo o Código Penal. Dessa forma, a sua
conduta não será reconhecida como crime nem ela não será presa. A ação dessa pessoa
menor de idade será entendida como ato infracional e cumprirá medida socioeducativa.
Extra-atividade da lei penal:
retroatividade e ultra-atividade

• A regra é a irretroatividade da Lei penal.


• Exceção: Retroatividade = aplicação da lei penal mais
benéfica a um fato cometido antes da sua vigência.
De acordo com o artigo 5º, XL, da Constituição brasileira: “a
lei penal não retroagirá, salvo em benefício do réu”.
• Exceção da exceção: Leis temporárias e leis
excepcionais.
As leis temporárias regulam uma situação específica e possuem
um prazo de vigência especificado em seu texto. As leis
excepcionais também regulam uma determinada situação,
porém interrompem a sua vigência com o fim da circunstância
que a criaram.
• Exceção: Ultra-atividade = aplicação da lei
penal revogada mais benéfica ao réu. Cabe
destacar que, embora essa lei esteja revogada,
no período em que ele cometeu a ação ou
omissão, essa lei estava em vigor.
Súmula 711, do Supremo
Tribunal Federal

Segundo a súmula 711, do STF, “a lei penal mais grave


aplica-se ao crime continuado ou crime permanente se a sua
vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.”

é a pratica de vários crimes semelhantes que


aconteceram em circunstâncias parecidas,
como no mesmo lugar, no mesmo horário. é um crime de consumação
Assim, os crimes posteriores se assemelham prolongada, ou seja, a conclusão
ao primeiro e parecem continuação desse. do delito se prolonga no tempo.
Exemplo: Roubo dos estudantes perto da Exemplo: sequestro.
FND durante uma semana inteira.
Conflito ou Sucessão de
Leis Penais no Tempo

Neste tópico, vamos analisar situações em que as leis penais entram em conflito.
Quais soluções se aplicam nos casos de conflito ou de sucessão?

• Abolitio Criminis: é a abolição do crime, ou seja, uma nova lei descriminaliza


uma conduta antes ilícita. Consequentemente, por força da retroatividade
benéfica, todos que estão sendo acusados, processados ou cumprindo pena são
beneficiados.

• Novatio legis incriminadora: é uma nova lei que criminaliza um conduta antes
não criminalizada. Ela é irretroativa, pois ela somente se aplica aos fatos
praticados após a sua entrada em vigor.
• Novatio legis in pejus: é uma lei nova que piora a situação
do acusado, réu ou condenado de alguma forma. Perceba
que nessa nova lei não cria um crime, mas sim causa
prejuízo a condição ao autor da conduta criminalizada.
• Novatio Legis in Mellius: é uma nova lei que beneficia a
situação do acusado, réu ou condenado. Ela está prevista
no parágrafo único do artigo 2º do Código Penal: “ a lei
posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por
sentença condenatória transitada em julgado”.
EXERCÍCIOS

Questão 18

crime Processo criminal

L1 L2 L1 ou L2
Pena de multa Pena privativa ?????
de Liberdade
EXERCÍCIOS

Questão 10

crime Crime???

L1 – Lei precisa de L2
complementação Abolitio criminis
Pena
EXERCÍCIOS

Questão 7

Vigência da Lei B
Homicídio 10/02/2020 Revogou
09/01/2020 a 04/01/2021 a Lei B 15/02/2021

Lei A Lei B Lei C Julgamento


Pena de 6 a 10 Pena de 4 a 9 Pena de 5 a 11 da Ana
anos anos anos

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