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Proc. nº 1020886-67.2017.8.26.0564
CONTESTAÇÃO
face a Ação de cobrança de alugueis c/c danos materiais que lhes move Paulo
Rogerio Silaman, já qualificado nos autos, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos:
I- Dos fatos
1
Bernardo do Campo/SP, de propriedade do Requerente, com prazo de locação de 36
(trinta e seis) meses, iniciando-se em 11/11/11 e encerrando-se em 11/11/14.
PRELIMINARMENTE
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
2
Mister faz dizer que, o Requerente é carecedor do direito
de ação, posto que falta legitimidade passiva, condição da ação, visto que a pessoa
citada como fiadora na presente ação de despejo, não possuem esta qualidade em
relação a locatária devedora demandada, conforme demostraremos.
Nesse sentido:
Por sua vez ocorre que, a fiadora não foi notificada, nem
sequer teve o direito de se manifestar a respeito do novo contrato locação firmado
entre as partes.
Desta forma, como poderia a fiadora participar de negocio
jurídico o da qual não participou?
3
Fiança jamais se presume; para que alguém possa
assumir obrigação de outrem, preciso será ato expresso,
formal, em que figure de modo explicito a
responsabilidade contraída. Ainda completa: Não admite
interpretação extensiva. Aliás, constitui regra geral em
matéria de interpretação contratual que os contratos
benéficos, entre os quais se inclui a fiança, se interpretam
restritivamente. Afirma que o fiador só responde, por
aquilo que expressamente consigna no instrumento; se
alguma dúvida vier a surgir, será ela resolvida em favor do
fiador e que não se estende a fiança de pessoa a pessoa,
nem se prolonga além do tempo convencionado.
Nesta esteira:
Nesse sentido:
AÇÃO DECLARATÓRIA - LOCAÇÃO - PRAZO INDETERMINADO -
FIANÇA - EXONERAÇÃO - POSSIBILIDADE. O fiador de contrato de
locação prorrogado por prazo indeterminado pode exercer o direito de
exoneração da fiança, sempre que lhe convier, irrelevante a
existência de cláusula prevendo obrigação até a efetiva entrega das
chaves, embora obrigado por todos os efeitos da fiança, durante
sessenta dias após a notificação ao credor. Recurso não provido.
5
Assim, através dos dispositivos legais e do entendimento
doutrinário apresentado, requer-se preliminarmente o afastamento da
responsabilidade da fiadora do polo passivo da presente demanda.
Do Mérito
Dos valores residuais
6
Portanto, não faz jus o Requerente aos valores
pleiteados.
Como é cediço, a teor do artigo 23, III da Lei nº 8.245/91, o locatário não
responde pelas deteriorações decorrentes do uso normaldo imóvel.
Como se vê, o quadro probatório é bastanteinsubsistente, não permitindo seja
extraída conclusão segura, seja em torno danatureza e data dos danos retratados
nas fotos, seja em relação à extensão e avaliação dos mesmos.Intuitivo que o
autor deveria ter promovido medidacautelar de produção antecipada de prova a fim
de que pudesse ser comprovadaa existência e natureza dos danos, bem como a
avaliação dos custos de reparo.