Você está na página 1de 4

Alex Massironi Rodrigues – Matrícula 201708203796

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA


2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS.

PEDRO DE CASTRO,

nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de


Identidade RG nº ______expedida pelo ____, inscrito no CPF/MF sob
o nº______, residente e domiciliado na Rua_______,
nº___,Florianópolis, Santa Catarina, CEP: ______, por sua
procuradora, com escritório profissional na Rua_______,
nº___,Cidade, Estado, CEP:______. Endereço eletrônico______.

Vem mui respeitosamente perante V.Exa., com fulcro nos dispositivos


legais, promover os presentes:

“EMBARGOS À EXECUÇÃO”

Que move em face de BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, Pessoa


Jurídica de Direito Privado, com sede na Rua_______, nº___, Rio de
Janeiro, RJ, CEP: ______. Endereço eletrônico:_________

PELAS RAZOES FÁTICAS E DE DIREITO A SEGUIR EXPOSTAS:

I-DOS FATOS

O Embargante figurou como avalista em um contrato de empréstimo


de mútuo financeiro em favor da Srª Laura, junto ao Banco Quero
Seu Dinheiro S.A, em agosto de 2014, no valor de R$300.000,00
(trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e
sucessivas.
Como garantia assinou uma nota promissória.

Em março de 2015, foi informado pelo Banco que a Sra. Laura havia
deixado de cumprir sua obrigação, à partir da quarta parcela, vencida
em dezembro de 2014.

O Embargante no intuito de evitar maiores transtornos quitou a


dívida em 03/04/2015 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse
entregue a nota promissória que havia assinado.

Para seu espanto, em agosto de 2015, o Embargante identificou que


figurava no polo passivo de uma Ação de Execução fundada em título
executivo extrajudicial, em face dele e da titular do contrato, a Srª
Laura.

Ocorre que o executado, é parte ilegítima no polo passivo da referida


ação, pois não tem relação nenhuma com o contrato ora executado.

Tendo em vista que o objeto da execução, é um segundo empréstimo


contraído pela Sra. Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e
cinquenta mil reais), e não possuí qualquer garantia, muito menos
avalizada pelo Executado.

O contrato em que foi avalista, foi devidamente adimplido em


abril/2015, através do pagamento da nota promissória que estava
vinculada ao contrato quitado.

Entretanto, o Embargado, no momento de ajuizar a ação de


execução de título extrajudicial, no intuito de atender ao artigo
784 do CPC, se valeu de um título já adimplido, sem qualquer
cuidado.

Além disso, o Embargado requereu a penhora do consultório do


Embargante, situado na Rua Nóbrega nº 36, sala 801, Centro,
Florianópolis- SC, o que já foi inclusive deferido pelo juiz.

II- DA TEMPESTIVIDADE
Tendo em vista o Art. 738, caput do CPC, o Embargante possui o
prazo de 15 dias para ajuizar o Embargo à Execução, desta forma o
presente Embargo à Execução cumpre o requisito da tempestividade.

III – DO DIREITO:

O título obrigacional no qual Pedro se comprometeu como fiador foi


somente o primeiro, no qual já foi devidamente quitado, apesar de
não ter recolhido a nota promissória que assinou.

Entretanto, o mesmo não assumiu vínculo com o segundo


empréstimo, por livre e espontânea vontade.

O Banco se aproveitou do documento do qual já tinha posse para


vincular o autor sem seu consentimento, sendo assim o título
executado é inexequível e inexigível, como trata o seguinte
dispositivo legal do Código de Processo Civil, in verbis:
Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;

Uma vez que a avaliação ocorreu sem o consentimento do autor esta


pode ser considerada de má-fé e indevida. Pois para que uma pessoa
se comprometa como avaliador, é fundamental estar ciente do ato
praticado. E no caso, não foi o que aconteceu. O autor não assinou
novo documento para celebração de novo negócio jurídico, sendo
assim não pode ter penhorado, os seus bens.
Pois, em nenhum momento se comprometeu a assegurar a garantia
do segundo negócio celebrado.

No que está assegurado o seu direito no dispositivo abaixo citado.


Art. 917, CPC:
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;

Diante dos fatos narrados, resta evidente, ser o Embargante, parte


ilegítima no polo passivo da referida ação, pois não tem relação
nenhuma com o contrato ora executado.

IV- DOS PEDIDOS:

Diante do exposto, o Embargante requer:

1 – Que seja atribuído o efeito suspensivo;


2 - A citação do Embargado;
3 - A improcedência do pedido do embargado e da penhora que recai
sobre o bem do Embargante;
4- A condenação do Embargado ao ônus da sucumbência.
V-DAS PROVAS:

Protesta, o Embargante provar o alegado por todos os meios de


prova, em Direito admitidas, de acordo com o artigo 319, VI, do CPC.

Dá-se à causa o valor de R$150.000,00 (Cento e cinquenta mil reais).

Nestes termos,

Pelo deferimento.

Local, data

Advogado- OAB/UF

Você também pode gostar