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AO EXCELENTÍSSIMO JUIZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS-SC

PEDRO DE CASTRO, nacionalidade, estado civil, profissão,


portador do RG nº, inscrito no CPF sob nº, residente e domiciliado em Florianópolis,
Santa Catariana, com endereço de e-mail, por intermédios de seu advogado, com
endereço eletrônico, endereço profissional, para onde desde já requer se sejam
remetidas futuras intimações conforme disposto no art. 77, V do CPC, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamentos no art. 914 e seguintes
do CPC, opor:

EMBARGOS À EXECUÇÃO

Movida pelo BANCO QUERO SEU DINHEIRO, já qualificada nos autos do processo em
epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

1.1 Inicialmente, declara o Embargante que, tendo em vista o valor da


causa, bem com sua condição financeira, requer que a concessão da gratuidade de
justiça, nos moldes da lei 1.060/50 com as alterações da Lei 7.510/86 c/c art. 1072 do
CPC, haja vista que não possui condições de arca com tais custas sem que isso cause
prejuízos ao próprio sustento.

II- DA LEGITIMIDADE

2.2 Insta destacar que as notas promissórias não fazem jus a


dívida cobrada, e que o Embargante não participou da relação jurídica do 2º
empréstimo, logo nada tem a ver com o caso concreto. Desta forma o Embargante
não possui legitimidade para figurar no polo da presente ação, nos moldes do art.
917, VI c/c 337, XI, ambos do CPC.
III- DOS FATOS

3.1 Em apertada síntese, ocorre que o Embargante foi fiador de Laura


no contrato de empréstimo de R$ 300,000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30
(trinta) parcelas, no entanto em março de 2016, o executado foi informando pelo banco
que Laura pagou até a quarta parcela que venceu em dezembro de 2015, deixando de
cumprir com suas obrigações de adimplir o contrato, mas que o, Executado, visando
resolver e evitar maiores transtornos, quitou à dívida em 03/04/2016, contudo não
solicitou a nota promissórios que havia assinado.

3.2 A dívida que está sendo cobrada nada tem a ver com o Executado,
uma vez que estamos diante e outro empréstimo que foi adquirido por Laura, mas que
não houver participação do Executado, todavia o Exequente está utilizando as
promissórias já quitadas do empresto anterior.

IV- DA TUTELA PROVISÓRIA E OS EFETIOS SUSPENSIVOS

4.1 Tendo em vista que a existência da penhora, o que pode gerar um


enorme prejuízo, haja vista os equívocos cometidos pelo EXEQUENTE em demostrar
promissórias que não fazem parte da relação jurídica e que os títulos apresentados estão
adimplidos, não podendo ser objeto de reclamação desta ação.

4.2 A fumaça do bom direito está presente nos documentos que


comprovam que as promissórias estão adimplidas e que não fazem parte do fato que
está sendo debatido.

4.3 O perigo na demora está presente no tempo que poderá levar esta
ação, bem como os prejuízos que poderá causar caso os bens sejam penhorados,
podendo ser irreversível os prejuízos ao EXECUTADO.

4.4 Ademais, cumpre observar que há um pedido de penhora sobre o


consultório do EXECUTADO, sendo no endereço rua Nóbrega nº36, sala 801, no centro
de Florianópolis, já DEFERIDO pelo magistrado, motivos ensejadores dos efeitos
suspensivos nos moldes do art. 919, § 1°
V- DOS FUNDAMENTOS

5.1 Mesmo Executado já tendo sido fiador de Laura, em um primeiro


evento com a mesma instituição bancária, o segundo empresto que é o objeto desta
execução o Executado não possui nenhuma relação jurídica com o caso, desta forma
reitero a ausência de legitimidade do Executado para figurar nesta ação.

5.2 Diante todo exposto, requer, a concessão da tutela provisória até


seja reconhecida a ilegitimidade do Executado e a consequente desconstituição da
penhora do imóvel, tudo nos moldes do art. 919 e seguintes do CPC.

VI- DOS PEDIDOS

6.1 Diante ao exposto, requer:

1) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, uma vez que, o


Embargante não possui meios de arcar com as custas processuais sem
que cause prejuízo do próprio sustento;
2) A intimação do Embargado na pessoa de seu advogado, para que
querendo, apresente impugnação no prazo legal;
3) Oitiva do embargado no prazo de 15 dias, com fulcro ao art. 920, I do CPC;
4) Que seja DECLARADA a ilegitimidade do Executado e consequente
extinção do processo sem resolução do mérito, conforme art. 337, IX c/c
485, VI ambos do CPC;
5) Requer ainda a condenação do Exequente no pagamento dos honorários
sucumbenciais e custas processuais.

VII. DAS PROVAS

7.1 Requer à juntada dos documentos que comprovam o pagamento


das promissórias, bem como todas as provas em espécie admitidas, conforme art. 369
do CPC.
VIII. DO VALOR DA CAUSA

8.1 Dá-se à causa o valor de R$ 150,000,000 (cento e cinquenta mil


reais)

Nestes termos,
Pede deferimento.
ADVOGADO
OAB/RJ

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