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PROCESSO CIVIL

Execução
Aula 03/08/2023

Execução: Nessa fase do processo analisaremos ele sendo utilizado para


concretizar direitos já reconhecidos, portanto para que a execução seja aplicável se
faz necessário que haja um título executivo.

Ex. De títulos executivos: cheque, nota promissória, documento particular


assinado por testemunhas, termo de acordo, sentença, CDA (certidão de dívida
ativa).

No processo de execução, como o título executivo já produz um alto nível de


probabilidade de que o autor realmente possui aquele direito, após a petição, o
Estado já cita o devedor a pagar, normalmente no prazo de 3 dias, se a obrigação
não for cumprida os bens já são alcançados pelo poder judiciário.

Conceito: Execução é a atividade processual, voltada a satisfação de um direito já


reconhecido, certificado em um título executivo e apto a produzir seus efeitos fora
do âmbito processual, efetivando o direito certificado.

Fase de execução cumprimento de sentença: Após um processo com sentença


transitada em julgado, se a parte que perdeu o processo não cumprir a sentença, se
dá início a uma nova fase do processo, chamada fase de execução, que por sua vez
se inicia com uma petição simples, que deve ser protocolada nos mesmo autos do
processo original, passando portanto da fase de conhecimento para a fase de
execução, a petição simples apenas precisa demonstrar que a sentença não foi
cumprida.

Conceito: É a propriedade para a execução dos títulos executivos judiciais em


geral, ocorrendo dentro de um processo já existente e sendo uma manifestação de
sincretismo processual.

Processo autônomo de execução: no processo autônomo de execução não há


fase de conhecimento anterior, trata-se de um processo que já se inicia com o
objetivo de executar um direito garantido por um título de execução, ele se inicia
com uma petição inicial.

É utilizada para a execução de títulos executivos extrajudiciais e alguns judiciais,


com a formação de autos próprios para o procedimento.

CLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃO
QUANTO A ORIGEM DO TÍTULO: como surgiu o título executivo, qual sua origem,
por quem foi produzido.

Trata-se de uma classificação importante pois o CPC prevê formas diferentes de


executar.

Execução fundada em título executivo judicial: o título nasce de um


processo judicial.

Ex.: sentença, acórdão…

Extrajudicial: trata-se de um título que nasce de uma relação que não é


judicial.

Ex.: TAC termo de ajustamento de conduta, cheque …

QUANTO A ESTABILIDADE DO TÍTULO:

Definitiva: quando não há a possibilidade do que está previsto no título executivo


(seu conteúdo) ser mudado.

Normalmente ela acontece quando a execução é originária de um título executivo


extrajudicial, ou então, quando o título judicial já transitou em julgado.

Provisória: normalmente acontece quando uma decisão recorrida sem efeito


suspensivo, é utilizada em um processo de execução, perceba que a sentença será
executada, mas a qualquer momento a decisão judicial do tribunal pode mudar o
título de execução.

QUANTO A MODALIDADE DA EXECUÇÃO: nesse parâmetro deve-se qualificar a


execução com base na obrigação.

Execução nos casos de:

Obrigação de pagar quantia;


Obrigação de entregar coisa;
Obrigação de fazer;
Obrigação de não fazer;

QUANTO A ESPECIFICIDADE DO PROCEDIMENTO:

Execução Comum: utilizada para a maioria dos créditos e situações.


Execução Especial: procedimento que foge da regra, trata-se portanto de
execuções contra a fazenda pública, execução de prestação alimentícia e a
execução fiscal.

Ex.: execução de alimentos, pois há nela a possibilidade do devedor de


alimentos ser preso, bem como a execução contra a Fazenda Pública,
nesse caso trata-se de uma execução especial, pois quando a fazenda é
citada, ela ainda tem o direito de se defender, é válido também lembrar
que os bens da fazenda não podem ser penhorados.

QUANTO A PARTICIPAÇÃO DO EXECUTADO:

Direta: aquela em que os atos executórios são praticados sem a colaboração do


executado, ou seja do credor.

Ex.: quando o executado nem compareceu no processo, e os seus bens


tiveram que ser penhorados…

Indireta: o poder judiciário vai forçar a colaboração do executado, por meio de


meios coercitivos.

Ex.: quando o juiz de forma coercitiva induz o executado a pagar a pensão


alimentícia, caso contrário a prisão será a alternativa utilizada. Ou nos casos em
que a pena de multa será aplicada caso o executado não cumpra a obrigação.

PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO
Aula dia 10/08

Efetividade: por óbvio o processo de execução tem por objetivo efetivar o direito já
reconhecido.

Menor onerosidade: a execução não serve para tirar o sustento do executado,


comprometendo assim sua sobrevivência.

Se houver várias formas de executar o título, a forma que atingir menos o executado
será a escolhida.

Patrimonialidade: o devedor deve responder ao cumprimento da obrigação com o


seu patrimônio, ou seja, os atos executivos são sobre o patrimônio e não sobre a
pessoa executada.

No caso de processo de execução quando a obrigação é de entregar coisa, caso a


coisa não seja mais possível ser entregue, o processo passa a ser de pagar quantia.
“nulla executio sine titulo”: não há execução se não houver título executivo.

Desfecho único e disponibilidade da execução: a execução tem o objetivo de


fazer valer o direito alegado pelo executante/ credor.

Disponibilidade de execução: o exequente pode a qualquer momento desistir de


algum ato executivo ou até mesmo da execução.

Primazia da tutela específica, princípio do resultado ou princípio da maior


coincidência possível: exato adimplemento/ cumprimento da ação.

Se o contrato é de 10,01 o valor a ser pago deve ser exatamente o de 10,01, ou


então, cabe perdas e danos.

Contraditório: o contraditório no processo de execução é eventual, pois a iniciativa


deve vir do executado de tentar contrariar o título de execução, no processo de
execução o executado é citado não para se defender e sim para cumprir a
obrigação, agora caso ele queira pode se defender dando sua versão dos fatos.

Boa fé: cumprir as normas processuais com lealdade

Os atos de má fé são chamados de: Atos atentatórios à dignidade da justiça

Art. 774. A multa para conduta de má fé no processo de execução pode chegar até
20%

Requisitos da execução

Gerais: pressupostos processuais como competência, capacidade processual,


capacidade postulatória, não pode haver litispendência.

Específicos / art. 786 do CPC:

Da Exigibilidade da Obrigação

Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a
obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.

Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para


apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do
título.
Título executivo: Documento que autoriza o judiciário a atingir o patrimônio do
executado ou até mesmo obrigá-lo a fazer algo, por esse motivo eles apenas podem
ser encontrados na lei. É a representação documental típica da obrigação, sendo
indispensável a instauração do procedimento executivo. O título executivo é
necessário e suficiente.

Princípio da taxatividade: só é título executivo os previstos na lei.

Princípio da tipicidade: o título executivo deve adotar forma prescrita em lei.

Títulos executivos abertos: quando a lei não define detalhadamente sua forma.
Ex.: instrumento particular assinado por duas testemunhas

Títulos executivos fechados: quando a norma detalha os requisitos do documento


Ex.: nota promissória.

Atributos ou características da obrigação contida no título executivo.

Certeza: o juiz precisa ter certeza que o título é legítimo

Liquidez: a obrigação deve ser quantificada ou quantificável, pois se a execução for


ilíquida não há execução, antes de uma liquidação de sentença.

Exigibilidade: à obrigação pode ser exigida se não houver mais prazo de exigência
nem condição suspensiva.

ESPÉCIES DE TÍTULOS EXECUTIVOS:

Obs.:art.787 CPC.

Leitura do código:

JUDICIAIS

Previstas no:

“Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com
os artigos previstos neste Título:
Comentário: São judiciais pois surgiram de um de um processo de conhecimento,
portanto a petição inicial para dar início a fase de execução deve ser protocolada
nos autos do processo de conhecimento.

I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de


obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;

Comentário: decisão é um termo genérico, podendo ser uma sentença, acórdão,


bem como uma decisão que apenas declare a existência de um crédito sem onerar
o devedor pode ser reconhecida como um título de execução, uma decisão que
homologa um acordo, também é considerada título executivo,

Humberto Theodoro Júnior / ler para entender melhor.

II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;

III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;

IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante,


aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;

Comentário: O formal de partilha é um documento que é fruto de um processo de


inventário, que é entregue após a sentença transitar em julgado, reconhecendo que
os bens são dos herdeiros e quais bens são de cada herdeiro.

V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários


tiverem sido aprovados por decisão judicial;

Comentário: Caso um auxiliar de justiça como um intérprete, por exemplo, serve


em um processo, mas não é pago pelas partes, ele pode pegar a parte da sentença
pela qual o juiz lhe reconheceu como auxiliar e assim usar como título executivo.

VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;

Comentário: Nos casos em que o fruto de um processo penal for atingir os bens do
réu, caso essa sentença tenha transitado em julgado a vítima (autor da nova ação
de execução) pode entrar na esfera civil com um processo de execução.

VII - a sentença arbitral;

Comentário: O árbitro é remunerado pelas partes.

VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;


IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta
rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;

X - (VETADO).

§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o
cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar


sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.

TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS:

Previstos no art. 784, CPC, e em outras leis

Esse artigo é o principal rol de títulos executivos extrajudiciais, mas não é o único, o
estatuto da OAB, por exemplo, reconhece o contrato feito entre cliente e advogado
como título executivo extrajudicial.

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;

II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria


Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por
conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de


garantia e aquele garantido por caução;

VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;

VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;

Comentário: o Crédito de foro laudêmio decorre de contrato de enfiteuse, que


trata-se de uma espécie de contrato de arrendamento de terras de longo prazo onde
o enfiteuta (arrendatário) paga um valor de pensão (chamado de foro), ao
proprietário pelo uso da terra. O professor deu o exemplo em sala do Crédito de
foro devido a diocese
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel,
bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;

X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio


edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral,
desde que documentalmente comprovadas;

XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de


emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas
tabelas estabelecidas em lei;

XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força
executiva.

§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo


não inibe o credor de promover-lhe a execução.

§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem


de homologação para serem executados.

§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos


de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for
indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.

§ 4º Nos títulos executivos constituídos ou atestados por meio eletrônico, é


admitida qualquer modalidade de assinatura eletrônica prevista em lei, dispensada a
assinatura de testemunhas quando sua integridade for conferida por provedor de
assinatura. (Incluído pela Lei nº 14.620, de 2023)

INFORMAÇÕES DO INADIMPLEMENTO

O exequente deve sempre na petição inicial informar que a obrigação ainda não foi
satisfeita, e é por isso que ele está movendo uma execução. É válido ressaltar que
há ressalvas para quando o inadimplemento ocorre por causa fortuita.

Obs: art. 787, CPC

Art.787. Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua prestação senão


mediante a contraprestação do credor, este deverá provar que a adimpliu ao
requerer a execução, sob pena de extinção do processo.
Parágrafo único. O executado poderá eximir-se da obrigação, depositando em
juízo a prestação ou a coisa, caso em que o juiz não permitirá que o credor a receba
sem cumprir a contraprestação que lhe tocar.

Prevê a aplicação da exceção do “contrato não cumprido” (onde não se pode cobrar
uma parte do contrato bilateral a cumprir sua obrigação sem antes ter cumprido com
a sua própria obrigação) dentro da execução. Ou seja, nesses casos de execução, o
executado pode pedir a suspensão da execução até que o exequente cumpra sua
parte. Ao cumprir, o processo de execução continuará normalmente.

Legitimidade na execução: informalmente podemos definir legitimidade com duas


simples perguntas, as pessoas que participam desse processo possuem algum
vínculo com o processo em si? Essa pessoa possui algum direito ou dever atrelado
a esse processo?

Legitimidade Ativa (exequente) (art. 778, CPC)

Obs: às vezes a pessoa tem a legitimidade ativa para ser exequente, porém seu
nome não está expresso no título executivo.
Exemplo: Os honorários advocatícios de sucumbência. Em
sentenças, quando o juiz redige o texto, às vezes é esquecido de
colocar o nome do advogado da parte ganhadora do processo. Mesmo
assim, a parte sucumbente (que perdeu) deve pagar diretamente a
esse advogado. Caso isso não aconteça, o advogado pode entrar com
pedido e cumprimento de sentença, ainda permanecendo no mesmo
processo, sem precisar entrar com uma execução à parte, para que a
parte sucumbente pague os honorários.

Legitimidade Passiva (executado) (art. 779, CPC)

Regra: A Intervenção de terceiro na execução em regra, não é permitido.

Responsabilidade patrimonial (importantíssimo)

Conceito: É saber quais são os bens que podem/devem ser sujeitos à execução.
Afinal não podemos esquecer que de acordo com o princípio da Patrimonialidade, a
execução é em face sempre dos bens do executado, e não sobre sua pessoa.

Definição formal: é a sujeitabilidade de bens que assegure a efetivação da


obrigação prevista no título executivo.

Dívida ≠ responsabilidade (minutagem entre 55:00min e 1 hora do áudio da aula)


Bens penhoráveis (art. 790, CPC)

Art.790. São sujeitos à execução os bens:

I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito


real ou obrigação reipersecutória;

II - do sócio, nos termos da lei;

III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;

IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de


sua meação respondem pela dívida;

V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;

VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do
reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;

VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.

A Penhora é uma garantia real sobre bens móveis, esse instituto só existe em
execuções em trâmite. A penhora pode ser pedida pelo exequente, mas quem
ordena a penhora é sempre um juiz. Embora o dono do bem não o tenha perdido,
esse será indisponível durante a penhora, não podendo o dono dispor sobre ele
(vender, por exemplo).

Os bens penhoráveis são aqueles alienáveis, podem ser vendidos, trocados, etc.

A regra é que todos os bens do executado, sejam eles bens que o executado tinha
quando iniciou-se a execução, ou os posteriores ao início da execução podem ser
penhoráveis.

Bens impenhoráveis (art. 832 e 833) : Bens que não podem ser utilizados para
satisfazer uma obrigação.

Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis
ou inalienáveis.

A) Impenhorabilidade absoluta (art. 833):

Art. 833. São impenhoráveis:

I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à


execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a
residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as
necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;

III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo


se de elevado valor;

IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os


proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as
quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor
e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional
liberal, ressalvado o § 2º ;

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou


outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;

VI - o seguro de vida;

VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem


penhoradas;

VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada
pela família;

IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação


compulsória em educação, saúde ou assistência social;

X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40


(quarenta) salários-mínimos;

XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos


termos da lei;

XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de


incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao


próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição.

§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de


penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua
origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos
mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e no art. 529,
§ 3º .

§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os


equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa
física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido
objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou
quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.

B) Relativa (art. 834)

Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos
dos bens inalienáveis

C) Da residência familiar (lei 8.009/90)

A regra é que a residência familiar é impenhorável.

Exceção: art. 3 e Incisos da lei 8.009/90

Efeitos da citação / pesquisar

Ato jurídico:

Existente:
Válido:
Eficaz:

Aula do dia 24/08/2023

ALIENAÇÕES E ONERAÇÕES FRAUDULENTAS

Fraude contra credores: Diminuição patrimonial do credor ao ponto em que ele


fica insolvente, sendo assim, ele não consegue pagar a dívida, nem o Estado
consegue lhe obrigar a pagar.

Requisitos:

Dano/consilium fraudis: quando o devedor se torna insolvente dilapidando seu


patrimônio.

Obs.: o terceiro (comprador) do bem é em sua maioria comprador de má fé e está


em conluio como o fraudador.

Requisito subjetivo da fraude: o dolo do devedor em querer enganar os credores.

Ação Pauliana: A Ação Pauliana consiste em uma medida jurídica pessoal movida
por credores com a intenção de anular determinado negócio jurídico realizado por
devedores insolventes ou em fraude em bens patrimoniais que seriam utilizados
para pagamento de dívida numa ação de execução.

Fraude à execução: basta o comportamento enquadrado no art. 792, mesmo que


não haja dolo do credor, se a conduta enquadrar configura-se fraude à execução.

Hipóteses:

ARTIGO IMPORTANTE PARA A PROVA: Art.792, CPC - A alienação ou a


oneração de bem é considerada fraude à execução:

I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com


pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada
no respectivo registro público, se houver;

❖ Ação de imissão da posse/ pesquisar


❖ Averbação no cartório/ pesquisar
❖ Aresto/pesquisar
❖ Penhora/pesquisar
❖ Herança Jacente/pesquisar

II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo


de execução, na forma do art. 828 ;

III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou


outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;

IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o


devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;

V - nos demais casos expressos em lei.

§ 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.

§ 2º No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente


tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição,
mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e
no local onde se encontra o bem.

§ 3º Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à


execução verifica-se a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende
desconsiderar.
§ 4º Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro
adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15
(quinze) dias.

Efeitos: (pesquisar)

COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO

Execução de título executivo judicial / art.516,CPC

Execução nos tribunais: é possível quando o processo foi iniciado no tribunal, pois
nesse caso o tribunal está agindo como primeiro grau de jurisdição então nele pode
ser iniciado um processo de execução.

Regra: o juízo da execução é o mesmo que proferir a decisão que está sendo
executada.

Ex.: se um processo é iniciado da 1 vara civel da comarca de caruaru, e na


sentença está previsto que o réu deve pagar 100.000,00 reais, se o réu interpor
apelação, se essa apelação não tiver provimento, a fase de execução da sentença
se dará não no tribunal e sim na 1 vara cível da comarca de caruaru.

Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:

I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;

II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; - >ESSA É A


REGRA

III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal


condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido
pelo Tribunal Marítimo. / pesquisar regras gerais de execução para assim saber
onde deve ser iniciado o processo de execução nos casos supracitados.\

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar
pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os
bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a
obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo
será solicitada ao juízo de origem.

Execução em primeiro grau de jurisdição:


Execução de sentença proferidas fora do juízo civil:

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL / art.781,CPC


Regra com três foros concorrentes / art.781,I,CPC.

Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo
competente, observando-se o seguinte:

I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição


constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;

II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de


qualquer deles;

III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá


ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;

IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será


proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;

V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em


que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o
executado.

Comentário: Da prática de atos executivos, no caso da lei não prever, esses atos
devem ser praticados pelo oficial de justiça conforme ordenar o juiz.

ARTIGO IMPORTANTE PARA A PROVA: Art. 782. Não dispondo a lei de modo
diverso, o juiz determinará os atos executivos, e o oficial de justiça os cumprirá.

§ 1º O oficial de justiça poderá cumprir os atos executivos determinados pelo juiz


também nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na
mesma região metropolitana.

§ 2º Sempre que, para efetivar a execução, for necessário o emprego de força


policial, o juiz a requisitará.

§ 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do


executado em cadastros de inadimplentes.

§ 4º A inscrição será cancelada imediatamente se for efetuado o pagamento, se for


garantida a execução ou se a execução for extinta por qualquer outro motivo.

§ 5º O disposto nos §§ 3º e 4º aplica-se à execução definitiva de título judicial.


COMPETÊNCIA
Art. 781 CPC

Na execução fundada em título executivo extrajudicial

LIQUIDAÇÃO:

Conceito: instituto processual destinado a tornar adequada, a tutela processual


executiva, mediante outorga da qualidade de liquidez à obrigação, que a decisão
condenatória genérica não é capaz de outorgar.

A liquidação se aplica a coisas fungíveis que não foram quantificadas, bem como, a
obrigação de pagar quantia.

Natureza: incidente processual que fica entre a fase de conhecimento e a fase de


execução.

Se a liquidação ostenta natureza de incidente processual ela é resolvida por meio


de decisão interlocutória.

Mérito: acertamento da quantidade de coisas( no caso das obrigações de coisas


fungíveis), ou da quantia devida (no caso das obrigações de pagar quantia).

Legitimidade: pode requerer a liquidação tanto o autor como o réu.

Desnecessidade de liquidação de obrigação quando apenas depende de cálculo


aritmético (§2ª, art.509, CPC)

CAPÍTULO XIV
DA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida,


proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:

I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas


partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;

II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar


fato novo.

§ 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é


lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a
liquidação desta.
§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético,
o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.

§ 3º O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos


interessados programa de atualização financeira.

§ 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que


a julgou.

ESPÉCIES:

Liquidação por arbitramento (art.510,CPC): trata-se de quando o juiz nomeia


um perito para analisar tudo o que foi apresentado pelas partes.

Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a


apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso
não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o
procedimento da prova pericial.

Liquidação pelo procedimento comum (art.511, CPC): necessidade de apurar


fatos novos.

Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do


requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver
vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias,
observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial
deste Código.

Liquidação de sentença sem trânsito em julgado e pendente de recurso


(art.512,CPC): se aplica quando uma sentença ilíquida é recorrida por meio de
apelação que não produziu efeito suspensivo, então a sentença pode produzir
efeito, já que ela pode produzir efeito a parte pode entrar com um pedido de
liquidez.

Nesse caso a liquidação será definida em autos próprios, por meio de uma petição
inicial.

Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso,


processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante
instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.

Execução fundada em título executivo extrajudicial

Execução de obrigação de pagar quantia:


Quando tratamos de penhora sobre dinheiro, o judiciário bloqueia aquele valor na
conta bancária, e caso a obrigação não seja cumprida, o judiciário faz a
transferência para o exequente.

E) Expropriação

I. Adjudicação (arts. 876, 878, CPC): quando o exequente se interessa pelo


bem penhorado.
1. Ex.: se for penhorado um carro, e o exequente se interessar
pelo veículo ele pode pedir ao juiz que fique com o bem, e não
que o bem seja vendido para que a quantia seja-lhe paga.
2.
B. Adjudicar: tomar algo para si.
C. Quando alguém morre é só deixar um herdeiro, como não
haverá
II. Alienação por iniciativa (art. 880,CPC)particular: o exequente pode se
disponibilizar a vender o bem penhorado.

III. Alienação por iniciativa pública: venda feita pelo do judiciário, o professor
aconselha a não deixar que esse tipo de alienação venha ser aplicado, pois
demora muito.
A. (Leilão público)(arts.881-903,CPC)

A carta de alienação, carta de adjudicação.

F) Pagamento: será feito pela transferência do valor do bem que foi penhorado, ou
com a transferência do bem que foi adjudicado.

G) Extinção da execução mediante sentença: a sentença no processo de execução


é meramente declaratório, pois apenas confirma que a obrigação foi satisfeita.

Execução de obrigação de entregar coisa (arts. 806 - 813,CPC)

Após o executado ser citado para entregar a coisa, se ele não cumprir no prazo de
quinze dias, o oficial de justiça pode executar a coisa por meio de uma emissão da
posse ou a coisa pode incorrer em busca e apropriação.

Caso essa coisa seja extraviada, após um momento de liquidação, a obrigação


passa a ser de pagar quantia.

Caso a obrigação não seja cumprida no prazo definido pelo juízo, o juiz pode definir
multa.
No caso da execução de entregar coisa incerta, no início do processo de execução
se faz necessário que torne a coisa incerta em certa, chama-se esse evento de
concentração.

O direito de escolha segundo o código civil, se não houver acordo anterior das
partes, é direito do devedor, ou seja, ele poderá escolher determinada coisa. Art
811 e 812

Multa por descumprimento astraint.

Execução de obrigação de fazer e de obrigação de não fazer (arts.


814-823,CPC)

No caso de obrigação de fazer, se o executado se negar a fazer, o exequente pode


fazer e a conta quem paga e o executado.

O prazo na obrigação de fazer o prazo pode ser judicial, ou pode ser estipulado pelo
titulo.

Se a obrigação for personalíssima, e o executado se negar a fazer, converte-se em


perdas e danos.

Na obrigação de não fazer, o prazo para o desfazer é judicial, sendo definido pelo
juiz.

Execução fundada em título executivo judicial (cumprimento de sentença)


Art.520

Execução de obrigação de pagar quantia


A) propositura

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