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Aula 02
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2.1. Histórico – Alterações Legislativas – Processo
Sincrético – Autonomia da Execução
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considerados dois processos distintos, com funções diferentes.
Isso exigia que o devedor fosse citado para o processo de
conhecimento e depois, para o de execução.
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isso, basta que o devedor seja citado uma única vez, na fase
inicial do processo.
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de sentença arbitral, penal condenatória ou estrangeira,
conquanto fundada em título judicial, continuará
constituindo um novo processo.
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Podese dizer que:
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2.2. Introdução – Diferenças entre Processo de
Conhecimento e de Execução
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Por exemplo: A pensa que B é seu pai, mas este não reconhece
essa qualidade. A então propõe em face de B ação de
investigação de paternidade, para que a dúvida seja sanada.
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jurídica. Se A celebra com B um contrato, porque foi coagido,
bastará que postule judicialmente a sua anulação.
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Se o devedor da obrigação não a cumpre, o que fazer? O
Estado, por meio da lei, mune o Poder Judiciário de poderes
para impor o cumprimento, ainda que contra a vontade do
devedor, no intuito de satisfazer o credor. Não fosse assim, o
litígio só seria solucionado por meio da autotutela, o que não se
admite nos Estados modernos, salvo algumas exceções.
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Afinal, isso implicará que o Estado tome medidas que podem ser
drásticas contra o devedor, invadindo, se necessário, o seu
patrimônio, para alcançar o resultado almejado.
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Na ausência deles, o titular da obrigação deve ingressar em juízo
com um processo de conhecimento para que o Judiciário
reconheçalhe o direito de fazer cumprir a obrigação. Se o fizer e
o devedor não a satisfizer espontaneamente, terá início a fase de
cumprimento da sentença (ou fase de execução).
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No primeiro, o que se busca é uma sentença, em que o juiz diga
o direito, decidindo se a pretensão do autor deve ser acolhida em
face do réu ou não.
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necessárias para satisfação do credor, diante do inadimplemento
do devedor.
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Os primeiros são aqueles em que o Estadojuiz substitui o
devedor no cumprimento. Por exemplo: se ele não paga, o
Estado apreende bens suficientes do seu patrimônio, e com o
produto da excussão, paga o credor. Ou, uma vez que o devedor
não entrega o bem que pertence ao credor, o Estado o tira do
primeiro e entrega ao segundo. Ou ainda, se o devedor não
cumpre a obrigação de pintar um muro, a Estado autoriza a
contratação de um outro pintor, que o faça, às expensas do
devedor. Aquele pagamento, entrega de coisa ou serviço, que
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era para o devedor cumprir voluntariamente, mas não cumpre, o
Estado realiza no seu lugar.
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Este último instrumento, conquanto possa ser utilizado para o
cumprimento de todos os tipos de obrigação, é particularmente
útil naquelas de caráter personalíssimo, que, por sua natureza,
não podem ser objeto de subrogação. Por exemplo: se o
devedor, pintor famoso, comprometeu-se a pintar um quadro
para determinada exposição, o Estado não terá como
substituí-lo no cumprimento da obrigação, dada a sua
natureza pessoal, mas poderá impor uma multa,
suficientemente amedrontadora, para cada dia de omissão,
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que pressione a vontade do devedor para que ele realize
aquilo para que estava obrigado.
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sequência natural da fase de conhecimento que lhe antecede.
No Brasil, são imediatas as execuções por título judicial, salvo as
fundadas em sentença arbitral, penal condenatória ou decisão
estrangeira.
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Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo
cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos
neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que
reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar
quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição
extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em
relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores
a título singular ou universal;
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V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas,
emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por
decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior
Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão
do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de
Justiça;
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
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I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a
debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público
assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2
(duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo
Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela
Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou
por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou
outro direito real de garantia e aquele garantido por
caução;
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VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente
de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios,
tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou
extraordinárias de condomínio edilício, previstas na
respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral,
desde que documentalmente comprovadas;
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XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de
registro relativa a valores de emolumentos e demais
despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados
nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição
expressa, a lei atribuir força executiva.
***A distinção entre esses dois tipos de execução tornouse mais
relevante, pois, em regra, a de título judicial é imediata, sem
novo processo (salvo a fundada em sentença arbitral, estrangeira
ou penal condenatória) e a por título extrajudicial sempre implica
a formação de processo autônomo.
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2.5. Conceito
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