Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AÇÃO MONITÓRIA
SÃO PAULO
2016
AÇÃO MONITÓRIA
INTRODUÇÃO
A ação monitória se inicia com uma petição inicial, a qual deve está
devidamente instruída de acordo com os requisitos básicos do artigo 282 do CPC.
Assim como deve ser instruída com o documento escrito o qual não seja executável
que comprove a existência de soma de dinheiro, entrega de coisa fungível ou coisa
certa, conforme o artigo 1.102A do CPC, a fim de forme um convencimento no que
tange a existência do crédito pretendido.
O artigo 1.102B diz que a petição estando devidamente instruída, o juiz
poderá de plano expedir um mandado de pagamento ou de entrega de coisa certa
no prazo de 15 dias. Entretanto, no artigo 1.102C prevê que no mesmo prazo de 15
dias o réu poderá oferecer embargos, que irão suspender a eficácia do mandado. E
se não for ofertado embargos e nem acontecer a satisfação da obrigação, se
constituirá o título executivo.
Se o réu cumprir o mandado, ficará isento das custas processuais e dos
honorários advocatícios. Se resolver oferecer os embargos, não há a necessidade
de prover a segurança do juízo.
A doutrina vem entendo que a ação monitória tem, como retro citado, uma
natureza mista, assim, existindo uma primeira fase semelhante a ação de
conhecimento, desta forma os embargos à ação monitória têm natureza de
contestação, assim os tribunais aceitam qualquer das respostas do réu previstas no
artigo 297 do CPC, à saber: contestação, reconvenção e/ou exceção. Se os
embargos forem rejeitados, o título executivo será constituído.
Uma crítica ao sistema monitória é sua ineficácia em sua própria função, dá
celeridade à prestação jurisdicional, isto ocorre porque, ao contrário do que se
espera, no Brasil, culturalmente, em vez do animus de cumprir o mandado judicial
para satisfação da obrigação, de forma espontânea, o devedor prefere protelar com
embargos, ainda que ele próprio reconheça a dívida.
De tal forma, o sistema judicial pátrio, com sua morosidade, favorece o réu,
que consegue procrastinar o cumprimento da obrigação. Isso significa que a
essência do procedimento injuntivo, que é a celeridade, se perde quando se
apresenta os embargos, e volta a ser uma comum e demorada ação de
conhecimento. Insta salientar que existe uma discussão doutrinária e jurisprudencial
se é cabível ação monitória em face à fazenda pública, mas o STJ já decidiu na
súmula 339 pelo cabimento, a ação monitória pode ser ajuizada em face a Fazenda
Pública.
CONCLUSÃO
DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 15ª Ed. São
Paulo: Atlas, 2011.