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Os cumprimentos das decisões dos mandados de segurança

Executions of decisions of writ of mandamus

Cumplimiento de las decisiones de requerimiento judicial


DOI: 10.55905/revconv.17n.2-001

Originals received: 01/04/2024


Acceptance for publication: 01/19/2024

Paulo César de Carvalho Gomes Júnior


Pós-Graduado em Direito Constitucional
Instituição: Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP)
Endereço: Brasilia – Distrito Federal, Brasil
E-mail: paulocesargjr@hotmail.com

RESUMO
O artigo elucida alguns aspectos controversos do cumprimento das decisões proferidas em
mandado de segurança. Os aspectos giram em torno do cumprimento provisório e da iniciativa
dos cumprimentos. Inicialmente, ele apresenta como esses aspectos são ou devem ser tratados no
rito comum, regido pelo Código de Processo Civil (CPC). Em seguida, ressalta que o mandado
de segurança é uma ação civil que apenas se diferencia das outras pela limitação de seu objeto e
pela especialidade do rito do processo por ele deflagrado. Após, o artigo demonstra que são
incorretos os fundamentos invocados pela literatura jurídica para defender que todas as decisões
proferidas em mandado de segurança podem ser objeto de cumprimento provisório e de
cumprimento instaurado de ofício pelo juízo. Salienta, ainda, que não há nada em seu objeto e
rito que garanta isso. No entanto, o artigo indica que há determinadas decisões de mandados de
segurança que podem sim ser objeto de cumprimento provisório e de cumprimento instaurado de
ofício. E conclui esclarecendo quais decisões são essas e quais as razões para elas terem tais
aptidões.

Palavras-chave: mandado de segurança, cumprimento de sentença, cumprimento provisório,


responsabilidade objetiva, cumprimento definitivo, instauração de ofício, iniciativa do
exequente.

ABSTRACT
The article elucidates some controversial aspects of the enforcement of judgments issued in writs
of mandamus. The aspects revolve around provisional compliance and the initiative for
compliance. Initially, it presents how these aspects are or should be dealt with in the ordinary
rite, governed by the Civil Procedure Code (CPC). It then points out that the writ of mandamus
is a civil action that only differs from others by the limitation of its object and the special nature
of the procedure it triggers. The article then demonstrates that the grounds invoked by the legal
literature to argue that all decisions handed down in writs of mandamus can be provisionally
enforced and enforced ex officio by the court are incorrect. It also points out that there is nothing
in its object and rite that guarantees this. However, the article points out that there are certain
decisions in writs of mandamus that can be provisionally enforced and enforced ex officio. It

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concludes by explaining which decisions these are and the reasons for them having such
aptitudes.

Keywords: writ of mandamus, enforcement of judgment, provisional enforcement, strict


liability, final enforcement, ex officio enforcement, initiative of the plaintiff.

RESUMEN
El artículo dilucida algunos aspectos controvertidos de la ejecución de sentencias dictadas en
mandamientos judiciales. Los aspectos giran en torno al cumplimiento provisional y a la
iniciativa para el cumplimiento. Inicialmente, presenta cómo estos aspectos son o deben ser
tratados en el rito ordinario, regido por el Código de Procedimiento Civil (CPC). A continuación,
señala que el mandamiento de cumplimiento es una acción civil que sólo se diferencia de las
demás por la limitación de su objeto y la naturaleza especial del procedimiento que desencadena.
A continuación, el artículo demuestra que son incorrectos los fundamentos invocados por la
doctrina para sostener que todas las resoluciones dictadas en los mandamus pueden ser ejecutadas
provisionalmente y ejecutadas de oficio por el tribunal. También señala que no hay nada en su
objeto y rito que lo garantice. Sin embargo, el artículo señala que hay ciertas decisiones en los
mandamientos judiciales que pueden ejecutarse provisionalmente y ejecutarse de oficio.
Concluye explicando de qué decisiones se trata y las razones por las que tienen tales aptitudes.

Palabras clave: mandamiento judicial, ejecución de sentencia, ejecución provisional,


responsabilidad objetiva, ejecución definitiva, ejecución de oficio, iniciativa del demandante.

1 INTRODUÇÃO
O tema dos mandados de segurança se popularizou. Saiu do mundo jurídico e encontrou
o povo brasileiro. É bastante comum ouvir não bacharéis afirmando que impetraram ou que vão
impetrar um mandado de segurança, pelas mais diversas razões. Não obstante, ainda há
elementos técnico-jurídicos dele que precisam ser mais bem examinados. Atualmente, qualificar
o mandado de segurança como ação mandamental não esclarece nada. Atento a isso, o artigo se
propõe a esclarecer aspectos ligados à fase de cumprimento das decisões dos mandados de
segurança.

2 METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a elaboração do artigo foi a análise da jurisprudência, da
literatura jurídica e da legislação. Entre esses elementos, escolheu-se naturalmente os mais
relevantes e pertinentes, segundo juízo do autor. As análises foram tanto dedutivas quanto
indutivas. Não houve rigidez quanto a isso. Objetivou-se chegar a conclusões coerente com o
sistema jurídico. Verdade também é coerência.

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3 OS CUMPRIMENTOS REGIDOS PELO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC)
A fase processual de cumprimento se destina à satisfação de direitos a prestação
reconhecidos em títulos executivos judiciais. Os direitos podem ser a prestação de entregar coisa,
fazer, não fazer e pagar quantia. E, grosso modo, os títulos executivos que os reconhecem podem
ser decisões transitadas em julgado ou decisões finais impugnadas ou impugnáveis por recurso
sem efeito suspensivo.
Se os direitos a serem satisfeitos na fase de cumprimento tiverem sido reconhecidos em
decisão transitada em julgado, o cumprimento será definitivo. Por outro lado, se eles tiverem o
sido em decisão final impugnada ou impugnável por recurso sem efeito suspensivo, o
cumprimento será provisório. Portanto, cumprimento definitivo é o de decisão final definitiva;
cumprimento provisório, o de decisão final provisória. (ASSIS, 2016; GONÇALVES, 2020).
Conforme Abelha (2015), o nome “cumprimento provisório” é uma reminiscência dos tempos
do Código de Processo Civil de 1939 (CPC/1939), quando a execução das decisões ainda não
transitadas em julgado meramente antecipava alguns atos da execução definitiva; ela não
permitia a satisfação do direito mediante a prática de atos expropriatórios. A execução era
provisória porque deveria ser substituída por uma execução definitiva para que o direito pudesse
ser satisfeito. A provisoriedade era também da própria execução, e não apenas do título.
Nos processos regidos pelo Código de Processo Civil atual (CPC), ressalvadas as
hipóteses de iniciativa do executado (p. ex.: CPC, art. 526), o cumprimento definitivo de decisões
que reconheçam direito a prestação de pagar apenas pode ser iniciado pelo exequente (CPC, 513,
§ 1º). Contudo, o cumprimento definitivo de decisões que reconheçam direito a prestação de
entregar coisa, fazer e não fazer pode ser iniciado tanto pelo exequente quanto de ofício pelo
juízo (CPC, art. 536, caput, e 538, § 3º).
Segundo Abelha (2015), o CPC estabeleceu essa distinção inspirado pela tendência
histórica de nosso ordenamento de proteção sacrossanta do direito de propriedade (CRFB, art.
5º, XXII, XXIII e LIV). Os atos executivos praticados no cumprimento de decisões que
reconheçam direito a prestação de pagar implicariam a expropriação do patrimônio do executado.
Isso exigiria um devido processo específico necessariamente iniciado pelo exequente. Não
haveria tal expropriação no cumprimento das decisões que reconheçam direito a prestação de
entregar coisa, fazer e não fazer; daí a desnecessidade da iniciativa do exequente. O autor entende
que não há razão lógica para essa distinção. Teria sido de bom alvitre se o CPC a tivesse

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eliminado. Para ele, todos os pedidos de condenação a dever de prestar, independentemente do
tipo de prestação, conteriam implicitamente pedido de tutela jurisdicional satisfativa (executiva).
Logo, não deveria ser necessário se fazer um novo pedido dessa tutela após o trânsito em julgado
da decisão condenatória.
Assis (2016), contudo, pensa diferente. Ele reconhece que o CPC dispensou a exigência
de iniciativa do exequente nos cumprimentos definitivos de decisões que reconheçam direito a
prestação de entregar coisa, fazer e não fazer. Mas o CPC teria errado. A exigência de iniciativa
seria inerente a um processo civil constitucionalmente justo e equilibrado. Por força do princípio
da demanda (CPC. art. 2º), especificamente de um de seus conteúdos, o princípio da
oportunidade, deveria caber sempre caberia ao exequente avaliar o melhor momento para exercer
sua pretensão executiva. Deveria caber a ele avaliar se as atividades executivas têm chances
razoáveis de êxito.
Por outro lado, Abelha (2015) e Assis (2016), na linha deste artigo, convergem que o
cumprimento provisório de decisões deve depender sempre de iniciativa do exequente, seja qual
for o tipo de prestação a que ele tenha direito.
A possibilidade do cumprimento provisório se fundamenta no princípio da efetividade da
tutela jurisdicional conferida ao exequente (CRFB, art. 5º, XXXV e LXXVII); mas, dada a
instabilidade da decisão exequenda, também se deve proteger proporcionalmente o executado
(CRFB, art. 5º, LIV). Do contrário, seria confortável demais para o exequente. E, como lembra
Assis (2016), qui sentit commoda, et incommoda sentire debet (quem se confortável deve se
sentir desconfortável). Diante disso, a legislação (p. ex: CPC, art. 520, I) tem previsto a
responsabilidade objetiva do exequente em caso de reforma ou anulação da decisão exequenda:
o exequente, independentemente de culpa, deve ressarcir os danos sofridos pelo executado
(MARINONI, 2015; DINAMARCO, 2005). Conforme Fagundes (2016), tal responsabilidade
objetiva se fundamenta na teoria do risco-proveito, segundo a qual quem tira proveito da
atividade de risco danosa deve se responsabilizar pelos danos: ubi emolumentum, ibi ônus (quem
aufere os bônus deverá arcar com os ônus).
Além de ser uma proteção proporcional para o executado submetido ao cumprimento de
uma decisão instável, a responsabilidade objetiva deve ser proporcional para o exequente. Do
contrário, ele que ficaria vulnerável. Desse modo, as leis que a preveem devem condicionar a
instauração do cumprimento provisório à iniciativa do exequente. Seria desproporcional que ele

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respondesse objetivamente pelos danos causados por um cumprimento provisório instaurado de
ofício pelo juízo.
Afora isso, no cumprimento provisório, deve-se aplicar com maior robustez o princípio
da oportunidade. Afinal, para decidir pela conveniência da instauração do cumprimento, o
exequente deve antes não só avaliar as chances de êxito das atividades executivas em si como
deve sopesá-las com as chances de reforma ou anulação da decisão exequenda (DIDIER JR. et
al, 2017).
Nessa linha, o art. 520, I, do CPC previu que o cumprimento provisório corre por
iniciativa do exequente. Embora esse dispositivo se refira especificamente ao cumprimento
provisório de decisões que reconheçam direito a prestação de pagar quantia, sua aplicação foi
alargada por outro dispositivo do mesmo Código. O art. 520, § 5º, previu que os art. 520 a 522
aplicam-se, no que couber, ao cumprimento provisório de decisões que reconheçam direito a
prestação de entregar coisa, fazer, e não fazer.
É verdade que a locução “no que couber” num primeiro momento abre espaço para a
dúvida de se cabe ou não aplicar o art. 520, I, a tais outros cumprimentos provisórios. Mas a
análise sistemática das coisas elimina a dúvida. Não há motivo para essa aplicação ser incabível.
A responsabilidade objetiva do exequente e o princípio da oportunidade, fundamentos da
exigência de iniciativa do exequente, têm lugar em quaisquer cumprimentos provisórios, seja
qual for o tipo de prestação a que tenha direito o exequente.
Ademais, o art. 513, § 1º, do CPC já estabelece que o cumprimento provisório das
decisões que reconhecem direitos a prestações de pagar depende da iniciativa do exequente. Se
o art. 520, I, apenas se aplicasse a tal tipo de cumprimento, ele seria uma repetição inútil. E os
enunciados normativos devem ser interpretados sistematicamente e de modo que se lhes confira
aplicabilidade; eles não devem ser considerados presumidamente inúteis (MAXIMILIANO,
2022). Vige a máxima verba cum effectu sunt accipienda (não se presumem na lei palavras
inúteis).
Afora isso, o CPC não previu a possibilidade de iniciativa de ofício pelo juízo
especificamente para os cumprimentos provisórios de decisões que reconheçam direito a
prestação de entregar coisa, fazer e não fazer. Na falta de uma regra específica, eles devem seguir
a regra geral, justamente a prevista pelo art. 520, I, do CPC.

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4 O MANDADO DE SEGURANÇA
Embora o nome tenha grande carga retórica e valor simbólico, o mandado de segurança
é uma ação judicial civil, como várias outras. Só se distingue das demais pela limitação de seu
objeto e pela especialidade do rito do processo por ele deflagrado (CUNHA, 2011; MEIRELLES,
2008).
Ele tem objeto limitado porque, conforme entendimento dominante, apenas pode se
destinar a fazer cessar comportamentos antijurídicos de autoridade, comissivos ou omissivos,
que estejam ameaçando ou lesando direito não amparado por habeas corpus ou habeas data.
Sendo assim, mandado de segurança não pode se destinar a reparar danos consumados
anteriormente à impetração. Fundado nisso, o STF editou as Súmulas n.º 269 (O mandado de
segurança não é substitutivo de ação de cobrança) e 271 (Concessão de mandado de segurança
não produz efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados
administrativamente ou pela via judicial própria), a qual inspirou o art. 14, § 4º, da Lei n.º
12.016/2019.
A literalidade do texto da Súmula n.º 269 faz crer que as decisões de mandado de
segurança não podem reconhecer direito a prestações que envolvam pagamento: o termo “ação
de cobrança” remete a prestações que envolvam pagamento. Mas não é exatamente isso o que
acontece.
De acordo com o STF, para o específico fim das execuções e cumprimentos contra o
Estado, regra geral dos cumprimentos das decisões proferidas em mandado de segurança, nem
toda prestação que envolva pagamento é prestação de pagar. Somente o são aquelas que forem
anteriores ao ato estatal que cessa a lesão: a jurisprudência chama esse ato de implementação da
ordem. Justamente por serem de pagar, tais prestações anteriores se submetem ao regime de
precatórios e requisições de pequeno valor (RPV) e não podem ser satisfeitas por cumprimento
provisório. Já a prestação que envolva pagamento que substancie o ato de cessação da lesão e as
que lhe forem posteriores devem ser consideradas prestações de fazer. Desse modo, elas não se
submetem ao regime de precatórios e RPV e podem ser satisfeitas por cumprimento provisório
(STF, RG, tese do Tema n.º 45). O voto do Ministro Luís Roberto Barroso no julgamento do RE
573872, leading case do Tema n.º 45 da Repercussão Geral, esclarece o ponto:

É certo, também, que existem situações limítrofes, por exemplo, quando a atividade
consiste na implantação de um benefício previdenciário, como é o caso aqui tratado. No
entanto, deve-se observar o elemento preponderante da obrigação, que, nesta hipótese,

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é a prática de uma atividade projetada para o futuro, ao invés do pagamento de uma
dívida pretérita. (...) (iii) em caso de relações de trato sucessivo como é o caso dos autos,
o pagamento de valores atrasados, devidos até o efetivo cumprimento da obrigação de
fazer, tem que obedecer ao regime dos precatórios (conforme decidido pelo Supremo
no RE 889.173, Rel. Min. Luiz Fux, paradigma do Tema 831 da repercussão geral). (...)
Em suma, o art. 100 da Constituição, que exige o trânsito em julgado da sentença
condenatória, somente se aplica à execução das obrigações de pagar quantia certa. Por
conseguinte, é constitucionalmente possível a execução provisória de obrigações de
fazer, desde que ela conserve essa condição, i.e., na exata medida em que ela não se
transforme em uma obrigação de pagar quantia certa.

No mesmo sentido entende o STJ:

EMENTA: (...) 2. Também sob a sistemática da repercussão geral - Tema 45,


estabeleceu o STF que a execução provisória de obrigação de fazer em face da Fazenda
Pública não atrai o regime constitucional de precatórios. 3. Hipótese em que - apesar
de, em sede de cumprimento provisório de sentença, ter sido implantado benefício em
prol dos servidores públicos - o pagamento da vantagem foi suspenso por determinado
período, em razão de liminar deferida pelo STF nos autos de Suspensão de Tutela
Antecipada, posteriormente cassada. 4. Não obstante a reimplantação do benefício
corresponda à obrigação de fazer, os valores devidos e não pagos durante a vigência da
liminar deixaram de constituir obrigação de fazer, passando a configurar obrigação de
pagar, motivo pelo qual não podem ser implementadas em folha suplementar, devendo
ser observado o sistema dos precatórios. (...) (AgInt nos EDcl no AREsp n.
1.456.820/SP, relator Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, julgado em 20/9/2021,
DJe de 1/10/2021.)

Esse fundamento é suficiente para que, apesar da Súmula n.º 269, as decisões de mandado
de segurança possam reconhecer ao menos direito a prestações que envolvam pagamento da
cessação da lesão em diante. Tais prestações são de fazer; logo, a vedação à cobrança não se lhes
aplica.
Não bastasse, os requisitos para a impetração devem ser aferidos no momento que ela é
feita. Por causa disso, a ação de mandado de segurança pode pedir a cessação da lesão da
impetração em diante. Mas, naturalmente, o tempo transcorre da impetração até a efetiva
cessação da lesão. Se o direito que estiver sendo lesado for a prestações que envolvam
pagamento, haverá prestações que venceram após a impetração e antes da cessação da lesão.
Como essas prestações não são anteriores à impetração, a decisão do mandado de segurança pode
reconhecer o direito a elas legitimamente, apesar da Súmula n.º 269 do STF. A única
peculiaridade é que, como são anteriores à cessação da lesão, elas não podem ser consideradas
prestações de fazer. Assim, mesmo em mandado de segurança, a satisfação delas se submeterá
ao cumprimento de decisões que reconhecem direito a prestação de pagar quantia, isto é, se

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submeterá ao regime de precatórios e RPV (STF, RG, tese do Tema n.º 831). Foi em função disso
que o STF editou a Súmula n.º 271 e o legislador editou o art. 14, § 4º, da Lei n.º 12.016/2019.
Portanto, as decisões proferidas em mandado de segurança podem reconhecer direito a
quaisquer tipos de prestação: prestações de entregar coisa; de não fazer; de fazer, nas quais se
incluem as que envolvam pagamento da cessação da lesão em diante; e de pagar, essas limitadas
as que vencerem da impetração até a da cessação da lesão, exclusive ela.
Já o rito do processo deflagrado pelo mandado de segurança é especial porque há algumas
normas específicas (Lei n.º 12.016/2009) que, em conjunto, distribuem as competências
processuais, elencam os atos que devem ser praticados, estabelecem o encadeamento desses atos
de maneiras diferentes das do rito comum, previsto no CPC. Essas normais específicas tornam o
rito do mandado de segurança mais célere do que o comum, o que faz com que parte da literatura
jurídica o classifique como sumário (MEIRELLES, 2008). A celeridade acontece sobretudo
porque ele não permite ampla produção probatória; ele sequer permite audiência de instrução. A
única prova que permite é a documental, e o impetrante tem que apresentar os documentos
juntamente com a petição inicial – ressalvada a hipótese de o impetrante, na própria inicial,
requerer que os documentos sejam requisitados ao poder público ou a terceiros (SODRÉ, 2011;
Lei n.º 12.016/2009, art. 6º, § 1º).
Porém, as normas específicas não exaurem a disciplina do rito do mandado de segurança.
Há partes que elas não disciplinam. Essas lacunas são preenchidas pelo CPC. Por isso, a literatura
assinala que o CPC se aplica subsidiariamente ao mandado de segurança (MEIRELLES, 2008).
Assim também entende o STJ:

EMENTA: (...) Contudo, como a Lei do Mandado de Segurança não estipula a forma
como deve ser contado o prazo processual, nada impede e até se faz necessário que seja
aplicado o Código de Processo Civil, pois é certo que tal diploma se aplica
subsidiariamente às normas do mandado de segurança. Doutrina. (...) (REsp n.
201.111/SC, relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, julgado em
8/3/2007, DJ de 26/3/2007, p. 291.)

5 OS CUMPRIMENTOS DAS DECISÕES DOS MANDADO DE SEGURANÇA


Como demonstrado, as decisões finais dos mandados de segurança podem reconhecer
direitos a prestação. Nesses casos, a satisfação dos direitos pressupõe a instauração da fase de
cumprimento.

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Influenciada pelo nome da ação, a literatura atribui genericamente o caráter mandamental
às decisões dos mandados de segurança que reconhecem direitos a prestação. Aliando isso à
previsão de transmissão delas por ofício1 às autoridades coatoras, supostamente competentes para
cumprir a prestação, ela extrai duas conclusões. Primeira, o cumprimento dessas decisões poderia
ser instaurado, em regra, independentemente da pendência de recurso. Segunda, o cumprimento
delas poderia ser instaurado de ofício pelo juízo. É o que defende Meirelles (2008), por exemplo:

A decisão – liminar ou definitiva [final] – é expressa no mandado para que o coator


cesse a ilegalidade. Esse mandado é transmitido por ofício ao impetrado, valendo como
ordem legal para o imediato cumprimento do que nele se determina (...)
O mandado de segurança tem rito próprio e suas decisões são sempre de natureza
mandamental, que repele o efeito suspensivo e protelatório de qualquer de seus
recursos. Assim sendo, cumprem-se imediatamente tanto a liminar como a sentença ou
o acórdão concessivo da segurança, diante da só notificação do juiz prolator da decisão,
independentemente de caução ou de carta de sentença, ainda que haja apelação ou
recurso extraordinário pendente.

No mesmo sentido é a lição de Cunha (2011):

A sentença proferida no mandado de segurança contém cariz injuntivo ou mandamental,


encerrando uma ordem expedida contra uma autoridade ou agente público. Dada sua
feição mandamental, tal sentença deve ser executada imediatamente, ainda que
desafiada por recursos próprio, a não ser nas hipóteses em que se veda a concessão de
liminar e se exige o prévio trânsito em julgado para o cumprimento (...)
Em outras palavras, a sentença, no mandado de segurança, é tipicamente mandamental,
impondo uma ordem a ser cumprida pela autoridade coatora. Somente a autoridade
coatora pode cumprir a ordem. Daí ser mandamental a sentença, cabendo ao juiz impor
medidas de apoio para forçar o cumprimento da decisão (CPC, art. 461, parágrafos 4º e
5º). A execução da sentença, nesse caso, faz-se pela adoção de medidas coercitivas, e
não sub-rogatórias, eis que tal execução depende da vontade da autoridade.

Os argumentos não se sustentam.


Em primeiro lugar, a divisão das decisões que reconhecem direitos a prestação era feita
apenas com base na forma de efetivação delas. Mandamentais eram as decisões que podiam ser
executadas nos próprios autos por coerção indireta. Executivas eram as decisões que podiam ser
executadas nos próprios autos por coerção direta. E meramente condenatórias eram as decisões
cuja efetivação exigia o ajuizamento de processo de execução autônomo. Essa distinção perdeu
relevância a partir do momento em que se tornou possível a efetivação nos próprios autos de toda

1
Lei n.º 12.016/2009, art. 13, caput.

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e qualquer decisão que reconheça um direito a prestação, pelas medidas coercitivas as mais
diversas. O tema é bem explicado por Didier Jr. et al (2017):

É com base exatamente na forma de efetivação que as decisões que impõem prestação
eram, no passado, subdivididas em condenatórias, mandamentais ou executivas.
Condenatória era a designação reservada às decisões que exigiam o ajuizamento de um
processo autônomo de execução (o chamado processo de execução de título judicial).
As decisões mandamental e executiva poderiam ser efetivadas no mesmo processo em
que proferidas, a primeira por medida de coerção indireta e a segunda, por coerção
direta. Essa distinção perdeu a razão de ser a partir de quando se tornou prescindível o
manejo de ação autônoma de execução em todos os casos em que se reconheça um
direito a uma prestação, possibilitando que o direito subjetivo ao pagamento de quantia
possa ser efetivado no mesmo processo em que foi certificado – é a chamada execução
como fase do procedimento.

Logo, ser mandamental não significa nem que a decisão pode ser objeto de cumprimento
provisório nem que o cumprimento pode ser instaurado de ofício pelo juízo.
Em segundo lugar, a autoridade coatora nem sempre é competente para cumprir a
prestação reconhecida na decisão. Ela não será competente se a prestação for de pagar. Nesse
caso, é obrigatória a submissão ao regime de precatórios e RPV (STF, RG, tese do Tema n.º 831).
Em terceiro lugar, na atual ordem das coisas, não é o ofício que lhe é transmitido que faz
com que a autoridade coatora cumpra a decisão. Ela apenas a cumpre após receber a orientação
de cumprimento do órgão de advocacia pública da entidade a que está vinculada. E esse órgão é
intimado das decisões.
O objetivo de tal ofício é lhe permitir a interposição de recurso contra a decisão para
prevenir sua responsabilidade pessoal.
A autoridade coatora, é verdade, não é parte no processo de mandado de segurança. A
parte é a pessoa jurídica a que ela se vincula. A autoridade atua no processo apenas prestando
informações, as quais têm natureza de prova (CUNHA, 2011):

Caso a legitimidade passiva fosse da autoridade, e não da pessoa jurídica, seria coerente
concluir que a modificação da pessoa que exercer o cargo poderia acarretar a extinção
do processo sem resolução do mérito. (...) É que, sendo a autoridade a parte legítima,
modificada esta, exsurgiria sua ilegitimidade. Isso, contudo, não ocorre exatamente
porque a legitimidade passiva é da pessoa jurídica a cujos quadros pertence a
autoridade. Desse modo, havendo modificação ou substituição da pessoa que preenche
aquele cargo, não sobrevém qualquer ilegitimidade, eis que a pessoa jurídica é a mesma,
ou seja, aparte legitimada para o polo passivo não se alterou.
Daí parecer mais correto entender que a legitimidade passiva, no mandado de
segurança, é da pessoa jurídica da qual faz parte a autoridade indicada como coatora.
Não sem razão que esse, ao que tudo indica, desponta como entendimento dominante.

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Contudo, ainda assim, o art. 14, § 2º, da Lei n.º 12.016/2009 lhe estendeu o direito de
recorrer. Isso porque ela pode desejar prevenir sua responsabilização pessoal:

EMENTA: (...) 1. A jurisprudência deste Tribunal, em precedente da Corte Especial,


pacificou entendimento de que a autoridade coatora apenas tem legitimidade para
recorrer de sentença que concede a segurança quando tal recurso objetiva defender
interesse próprio da dita autoridade.(REsp n. 264.632/SP, relatora Ministra Maria
Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, julgado em 4/9/2007, DJ de 19/11/2007, p. 298.)
EMENTA: (...) II - O acórdão recorrido adotou entendimento consolidado nesta Corte
segundo o qual a legitimidade recursal na ação mandamental é da pessoa jurídica que
suportará o ônus da decisão concessiva da segurança, e não da autoridade impetrada,
salvo se pretender recorrer como assistente litisconsorcial ou como terceiro, para efeito
de prevenir sua responsabilidade pessoal. (...) (AgInt no REsp n. 1.838.062/PA, relatora
Ministra Regina Helena Costa, Primeira Turma, julgado em 10/8/2020, DJe de
14/8/2020.)

Naturalmente, para que a extensão do direito a recorrer seja efetiva, a autoridade precisa
ser cientificada da decisão. Por isso que o art. 13, caput, da Lei n.º 12.016/2009 previu que a
decisão lhe seria transmitida por ofício.
Na verdade, não há nada no objeto ou no rito do mandado de segurança que faça com que
todas as suas decisões possam ser executadas provisoriamente ou de ofício.
Não obstante, há determinados decisões de mandado de segurança que podem, sim, ser
objeto de cumprimento provisório. Mas elas podem porque, no processo civil brasileiro, as
decisões impugnadas ou impugnáveis por recurso desprovido de efeito suspensivo o podem. E,
em mandado de segurança, igualmente são cabíveis os diversos recursos do rito comum que não
têm efeito suspensivo. Só há uma peculiaridade em relação à apelação. Em mandado de
segurança, a apelação, em regra, não tem efeito suspensivo; as sentenças sempre podem ser
objeto de cumprimento provisório, ressalvados os casos em que é vedada a concessão de tutela
provisória. Mas assim o é apenas porque há previsão legal nesse sentido (Lei n.º 12.016/2009,
art. 14, § 3º).
Ademais, também há decisões de mandado de segurança que podem ser objeto de
cumprimento instaurado de ofício pelo juízo. Mas não são todas as decisões que o podem.
As decisões não transitadas em julgado não o podem.
A responsabilidade objetiva do exequente também se aplica ao cumprimento provisório
das decisões proferidas em mandado de segurança. É nesse sentido a jurisprudência:

EMENTA: Direito civil. Ação indenizatória. Perdas e danos suportadas pela autora por
conta da tutela de urgência e da execução provisória de sentença, em mandado de

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segurança impetrado pela ré, na Justiça Federal, que, ao final, foi denegado. Sentença
de improcedência. Reforma que se impõe. Responsabilidade objetiva da ré. Arts. 302,
caput, e 520, I e § 5º do Código de Processo Civil. Recurso parcialmente provido. (TJ-
SP - RI: 10072869420228260566 São Carlos, Relator: Daniel Felipe Scherer
Borborema, Data de Julgamento: 03/07/2023, 2ª Turma Recursal Cível e Criminal, Data
de Publicação: 03/07/2023)
EMENTA: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. MANDADO DE SEGURANÇA.
LIMINAR REVOGADA POR FORÇA DA DENEGAÇÃO DA ORDEM. VALORES
PERCEBIDOS ACIMA DO TETO CONSTITUCIONAL. (...) Os danos causados a
partir da execução da tutela antecipada, assim também a tutela cautelar, a execução
provisória e a liminar, são disciplinados pelo sistema processual vigente à revelia da
indagação acerca da culpa da parte ou se esta agiu de má-fé ou não. Basta a existência
do dano decorrente da pretensão deduzida em juízo para que sejam aplicados os artigos
273, § 3º, 475-O, I e II, e 811 do CPC/73, atual art. 302, inciso I, do CPC.
Independentemente da reparação do dano processual, a parte responde pelo prejuízo que
a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se a sentença lhe for
desfavorável (art. 302, inciso I, do CPC). Cuida-se de responsabilidade objetiva,
conforme apregoam de forma remansosa doutrina e jurisprudência. (...) Em razão disto,
resta evidente que a parte que requereu a liminar na ação de segurança, cuja natureza é
a reversibilidade, não pode alegar boa-fé (...) O autor da ação responde pelo que recebeu
indevidamente. Esse entendimento está estampado no art. 300, § 3º, do CPC. Nesse
contexto, tem-se que o impetrante, ora executado, tem o dever de indenizar a parte
contrária pelos prejuízos que provocou, com a execução da liminar que autorizava o
percebimento integral dos proventos de sua... aposentadoria, devendo restituir ao Estado
as parcelas que superam o teto constitucional, no período que vigorou a tutela
provisória, não se podendo falar em boa-fé objetiva do beneficiário da medida, sendo
vedado o enriquecimento sem causa. Impugnação rejeitada. (Mandado de Segurança Nº
70031561855, Tribunal Pleno, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Aurélio
Heinz, Julgado em 10/10/2017). (TJ-RS - MS: 70031561855 RS, Relator: Marco
Aurélio Heinz, Data de Julgamento: 10/10/2017, Tribunal Pleno, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 17/10/2017)

E, evidentemente, também em mandado de segurança seria desproporcional


responsabilizar objetivamente o exequente por um cumprimento provisório instaurado de ofício
pelo juízo
Além do mais, assim como ocorre no rito comum, o cumprimento provisório das decisões
proferidas em mandado de segurança sofre a incidência reforçada do princípio da oportunidade.
Afinal, também em mandado de segurança, para decidir pela conveniência da instauração do
cumprimento, o exequente deve antes não só avaliar as chances de êxito das atividades executivas
em si como deve sopesá-las com as chances de reforma ou anulação da decisão exequenda.
Demais disso, as decisões de mandado segurança transitadas em julgado que reconheçam
direito a prestação de pagar quantia igualmente não podem ser objeto de cumprimento instaurado
de ofício. Como visto, elas devem se submeter ao regime de precatórios e RPV (STF, RG, tese
do Tema n.º 831). E não há na Lei n.º 12.016/2009 nenhum dispositivo que discipline os
cumprimentos das decisões submetidas a tal regime. Desse modo, deve-se aplicar o CPC. E, de

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acordo com o CPC, ressalvadas as hipóteses de iniciativa do executado (p. ex.: CPC, art. 526),
tais cumprimentos apenas podem ser iniciados pelo exequente (CPC, 513, § 1º).
Adicionalmente, ainda que se concorde com a literatura acima referida, segundo a qual o
art. 13 da Lei n.º 12.016/2009 autorizaria em regra a instauração de ofício do cumprimento em
mandado de segurança, o cumprimento das decisões que reconhecem direito a prestação de pagar
exigiria iniciativa do exequente. Isso porque essa literatura funda a instauração de ofício do
cumprimento em tal art. 13 porque ele prevê que o juízo transmitirá a decisão por ofício à
autoridade coatora, e a autoridade coatora seria competente para realizar a prestação. Mas a
autoridade coatora não é competente para realizar a prestação de pagar quantia.
Sendo assim, de forma similar ao rito comum, em mandado de segurança, apenas podem
ser objeto de cumprimento instaurado de ofício pelo juízo as decisões transitadas em julgado que
reconheçam direito a prestação de entregar coisa, fazer e não fazer. Essas o podem seja por causa
da aplicação subsidiária do CPC, seja por causa do art. 13 da Lei n.º 12.016/2009, para quem
concorda com esse segundo argumento.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O artigo demonstrou que é errada a crença da literatura jurídica de que todas as decisões
proferidas em mandados de segurança podem ser objeto de cumprimento provisório e de
cumprimento instaurado de ofício pelo juízo. Indicou, analiticamente, quais decisões possuem
tais aptidões. Para fazer isso, de início, ele apresentou a forma como o CPC disciplina os
cumprimentos das decisões proferidas nos processos submetidos ao rito comum. Apresentou as
diferenças do mandado de segurança para as demais ações civis. E explicou que não havia nada
nessas diferenças que garantisse um tratamento distinto para os cumprimentos das decisões
proferidas em mandado de segurança.

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REFERÊNCIAS

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2015.

ASSIS, Araken de. Manual da Execução. 18ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.

CUNHA, Leonardo Carneiro da. A Fazenda Pública em Juízo. 9ª ed. São Paulo: Dialética, 2011.

DIDIER JR., Fredie et al. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 5. Execução. 7ª ed, Salvador:
Jus Podivm, 2017.

DINAMARCO, Instituições de Direito Processual Civil. Vol. IV. 2ª ed. São Paulo: Malheiros,
2005.

FAGUNDES, Cristiane Druve Tavares. O tratamento dispensado pelo NCPC à responsabilidade


objetiva no cumprimento provisório de sentença. In: Coleção Novo CPC, Doutrina Selecionada,
Execução. Organizado por PEIXOTO, Ravi et al. 2ª ed. Salvador: Juspodivm. 2016.

GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 3. Execução,
processos nos tribunais e meios de impugnação das decisões. 13ª ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2020.

MARINONI, Luiz Guilherme. Novo Código de Processo Civil comentado. 1ª ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2015.

MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e Aplicação do Direito. 23ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
2022.

MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança. 31ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2008.

SODRÉ, Eduardo. Mandado de Segurança Individual. In DIDIER JR., Fredie. Ações


Constitucionais. 5ª ed. Salvador: Jus Podivm, 2011.

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