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❣Restauração de autos;
A Ação de Restauração dos Autos segundo o Art. 1063 do Código de Processo Civil
vigente (Art. 714, Novo CPC), é a ação cabível quando verificado o desaparecimento
dos autos qualquer das partes poderá solicitar que estes sejam restaurados.
Ela será cabível sempre que o processo tiver sido extraviado, independente de quem seja
a culpa.
I - certidões dos autos constantes do protocolo de audiências do cartório por onde haja
corrido o processo;
Como se percebe o artigo possui rol taxativo, ele faz a enumeração do que é necessário
para ingressar com a ação. Porém, demonstrando grande sabedoria do legislador, o
inciso III permite a juntada de "quaisquer outros documentos que facilitem a
restauração".
O Direito não é uma ciência estática, ele deve estar sempre evoluindo e se adaptando às
situações que carecem de apreciação. Jamais um caso pode ser levado ao Judiciário e
deixar de ser apreciado por falta de lei ou norma que se aplique ao caso, de igual modo,
um documento importante que facilitaria a restauração dos autos mas não consta no rol,
não pode deixar de ser aceito no processo sob pena de prejudicar a análise do caso como
um todo, é ai que se percebe a importância do inciso III.
O inciso I determina que a juntada dos documentos fornecidos pelo cartório ou sistema
eletrônico do cartório que demonstrem: o que já foi deferido ou indeferido no processo,
quais foram os posicionamentos do Juiz em relação ao caso, etc.
Para solucionar a questão, faz-se necessário uma reflexão sobre o intuito do legislador
no momento da criação do artigo de lei. Criou-se três incisos que demonstram o que é
necessário para ingressar com a restauração dos autos, os dois primeiros determinam
expressamente o que deve ser juntado e o terceiro, como já explicado, deixa em aberto a
juntada de outros documentos que podem ajudar na restauração.
Os dois primeiros incisos mostram o que é essencial para que se proceda à restauração,
pois como se restaura autos de um processo apenas com petições que foram endereçadas
ao juiz? Ou como restaurar autos perdidos apenas com as certidões e andamentos que
são vistos nos sites dos tribunais? Realizar a restauração apenas com os documentos
exigidos no inciso I ou no inciso II não garante a segurança jurídica do processo.
Nesse sentido, o voto da Dr. Des. Relatora Ana Cantarino, no Acórdão nº 753.419 da 6ª
Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que negou provimento a
Apelação nº 20060110646855APC:
Com efeito, analisando o que consta do processado, verifico que ausentes se encontram
os pressupostos necessários para que se dê início ao procedimento de restauração dos
autos extraviados, mormente a petição inicial, declarando o estado da causa ao tempo do
desaparecimento, conforme preconiza o artigo 1.064 do CPC.
É certo que o feito extraviado somente poderá ter continuidade, com o exame do que lá
foi requerido, após a decisão final proferida na ação de restauração dos autos, que
sequer foi promovida, nos termos do artigo 1.064 do CPC. Ressalta-se que, ao longo do
trâmite do processado, não houve qualquer requerimento para instauração do
supracitado incidente ou para que fosse declarado restaurados os autos, o que impede o
seu prosseguimento.
Vale lembrar, que o Novo Código de Processo Civil não mudou em nada os requisitos
necessários para a ação de restauração dos autos, ficando a mudança apenas para a
numeração, Art. 714 e seguintes.
Qual é o objetivo da ação monitória? A ação monitória tem como objetivo possibilitar
que uma pessoa consiga cobrar um valor monetário, um bem ou uma obrigação de uma
pessoa sem ter que entrar em um litígio formal contra ela.
Quando é cabível a ação monitória? Para entrar com uma ação monitória, o autor
precisa comprovar que pode cobrar o devedor. Essa comprovação é feita a partir de uma
prova escrita sem eficácia de título executivo (como uma nota promissória ou um
cheque), conforme o artigo 700 do Novo CPC.
Quais são os requisitos da ação monitória? Para ingressar com a ação monitória, os
requisitos a serem cumpridos são: Existência de prova escrita (ou oral, produzida
antecipadamente) sem eficácia de título executivo; A prova escrita deve afirmar a
existência de um o pagamento de quantia em dinheiro, ou de entrega de coisa fungível
ou infungível ou de bem móvel ou imóvel, ou do adimplemento de obrigação de fazer
ou de não fazer.
A ação monitória é uma espécie de atalho dentro do âmbito judicial, fazendo com
que um credor de um bem ou uma quantia de dinheiro possa cobrar essa dívida
sem ter que passar por todo o trâmite de uma ação de execução judicial. A ação
monitória é um procedimento especial de cobrança.
Abordaremos, neste artigo, o que é uma ação monitória, como ela funciona e quais são
as vantagens dela, explorando, no decorrer do texto, algumas mudanças que
o CPC/15 trouxe para esse procedimento, tornando-o não só mais aplicável, mas
também mais seguro para o julgador. Leia mais abaixo!
Dessa forma, a ação monitória é uma espécie de atalho dentro do âmbito judicial,
fazendo com que um credor de um bem ou uma quantia de dinheiro possa cobrar essa
dívida sem ter que passar por todo o trâmite de uma ação de execução judicial.
Assim, a ação monitória tem a característica de ser resolvida de forma mais dinâmica
que um processo comum, cortando alguns caminhos e possibilitando que o devedor não
precise arcar com custas processuais, caso decida acatar ao pedido.
A partir da ação monitória, o autor pede para que a outra parte pague a quantia de
dinheiro devida, entregue o bem devido ou cumpra uma ação específica a qual tenha se
comprometido (por meio de contrato, por exemplo). E esse pedido passa por um trâmite
jurídico diferenciado, mais ágil.
“Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em
prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
Dessa forma, o Novo CPC aponta três pré-requisitos para que uma ação monitória possa
ser ajuizada: a capacidade do devedor; a existência de uma prova escrita e que a mesma
não tenha eficácia de título executivo.
Caso o autor tenha uma prova escrita com eficácia de título executivo, como um
contrato devidamente assinado ou uma sentença judicial, cabe a execução judicial.
Assim, a ação monitória é reconhecidamente um processo de conhecimento, não
propriamente de execução.
Além desses pré-requisitos, o parágrafo 2º do artigo 700 determina que o autor deve
mostrar, na petição inicial, o valor devido e corrigido no tempo atual e/ou o conteúdo
patrimonial ou o proveito econômico procurado.
Para acelerar o processo, que é baseado na prova escrita, sem eficiência de título
judicial, apresentada pelo autor, o mandado monitório (documento expedido pelo
magistrado confirmando a justeza da causa) é expedido antes que o réu seja citado.
No Código de Processo Civil de 1973, a ação monitória era regida pelos artigos 1.102-a,
1.102-b e 1.102-c, que foram acrescentados ao CPC da época apenas em 1995, através
da Lei nº 9.079.
Embora atualmente o Novo CPC só possua três artigos para regulamentar e definir
como funciona a ação monitória, os mesmos são completados por diversos parágrafos e
incisos, que trazem novidades em relação a como o procedimento funciona.
Entre as principais mudanças que o Novo CPC trouxe para a ação monitória, pode-se
destacar a flexibilização da prova escrita, que, de acordo com o parágrafo 1º do artigo
700, pode ser, também, uma prova oral documentada.
O artigo 381 do Novo Código de Processo Civil, por sua vez, regula a produção
antecipada de provas, versando sobre o assunto da seguinte forma:
“Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação”.
Algumas súmulas do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram inclusas no texto
do Novo CPC que versa sobre a ação monitória, garantindo mais segurando jurídica aos
magistrados.
Em primeiro lugar, o STF definiu que o prazo para que o autor entre com uma ação
monitória tendo como prova escrita da dívida um cheque ou uma nota promissória é de
cinco anos, aplicando o parágrafo 5º, inciso I do artigo 206 do Novo CPC.
Dentro da ação monitória, aplica-se o prazo de 15 dias úteis, conforme o artigo 701 do
Novo CPC, para que o devedor entre com embargos monitórios contra mandado
monitório, que é emitido pelo juiz após a constatação da veracidade da prova escrita
entregue pelo autor, assim citando o réu.
“Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de
pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não
fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento
de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa”.
O autor, então, também terá o prazo de 15 dias para responder aos embargos do réu,
conforme determina o parágrafo 5º do artigo 702 do Novo CPC:
Os embargos podem ser tanto sobre o valor cobrado/o bem pedido/a ação requerida
quanto pela total negação da existência do direito em si.
Dentro da ação monitória, caso o réu reconheça a dívida e não entre com os embargos
monitórios, ele não arcará com as custas processuais da ação ao realizar o pagamento.
Isso é uma espécie de incentivo, para que a ação se resolva da forma mais pacífica e
dinâmica possível.
Caso o réu não se manifeste de nenhuma forma, o mandado monitório se converte,
automaticamente, em um título executivo judicial, legitimando o direito do autor sobre a
dívida.
O parágrafo 11º do artigo 702 do Novo CPC estabelece uma multa de até 10% do valor
da causa caso o réu entre com um embargo meramente protelatório, tem que como
único objetivo desacelerar o trâmite judicial.
A ação de cobrança é uma ação de conhecimento, que tem como propósito reconhecer a
existência de algum tipo de dívida ou compromisso entre o réu e o autor da ação. Ela
passa por todos os trâmites jurídicos comuns, com audiências, obtenção de provas,
permitindo o contraditório.
Uma vez que o objetivo é atestar que o crédito existe, ela possibilita que certos trâmites
sejam encurtados, já que a prova escrita já existe e já pode ser verificada pelo juiz, no
que diz a autenticidade da mesma.
Assim, na ação de execução se é discutido o valor a ser pago ou o bem a ser entregue, e
como essa transferência será realizada.
2.1. CONCEITO
Consoante o ensinamento de Maria Helena Diniz, penhor é o “direito real que consiste
na tradição de uma coisa móvel ou mobilizável, suscetível de alienação, realizada pelo
devedor ou por terceiro ao credor, a fim de garantir o pagamento do débito”.
O penhor pode ser constituído pela vontade das partes ou pela imposição da lei. O
penhor convencional é o derivado da vontade das partes, elaborado por escrito e
registrado em cartório. O penhor legal, por sua vez, é o expressamente determinado em
lei.
Penhor é o direito real de garantia que recai sobre coisas móveis, quando os bens são
empenhados. A penhora, por sua vez, é um ato processual do processo de execução, de
constrição de bens do devedor. Na penhora, os bens são penhorados.
5. AUTOTUTELA
Os credores que a lei distingue com o direito do penhor legal têm um tratamento
diferenciado, especial. Antes de entrar com a ação em juízo, podem, antecipadamente,
reter bens em garantia do pagamento.
Se podem, com as próprias mãos, reter bens em garantia de uma dívida, fazem uso da
autotutela. É um caso de exceção, expressamente prevista em lei.
6. LEI DE LOCAÇÃO
Para a garantia do recebimento do valor contratado, a lei de locação prevê três garantias
possíveis:
a) o seguro-fiança;
c) fiador.
Se o locador tiver uma das três garantias, não poderá valer-se do penhor legal, uma vez
que configuraria o bis in idem. Dessa forma, deve optar entre as três possibilidades
convencionais ou, em sua falta, fazer uso do penhor legal.
7. PENHOR LEGAL
7.1. CONCEITO
O penhor legal é um direito real de garantia concedido por lei a alguns credores, sobre
coisas móveis, em situações especiais.
Temos a previsão do penhor legal no Código civil, nos artigos nºs 1.467 a 1.472, ao
credor de hospedagem e ao locador ou arrendador de prédio rústico ou urbano.
7.2. PRINCÍPIOS
O penhor legal, uma vez que restringe os direitos do proprietário, deve seguir os
princípios da taxatividade e da tipicidade. Dessa forma apenas é possível utilizar-se do
recurso nas hipóteses expressamente previstas na lei. Temos hipóteses legais de penhor
legal elencadas no Código Civil e também na Lei nº 6.533/78, que regulamenta a
profissão de artista e técnico de espetáculos.
O artigo 31 do diploma legal acima citado confere o direito aos artistas e aos técnicos de
reter o equipamento do espetáculo até que recebam o crédito a que tenham direito. A
retenção dos equipamentos constitui garantia legal para o recebimento de seus créditos.
Os hotéis e hospedarias têm o direito de reter a bagagem do hóspede, se este não efetuar
o pagamento. É comum nos hotéis a bagagem ser retida até que o pagamento da conta
seja efetuado, quando então as malas e objetos são apresentados.
Dispõe o Código Civil, no inciso I do artigo 1.467, que são credores pignoratícios,
independentemente de convenção os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou
alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou
fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou
consumo que aí tiverem feito.
É difícil ao locador reter as coisas do inquilino, porque o credor não pode ingressar no
imóvel. Seria caso de invasão de domicílio. Poderia, no entanto, fazê-lo quando o
inquilino estivesse mudando, ainda que durante a noite. No momento em que este se
retirasse do imóvel.
7.4. GARANTIA
No momento da retenção, deve ser elaborado o rol de objetos retidos. O mesmo rol será
oferecido como recibo da retenção para o devedor. O credor tem o direito de reter os
objetos, mas, igualmente, tem a obrigação de emitir um recibo dos objetos que foram
retidos.
O recibo do penhor, que discrimina o que o credor está retendo, é uma segurança para as
duas partes. Porque o penhor se verifica com a retenção, no momento da retenção.
Tomado o penhor legal, em ato contínuo, o credor deve requerer a sua homologação em
juízo.
O termo ato contínuo vem expresso tanto no Código Civil, no artigo 1.471, como no
Código de Processo Civil, no artigo 874, e enseja o entendimento de que deverá o
credor ingressar com o pedido de homologação no primeiro dia útil após a efetivação do
penhor legal.
Por conseqüência, o primeiro passo do credor deve ser contratar um advogado. O
sindicato hoteleiro conta com um departamento jurídico bastante forte, que presta
assessoria nessa área.
Como nem todo bem do devedor pode ser penhorado, nem todo bem do devedor pode
ser retido. O que não pode ser objeto de penhora também não pode ser objeto de penhor
legal. É o que também ocorre no arresto.
Por conclusão, não poderão ser objeto do penhor legal os bens absolutamente
impenhoráveis, como disposto no artigo 649 do Código de Processo Civil.
A homologação do penhor legal tem previsão nos artigos 1.467 a 1.472 do Código de
Processo Civil.
8.2. CONCEITO
Segundo a professora Rosa Benites Pelicani, “É a ratificação do ato do penhor legal, que
visa o reconhecimento de uma situação jurídica preestabelecida de forma a atestar-lhe a
regularidade.”
É uma ação de procedimento cautelar específico, que tem por objetivo a homologação
do penhor legal.
No entanto, não tem natureza cautelar. É a ratificação do ato do penhor legal, que visa o
reconhecimento de uma situação preestabelecida de forma a atestar-lhe a regularidade.
Vai-se a juízo para ratificar a homologação. O penhor legal pertence ao ramo do direito
material. A homologação é um procedimento de direito processual.
O requerente, em juízo, não pleiteia, mas requer a homologação do penhor legal. Dessa
forma, a homologação não tem a natureza cautelar, porque não objetiva o resultado útil
de um processo, mas a natureza meramente satisfativa.
8.4. PROCEDIMENTO
8.4.1. Competência
b) a tabela de preços ;
d) a requisição da citação do devedor para que este pague a dívida, no prazo de vinte e
quatro horas ou ofereça defesa.
Por disposição expressa do parágrafo único do supra citado artigo 874, é admissível que
o juiz homologue o penhor legal, de plano, sem a oitiva do requerido, uma vez que
apresentadas provas suficientes, que convençam o juiz da veracidade do alegado.
Para que seja concedida a tutela, deve a liminar estar requerida na petição inicial.
– a nulidade do processo;
– a extinção da obrigação;
– não ser a dívida prevista em lei ou não estarem os bens sujeitos ao penhor legal.
NULIDADE DO PROCESSO
EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO
Se o caso não encerra uma das hipóteses expressamente previstas em lei, temos a
impossibilidade da homologação do penhor legal, pela aplicação do princípio da
tipicidade, o que resulta na impossibilidade do próprio penhor. Isso pode ser estendido
também quanto à apresentação da tabela, que deve estar exposta.
8.4.5. CAUÇÃO
O código civilista, no artigo 1.472, prevê a hipótese de caução idônea para o locatário,
para impedir a constituição do penhor, e não para o hóspede. Lembremos, a esta altura,
as espécies de caução, que pode ser real ou fidejussória.
Ainda que não exista uma justificativa para impedir o oferecimento da caução pelo
hóspede, não está ela abarcada na hipótese legal. Dessa forma, seria temerária a defesa
que se apoiasse apenas nesta hipótese.
8.4.6. REVELIA
Por outro lado, se tivermos um penhor convencional, assinado pelas partes e duas
testemunhas, será tido como título executivo. O penhor legal, homologado em juízo,
porque não o seria?
8.4.9. APELAÇÃO
Se a dívida não for paga em juízo, haverá a penhora de bens, e estes serão então
leiloados em hasta pública. Aqueles bens que foram empenhados, extrajudicialmente, na
execução serão penhorados.
❣Habilitação.
Art. 687. A habilitação ocorre quando, por falecimento de qualquer das partes, os
interessados houverem de suceder-lhe no processo.
São partes no processo “aquelas pessoas que figuram como tais na demanda”75.. Em
atenção ao princípio da estabilização subjetiva da demanda, tanto o juiz como as partes,
de rigor, estão impedidos de modificar os sujeitos processuais.
No entanto, havendo alienação da coisa ou do direito litigioso, admite-se, em princípio,
a alteração subjetiva da demanda, desde que o credor concorde – sucessão por ato entre
vivos. E, assim agindo, haverá a sucessão da parte, excluindo-se o alienante do polo
passivo. A finalidade da norma, ao exigir a expressa concordância do credor, é protegê-
lo de fraudes. (v. Comentários aos arts. 108 a 112).
A sucessão pode ainda ocorrer com a morte de qualquer das partes. E, é através do
procedimento especial da habilitação que os herdeiros do falecido sucedem o de cujus
na demanda. Não se admite, no entanto, a habilitação em ações intransmissíveis, como o
mandado de segurança, que possui caráter mandamental e natureza personalíssima da
ação.
■ Legitimidade
■ Da finalidade da norma
A habilitação será feita nos autos principais e na instância em que se encontrar a fase
processual. Com a morte da parte, o processo é suspenso80. e, não existindo previsão
legal de prazo para a suspensão do processo, não ocorre prescrição intercorrente81..
Parágrafo único. A citação será pessoal, se a parte não tiver procurador constituído nos
autos.
Não existindo, ainda, procurador constituído nos autos, a citação será pessoal. É o que
ocorre quando a habilitação é requerida pela parte em relação aos sucessores do falecido
(art. 688, I do NCPC).
Art. 691. O juiz decidirá o pedido de habilitação imediatamente, salvo se este for
impugnado e houver necessidade de dilação probatória diversa da documental, caso em
que determinará que o pedido seja autuado em apartado e disporá sobre a instrução.
■ Da Instrução probatória
Corrigindo os equívocos da redação anterior, o legislador de 2015 prevê no art. 691 que,
existindo controvérsia quanto à habilitação e havendo necessidade de dilação
probatória, a habilitação será autuada em apenso e o juiz decidirá sobre a instrução
probatória. Se o requerido não impugnar a habilitação, o juiz decidirá imediatamente.
■ Da suspensão do processo