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RESUMO: O Código de Processo Civil regula com muita precisão o chamado prazo
prescricional intercorrente, que é o motivo da suspensão e da extinção da ação. A
prescrição intercorrente é aquela que, via de regra, ocorre no curso do processo, em
razão de sua paralisação injustificada, por desídia da parte, configurando-se na
hipótese de paralisação do feito por prazo igual ou superior à prescrição do direito
material tutelado. Assim, deve correr a prescrição em desfavor do exequente a partir
do momento em que verificada sua inércia - interessado maior na persecução de
seu crédito - sob pena de eternização do processo enquanto estiver suspenso, visto
que nesse interregno cabe apenas ao expropriante - e a mais ninguém - diligenciar
efetivamente para obter a satisfação do crédito exequendo.
1 PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
E ainda:
3 CONCLUSÃO
A prescrição intercorrente deriva da paralisação injustificada, por longo
período de tempo, da ação de execução ou cumprimento de sentença, em virtude
da inércia do exequente.
É importante destacar que a prescrição intercorrente é uma figura que varia
de acordo com o tipo de processo e com as leis de cada país. No Brasil, por
exemplo, a prescrição intercorrente é prevista em alguns casos específicos, como
na Lei de Execução Fiscal (Lei nº 6.830/1980) e no Código de Processo Civil (Lei nº
13.105/2015).
Sendo assim, em outras palavras, a prescrição intercorrente ocorre quando
uma ação judicial fica parada por um prazo considerado demasiado, sem que haja
qualquer manifestação ou diligência do interessado em dar andamento ao processo.
Nesse caso, a parte que não tomou as medidas necessárias para dar
prosseguimento ao processo pode perder o direito de prosseguir com a ação
judicial.
Então, ocorre a prescrição intercorrente quando, durante a execução, a parte
exequente deixa de promover o prosseguimento do feito, na providência que lhe
competir, permanecendo o processo paralisado por lapso temporal idêntico ao da
prescrição do direito postulado (Agravo de Instrumento n.
4004472-69.2019.8.24.0000, de Maravilha, rel. Des. Sebastião César Evangelista).
Cumpre, assim, observar que, após o decurso de determinado lapso
temporal, sem promoção de continuidade pela parte interessada, deve-se estabilizar
o conflito, pela via da prescrição, impondo segurança jurídica aos litigantes, uma vez
que a prescrição indefinida afronta, conforme anotado supra, princípios
informadores do sistema constitucional pátrio.