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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IP

DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO


CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONALDA AMADORA

UFCD 10357

OS RECURSOS EM PROCESSO CIVIL

EXERCÍCIO DE CONSOLIDAÇÃO DE CONHECIMENTOS

Com base nos conhecimentos adquiridos, leia, atentamente, as questões e responda:

1. O que entende por Recurso em Processo Civil? (2 val.)

Em direito processual civil, recurso é o meio legal disponível para a parte que se sente
prejudicada por uma decisão judicial proferida em um processo. É uma forma de questionar a
legalidade, a correção ou a justiça da decisão, visando sua reforma, invalidação ou obter
modificação.

O recurso em processo civil pode ser apresentado em diferentes momentos do processo,


desde que respeitados os prazos legais, e deve ser fundamentado com base em alegações
específicas, o que deve ser apoiado por provas e argumentos jurídicos. O recurso é
encaminhado ao tribunal superior competente para decidir sobre a questão em discussão,
sendo julgado por um colegiado de juízes ou desembargadores

2. Qual o critério diferenciador entre recursos ordinários e extraordinários? (2 val.)

O diferencial diferenciador entre recursos ordinários e extraordinários no processo


civil é o momento em que são interpostos e a finalidade a que se destinam.

Os recursos ordinários são aqueles que podem ser interpostos contra qualquer
decisão judicial de primeira instância ou de instâncias superiores, visando a revisão
da decisão em sede de recurso. São exemplos de recursos ordinários: apelação,
agravo de instrumento, embargos infratores, embargos de declaração, entre outros.

Já os recursos extraordinários, como o próprio nome sugere, são aqueles que só


podem ser interpostos em situações instintivas, quando há violação de normas
constitucionais ou infraconstitucionais de grande culto, ou para uniformização de
jurisprudência. São exemplos de recursos extraordinários: recurso especial, recurso
extraordinário e embargos de divergência.

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Em resumo, os recursos ordinários são meios de impugnação de decisões judiciais


que visam a revisão da decisão em instância superior, enquanto os recursos
extraordinários são meios de impugnação de decisões judiciais que visam a
preservação da ordem jurídica e a uniformização da jurisprudência.

3. Nomeie os recursos ordinários e os extraordinários que conhece. (2 val.)

Apelação;
Agravo de instrumento;
Embargos de declaração;
Recurso ordinário;
Recurso especial;
Recurso extraordinário.
Já entre os recursos extraordinários, temos:

Recurso especial;
Recurso extraordinário;
Ação rescisória.

4. O que entende por matéria de facto e matéria de direito? (2 val.)

Matéria de fato refere-se aos elementos de caráter factual em um caso, tais como
acontecimentos, ações, ocorrências, circunstâncias, entre outros. Em um processo judicial, a
matéria de fato é estabelecida com base em provas apresentadas pelas partes e pode ser
objeto de impugnação através de recursos ou revisão.

Já a matéria de direito é composta pelos princípios, regras e normas jurídicas aplicáveis ao


caso em questão. Essa matéria é estabelecida pelo juiz com base nas leis e na jurisprudência,
e sua interpretação pode ser objeto de recursos ou de revisão em instâncias superiores. A
matéria de direito é essencial para a resolução do litígio, pois é a base para a aplicação das
normas que regem a situação em disputa.

5. Quais os requisitos de recorribilidade? Explique, sucintamente, cada um deles. (3 val)

Legitimidade: somente as partes que têm interesse jurídico na causa e foram esperançosas
pela decisão têm o direito de recorrer.

Tempestividade: o recurso deve ser interposto no prazo legal, que varia de acordo com o
tipo de recurso e a jurisdição em que o processo está sendo julgado.

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Preparo: o recorrente deve recolocar-se como custos e taxas judiciais referentes ao recurso,
salvo se for beneficiário da assistência judiciária gratuita.

Regularidade formal: o recurso deve atender aos requisitos formais mantidos pela legislação
processual, como a apresentação correta das peças processuais e a observância das regras
de formatação.

Fundamentação: o recurso deve ser fundamentado em argumentos jurídicos e fáticos que


demonstrem a existência de erro ou injustiça na decisão recorrida.

6. Renúncia do direito de recorrer é: quando existe uma vontade anterior a prática do


ato de interposição de recurso, decidindo o sujeito desligar-se, «motu próprio», do
seu direito de recorrer, conformando-se antecipadamente com o sentido da decisão
que vier a ser proferida (ou que tiver sido proferida, sem transito em julgado). (0,5
val.)

- verdadeiro : Verdadeiro

- falso

7. De acordo com o artigo 637º do Código de Processo Civil, como se interpõem os


recursos e o que devem conter? (2 val.)

A petição deve conter:

Identificação das partes e do processo;


Indicação da decisão recorrida e dos fundamentos do recurso;
Pedido de reforma ou anulação da decisão recorrida, com a indicação das razões que
justificam a pretensão do recorrente;
Valor da causa, quando necessário.
Além disso, a petição deve ser assinada pelo recorrente ou por seu representante legal, e ser
instruída com as peças processuais relevantes que comprovem as alegações do recurso.

É importante ressaltar que a interposição de recurso deve observar os prazos e formalidades


previstas em lei, sob pena de ser considerada intempestiva ou irregular, o que pode levar à
sua não admissibilidade.

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8. Nos termos do artigo 641º, nº 2 do Código de Processo Civil, identifique uma situação
que justifique o indeferimento do requerimento de recurso. (2 val.)

Conforme o artigo 641º, nº 2 do Código de Processo Civil, o requerimento de recurso


pode ser indeferido pelo juiz ou tribunal por falta de processo, falta de interesse em
agir, falta de objeto ou pela ocorrência de coisa julgada ou de caso julgado, ou seja,
quando a decisão já transitou em julgado e não é mais passível de recurso.

Dessa forma, se o recorrente não tiver legitimidade para recorrer, se não houver
interesse em agir na interposição do recurso, se o objeto do recurso não for passível
de discussão, ou ainda, se a decisão já tiver transitado em julgado, o requerimento
de recurso poderá ser indeferido pelo juiz ou tribunal.

9. O efeito suspensivo atribuído ao recurso de apelação significa que a decisão recorrida


não poderá ser imediatamente executada, ficando, nessas circunstâncias a aguardar
o veredito do tribunal superior. (0,5 val.)

- verdadeiro: verdadeiro Assim, enquanto o recurso de apelação estiver pendente de


julgamento, uma decisão recorrida não poderá ser executada, a não ser que a legislação
processual preveja expressamente o contrário ou que seja concedida uma medida cautelar
que autorize a execução provisória da decisão recorrida.

- Falso

10. Distinga Tribunal a quo de Tribunal a quem. (2 val.)

Tribunal a quo é o tribunal de origem, ou seja, aquele que proferiu a decisão recorrida e
contra a qual o recurso está sendo interposto. Por exemplo, se uma decisão foi proferida por
um juiz de primeira instância, o Tribunal a quo será o próprio juízo de primeira instância.

Já o Tribunal ad quem é o tribunal para o qual o recurso está sendo interposto, ou seja,
aquele que irá julgar o recurso e decidir se mantém ou reforma a decisão recorrida. Por
exemplo, se um recurso é interposto contra uma decisão de primeira instância, o Tribunal ad
quem será o tribunal de segunda instância ou o Tribunal Superior, dependendo do tipo de
recurso e da legislação aplicável.

Em resumo, o Tribunal a quo é o tribunal de origem da decisão recorrida, enquanto o


Tribunal a quem é o tribunal para o qual o recurso está sendo interposto.

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11. O prazo para interpor recurso é sempre de 30 dias nos termos do artigo 638º do
Código de Processo Civil, independentemente da natureza do processo. Concorda?
Justifique. (2 val.)

Não, o prazo para interpor recurso não é sempre de 30 dias nos termos do artigo 638º do
Código de Processo Civil. O prazo pode variar de acordo com a natureza do processo e o tipo
de recurso cabível.

O artigo 638º do Código de Processo Civil estabelece que o prazo para interpor recurso é de
30 dias contados da data da notificação da decisão. No entanto, existem várias diferenças a
essa regra.

Por exemplo, em alguns casos específicos, como nos recursos de agravo de instrumento ou
de embargos de declaração, o prazo para interposição é de 15 dias. Já em outros casos,
como nos recursos especiais e extraordinários, o prazo pode ser de até 15 ou 30 dias,
dependendo da legislação aplicável.

Além disso, em alguns tipos de processo, como nos processos criminais e nos processos de
família, o prazo para interpor recurso também pode ser diferente. Portanto, é importante
verificar a legislação aplicável e as particularidades de cada caso para determinar qual é o prazo
correto para interpor recurso.

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