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Tipos de execução
No CPC de 1973 nós tínhamos o chamado processo de execução que era
composto por título executivo judicial e título executivo extrajudicial.
No entanto, na década de 1990, o CPC foi se modificando, e o processo
executivo passou a caber só para o título executivo extrajudicial.
No código de 73, até a sentença nós tínhamos processo de conhecimento, e
depois da sentença eu tinha o processo de execução – então tinha 2 partes, o
réu era citado 2x. Havia autonomia entre os dois processos. Com as alterações
que vieram a partir de 1990, o título executivo judicial não se dá mais pelo
processo de conhecimento. Agora nós passamos a ter o cumprimento de
sentença, não temos mais um processo autônomo de execução. Então esse
cumprimento de sentença se tornou parte da fase do processo de
conhecimento – o devedor não é mais citado 2x, agora ele é citado 1x e depois
intimado.
Então,
Tipos de execução: 2 tipos
1) Título executivo extrajudicial: onde se utiliza o processo de execução.
2) Título executivo judicial: se dará por meio de cumprimento de sentença,
que é uma fase do processo de conhecimento.
Instrumento da sanção (penalidade) executiva
O estado juiz poderá agir por:
1) Sub-rogação: substituir a vontade do devedor. Ex: o devedor não quer
pagar o credor, aí o juiz vai e penhora um bem dele. Esse bem é
avaliado e depois leiloado. Alguém compra, o juiz pega o dinheiro e
entrega pro credor (então com o produto da venda o credor é pago pelo
Estado). A sub-rogação não é a penhora, mas sim o pagamento que o
Estado faz ao credor, substituindo a vontade do devedor (que era não
pagar). Então é como se juiz falasse: “você não vai fazer? Então deixa
que eu faço do meu jeito. Você não vai entregar o dinheiro? Deixa que
eu leiloo seus bens e entrego”.
2) Coerção: ex: eu contratei um pintor famoso para pintar um quadro pra
mim e paguei ele. Ele tinha que pintar e me entregar o quadro em até 6
meses, mas ele não faz. Eu levo pro judiciário e o juiz determina um
prazo pra ele fazer. Não tem como o juiz mandar contratar outra pessoa
pra pintar e depois repassar o custo pro pintor inadimplente, porque é
uma obrigação personalíssima. Como não dá pra sub-rogar ele pode por
exemplo impor uma multa por cada dia até ele entregar.
Ou seja,
Com o inadimplemento do devedor o estado juiz poderá se utilizar de 2
instrumentos de sanção executiva: sub-rogação (o Estado substitui a vontade
do devedor) e coerção (ex: o Estado poderá impor multa em uma obrigação de
fazer, pelo não cumprimento da obrigação).
Princípios gerais da execução:
1) Princípio da autonomia: gera um processo autônomo. Cumprimento de
sentença tem processo autônomo? Não, porque tá dentro do processo
de conhecimento. No código de 73 a execução tinha um processo
autônomo, que era o processo de execução, mas isso mudou na década
de 90. Então esse princípio só se aplica ao título executivo extrajudicial
por meio do processo de execução. Já o título executivo judicial não é
um processo autônomo pois é uma fase do processo de conhecimento,
que é o cumprimento de sentença
2) Princípio da patrimonialidade: aqui estamos tratando da execução por
quantia. Significa que todos os bens presentes e futuros do devedor
poderão ser penhorados pelo credor (responderão pela execução),
exceto se a lei determinar que aquele bem é impenhorável (ex:
moradia).
3) Princípio do exato adimplemento: o cumprimento da obrigação deve
corresponder ao que está no título executivo (judicial ou extrajudicial).
Ex: se a pessoa é devedora de 100 mil reais, o exato adimplemento é o
credor receber 100 mil reais. Se o devedor tem uma obrigação de fazer,
o exato adimplemento é que o devedor faça.
4) Princípio da disponibilidade do processo pelo credor: quando
estiver no processo de conhecimento, a desistência da ação só será
válida se o réu concordar. Já no processo de execução é diferente, o
credor tem um título líquido, certo e exigível, então ele pode desistir da
ação a qualquer tempo, não precisa do consentimento do devedor.
5) Princípio da menor onerosidade: quando o credor puder realizar a
execução por mais de um meio, o juiz vai determinar que a execução
seja realizada do modo menos gravoso para o devedor, pois a execução
não deve servir de meio de vingança. Ex: o devedor não paga a quantia,
e ele tem um imóvel e é sócio de uma empresa, para o devedor é mais
vantajoso penhorar o bem imóvel do que as ações, então o juiz vai
determinar que seja penhorado o imóvel.
6) Princípio do contraditório: significa bilateralidade de audiência. Na
execução, como o credor tem um título líquido, certo e exigível, o
devedor tem o direito ao contraditório, mas esse contraditório é mitigado,
mais restrito, pois o devedor deverá ser intimado nos atos processuais.
Títulos executivos
1) Extrajudiciais: títulos que devem estar previstos na lei, especialmente
no CPC. O Art 784 do CPC prevê quais são os títulos executivos
extrajudiciais. A legislação extravagante também pode trazer títulos
extrajudiciais (ex: contrato de honorários de advogado está presente no
estatuto da OAB).
O juiz não pode ampliar o rol já existente de títulos executivos
extrajudiciais – somente o legislador (pois decorre de lei) – visto que
esses títulos são taxativos.
- títulos de crédito: a cartula possui liquidez, grandeza e exigibilidade,
oque permite que haja o processo de execução. São títulos de crédito:
letra de câmbio, nota promissória, duplicata, debênture, cheque.
- documento público: pode ser uma escritura pública, onde o devedor
reconhece a existência de uma dívida, ou qualquer outro documento
público onde haja o reconhecimento de uma obrigação.
- documento particular: documento particular assinado pelo devedor
reconhecendo a dívida com a assinatura de duas testemunhas
instrumentais. Se tiver uma única testemunha, descaracteriza-se o título
executivo extrajudicial (não é mais um título executivo extrajudicial).
*Exceção: Art 24, estatuto da OAB - no caso do contrato de honorários
de advogado há uma antinomia, pois o CPC (Art 784, CPC) diz que
precisa de 2 testemunhas e o estatuto da OAB não diz que precisa.
Numa antinomia, a norma especial prevalece sobre geral, portanto, o
contrato de honorários de advogado não precisa de 2 testemunhas.
- instrumento de transação: autocomposição, acordo. Quando há
acordo com intervenção do MP, advocacia pública, defensoria pública,
advocacia particular, ou mediador ou conciliador credenciado pelo TJ,
este acordo constitui título executivo extrajudicial. Por outro lado, se
esse instrumento for homologado pelo juiz (poder judiciário), esse título
executivo extrajudicial passará a ser título executivo judicial.
- contrato com garantia real: pode ser hipoteca, penhor, caução, etc.
Serve como garantia para execução (o bem dado em garantia será
objeto de penhora).
Diferença entre penhor e penhora: penhor – instituto de direito civil;
penhora – instituto com direito processual civil.
- seguro de vida: no CPC de 73, o seguro de vida já era título executivo
extrajudicial, mas de forma genérica. Já com o CPC de 2015, entende-
se que o seguro de vida é título executivo extrajudicial somente quando
ocorre a morte. Em outro tipo de sinistro, o beneficiário deverá ajuizar
processo de conhecimento (ex: perda da mão).
- cotas condominiais: no CPC de 73 o condomínio tinha que ajuizar
processo de conhecimento pelo rito sumário. Ex: quando o morador
deixava de pegar o condomínio, a ação era ajuizada, mas demorava
muito para sair a decisão (por isso o devedor tinha uma vantagem). Já
com o CPC de 2015 as cotas condominiais constituírem títulos
executivos extrajudiciais (desde que aprovadas em assembleia).
- certidões cartorárias: podem ser emitidas pelo tabelião
unilateralmente. São parecidas com as certidões da dívida ativa, que
instruem a execução fiscal.
Processo de conhecimento e de execução
No CPC de 73, se ao invés do advogado ajuizar o processo de execução
quando o cliente ia procurá-lo com o título de crédito, ele ajuizasse um
processo de conhecimento (ação de cobrança), o juiz indeferia a petição inicial
com o argumento: falta de interesse de agir, porque já tem um título líquido,
certo e exigível, portanto deveria só ser executado.
O novo código acabou com isso (2015). Estabelece que a existência do título
executivo extrajudicial não impede que a pessoa ajuíze um processo de
conhecimento (apesar do mais fácil, comum é correto ser executar)
2) Judiciais: no CPC de 73 só a sentença era título executivo judicial. No
de 2015 mudou, ele coloca de forma genérica a palavra “decisão”
- decisões: dentro das decisões eu tenho a sentença, mas não é só ela.
Temos também dentro dessa categoria a decisão interlocutória (nos
casos de julgamento antecipado parcial do mérito – ocorre nos pedidos
incontroversos: quando o autor pede 2 coisas por exemplo e o réu
impugna só uma. Ai o pedido que o réu não impugnou, o juiz já pode
julgar esse pedido antecipadamente, sendo que a decisão que ele tomar
se chama decisão interlocutória), e o acórdão.
Então dentro de decisões eu tenho sentenças, decisões interlocutórias e
acórdãos (são os pronunciamentos do Juiz).
- espécies de decisões: não é qualquer decisão que vai constituir um
título executivo judicial. A sentença declaratória por exemplo não é título
executivo judicial, porque só determina se existe ou não aquele direito.
Somente a sentença condenatória é título executivo judicial. A sentença
condenatória pode condenar em pagar quantia, obrigação de fazer, não
fazer ou entregar coisa (dar).
- autocomposição: pode se dar em juízo, onde as partes podem fazer
um acordo, protocolar em juízo e o juiz homologa por meio de sentença
(não cabe apelação contra essa decisão – porque as partes acordaram).
Ou pode ocorrer a homologação do instrumento de transação. Em
qualquer uma das hipóteses, será proferida sentença.
- crédito de serventuário de justiça: se a parte não recolher as custas
que o juiz fixou (ex: salário da perícia – quando o perito faz alguma
análise no processo), será cobrado por cumprimento de sentença. Ou
seja, a cobrança desse crédito se dará por meio de cumprimento de
sentença.
- sentença penal: quando o título for judicial, eu tenho cumprimento de
sentença. Mas a sentença penal é uma exceção a essa regra. Você
pode ter um processo penal que reflete na esfera civil, então o juiz do
criminal condena no réu no aspecto penal e também no cível (a pagar
uma indenização). A vara criminal não é competente para a execução
dessa parte da sentença que determinou a indenização, quem é
competente é a esfera cível. Então essa parte da indenização se dará
por um processo autônomo de execução na vara cível.
- sentença arbitral: quando estivermos diante de um direito disponível
patrimonial as partes podem resolver a questão numa câmara arbitral
(fora do poder judiciário). A sentença proferida ali é considerada judicial.
Se não for cumprida a sentença, a execução tem que ser no poder
judiciário, visto que o árbitro não ter poder de, por exemplo, determinar a
quebra do sigilo bancário.
- sentença estrangeira: se uma sentença for proferida em outro país,
ela pode ser executado no Brasil se for homologada. De 2004 para
frente, essas sentenças passaram a ser homologadas pelo STJ na
esfera cível
Atributos do título executivo
- certeza: se torna um título judicial certo após o devido processo legal.
Quando for extrajudicial, a certeza estará no documento inequívoco (ex: nota
promissória)
- liquidez: refere-se ao valor. Se a sentença for ilíquida, haverá necessidade
de se promover a a liquidação de sentença.
- exigibilidade: decorre do vencimento do título. Venceu o título, não pagou, é
exigível.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Na ultima aula vimos sobre os titulos executivos e vimos que há dois tipos:
Judiciais (cumprimento de sentença) e Extrajudiciais (processo de execução).
Terminamos as aulas falando das características desses títulos: certeza,
liquidez e exigibilidade. No caso do TEJ, a certeza está na convicção do juiz a
cerca da existência do direito após o devido processo legal, apos a produção
de provas, teremos a sentença. A liquidez tem a ver com o valor como por
exemplo o valor que o juiz determina. E em terceiro a exigibilidade.
Requisitos necessários para realizar qualquer execução:
Seja processo de execução, seja cumprimento de sentença. Então, em
primeiro lugar devo ter o titulo seja ele qual dos dois for e em segundo lugar a
exigibilidade do título. Só posso fazer a execução ou cumprir a sentença após o
vencimento do título.
Responsabilidade na execução:
Primeiro tenho a obrigação e depois a responsabildiade. Obrigação é diferente
de responsabilidade, são duas coisas diferentes. E o que difere um do outro? A
Obrigação (direito material) está relacionada com a dívida do devedor porquê a
obrigação é feita pelo devedor, logo está pela divida. A responsabilidade está
relacionada a sujeição patrimonial do devedor a isenção é instituto ligado ao
direito processual (porque quando fala de responsabilidade patrimonial, fala de
penhora). O Devedor tem obrigação pela dívida? Sim! Pois quem contraiu a
dívida foi ele. Agora se ele não pagar a dívida o patrimônio dele responderá por
isso? Sim, desde que tenha bem penhorado. O Fiador contraiu uma obrigação?
Não! Pois a divida foi contraida pelo devedor, mas se o devedor não pagar a
divida o patrimonio do fiador responde pela execução? Sim! Ou seja, ele tem
responsabilidade.
Portanto, um não se confunde com o outro.
Liquidação da Sentença:
Nos estamos falando no processo de conhecimento. Por que? O autor quis
obter um titulo executivo judicial, uma sentença. Eu tenho a petição inicial
(ação de perdas e danos no valor de 100mil) após o devido processo legal
(citação, contestaçãoinstrução, etc) temos a sentença (ação procedente) e
condena o réu a pagar as perdas e danos no valor do pedido. Porém, pode
acontecer do autor fazer um pedido genérico em (sem valor fixado) Por
exemplo o autor deseja reparação de perdas e danos sob o valor de um cavalo
manga-larga de dois anos de idade. O réu praticou um ato ilicito e veio matar o
cavalo que ele tinha. Logo, o autor vai pedir um pedido genério para o réu
pagar no valor referente ao cavalo manga-larga de dois anos de idade e o juiz
deu procedente, isso é sentença ilíquida. O valor será dito em liquidação de
sentença. Mas qual é o objetivo? Apurar o “quantum de beatur”(quantia devida)
e o juiz irá mandar fazer uma perícia de quanto custa esse cavalo dessa raça e
idade.
Anteriormente, na sentença apurou-se um negócio chamando de “an
debeatur”(certeza/do direito) quando o juiz proferiu a decisão ele teve a certeza
do direito do autor, mas ainda nao se sabe o valor que será apurado sob perito
na liquidação de sentença. Nós vamos aprender esse procedimento.
Quem pode requerer a liquidação de sentença? (Art, 509, paragrafo 1º):
No codigo de 73 não havia um dispositivo semelhante, então quem podia
requerer era o autor. O CPC/2015 prevê a possibilidade tanto pro credor
quanto o devedor podem dar início a liquidação de sentença. O devedor
também pode dar inicio, pois é direito do devedor saber ou ter conhecimento do
valor que ele irá pagar.
Segundo tipo:
Liquidação pelo procedimento comum:
Tenho o processo de conhecimento, petição inicial e chega na sentença. O juíz
julgou procedente a ação (sentença genérica) e aí a necessidade da liquidação
de sentença procedimento comum. Quando a liquidação de sentença vai ser
feita pelo procedimento comum? Quando o autor tiver que alegar e provar fato
novo.
Cuidado: essa fato novo não está relacionado ao mérito! Esse fato novo está
relacionado ao valor. Porque em mérito já foi julgado pela sentença do juíz. Ex:
O caso da mulher que quebrou um copo no rosto da outra e quase a deixou
cega. Ela abriu ação de perdas e danos e diante do processo foi fazendo
diversas cirurgias de valores diferentes. No final do processo quando julgado o
mérito da primeira cirugira ele precisará juntar as notas fiscais e provar os fatos
novos das novas cirurgias.
- Essa forma de liquidação será realizada sempre que o autor tiver que alegar e
provar fato novo. Este fato novo não se refere ao mérito uma vez que este já foi
decidido. O fato novo se refere a apuração do quantum debeatur
Intimação do requerido:
O réu é citado somente uma vez. E após no cumprimento de sentença ele será
intimado pela pessoa do advogado constituído no tal para apresentar a
contestação (do fato novo) no prazo de 15 dias.
Pendência de recurso:
Vamos supor que teve a sentença e da sentença teve recurso de apelação.
Este processo vai subir pro TJ e se está apelação tiver apenas efeitos
devolutivos será possível cumprimento provisório da sentença. O TJ julgará o
recurso e o cumprimento de sentença continua no tribunal de origem
Recurso cabível:
Quando for liquidação por procedimento comum (mas pode ser por esse ou por
liquidação por arbitramento)
Quando o juíz julga a liquidação de sentença o recurso cabível é o agravo de
instrumento porque é uma decisão interlocutória e o agravo não possui efeito
suspensivo.
Cumprimento de sentença:
Os três tipos de sentença são: condenatória, declaratória e constitutiva. Na
constitutiva cria, modifica ou extingue uma relação jurídica. Aqui não tem
cumprimento de sentença. Ex: separação judicial. Na declaratória também não
tem. Logo, será na sentença condenatória que serve para pra pagar quantia,
obrigação de fazer ou não fazer, de dar ou entregar um bem que cabe o
cumprimento de sentença.
Processo sincrético:
Sincrético é uma mistura. Quando falo de processo sincrético é uma mistura de
processos. No caso, entre o processo de conhecimento e o processo de
execução. Então, quando eu tenho título executivo judicial eu não tenho
processo de execução e sim cumprimento de sentença.
Litisconsórcio
Se os autos não forem eletrônicos (ou seja, físicos), e os devedores tiverem
advogados com escritórios diferentes, o prazo será contado em dobro.
Excesso de execução
Dentro da impugnação o devedor também pode alegar excesso de execução.
Vamos supor que que a condenação foi de 50 mil (sentença líquida), após o
trânsito em julgado, para dar início ao cumprimento de sentença o credor tem
que apresentar o demonstrativo do crédito. Aí ele apresenta o demonstrativo no
valor de 120 mil. Nas aulas passadas vimos que quando o juíz perceber que o
valor do demonstrativo não esta de acordo ele pode fazer os cálculos por conta
própria e apontar outro valor – no cumprimento de sentença ser aplicado o
demonstrativo do credor, mas para fins de penhora, será o do juíz. Mas vamos
supor que o juíz achou que estava ok, não fez cálculo nenhum e mandou
intimar o devedor para pagar 120 mil.
O devedor vai apresentar a impugnação. Quando ele apresentar ele vai alegar
excesso de execução – tem que apontar qual o valor devido e comprovar
através de um demonstrativo de débito (se ele não apresentar, o juíz vai rejeitar
a impugnação).
E se na impugnação ele apresentar 2 justificativas: excesso de execução e fato
modificativo, mas no excesso de execução ele não aponta o valor nem o
demonstrativo, o juíz vai rejeitar os 2 argumentos? Não, só o do excesso de
execução.
CONCEITO DELE: se o devedor, em sua impugnação, fundamentar o excesso
de execução, ele deverá, indicar o valor e apresentar o demonstrativo do
débito, sob pena de rejeição da impugnação. Se a impugnação tiver 2
fundamentos e um deles for o excesso de execução, sem apresentação do
demonstrativo, o juíz receberá a impugnação somente com o outro
fundamento.
Litisconsórcio passivo
*vários réus
Eu tenho uma ação contra B e C. Aí vamos supor que somente o B apresentou
impugnação e pediu efeito suspensivo (cumpriu todos os requisitos). Se o
fundamento da impugnação atingir também o direito do C, o efeito suspensivo
se estenderá ao C. Se não atingir o C, o cumprimento de sentença vai seguir
normal pra ele (e pro B terá o efeito suspensivo).
CONCEITO DELE: se houver litisconsorte passivo e apenas um deles oferecer
a impugnação, e o juíz conceder efeito suspensivo, o outro litisconsorte que
não impugnou também poderá ter efeito suspensivo se o fundamento da
impugnação refletir no seu direito.